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AULA 6 ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR Profª Desiré Luciane Dominschek 2 CONVERSA INICIAL Esta aula tem a finalidade de analisar o papel e a importância do pedagogo na mediação pedagógica dos acadêmicos na Educação a Distância (EaD) e resgatar a história dessa modalidade de ensino no Brasil. Os cursos superiores a distância têm aumentado gradativamente, de modo que o aluno é quem faz o melhor horário para seus estudos. Os profissionais da EaD têm que estar preparados para atender a esses alunos e garantir o sucesso acadêmico, e, dessa forma, é fundamental que o pedagogo seja comprometido com a política da instituição de nível superior, com o projeto político-pedagógico dos cursos, e ainda que tenha o domínio das novas tecnologias. Nesse sentido, o pedagogo, em conjunto com o tutor, é o responsável pela mediação nos ambientes virtuais que possibilitará a construção do conhecimento para os acadêmicos, buscando novas capacitações nas áreas tecnológicas. Portanto, a tendência das modalidades do ensino a distância está rompendo barreiras com os diferenciais que a EaD proporciona à sociedade, ao acesso à graduação e à pós-graduação, ou seja, uma nova oportunidade em sua carreira de trabalho. CONTEXTUALIZANDO Nesta aula, você irá discutir a importância do pedagogo na mediação pedagógica dos acadêmicos na EaD, sendo possível verificar os desafios desta frente à grande demanda de cursos ofertados, conhecer o perfil de cada aluno e avaliar as questões relativas aos problemas sociais, econômicos e culturais. É perceptível que a procura pela EaD é muito grande, uma vez que há flexibilidade de tempo e oportunidade de o aluno se organizar e conciliar o tempo de estudo, familiar e de trabalho. Há, então, necessidade de a escola e os professores, com mediação do pedagogo, ampliarem o debate sobre educação e novas tecnologias, e o Espaço escolar precisa olhar para o século XXI e suas mudanças na educação, considerando que tanto o professor quanto a escola precisam dar validade ao uso da internet e de suas novas linguagens virtuais, para que possa ocorrer o acompanhamento do avanço tecnológico junto a seu corpo discente e docente. 3 TEMA 1 – EAD NO BRASIL De acordo com Faria (2011, p. 29), a história da educação no Brasil é construída por meio de iniciativas estatais e privadas, tendo como base interesses que se coadunaram ou não em permanente mudança. A educação é um processo cada vez mais complexo, em que ensinar e aprender são desafios que necessitam ser enfrentados a todo instante, e apresenta, hoje, os modelos presencial, semipresencial e a distância, sendo esta última a que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem. Cortelazzo (2010, p. 48-49) aponta que as abordagens utilizadas na oferta de cursos em EaD até o final da década de 1980 eram as mesmas utilizadas na educação presencial. A maior parte dos materiais didáticos impressos trazia a mesma comunicação unidirecional e voltada apenas para a transmissão de conteúdos praticada nos cursos presenciais. Havia, contudo, programas que eram desenhados por equipes multidisciplinares que aproveitavam as características dos suportes tecnológicos específicos para enriquecerem a apresentação dos conteúdos, como no caso dos programas de Telecurso, da Fundação Roberto Marinho. Outros programas, preparados para a formação continuada de professores e transmitidos por satélite, repetiam a mesma comunicação unidirecional de um professor palestrante para um espectador passivo. Alguns programas, como o Salto para o Futuro, da TV Escola, permitiam a interação via telefone dos polos de recepção para o estúdio de onde eram transmitidos, mas ainda assim a comunicação era principalmente unidirecional. Para Faria (2011, p. 65), a história da EaD no Brasil pode ser apresentada em duas linhas que se entrelaçam: uma a partir dos suportes pedagógicos e suas instituições, e outra com relação à legislação que foi construída e regulamentada ao longo do tempo. Nesse sentido, Guarezi e Matos (2009, p. 37) afirmam: No século XXI, o Brasil conquistou sua primeira Universidade Aberta (UAB), após dezenas de tentativas nos últimos 30 anos, sendo a primeira delas a iniciativa de Darci Ribeiro; O Ministério da Educação (MEC) reconheceu a entidade como instituição pública de ensino superior, aberta a qualquer pessoa com idade acima de 18 anos, que pode ingressar sem exame vestibular, mas