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EL SIMCE EN CHILE: HISTORIA, PROBLEMATIZACIÓN Y RESISTENCIA RESUMO: O Sistema Nacional de Medição da Qualidade da Educação no Chile (SIMCE) é uma das políticas educacionais promovidas pela ditadura cívica militares no Chile (1973-1990) e seu experimento neoliberal. Seu objetivo inicial era criar uma ferramenta técnica para impactar as decisões de ambas as escolas – modificando o trabalho pedagógico para conseguir uma melhor pontuação - como as famílias - que escolheriam escolas SIMCE de melhor desempenho para seus filhos. Durante os governos neoliberais pós-ditaduras, o SIMCE adquiriu características dos testes de descargas consequências, que associam a medição a recompensas e punições para as comunidades escola Consistentemente, o SIMCE usa expandido incluindo, por exemplo, a concessão de incentivos econômicos aos professores, o fechamento de escolas baixos resultados, e a criação de rankings. Além disso, este teste de censo vem se expandindo progressivamente os seus graus e disciplinas, constrangendo o currículo, encorajando ensaios de preparação, de profissionalização do trabalho docente, aumentando a trabalho e estresse na comunidade escolar. O conjunto de políticas neoliberais apoiados pelo SIMCE dizimaram a educação pública e transformaram o Chile em um dos países com maior segregação educacional do mundo. As alianças promovidas pelo movimento estudantil após as mobilizações de 2006 e 2011, permitiram o surgimento de diversas iniciativas buscando a transformação do modelo educacional, uma delas é a Parada da Campanha no SIMCE. Esta campanha reúne professores, líderes de professores, estudantes, acadêmicos e representantes, que estão preocupados com as consequências do SIMCE nas escolas e sistema de educação pública, foram organizados para educar sobre seus efeitos, sua aplicação, e promover uma avaliação abrangente enraizada no conhecimento pedagógico Até agora a campanha passou por várias etapas: questionando mídia SIMCE; constituição de mesa central; diretrizes para um novo sistema de avaliação; constituição de mesas regionais e boicote nacional do teste; e reformulação. O objetivo deste trabalho é descrever a história do SIMCE e analisar as práticas da Campanha Alto ao SIMCE entre 2013 e 2016, destacando suas origens, estratégias e resultados. Esta análise é relevante no contexto do avanço de novas reformas conservadoras na América Latina, que colocam a avaliação em um lugar central através de testes de realização de alunos de alto impacto. Este trabalho pretende também tirar lições para abordar esses sistemas e redes de formuladores de políticas que os sustentam. PALAVRAS-CHAVE: Padronização; Redes; Ativismo 1. Antecedentes históricos: medir o desempenho para direcionar o mercado O papel central dos testes padronizados no Chile encontra sua origem na profunda transformação neoliberal realizada pela ditadura na década de 1980. Esta transformação implicou a destruição dos avanços feitos até 1973 que implicou uma democratização do sistema educacional, para dar origem a um estado subsidiária que reduziu seus gastos com educação (Ruiz, 2010) e deixou o crescimento do sistema educacional nas mãos do setor privado. Iván Núñez destaca que os sistemas de concessões são reconfiguradas para facilitar a ação privada: "A manutenção da política de subsídios é oferecida, ampliando-a além de estabelecimentos que recebem escolaridade insuficiente, anuncia uma ampla política de créditos e outros incentivos para indivíduos que instalam estabelecimentos de ensino e uma linha de desburocratização e expedição nas relações administrativas entre órgãos estatais e estabelecimentos privados "(Núñez, 1991: 93). O desenvolvimento do Sistema de Medição para a Qualidade da Educação (SIMCE) Ele reuniu a experiência de uma equipe técnica da Pontifícia Universidade Católica de Chile (PUC), que trabalha desde 1983, a pedido do Ministério da Justiça Educação (MINEDUC) da ditadura, na implementação de uma medição chamado de Teste de Avaliação do Desempenho Escolar (PER). Schiebelbein (1998) aponta que a implementação de um sistema de avaliação respondeu à necessidade de ter uma ferramenta para orientar a seleção de escolas por parte das famílias uma lógica de regulação do mercado, "Era esperado que os estabelecimentos educacionais competissem em qualidade por tornar-se mais atraente para potenciais "clientes". Esta necessidade exigida cobertura universal (não amostra) e preparação de relatórios para pais com as performances de cada