Buscar

O PEDAGOGO E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 6 
ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO 
ESCOLAR 
Profª Desiré Luciane Dominschek 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Esta aula tem a finalidade de analisar o papel e a importância do pedagogo 
na mediação pedagógica dos acadêmicos na Educação a Distância (EaD) e 
resgatar a história dessa modalidade de ensino no Brasil. Os cursos superiores a 
distância têm aumentado gradativamente, de modo que o aluno é quem faz o 
melhor horário para seus estudos. 
Os profissionais da EaD têm que estar preparados para atender a esses 
alunos e garantir o sucesso acadêmico, e, dessa forma, é fundamental que o 
pedagogo seja comprometido com a política da instituição de nível superior, com 
o projeto político-pedagógico dos cursos, e ainda que tenha o domínio das novas 
tecnologias. 
Nesse sentido, o pedagogo, em conjunto com o tutor, é o responsável pela 
mediação nos ambientes virtuais que possibilitará a construção do conhecimento 
para os acadêmicos, buscando novas capacitações nas áreas tecnológicas. 
Portanto, a tendência das modalidades do ensino a distância está 
rompendo barreiras com os diferenciais que a EaD proporciona à sociedade, ao 
acesso à graduação e à pós-graduação, ou seja, uma nova oportunidade em sua 
carreira de trabalho. 
CONTEXTUALIZANDO 
Nesta aula, você irá discutir a importância do pedagogo na mediação 
pedagógica dos acadêmicos na EaD, sendo possível verificar os desafios desta 
frente à grande demanda de cursos ofertados, conhecer o perfil de cada aluno e 
avaliar as questões relativas aos problemas sociais, econômicos e culturais. 
É perceptível que a procura pela EaD é muito grande, uma vez que há 
flexibilidade de tempo e oportunidade de o aluno se organizar e conciliar o tempo 
de estudo, familiar e de trabalho. 
Há, então, necessidade de a escola e os professores, com mediação do 
pedagogo, ampliarem o debate sobre educação e novas tecnologias, e o Espaço 
escolar precisa olhar para o século XXI e suas mudanças na educação, 
considerando que tanto o professor quanto a escola precisam dar validade ao uso 
da internet e de suas novas linguagens virtuais, para que possa ocorrer o 
acompanhamento do avanço tecnológico junto a seu corpo discente e docente. 
 
 
3 
TEMA 1 – EAD NO BRASIL 
De acordo com Faria (2011, p. 29), a história da educação no Brasil é 
construída por meio de iniciativas estatais e privadas, tendo como base interesses 
que se coadunaram ou não em permanente mudança. A educação é um processo 
cada vez mais complexo, em que ensinar e aprender são desafios que necessitam 
ser enfrentados a todo instante, e apresenta, hoje, os modelos presencial, 
semipresencial e a distância, sendo esta última a que permite que o aprendiz não 
esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem. 
Cortelazzo (2010, p. 48-49) aponta que as abordagens utilizadas na oferta 
de cursos em EaD até o final da década de 1980 eram as mesmas utilizadas na 
educação presencial. A maior parte dos materiais didáticos impressos trazia a 
mesma comunicação unidirecional e voltada apenas para a transmissão de 
conteúdos praticada nos cursos presenciais. 
Havia, contudo, programas que eram desenhados por equipes 
multidisciplinares que aproveitavam as características dos suportes tecnológicos 
específicos para enriquecerem a apresentação dos conteúdos, como no caso dos 
programas de Telecurso, da Fundação Roberto Marinho. 
Outros programas, preparados para a formação continuada de professores 
e transmitidos por satélite, repetiam a mesma comunicação unidirecional de um 
professor palestrante para um espectador passivo. Alguns programas, como o 
Salto para o Futuro, da TV Escola, permitiam a interação via telefone dos polos 
de recepção para o estúdio de onde eram transmitidos, mas ainda assim a 
comunicação era principalmente unidirecional. 
Para Faria (2011, p. 65), a história da EaD no Brasil pode ser apresentada 
em duas linhas que se entrelaçam: uma a partir dos suportes pedagógicos e suas 
instituições, e outra com relação à legislação que foi construída e regulamentada 
ao longo do tempo. Nesse sentido, Guarezi e Matos (2009, p. 37) afirmam: 
No século XXI, o Brasil conquistou sua primeira Universidade Aberta 
(UAB), após dezenas de tentativas nos últimos 30 anos, sendo a primeira 
delas a iniciativa de Darci Ribeiro; O Ministério da Educação (MEC) 
reconheceu a entidade como instituição pública de ensino superior, 
aberta a qualquer pessoa com idade acima de 18 anos, que pode 
ingressar sem exame vestibular, mas que tem de ser aprovada em todas 
as disciplinas do currículo. 
As autoras pontuam que a qualidade tem sido um fator de discussão, por 
exemplo, no MEC, no documento Referenciais de qualidade para a educação 
 