que tem de ser aprovada em todas as disciplinas do currículo. As autoras pontuam que a qualidade tem sido um fator de discussão, por exemplo, no MEC, no documento Referenciais de qualidade para a educação 4 superior a distância (Brasil, 2007), que apresenta alguns indicadores considerados prementes para determinar a qualidade da EaD em uma instituição, a saber: concepção educacional e design pedagógico de cada curso; equipe multidisciplinar; sistema de comunicação; material didático; sistema de apoio ao estudante; avaliação permanente; sustentação administrativa e financeira. Faria e Lopes (2013, p. 9) ressaltam que a EaD está ganhando cada vez mais destaque no cenário atual, principalmente porque se adapta às diferentes realidades dos alunos que procuram formação por meio dessa modalidade educacional. Não se trata de uma forma facilitada de conseguir títulos, muito menos de formação de baixa qualidade, mas, sim, de uma modalidade que atende às necessidades de um público específico. Após a publicação da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, denominada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN (Brasil, 1996), a EaD ganhou status de modalidade plenamente integrada ao sistema de ensino, especialmente com o destaque do art. 80 da referida lei, no qual consta que “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância em todos os níveis e modalidades de ensino e educação continuada”. No desenvolvimento histórico da EaD, é possível destacar basicamente três gerações, conforme estudos realizados e registros. A primeira aconteceu no século XIX por meio da correspondência, que foi o início dos estudos realizados a distância com material impresso. Dentro dessa modalidade, o Instituto Universal Brasileiro (IUB) vem atuando há décadas, apresentando resultados expressivos nos atendimentos e possibilitando a realização da conclusão dos estudos para muitos. Na sequência, apareceram os cursos televisivos chamados telecursos, ofertando formação básica, ensino médio e cursos profissionalizantes e utilizando como recursos programas de televisão, rádio, aulas expositivas, vídeo e material 5 expresso. Entre eles, surgiu o Projeto Minerva, no Brasil, e a Telescola, em Portugal, nos quais a comunicação síncrona era predominante. Atualmente, os ambientes apresentam mais interatividade, sem limitar o tempo de acesso à educação, possibilitando ao aluno uma administração mais flexível do tempo na realização de seus estudos. A comunicação é assíncrona, com tempos diferenciados de acesso e armazenamento das informações e dos conhecimentos construídos. Ao falar em EaD, a questão intercultural surge com suas particularidades. Essa modalidade tem como objetivo principal oferecer a todos o acesso a uma educação de qualidade, e, para tanto, teve que objetivar a satisfação de todos os alunos que a escolherem para continuar e concluir os estudos que ficaram pendentes. Nesse processo, não é aceitável a prática da exclusão, visto que essa modalidade aumenta a diversidade cultural entre os alunos, poispassa a atender a todas as comunidades sociais, transformando as pessoas e o contexto em que estão inseridas. Com mais conhecimento, as pessoas passam a encontrar as soluções para o que antes parecia impossível de ser solucionado, ou mesmo inatingível, transformando a vida social em todos os contextos. Os profissionais envolvidos nesse processo também se diferenciam dos demais pertencentes à modalidade presencial. Partindo do princípio de que o docente não está de corpo presente no espaço de estudo dos alunos, estes necessitam ser atendidos por profissionais presencialmente, e, para isso, as instituições escolares contam com os tutores, que apresentam um perfil específico e uma formação adequada para acompanhar e auxiliar os alunos em seus estudos diários. Como argumenta Saraiva (2010, p. 114): As transformações que estão sendo engendradas nos processos educativos estão apenas se iniciando. Por maiores que sejam os esforços envidados, pesquisadores, educadores e administradores não conseguirão manter sob controle o fluxo desse de vir, [...]