 
4 
superior a distância (Brasil, 2007), que apresenta alguns indicadores 
considerados prementes para determinar a qualidade da EaD em uma instituição, 
a saber: 
 concepção educacional e design pedagógico de cada curso; 
 equipe multidisciplinar; 
 sistema de comunicação; 
 material didático; 
 sistema de apoio ao estudante; 
 avaliação permanente; 
 sustentação administrativa e financeira. 
Faria e Lopes (2013, p. 9) ressaltam que a EaD está ganhando cada vez 
mais destaque no cenário atual, principalmente porque se adapta às diferentes 
realidades dos alunos que procuram formação por meio dessa modalidade 
educacional. Não se trata de uma forma facilitada de conseguir títulos, muito 
menos de formação de baixa qualidade, mas, sim, de uma modalidade que atende 
às necessidades de um público específico. 
Após a publicação da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
denominada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN (Brasil, 
1996), a EaD ganhou status de modalidade plenamente integrada ao sistema de 
ensino, especialmente com o destaque do art. 80 da referida lei, no qual consta 
que “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas 
de ensino a distância em todos os níveis e modalidades de ensino e educação 
continuada”. 
No desenvolvimento histórico da EaD, é possível destacar basicamente 
três gerações, conforme estudos realizados e registros. A primeira aconteceu no 
século XIX por meio da correspondência, que foi o início dos estudos realizados 
a distância com material impresso. Dentro dessa modalidade, o Instituto Universal 
Brasileiro (IUB) vem atuando há décadas, apresentando resultados expressivos 
nos atendimentos e possibilitando a realização da conclusão dos estudos para 
muitos. 
Na sequência, apareceram os cursos televisivos chamados telecursos, 
ofertando formação básica, ensino médio e cursos profissionalizantes e utilizando 
como recursos programas de televisão, rádio, aulas expositivas, vídeo e material 
 
 
5 
expresso. Entre eles, surgiu o Projeto Minerva, no Brasil, e a Telescola, em 
Portugal, nos quais a comunicação síncrona era predominante. 
Atualmente, os ambientes apresentam mais interatividade, sem limitar o 
tempo de acesso à educação, possibilitando ao aluno uma administração mais 
flexível do tempo na realização de seus estudos. A comunicação é assíncrona, 
com tempos diferenciados de acesso e armazenamento das informações e dos 
conhecimentos construídos. 
Ao falar em EaD, a questão intercultural surge com suas particularidades. 
Essa modalidade tem como objetivo principal oferecer a todos o acesso a uma 
educação de qualidade, e, para tanto, teve que objetivar a satisfação de todos os 
alunos que a escolherem para continuar e concluir os estudos que ficaram 
pendentes. 
Nesse processo, não é aceitável a prática da exclusão, visto que essa 
modalidade aumenta a diversidade cultural entre os alunos, poispassa a atender 
a todas as comunidades sociais, transformando as pessoas e o contexto em que 
estão inseridas. Com mais conhecimento, as pessoas passam a encontrar as 
soluções para o que antes parecia impossível de ser solucionado, ou mesmo 
inatingível, transformando a vida social em todos os contextos. 
Os profissionais envolvidos nesse processo também se diferenciam dos 
demais pertencentes à modalidade presencial. Partindo do princípio de que o 
docente não está de corpo presente no espaço de estudo dos alunos, estes 
necessitam ser atendidos por profissionais presencialmente, e, para isso, as 
instituições escolares contam com os tutores, que apresentam um perfil específico 
e uma formação adequada para acompanhar e auxiliar os alunos em seus estudos 
diários. 
Como argumenta Saraiva (2010, p. 114): 
As transformações que estão sendo engendradas nos processos 
educativos estão apenas se iniciando. Por maiores que sejam os 
esforços envidados, pesquisadores, educadores e administradores não 
conseguirão manter sob controle o fluxo desse de vir, [...]. As 
transformações da educação estão articuladas com as transformações 
no modo de viver, de pensar e de aprender, havendo entre elas uma 
relação de causalidade imanente. 
Portanto, essas transformações devem refletir sobre o modo de interagir, 
respeitar as diferenças e abordar as competências interculturais presentes na 
EaD, que necessitam ser aperfeiçoadas constantemente, sempre em busca de 
 
 
6 
novas tecnologias, transformações e, acima de tudo, renovação na forma de 
aprender e agregar novos conhecimentos. 
Cortelazzo (2010, p. 50-51) comenta que, no final da década de 1990, o 
acesso à internet se espalhou pelas principais capitais do país, e o acesso aos 
equipamentos tornou-se mais possível, com uma velocidade cada vez maior. 
Assim, muitas universidades criaram centros dedicados à educação pela internet 
e alguns professores em diferentes faculdades interessaram-se por começar a 
desenvolver projetos de educação on-line como apoio às disciplinas. 
No entanto, com o rápido crescimento das telecomunicações, os projetos 
foram estendidos, de modo que passou a ser dada maior atenção à EaD (em 
especial, aos cursos on-line e aos programas virtuais), e muitas iniciativas 
apareceram desde 1996, quando o acesso à internet se espalhou no Brasil. 
Essa regulação apresenta uma alteração no que se refere à EaD, que 
passa a ser considerada modalidade de ensino inferior às tradicionais. A 
legitimação da EaD por meio dos aspectos legais é um ponto fundamental para 
que sua notoriedade seja estabelecida como uma modalidade de ensino séria e 
comprometida. 
TEMA 2 – COMPETÊNCIAS INTERCULTURAIS NO TRABALHO DO PEDAGOGO 
E A EAD 
Qual o conceito de competência intercultural? Durand (1998) propõe que o 
conceito de competência pode ser baseado em três dimensões: conhecimentos 
(saber o que fazer), habilidades (saber como fazer) e atitudes (querer fazer): 
a- Conhecimentos: conjunto de informações armazenadas na memória 
do indivíduo, que tem relevância e causa impacto em seu julgamento ou 
comportamento. É o saber que a pessoa acumulou ao longo da vida. 
b- Habilidades: refere-se à capacidade de fazer uso produtivo do que 
aprendeu. É a capacidade de aplicar e fazer uso produtivo do 
conhecimento adquirido, de realizar determinada tarefa. 
c- Atitudes: aspectos sociais, afetivos e comportamentais relacionados a 
situações e tarefas do cotidiano. 
Deve-se obter o mínimo de conhecimento de um determinado assunto, por 
meio de pesquisas e de experiência de vida, junto com as habilidades necessárias 
para aplicar o que se aprendeu, e ter atitude (vontade e capacidade) para colocá-
las em prática. 
Assim, obtém-se o conceito de competência, conforme o seguinte 
pensamento de Perrenoud (1999, p. 40): “As competências são sínteses 
 
 
7 
combinatórias de processos cognitivos, saberes, habilidades, condutas na ação e 
atitudes, mediante as quais se chega à solução inovadora dos diversos problemas 
que a vida humana e as organizações produtivas propõem”. 
Intercultural é a mistura de culturas, a convivência com pessoas de 
diferentes etnias, diferentes crenças, e a capacidade de interagir com elas. Para 
conviver com pessoas diferentes do nosso hábitat, é necessário que, acima de 
tudo, haja respeito por sua cultura, por sua humanidade, de modo a tratar os 
diferentes com dignidade e como iguais em direitos e deveres. 
Portanto, pode-se definir competência intercultural como a capacidade de 
interagir com culturas diferentes, assim como proposto por Alencastro (2013, p. 
12): “a competência intercultural tem a ver com qualquer das formas de 
interatividade entre membros de diferentes grupos culturais e se constitui num 
conjunto de aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais que são suporte 
efetivo e apropriado a essas interações.”. 
A partir da década de 1940, época da Segunda Guerra Mundial, os 
primeiros computadores modernos surgiram, e a tecnologia evoluiu muito num 
prazo razoavelmente rápido. Os primeiros computadores eram eletromecânicos, 
mas foram rapidamente substituídos pelos eletrônicos. Os circuitos integrados 
foram criados na década de 1960, nos Estados Unidos, até que surgiram os 
microcomputadores e, na década de 1990, a internet, revolucionando e 
transformando o mundo no que é hoje: um espaço globalizado, no qual é possível 
ter um computador com internet na palma da mão (tablets e smartphones). 
O desenvolvimento das TICs (Tecnologias de Informação e 
Comunicação), que ocorreu a partir da década de 1980 – um complexo 
conjunto de recursos tecnológicos interligados entre si –, proporcionou, 
por meio da junção das funções de hardware, software e 
telecomunicações, a integração entre vários modos de comunicação 
numa rede interativa que permite o fluxo ultrarrápido e contínuo de 
dados, sons, imagens e textos que cruzam o planeta instantaneamente. 
(Alencastro, 2013, p. 2) 
Essas novas tecnologias permitiram que as pessoas tivessem acesso a 
informações em tempo real, de pontos de vista diferentes em toda parte do mundo. 
Dessa maneira, tornou-se mais fácil conhecer as diversas culturas existentes, 
passar a entendê-las melhor, respeitá-las e até mesmo conviver com essas 
culturas sem precisar sair de casa. 
As redes sociais são um ótimo exemplo disso, pois, quando usadas de 
forma coerente e para o bem, podem aproximar e estreitar os laços entre pessoas. 
A expansão da modalidade EaD deve-se muito às TIC, pois esse método não 
 