. As transformações da educação estão articuladas com as transformações no modo de viver, de pensar e de aprender, havendo entre elas uma relação de causalidade imanente. Portanto, essas transformações devem refletir sobre o modo de interagir, respeitar as diferenças e abordar as competências interculturais presentes na EaD, que necessitam ser aperfeiçoadas constantemente, sempre em busca de 6 novas tecnologias, transformações e, acima de tudo, renovação na forma de aprender e agregar novos conhecimentos. Cortelazzo (2010, p. 50-51) comenta que, no final da década de 1990, o acesso à internet se espalhou pelas principais capitais do país, e o acesso aos equipamentos tornou-se mais possível, com uma velocidade cada vez maior. Assim, muitas universidades criaram centros dedicados à educação pela internet e alguns professores em diferentes faculdades interessaram-se por começar a desenvolver projetos de educação on-line como apoio às disciplinas. No entanto, com o rápido crescimento das telecomunicações, os projetos foram estendidos, de modo que passou a ser dada maior atenção à EaD (em especial, aos cursos on-line e aos programas virtuais), e muitas iniciativas apareceram desde 1996, quando o acesso à internet se espalhou no Brasil. Essa regulação apresenta uma alteração no que se refere à EaD, que passa a ser considerada modalidade de ensino inferior às tradicionais. A legitimação da EaD por meio dos aspectos legais é um ponto fundamental para que sua notoriedade seja estabelecida como uma modalidade de ensino séria e comprometida. TEMA 2 – COMPETÊNCIAS INTERCULTURAIS NO TRABALHO DO PEDAGOGO E A EAD Qual o conceito de competência intercultural? Durand (1998) propõe que o conceito de competência pode ser baseado em três dimensões: conhecimentos (saber o que fazer), habilidades (saber como fazer) e atitudes (querer fazer): a- Conhecimentos: conjunto de informações armazenadas na memória do indivíduo, que tem relevância e causa impacto em seu julgamento ou comportamento. É o saber que a pessoa acumulou ao longo da vida. b- Habilidades: refere-se à capacidade de fazer uso produtivo do que aprendeu. É a capacidade de aplicar e fazer uso produtivo do conhecimento adquirido, de realizar determinada tarefa. c- Atitudes: aspectos sociais, afetivos e comportamentais relacionados a situações e tarefas do cotidiano. Deve-se obter o mínimo de conhecimento de um determinado assunto, por meio de pesquisas e de experiência de vida, junto com as habilidades necessárias para aplicar o que se aprendeu, e ter atitude (vontade e capacidade) para colocá- las em prática. Assim, obtém-se o conceito de competência, conforme o seguinte pensamento de Perrenoud (1999, p. 40): “As competências são sínteses 7 combinatórias de processos cognitivos, saberes, habilidades, condutas na ação e atitudes, mediante as quais se chega à solução inovadora dos diversos problemas que a vida humana e as organizações produtivas propõem”. Intercultural é a mistura de culturas, a convivência com pessoas de diferentes etnias, diferentes crenças, e a capacidade de interagir com elas. Para conviver com pessoas diferentes do nosso hábitat, é necessário que, acima de tudo, haja respeito por sua cultura, por sua humanidade, de modo a tratar os diferentes com dignidade e como iguais em direitos e deveres. Portanto, pode-se definir competência intercultural como a capacidade de interagir com culturas diferentes, assim como proposto por Alencastro (2013, p. 12): “a competência intercultural tem a ver com qualquer das formas de interatividade entre membros de diferentes grupos culturais e se constitui num conjunto de aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais que são suporte efetivo e apropriado a essas interações.”. A partir da década de 1940, época da Segunda Guerra Mundial, os primeiros computadores modernos surgiram, e a tecnologia evoluiu muito num prazo razoavelmente rápido. Os primeiros computadores eram eletromecânicos, mas foram rapidamente substituídos pelos eletrônicos. Os circuitos integrados foram criados na década de 1960, nos Estados Unidos, até que surgiram os microcomputadores e, na década de 1990, a internet, revolucionando e transformando o mundo no que é hoje: um espaço globalizado, no qual é possível ter um computador com internet na palma da mão (tablets e smartphones). O desenvolvimento das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), que ocorreu a partir da década de 1980 – um complexo conjunto de recursos tecnológicos interligados entre si –, proporcionou, por meio da junção das funções de hardware, software e telecomunicações, a integração entre vários modos de comunicação numa rede interativa que permite o fluxo ultrarrápido e contínuo de dados, sons, imagens e textos que cruzam o planeta instantaneamente. (Alencastro, 2013, p. 2) Essas novas tecnologias permitiram que as pessoas tivessem acesso a informações em tempo real, de pontos de vista diferentes em toda parte do mundo. Dessa maneira, tornou-se mais fácil conhecer as diversas culturas existentes, passar a entendê-las melhor, respeitá-las e até mesmo conviver com essas culturas sem precisar sair de casa. As redes sociais são um ótimo exemplo disso, pois, quando usadas de forma coerente e para o bem, podem aproximar e estreitar os laços entre pessoas. A expansão da modalidade EaD deve-se muito às TIC, pois esse método não 8 linear depende da tecnologia para ser oferecido com qualidade, permitindo a interação entre alunos e professores de qualquer lugar do mundo, o que é fundamental para a prática desse método de ensino. No mundo globalizado de hoje, com as ferramentas que temos à disposição, a tecnologia traz novidades a todo momento, por isso é necessário estar sempre atento a essas inovações, e também estar preparado para as mudanças, bem como para implementá-las. Apesar de as inovações estarem presentes no dia a dia do ensino a distância, não se deve descartar as ferramentas “antigas”, pois tecnologias educacionais nunca se tornam obsoletas. Pode haver um educador que necessite delas, principalmente em cidades afastadas, que muitas vezes não têm acesso a toda tecnologia disponível. Mesmo assim, a inovação, principalmente na educação, é necessária, por isso são válidas as observações de Gatti (1993, p.33): Quando uma inovação surge no horizonte dos educadores, observa-se, em alguns, deslumbramento em função das possibilidades aventadas por essas inovações e, em outros, ceticismo crônico provocado quer pela decepção que professores, diretores e técnicos em educação vêm acumulandocom as políticas e propostas de inovações educacionais mal implementadas ou descontinuadas pelos sucessivos governos, quer pela acomodação natural que temos a nossas funções e pelo incômodo que inovações podem provocar, na medida em que estas exigem alterações de comportamento e uso de espaços e tempo já bem cristalizados. Não se deve esquecer que, para uma boa implementação do método EaD, é imprescindível ter profissionais qualificados e habituados com as novas tecnologias, e ainda preparados para mudanças, pois eles são os mediadores entre o aluno e o ensino. Para essa função, temos também os tutores acadêmicos. Esses profissionais desenvolvem competências específicas exigidas nessa modalidade, como assessorar os alunos em todas as suas disciplinas, ser inovador, interativo, proativo e comunicador. Ao mesmo tempo, devem permitir que o aluno desenvolva seu método próprio de aprendizado, criando independência didática e acadêmica, bem como sua própria autonomia, condição mínima exigida de um aluno EaD. O tutor acadêmico é uma das peças-chave para que se desenvolvam competências interculturais na EaD, pois é ele que incentiva e orienta os alunos em suas interações. Por esse motivo, esse profissional tem que ser o primeiro a 9 praticar a interação intercultural. Essas competências e a interação entre os alunos são naturais na modalidade a distância, pois pessoas de diferentes estados e até países têm a possibilidade de estar em constante contato, na maioria das vezes não físico, mas virtual. Morris e Hayes (1997, citados por Campos, 2003, p. 30) dizem que “a aprendizagem cooperativa gera benefícios para os alunos, pois eles precisam aprender a interagir com os outros membros do grupo, a exercitar a tomada de decisão e desenvolver habilidades de trabalho em grupo, tornando-se mais confiantes em expor publicamente seus pontos de vista.” A aprendizagem cooperativa é necessária para que os alunos trabalhem juntos na busca de um objetivo em comum, provocando, assim, o convívio intercultural. Nessa abordagem, temos três tipos de educação: a informal, a não formal e a formal. A educação informal trabalha a experiência de vida, o diálogo e a convivência entre as pessoas ao seu redor ou até mesmo por meio da independência acadêmica (autonomia). A educação não formal é muito comum em intercâmbios ou em Organizações Não Governamentais (ONG), e, fora do ambiente tradicional de ensino, é parecida com a educação informal, mas o que as diferencia, segundo Gohn (2008, p. 99-100), “é que nela [na educação não formal] existe a intencionalidade do sujeito em criar ou buscar determinadas qualidades e/ou objetivos”. A educação formal, por sua vez, é a mais comum e a mais utilizada, por