 
8 
linear depende da tecnologia para ser oferecido com qualidade, permitindo a 
interação entre alunos e professores de qualquer lugar do mundo, o que é 
fundamental para a prática desse método de ensino. 
No mundo globalizado de hoje, com as ferramentas que temos à 
disposição, a tecnologia traz novidades a todo momento, por isso é necessário 
estar sempre atento a essas inovações, e também estar preparado para as 
mudanças, bem como para implementá-las. 
Apesar de as inovações estarem presentes no dia a dia do ensino a 
distância, não se deve descartar as ferramentas “antigas”, pois tecnologias 
educacionais nunca se tornam obsoletas. Pode haver um educador que necessite 
delas, principalmente em cidades afastadas, que muitas vezes não têm acesso a 
toda tecnologia disponível. Mesmo assim, a inovação, principalmente na 
educação, é necessária, por isso são válidas as observações de Gatti (1993, 
p.33): 
Quando uma inovação surge no horizonte dos educadores, observa-se, 
em alguns, deslumbramento em função das possibilidades aventadas 
por essas inovações e, em outros, ceticismo crônico provocado quer pela 
decepção que professores, diretores e técnicos em educação vêm 
acumulandocom as políticas e propostas de inovações educacionais 
mal implementadas ou descontinuadas pelos sucessivos governos, quer 
pela acomodação natural que temos a nossas funções e pelo incômodo 
que inovações podem provocar, na medida em que estas exigem 
alterações de comportamento e uso de espaços e tempo já bem 
cristalizados. 
Não se deve esquecer que, para uma boa implementação do método EaD, 
é imprescindível ter profissionais qualificados e habituados com as novas 
tecnologias, e ainda preparados para mudanças, pois eles são os mediadores 
entre o aluno e o ensino. 
Para essa função, temos também os tutores acadêmicos. Esses 
profissionais desenvolvem competências específicas exigidas nessa modalidade, 
como assessorar os alunos em todas as suas disciplinas, ser inovador, interativo, 
proativo e comunicador. Ao mesmo tempo, devem permitir que o aluno 
desenvolva seu método próprio de aprendizado, criando independência didática e 
acadêmica, bem como sua própria autonomia, condição mínima exigida de um 
aluno EaD. 
O tutor acadêmico é uma das peças-chave para que se desenvolvam 
competências interculturais na EaD, pois é ele que incentiva e orienta os alunos 
em suas interações. Por esse motivo, esse profissional tem que ser o primeiro a 
 
 
9 
praticar a interação intercultural. Essas competências e a interação entre os 
alunos são naturais na modalidade a distância, pois pessoas de diferentes 
estados e até países têm a possibilidade de estar em constante contato, na 
maioria das vezes não físico, mas virtual. 
Morris e Hayes (1997, citados por Campos, 2003, p. 30) dizem que “a 
aprendizagem cooperativa gera benefícios para os alunos, pois eles precisam 
aprender a interagir com os outros membros do grupo, a exercitar a tomada de 
decisão e desenvolver habilidades de trabalho em grupo, tornando-se mais 
confiantes em expor publicamente seus pontos de vista.” A aprendizagem 
cooperativa é necessária para que os alunos trabalhem juntos na busca de um 
objetivo em comum, provocando, assim, o convívio intercultural. 
Nessa abordagem, temos três tipos de educação: a informal, a não formal 
e a formal. A educação informal trabalha a experiência de vida, o diálogo e a 
convivência entre as pessoas ao seu redor ou até mesmo por meio da 
independência acadêmica (autonomia). 
A educação não formal é muito comum em intercâmbios ou em 
Organizações Não Governamentais (ONG), e, fora do ambiente tradicional de 
ensino, é parecida com a educação informal, mas o que as diferencia, segundo 
Gohn (2008, p. 99-100), “é que nela [na educação não formal] existe a 
intencionalidade do sujeito em criar ou buscar determinadas qualidades e/ou 
objetivos”. 
A educação formal, por sua vez, é a mais comum e a mais utilizada, por se 
tratar do método mais antigo, com aulas planejadas. Porém, cabe ao profissional 
que vai guiá-la promover também a interação entre os alunos, seja presencial ou 
a distância. 
Por outro lado, a aprendizagem cooperativa, como o nome já diz, visa ao 
trabalho em grupo. Cada aluno tem uma responsabilidade na atividade proposta, 
mas o grupo é avaliado como um todo. Mais uma vez, o papel do tutor é 
fundamental: ele deve orientar seus alunos para que a tarefa a ser realizada fique 
clara, expondo o objetivo que deve ser alcançado 
De acordo com Alencastro (2013, p. 23): 
Há três elementos na definição de uma CoP: (1) domínio – deve existir 
um assunto sobre o qual a comunidade fala; (2) a própria comunidade – 
as pessoas devem interagir e construir relações entre si em torno do 
domínio; (3) a prática – é necessário [sic] a existência de uma prática e 
não apenas um interesse que as pessoas partilhem. Em síntese, deve 
 
 
10 
configurar um aprendizado coletivo em torno dos interesses da 
comunidade. 
As aprendizagens cooperativas realizadas em comunidades são muito bem 
aproveitadas, já que trabalham assuntos condizentes com seu dia a dia e que 
terão um real significado para as pessoas, trazendo-lhes soluções para questões 
corriqueiras. 
Ao mesmo tempo em que se vivencia um mundo globalizado, atrelado a 
inovações tecnológicas diárias, nunca houve tanta violência na sociedade. Talvez 
até houvesse, mas, pelo fato de a comunicação ser um tanto limitada, não era 
possível saber dos acontecimentos ao redor do planeta em tempo real. 
Entretanto, baseando-nos nas notícias que são divulgadas diariamente em 
diversos meios midiáticos, notamos que a violência anda desregrada nos últimos 
tempos, e que boa parte dela se deve à falta de respeito entre as pessoas e com 
relação às culturas alheias, bem como à falta de tolerância e de humanidade. 
As competências interculturais EaD podem amenizar essa situação por 
meio da socialização, de sua interação, levando cultura e respeito onde há 
ignorância e ódio, mostrando que a diferença apenas enriquece e que somente 
respeitando o próximo se consegue respeito para si. 
TEMA 3 – A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA DA EAD 
Atualmente, várias instituições de ensino superior estão autorizadas a 
ofertar cursos de graduação, de pós-graduação lato sensu e cursos sequenciais 
a distância, como você provavelmente já deve saber. Os avanços científicos e 
tecnológicos causaram impactos em diversos campos da vida social e 
educacional, trazendo novas exigências de escolarização básica superior. 
Fiorentini citado por Romanowski, 2010, p. 95) afirma que, no 
enfrentamento de novos desafios, a EaD apresenta-se como uma modalidade 
capaz de contribuir para a formação em locais diferentes dos grandes centros de 
produção do conhecimento. Com efeito, estudar a distância pode contribuir para 
a concretização das políticas públicas de formação docente, a oferta de 
oportunidades educativas e a participação na economia e no desenvolvimento da 
sociedade, minimizando os efeitos da exclusão social. 
Romanowski (2010, p. 97-99) ressalta que, para a formação de 
professores-tutores, os programas incluem desenvolvimento de habilidades e 
atitudes para o trabalho coletivo, definição de fundamentos teóricos do curso e 
 
 
11 
suas finalidades, seleção e preparação do conteúdo e das atividades de 
aprendizagem, pesquisa das fontes de informação e conhecimento, organização 
e sistematização dos materiais, motivação, interação e avaliação dos alunos. 
Conforme descrito pela autora, para o desempenho dessas funções, é 
imprescindível que o professor-tutor realize, permanentemente, sua própria 
formação e autoavaliação. A LDBN – Lei n. 9.394/1996 – soma-se às 
determinações legais e à reestruturação social, e a organização da produção 
exige um trabalhador capaz de aprender e de atuar em grupo. 
A escolha, nesse contexto, passa a valorizar o aprender a aprender, o que 
exige uma nova prática docente. Em decorrência disso, a própria formação dos 
professores será de um novo tipo. No Decreto n. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 
(Brasil, 1998), a qualificação acadêmica dos professores-tutores de EaD é de 
mesma natureza das exigências da educação presencial. Portanto, o professor-
tutor deverá ter titulação compatível nos cursos a distância. 
O curso de pedagogia, respeitada a base comum nacional, que designa a 
docência como eixo articulador da formação, tem por finalidade a formação dos 
profissionais da educação como administração, planejamento, inspeção, 
supervisão e orientação educacional. “A ação docente pertinente revela-se na 
capacidade de confrontar os problemas e buscar alternativas para o êxito da 
relação, conhecimento e despreparo frente às realidades, pela falta de 
compreensão da complexidade, das contradições e singularidades, tornam a 
prática aquém das expectativas.” (Romanowski, 2010, p. 117). 
O professor de EaD, em função dasatividades exercidas nos programas 
de formação, pode ser professor-tutor, orientador acadêmico ou professor titular. 
Ainda da perspectiva de Romanowski (2010, p. 96): 
Ensino a distância em que o material era organizado em impressos 
(livros, mapas, ilustrações etc.) distribuídos pelo serviço postal para o 
endereço indicado do aluno. Em alguns casos, havia supervisão de 
estudos, tutoria por telefone ou por escrito e avaliação também por 
correspondência. Esses programas atendiam o estudo independente, o 
estudo em casa, a formação vocacional. No Brasil, o Instituto Monitor 
Universal Brasileiro são pioneiros nesse ensino. 
Romanowski (2010) sinaliza que a educação para o futuro deve estar 
voltada para a compreensão do conhecimento contextualizado e interativo, uma 
vez que a construção do conhecimento não se dá de forma fragmentada, mas a 
partir da construção da totalidade. 
 
 
12 
É significativo ressaltar que, para entender a mediação da tecnologia nos 
cursos de formação de professores como disciplina ou como instrumento de 
apoio, é necessário ter como foco de atenção o contexto de desenvolvimento 
tecnológico crescente. Esse é um ponto importante e que não deve ser deixado 
de lado nos currículos das instituições (Rocha, 2009, p. 70). 
Deve-se considerar que o tutor precisa ter uma boa relação com os 
acadêmicos e funcionários que trabalham na EaD, desenvolvendo algumas 
habilidades como capacidade de liderança, além de ser um bom ouvinte. Para 
Gadotti (2003, p. 21), “O papel da educação não pode ser confundido apenas com 
sua ligação fundamental e intrínseca com o conhecimento e, muito menos, com a 
pura transmissão de informações”. 
Esse é um grande desafio para o tutor, que precisa adequar sua prática 
pedagógica às tecnologias da educação, usufruindo ao máximo essas 
ferramentas que auxiliarão sua metodologia e ensino-aprendizagem. Segundo 
Kensky (2007, p. 67): 
O uso das tecnologias em educação, da perspectiva orientada pelos 
propósitos da Sociedade da Informação no Brasil, exige a adoção de 
novas abordagens pedagógicas, novos caminhos que acabem com o 
isolamento da escola e a coloquem em permanente situação de diálogo 
e cooperação com as demais instâncias existentes na sociedade, a 
começar pelos próprios alunos. 
Educar não é somente transmitir conhecimentos, mas despertar 
perspectivas de um futuro melhor, colaborando na transformação da sociedade. 
TEMA 4 – A TECNOLOGIA NO ENSINO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
Rocha (2009, p. 53) ressalta que é a educação que inspira a tecnologia 
para a aventura de criar, inventar e projetar nossos bens, fugindo aos riscos de 
facilmente comprá-los. Educação e tecnologia devem caminhar juntas para 
construir o mundo real, sem as visões maravilhosas de um futuro tecnológico 
utópico e sem problemas. 
As modalidades de ensino presencial e a distância têm as suas 
especificidades, mas também apresentam princípios e objetivos semelhantes. A 
partir do avanço tecnológico, a EaD contempla um significativo lugar de 
socialização e acesso ao conhecimento científico. 
Oliveira (2009, p. 109) afirma que, nos ambientes virtuais propriamente 
ditos, os alunos já acessaram diretamente textos, desenhos, fotos animações, 
 