se tratar do método mais antigo, com aulas planejadas. Porém, cabe ao profissional que vai guiá-la promover também a interação entre os alunos, seja presencial ou a distância. Por outro lado, a aprendizagem cooperativa, como o nome já diz, visa ao trabalho em grupo. Cada aluno tem uma responsabilidade na atividade proposta, mas o grupo é avaliado como um todo. Mais uma vez, o papel do tutor é fundamental: ele deve orientar seus alunos para que a tarefa a ser realizada fique clara, expondo o objetivo que deve ser alcançado De acordo com Alencastro (2013, p. 23): Há três elementos na definição de uma CoP: (1) domínio – deve existir um assunto sobre o qual a comunidade fala; (2) a própria comunidade – as pessoas devem interagir e construir relações entre si em torno do domínio; (3) a prática – é necessário [sic] a existência de uma prática e não apenas um interesse que as pessoas partilhem. Em síntese, deve 10 configurar um aprendizado coletivo em torno dos interesses da comunidade. As aprendizagens cooperativas realizadas em comunidades são muito bem aproveitadas, já que trabalham assuntos condizentes com seu dia a dia e que terão um real significado para as pessoas, trazendo-lhes soluções para questões corriqueiras. Ao mesmo tempo em que se vivencia um mundo globalizado, atrelado a inovações tecnológicas diárias, nunca houve tanta violência na sociedade. Talvez até houvesse, mas, pelo fato de a comunicação ser um tanto limitada, não era possível saber dos acontecimentos ao redor do planeta em tempo real. Entretanto, baseando-nos nas notícias que são divulgadas diariamente em diversos meios midiáticos, notamos que a violência anda desregrada nos últimos tempos, e que boa parte dela se deve à falta de respeito entre as pessoas e com relação às culturas alheias, bem como à falta de tolerância e de humanidade. As competências interculturais EaD podem amenizar essa situação por meio da socialização, de sua interação, levando cultura e respeito onde há ignorância e ódio, mostrando que a diferença apenas enriquece e que somente respeitando o próximo se consegue respeito para si. TEMA 3 – A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA DA EAD Atualmente, várias instituições de ensino superior estão autorizadas a ofertar cursos de graduação, de pós-graduação lato sensu e cursos sequenciais a distância, como você provavelmente já deve saber. Os avanços científicos e tecnológicos causaram impactos em diversos campos da vida social e educacional, trazendo novas exigências de escolarização básica superior. Fiorentini citado por Romanowski, 2010, p. 95) afirma que, no enfrentamento de novos desafios, a EaD apresenta-se como uma modalidade capaz de contribuir para a formação em locais diferentes dos grandes centros de produção do conhecimento. Com efeito, estudar a distância pode contribuir para a concretização das políticas públicas de formação docente, a oferta de oportunidades educativas e a participação na economia e no desenvolvimento da sociedade, minimizando os efeitos da exclusão social. Romanowski (2010, p. 97-99) ressalta que, para a formação de professores-tutores, os programas incluem desenvolvimento de habilidades e atitudes para o trabalho coletivo, definição de fundamentos teóricos do curso e 11 suas finalidades, seleção e preparação do conteúdo e das atividades de aprendizagem, pesquisa das fontes de informação e conhecimento, organização e sistematização dos materiais, motivação, interação e avaliação dos alunos. Conforme descrito pela autora, para o desempenho dessas funções, é imprescindível que o professor-tutor realize, permanentemente, sua própria formação e autoavaliação. A LDBN – Lei n. 9.394/1996 – soma-se às determinações legais e à reestruturação social, e a organização da produção exige um trabalhador capaz de aprender e de atuar em grupo. A escolha, nesse contexto, passa a valorizar o aprender a aprender, o que exige uma nova prática docente. Em decorrência disso, a própria formação dos professores será de um novo tipo. No Decreto n. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 (Brasil, 1998), a qualificação acadêmica dos professores-tutores de EaD é de mesma natureza das exigências da educação presencial. Portanto, o professor- tutor deverá ter titulação compatível nos cursos a distância. O curso de pedagogia, respeitada a base comum nacional, que designa a docência como eixo articulador da formação, tem por finalidade a formação dos profissionais da educação como administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional. “A ação docente pertinente revela-se na capacidade de confrontar os problemas e buscar alternativas para o êxito da relação, conhecimento e despreparo frente às realidades, pela falta de compreensão da complexidade, das contradições e singularidades, tornam a prática aquém das expectativas.” (Romanowski, 2010, p. 117). O professor de EaD, em função dasatividades exercidas nos programas de formação, pode ser professor-tutor, orientador acadêmico ou professor titular. Ainda da perspectiva de Romanowski (2010, p. 96): Ensino a distância em que o material era organizado em impressos (livros, mapas, ilustrações etc.) distribuídos pelo serviço postal para o endereço indicado do aluno. Em alguns casos, havia supervisão de estudos, tutoria por telefone ou por escrito e avaliação também por correspondência. Esses programas atendiam o estudo independente, o estudo em casa, a formação vocacional. No Brasil, o Instituto Monitor Universal Brasileiro são pioneiros nesse ensino. Romanowski (2010) sinaliza que a educação para o futuro deve estar voltada para a compreensão do conhecimento contextualizado e interativo, uma vez que a construção do conhecimento não se dá de forma fragmentada, mas a partir da construção da totalidade. 12 É significativo ressaltar que, para entender a mediação da tecnologia nos cursos de formação de professores como disciplina ou como instrumento de apoio, é necessário ter como foco de atenção o contexto de desenvolvimento tecnológico crescente. Esse é um ponto importante e que não deve ser deixado de lado nos currículos das instituições (Rocha, 2009, p. 70). Deve-se considerar que o tutor precisa ter uma boa relação com os acadêmicos e funcionários que trabalham na EaD, desenvolvendo algumas habilidades como capacidade de liderança, além de ser um bom ouvinte. Para Gadotti (2003, p. 21), “O papel da educação não pode ser confundido apenas com sua ligação fundamental e intrínseca com o conhecimento e, muito menos, com a pura transmissão de informações”. Esse é um grande desafio para o tutor, que precisa adequar sua prática pedagógica às tecnologias da educação, usufruindo ao máximo essas ferramentas que auxiliarão sua metodologia e ensino-aprendizagem. Segundo Kensky (2007, p. 67): O uso das tecnologias em educação, da perspectiva orientada pelos propósitos da Sociedade da Informação no Brasil, exige a adoção de novas abordagens pedagógicas, novos caminhos que acabem com o isolamento da escola e a coloquem em permanente situação de diálogo e cooperação com as demais instâncias existentes na sociedade, a começar pelos próprios alunos. Educar não é somente transmitir conhecimentos, mas despertar perspectivas de um futuro melhor, colaborando na transformação da sociedade. TEMA 4 – A TECNOLOGIA NO ENSINO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR Rocha (2009, p. 53) ressalta que é a educação que inspira a tecnologia para a aventura de criar, inventar e projetar nossos bens, fugindo aos riscos de facilmente comprá-los. Educação e tecnologia devem caminhar juntas para construir o mundo real, sem as visões maravilhosas de um futuro tecnológico utópico e sem problemas. As modalidades de ensino presencial e a distância têm as suas especificidades, mas também apresentam princípios e objetivos semelhantes. A partir do avanço tecnológico, a EaD contempla um significativo lugar de socialização e acesso ao conhecimento científico. Oliveira (2009, p. 109) afirma que, nos ambientes virtuais propriamente ditos, os alunos já acessaram diretamente textos, desenhos, fotos animações, 13 sons e vídeos, na própria página do curso na internet. Eles podem salvar os arquivos disponíveis ou imprimi-los. Podem interagir com professores e outros alunos em chats ou fóruns de discussão. Testes, exercícios e demais atividades individuais e/ou em grupos são possíveis de serem executados e enviados imediatamente para o professor ou para todos os participantes. Percebemos que, na EaD, esses recursos são muito utilizados pelos acadêmicos e tutores, que, conforme pontuado a seguir, constituem-se como mediadores: Os materiais impressos – onde [sic] os interlocutores estão distantes no tempo e no espaço e que, também por essa razão, [a EaD] pode ser considerada adequada. Todavia, somente poderá ser considerada apropriada, se o texto estiver dotado das condições de textualidade; Os CDs – onde [sic] a linguagem oral assim como a escrita [sic] necessita ser clara, concisa, coesa, coerente, devendo contar, ainda, com os recursos de entonação e ritmo; Os DVDs – cujo texto é a imbricação das linguagens verbais e não verbais e ambas têm que ser adequadas para se complementarem no processo de significação; teleconferências e videoconferências (onde [sic] a interlocução é “ao vivo”), a fala tem que ser preponderantemente explicitadora; e-mail, sites, homepages – onde [sic] a hipertextualidade permeia a interlocução; Tantos quantos outros vierem. Entendo por hipertextualidade a característica de alguns textos – os hipertextuais – nos quais se encontram uma forma combinatória permutacional e interativa de multimídia, onde [sic] textos, sons e imagens. (Possari, 2002, p. 23) Para Oliveira (2009, p. 109), em alguns cursos de EaD prevê-se a ampla convergência de tecnologias a serem utilizadas. Planejam-se cursos em que o uso dos suportes computacionais e da internet se aliam ao uso de vídeos e imagens captados em tempo real, e programas radiofônicos e televisivos, além do acesso via telefone e correio postal. Elas se constituem enquanto [sic] ações reflexivas. E podem ocorrer, de fato, tanto na esfera da produção quanto na recepção. Para o nosso caso, enquanto [sic] educadores, as mediações precisam ser potencializadas, desenvolvidas, trabalhadas. E a escola pode e deve estar articuladas às demais esferas da sociedade civil na construção das alianças de transformação, na medida em que se inclua nesta luta de conquista de poder, junto às camadas excluídas e marginalizadas, com respeito ao acesso às mídias contemporâneas (Orofino, 2005, p. 51). Arroyo (citado por Oliveira, 2009, p. 78) enfatiza que o direito à educação e à cultura tem de superar a lógica do mercado e da sobrevivência. Devemos, sem dúvida, rever os conteúdos, readaptá-los ou ressignificá-los para sua idade social, cultural e cognitiva, mas sempre com o intuito de melhor garantir o direito ao saber e à cultura, e nunca para repensar migalhas do saber, dominar competências mínimas requeridas pelo mercado. 14 Da perspectiva de Rocha (2009, p. 162), a educação deve também ter isso presente na formação do cidadão, principalmente aquela que ocorre no ensino superior, formando pessoas com um senso crítico suficiente para perceber isso e saber fazer as suas escolhas com consciência e liberdade, sem nenhuma pressão. A contribuição mais significativa das oportunidades promovidas pelo uso de novas tecnologias na educação, segundo Rocha (2009, p. 82), foi o aumento do acesso ao ensino possibilitado pela EaD. Essa possibilidade veio aumentar a oferta de vagas, e hoje vemos muitas instituições oferecendo os mais variados cursos ao alcance de muitas pessoas, não importando a distância. Com base nessa constatação, vale observar que a EaD deve buscar uma qualidade igual ou próxima daquela oferecida pelos melhores cursos presenciais. Faria (2011, p. 83) nos lembra de que, por meio do “ensino por correspondência, [d]o rádio, [d]a televisão, [...] chega-se aos tempos atuais, com a atuação conjugada dos meios de comunicação”. Rocha (2009, p. 118-135) enfatiza que tudo isso também deve ser foco da política de EaD, possibilitando principalmente que os cursos e suas disciplinas trabalhem de forma harmônica e integrada em ações complementares e colaborativas. É importante que sejam previstas instâncias de acompanhamento e controle das ações, tais como: ação docente na aula transmitida; ação dos tutores nos polos de atendimento local; ação docente na tutoria do conhecimento; ação dos tutores no polo central; açãodos tutores na avaliação; ação dos gestores na administração do processo. Portanto, a recomendação do MEC é referência para a qualidade no uso de recursos tecnológicos. Percebe-se, assim, que o planejamento das ações tem que se preocupar com as condições de interação entre professores, tutores e alunos com esse nível de exigência. Vale salientar, no momento, a preocupação em assegurar como “prática muito valiosa” uma interação que permita ao estudante se reconhecer como pertencente a um grupo, pois ele terá à sua disposição recursos tecnológicos que não o deixam isolado, promovendo sua integração. 