 
13 
sons e vídeos, na própria página do curso na internet. Eles podem salvar os 
arquivos disponíveis ou imprimi-los. Podem interagir com professores e outros 
alunos em chats ou fóruns de discussão. 
Testes, exercícios e demais atividades individuais e/ou em grupos são 
possíveis de serem executados e enviados imediatamente para o professor ou 
para todos os participantes. Percebemos que, na EaD, esses recursos são muito 
utilizados pelos acadêmicos e tutores, que, conforme pontuado a seguir, 
constituem-se como mediadores: 
Os materiais impressos – onde [sic] os interlocutores estão distantes no 
tempo e no espaço e que, também por essa razão, [a EaD] pode ser 
considerada adequada. Todavia, somente poderá ser considerada 
apropriada, se o texto estiver dotado das condições de textualidade; Os 
CDs – onde [sic] a linguagem oral assim como a escrita [sic] necessita 
ser clara, concisa, coesa, coerente, devendo contar, ainda, com os 
recursos de entonação e ritmo; Os DVDs – cujo texto é a imbricação das 
linguagens verbais e não verbais e ambas têm que ser adequadas para 
se complementarem no processo de significação; teleconferências e 
videoconferências (onde [sic] a interlocução é “ao vivo”), a fala tem que 
ser preponderantemente explicitadora; e-mail, sites, homepages – onde 
[sic] a hipertextualidade permeia a interlocução; Tantos quantos outros 
vierem. Entendo por hipertextualidade a característica de alguns textos 
– os hipertextuais – nos quais se encontram uma forma combinatória 
permutacional e interativa de multimídia, onde [sic] textos, sons e 
imagens. (Possari, 2002, p. 23) 
Para Oliveira (2009, p. 109), em alguns cursos de EaD prevê-se a ampla 
convergência de tecnologias a serem utilizadas. Planejam-se cursos em que o uso 
dos suportes computacionais e da internet se aliam ao uso de vídeos e imagens 
captados em tempo real, e programas radiofônicos e televisivos, além do acesso 
via telefone e correio postal. 
Elas se constituem enquanto [sic] ações reflexivas. E podem ocorrer, de 
fato, tanto na esfera da produção quanto na recepção. Para o nosso 
caso, enquanto [sic] educadores, as mediações precisam ser 
potencializadas, desenvolvidas, trabalhadas. E a escola pode e deve 
estar articuladas às demais esferas da sociedade civil na construção das 
alianças de transformação, na medida em que se inclua nesta luta de 
conquista de poder, junto às camadas excluídas e marginalizadas, com 
respeito ao acesso às mídias contemporâneas (Orofino, 2005, p. 51). 
Arroyo (citado por Oliveira, 2009, p. 78) enfatiza que o direito à educação e 
à cultura tem de superar a lógica do mercado e da sobrevivência. Devemos, sem 
dúvida, rever os conteúdos, readaptá-los ou ressignificá-los para sua idade social, 
cultural e cognitiva, mas sempre com o intuito de melhor garantir o direito ao saber 
e à cultura, e nunca para repensar migalhas do saber, dominar competências 
mínimas requeridas pelo mercado. 
 
 
14 
Da perspectiva de Rocha (2009, p. 162), a educação deve também ter isso 
presente na formação do cidadão, principalmente aquela que ocorre no ensino 
superior, formando pessoas com um senso crítico suficiente para perceber isso e 
saber fazer as suas escolhas com consciência e liberdade, sem nenhuma 
pressão. 
A contribuição mais significativa das oportunidades promovidas pelo uso 
de novas tecnologias na educação, segundo Rocha (2009, p. 82), foi o aumento 
do acesso ao ensino possibilitado pela EaD. Essa possibilidade veio aumentar a 
oferta de vagas, e hoje vemos muitas instituições oferecendo os mais variados 
cursos ao alcance de muitas pessoas, não importando a distância. 
Com base nessa constatação, vale observar que a EaD deve buscar uma 
qualidade igual ou próxima daquela oferecida pelos melhores cursos presenciais. 
Faria (2011, p. 83) nos lembra de que, por meio do “ensino por correspondência, 
[d]o rádio, [d]a televisão, [...] chega-se aos tempos atuais, com a atuação 
conjugada dos meios de comunicação”. 
Rocha (2009, p. 118-135) enfatiza que tudo isso também deve ser foco da 
política de EaD, possibilitando principalmente que os cursos e suas disciplinas 
trabalhem de forma harmônica e integrada em ações complementares e 
colaborativas. É importante que sejam previstas instâncias de acompanhamento 
e controle das ações, tais como: 
 ação docente na aula transmitida; 
 ação dos tutores nos polos de atendimento local; 
 ação docente na tutoria do conhecimento; 
 ação dos tutores no polo central; 
 açãodos tutores na avaliação; 
 ação dos gestores na administração do processo. 
Portanto, a recomendação do MEC é referência para a qualidade no uso 
de recursos tecnológicos. Percebe-se, assim, que o planejamento das ações tem 
que se preocupar com as condições de interação entre professores, tutores e 
alunos com esse nível de exigência. 
Vale salientar, no momento, a preocupação em assegurar como “prática 
muito valiosa” uma interação que permita ao estudante se reconhecer como 
pertencente a um grupo, pois ele terá à sua disposição recursos tecnológicos que 
não o deixam isolado, promovendo sua integração. 
 
 
15 
 A mediação pedagógica com tecnologias organizadoras é a forma como 
são realizadas as dinâmicas que promovem a aprendizagem, ou seja, 
são as estratégias utilizadas para o desenvolvimento do processo de 
aprendizagem. Uma aula pode ser realizada com exposição de um 
assunto, por meio de dinâmica de grupo, por leitura de textos, dentre 
outros. Também podemos considerar como tecnologia organizadora as 
técnicas construtivistas, montessorianas, tradicionais e outras que 
norteiam as ações pedagógicas dos professores. (Tajra, citado por 
Rocha, 2009, p. 150) 
Nesse sentido, a prática pedagógica pode e deve ser: 
Um diálogo constante entre professor-aluno, tendo como objetivo 
principal estimular o discente a comunicar suas sensações e 
experiências. A educação voltada para os meios deve – através de 
alguns conhecimentos básicos da linguagem imagética – contribuir para 
o desenvolvimento e a participação ativa da criança e da sociedade. 
(Silva, citado por Rocha, 2009, p. 152) 
Portanto, os saberes da experiência são conhecimentos adquiridos durante 
a prática (Romanowski, 2010, p. 55). São os resultados do fazer. Os saberes 
pedagógicos são aqueles que se referem aos conhecimentos da didática, da 
psicologia da educação, da sociologia da educação e das demais ciências 
educacionais. 
TEMA 5 – CONCEITOS E MODALIDADES DA EAD 
De acordo com Guarezi e Matos (2009), o material pedagógico foi apontado 
como elemento central de quem estuda a distância, colocado como elemento de 
qualidade nos cursos de EaD. Com o material, seja na forma impressa, em 
DVD/vídeo, via rádio ou mesmo internet, fica assegurada a facilitação do processo 
de ensino-aprendizagem dos estudantes. Porém, era dada pouca atenção ao 
processo comunicativo entre os envolvidos, que, quando existia, era de mão 
única: da instituição para os estudantes. 
A modalidade EaD vem se destacando cada vez mais, principalmente 
porque se adapta às diferentes realidades dos alunos e é um sistema que atende 
às necessidades de um público que vem crescendo a cada ano. 
A responsabilidade do profissional que deseja atuar nessa área é muito 
grande, por isso exige-se que tenha o conhecimento da história da EaD e de sua 
relação com diferentes contextos educacionais. Os conceitos de EaD mantêm em 
comum a separação física entre o professor e o aluno, e a existência de 
tecnologias para mediatizar a comunicação e o processo de ensino-
aprendizagem. 
 
 
16 
Guarezi e Matos (2009) afirmam que a EaD, quando aliada à larga escala, 
tem custos menores para a instituição e, consequentemente, para o aluno. Para 
cursos pagos, o não deslocamento também é um fator que diminui os custos para 
o aluno. Nesse contexto, essa modalidade aplica as tecnologias disponíveis para 
fazer acontecer o processo de ensino-aprendizagem, superando as barreiras de 
espaço e tempo, e, assim, influenciando sua história. 
De acordo com Rocha (2009, p. 83), o projeto pedagógico desses cursos 
deve vislumbrar uma educação em sintonia com a realidade dos estudantes, 
permitindo a formação de comunidades de aprendizagem por meio de 
dinamização e fortalecimento da autoaprendizagem de cada aluno, com 
acompanhamento e avaliação condizentes com a transformação do seu meio e 
das necessidades individuais e comunitárias do século XXI. 
FINALIZANDO 
A internet veio para mexer com os paradigmas educacionais, ou seja, é uma 
nova forma de integrar o processo de comunicação com o aluno, buscando a 
formação do sujeito para o mundo. 
Por meio do ambiente virtual ocorre a interação entre professor e aluno. 
Sendo assim, é importante que os alunos da educação superior compreendam o 
seu papel como aprendizes, mas também se preparem para atuar como 
profissionais críticos e ativos. 
Descrevemos aqui algumas iniciativas da EaD e apontamos experiências 
que marcaram diferentes momentos dessa modalidade de ensino, enfatizando 
que a coesão social é cada vez mais necessária nos dias atuais. 
Abordamos, por fim, os meios tecnológicos como recursos da 
aprendizagem dos alunos, de modo a esclarecer que, na era digital, os 
participantes interagem e colaboram em uma ação educativa que é continuamente 
avaliada nos cursos a distância. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
KENSKI, V. M. O desafio da Educação a Distância no Brasil. Disponível em: 
<http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/011.pdf>. Acesso em: 10 jul. 
2018. 
 