15 A mediação pedagógica com tecnologias organizadoras é a forma como são realizadas as dinâmicas que promovem a aprendizagem, ou seja, são as estratégias utilizadas para o desenvolvimento do processo de aprendizagem. Uma aula pode ser realizada com exposição de um assunto, por meio de dinâmica de grupo, por leitura de textos, dentre outros. Também podemos considerar como tecnologia organizadora as técnicas construtivistas, montessorianas, tradicionais e outras que norteiam as ações pedagógicas dos professores. (Tajra, citado por Rocha, 2009, p. 150) Nesse sentido, a prática pedagógica pode e deve ser: Um diálogo constante entre professor-aluno, tendo como objetivo principal estimular o discente a comunicar suas sensações e experiências. A educação voltada para os meios deve – através de alguns conhecimentos básicos da linguagem imagética – contribuir para o desenvolvimento e a participação ativa da criança e da sociedade. (Silva, citado por Rocha, 2009, p. 152) Portanto, os saberes da experiência são conhecimentos adquiridos durante a prática (Romanowski, 2010, p. 55). São os resultados do fazer. Os saberes pedagógicos são aqueles que se referem aos conhecimentos da didática, da psicologia da educação, da sociologia da educação e das demais ciências educacionais. TEMA 5 – CONCEITOS E MODALIDADES DA EAD De acordo com Guarezi e Matos (2009), o material pedagógico foi apontado como elemento central de quem estuda a distância, colocado como elemento de qualidade nos cursos de EaD. Com o material, seja na forma impressa, em DVD/vídeo, via rádio ou mesmo internet, fica assegurada a facilitação do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. Porém, era dada pouca atenção ao processo comunicativo entre os envolvidos, que, quando existia, era de mão única: da instituição para os estudantes. A modalidade EaD vem se destacando cada vez mais, principalmente porque se adapta às diferentes realidades dos alunos e é um sistema que atende às necessidades de um público que vem crescendo a cada ano. A responsabilidade do profissional que deseja atuar nessa área é muito grande, por isso exige-se que tenha o conhecimento da história da EaD e de sua relação com diferentes contextos educacionais. Os conceitos de EaD mantêm em comum a separação física entre o professor e o aluno, e a existência de tecnologias para mediatizar a comunicação e o processo de ensino- aprendizagem. 16 Guarezi e Matos (2009) afirmam que a EaD, quando aliada à larga escala, tem custos menores para a instituição e, consequentemente, para o aluno. Para cursos pagos, o não deslocamento também é um fator que diminui os custos para o aluno. Nesse contexto, essa modalidade aplica as tecnologias disponíveis para fazer acontecer o processo de ensino-aprendizagem, superando as barreiras de espaço e tempo, e, assim, influenciando sua história. De acordo com Rocha (2009, p. 83), o projeto pedagógico desses cursos deve vislumbrar uma educação em sintonia com a realidade dos estudantes, permitindo a formação de comunidades de aprendizagem por meio de dinamização e fortalecimento da autoaprendizagem de cada aluno, com acompanhamento e avaliação condizentes com a transformação do seu meio e das necessidades individuais e comunitárias do século XXI. FINALIZANDO A internet veio para mexer com os paradigmas educacionais, ou seja, é uma nova forma de integrar o processo de comunicação com o aluno, buscando a formação do sujeito para o mundo. Por meio do ambiente virtual ocorre a interação entre professor e aluno. Sendo assim, é importante que os alunos da educação superior compreendam o seu papel como aprendizes, mas também se preparem para atuar como profissionais críticos e ativos. Descrevemos aqui algumas iniciativas da EaD e apontamos experiências que marcaram diferentes momentos dessa modalidade de ensino, enfatizando que a coesão social é cada vez mais necessária nos dias atuais. Abordamos, por fim, os meios tecnológicos como recursos da aprendizagem dos alunos, de modo a esclarecer que, na era digital, os participantes interagem e colaboram em uma ação educativa que é continuamente avaliada nos cursos a distância. LEITURA OBRIGATÓRIA Texto de abordagem teórica KENSKI, V. M. O desafio da Educação a Distância no Brasil. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/011.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2018. 17 Texto de abordagem prática RUBERTI, I.; PONTES, A. N. Mídia, educação e cidadania: considerações sobre a importância da alfabetização tecnológica audiovisual na sociedade da informação. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v. 3, n. 1, p. 21-27, dez. 2001. 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