 
17 
Texto de abordagem prática 
RUBERTI, I.; PONTES, A. N. Mídia, educação e cidadania: considerações sobre 
a importância da alfabetização tecnológica audiovisual na sociedade da 
informação. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v. 3, n. 1, p. 21-27, 
dez. 2001. Disponível em: 
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Linguagem%20Visual/midia_educacao_e_ci
dadania_consideracoes_sobre_a_importancia_da_alfabetizacao_tecnologica_au
diovisual_na_sociedade_de_informacao.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2018. 
Saiba mais 
A EDUCAÇÃO e as novas tecnologias. Oliver Dias, 1º maio 2012. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=XdY57PMsTsQ>. Acesso em: 10 jul. 2018. 
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
ALENCASTRO, M. S. C. II Seminário – Temática Cultural em EAD: 
Competências Interculturais. Curitiba: Uninter, 2013. Disponível em 
<http://ava.grupouninter.com.br/claroline176/claroline/learnPath/navigation/viewer.
php>. Acesso em: 10 jul. 2018. 
BELLONI, M. L. Educação a Distância. 1. ed Campinas: Autores Associados, 
1999. 
BERG, E. A. Quem roubou o meu tempo? Os segredos da alta eficácia ao seu 
alcance. Curitiba: Juruá, 2010. 
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases 
da educação nacional. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 
dez. 1996. 
_____. Decreto n. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art. 80 da 
LDB (Lei n. 9.394/96). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 10 
fev. 1998. 
_____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais 
de qualidade para a educação superior a distância. Brasília: MEC; SEED, 2007. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/referenciaisead.pdf>. 
Acesso em: 11 jul. 2018. 
BRITO, G. da S.; PURIFICAÇÃO, I. da. Educação e novas tecnologias: um 
(re)pensar. Curitiba: InterSaberes, 2011. (Série Tecnologias educacionais). 
CAMPOS, F. C. A. Cooperação e aprendizagem on-line. Rio de Janeiro: DP&A, 
2003. 
CORTELAZZO, I. B. de C. Prática pedagógica, aprendizagem e avaliação em 
Educação a Distância. 2. ed. rev. Curitiba: Ibpex, 2010. 
CORTEZAZZO, I. B. de C.; ROMANOWSKI, J. P. Pesquisa e prática profissional: 
procedimentos de pesquisa. Curitiba: Ibpex, 2007. 
DURAND, T. Forms of incompetence. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON 
COMPETENCE BASED MANEGEMENT, 4., 1998. Oslo. Proceedings... Oslo: 
Norwegian School of Management, 1998. 
 
 
19 
FARIA, A. A. O instituto universal brasileiro e a gênese da educação a 
distância no Brasil. Curitiba: UTP, 2011. (Série Dissertações). 
FARIA, A. A.; LOPES, L. F. O que e o quemda EAD: história e fundamentos. 
Curitiba: InterSaberes, 2013. (Série Fundamentos da Educação). 
FURLAN, V. I. O estudo de textos teóricos: construindo o saber – metodologia 
científica: fundamentos e técnicas. Campinas: Papirus, 1989. 
GADOTTI, M. Educar é impregnar de sentido a vida. Revista Professor, v. 1, n. 2, 
nov. 2003. 
GATTI, B. A. Os agentes escolares e o computador no ensino. Revista de 
Educação e Informática, São Paulo, v. 4, p. 22-27, dez. 1993. Edição especial. 
GOHN, M. G. M. Educação não formal e cultura política: impactos sobre o 
associativismo no terceiro setor. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
GUAREZI, R. de C. M.; MATOS, M. M. de. Educação a distância sem segredos. 
Curitiba: Ibpex, 2009. 
KENSKY, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: 
Papirus, 2007. 
LE BOTERF, G. De La compétence: essai sur un attracteur étrange. In: _____. Les 
éditions d’organisations. Paris: Quatrième Tirage, 1995. p. 116. 
OLIVEIRA, M. A. M. Gestão educacional: novos olhares, novas abordagens. 6. 
ed. Petrópolis: Vozes, 2009. 
OROFINO, M. I. Mídias e mediação escolar: pedagogia dos meios, participação e 
visibilidade. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo, 2005. 
PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: 
Artmed, 1999. 
POSSARI, L. H. V. Educomunicação e EAD. Curitiba: FACINTER, 2002. 
ROMANOWSKI, J. P. Formação e profissionalização docente. 4. ed. ver. 
Curitiba: Ibpex, 2010. 
SARAIVA, K. Educação a distância: outros tempos, outros espaços. Ponta 
Grossa: Editora UEPG, 2010.

Outros materiais