aluno, individualmente "(Schiefelbein, 1998: 242). O PER - que mediu os temas de espanhol, matemática, ciências sociais e ciências naturais - então deu informações às escolas para induzir professores, numa lógica descentralizadora (Comissão para o desenvolvimento e uso do sistema de medição da qualidade da educação, 2003), para desenvolver estratégias pedagógicas tendendo a melhorar a aprendizagem dos alunos. Inicialmente é recomendado sua aplicação nos graus 2, 4, 6, 8 e 10, mas por razões financeiras apenas aplicadas no grau 4 e 8. Embora a intenção também fosse regulamentar a demanda em nome das famílias, a informação sobre os retornos foi dada apenas às escolas e autoridades ministeriais. Os primeiros resultados de PER mostraram alta correlação entre escores e baixo nível socioeconômico, entretanto, houve pouco uso informações imediatas de professores, diretores de escolas e autoridades educação, o que significava supor que as mudanças esperadas ocorreriam em mais lento (Himmel, 1997). Nenhum outro estudo foi realizado, exceto uma iniciativa do Centro de Melhoria, Experimentação e Pesquisa Estudos Pedagógicos (CPEIP) do MINEDUC em 1986. O alto custo do teste, a oposição das escolas à ameaça de consequências negativas, e o fato de que a PUC não entregou os bancos de dados ao MINEDUC, eles fizeram o acordo terminar em 1984. A partir de 1988, o ministro da educação da época, o engenheiro químico Juan Antônio Guzmán, decidiu criar o SIMCE. Aos objetivos do PER, foram adicionados novos indicadores: aceitação do trabalho educacional e de eficiência (aprovação e duração dos estudos). Este teste foi responsável em sua primeira etapa pelo pessoal da PUC e do MINEDUC, em um acordo que duraria três anos, período em que o teste passaria para responsabilidade exclusiva do MINEDUC, reduzindo assim o custo total em 33%. O custo O teste inicial em 1990 foi de 360 milhões de pesos (um milhão de dólares do epoch), onde 60% foi para projeto e processamento e 40% para administração do teste (Schiefelbein, 1998). No final da ditadura, em março de 1990, cinco elementos estruturaram a novo sistema escolar chileno: a) descentralização das escolas públicas ao nível da os municípios; b) privatização através do incentivo à oferta privada; c) estabelecimento do sistema de subsídio por estudante (seguindo as propostas de Milton Friedman voucher); d) padronização através de um currículo nacional e testes censitários (SIMCE); ee) marginalização de todas as agências de participação atores escolares (centros estudantis, organizações de trabalhadores da educação e sindicatos de professores). Estes elementos foram protegidos pela letra Constituição de 1980 que estabelecia que o direito à educação estava sujeito a liberdade de empresa no campo educacional (Cornejo, 2006; Inzunza, 2009). A lei O Ensino Constitucional Orgânico -LOCE- (1990) acrescentou que o Ministério da Educação A educação deve publicar os resultados do SIMCE em um jornal de circulação nacional, e cada escola, por sua vez, teve que torná-los conhecidos em um lugar visível. O novo consenso pós-ditadura envolveu a manutenção de cada um desses pilares, introduzindopolíticas de discriminação positiva que tendiam a beneficiar marginalmente à educação pública (Inzunza, 2009). As discussões políticas das comissões de educação da Concertación de partidos que governavam de 1990, descartou romper com a estrutura do sistema educacional construído pela ditadura no caso do SIMCE, isso significava sua legitimidade e progressiva sofisticação. 2. A legitimação internacional do SIMCE Na tese de doutorado de Inzunza (2014) demonstra como o SIMCE significava uma oportunidade para as agências internacionais consolidarem a opção de criar instrumentos de gestão nos vários sistemas educativos da região. O UNESCO veio especificamente trabalhando durante a década de 1980 na geração agenda a nível internacional para melhorar a recolha e utilização de informação (Hallak, J., 1990). Contemporaneamente com os movimentos dos próprios interesses da UNESCO, o Banco Mundial iniciou suas operações no Chile. Em uma reunião em maio 1991 entre Donald Holsinger (Banco Mundial), Cristián Cox (MINEDUC), Josefina Olivares (diretor do SIMCE) e Juan Carlos Tedesco e Ernesto Schiefelbein (UNESCO-OREALC), concluiu-se que o SIMCE precisava ser aperfeiçoado, o que Ele seria incluído no primeiro projeto do Banco Mundial no Chile (MECE I). Desta forma, o Banco Mundial contratou a UNESCO-OREALC para assessorar o MINEDUC na perfeição do SIMCE, que por sua vez contatou Anthony Somerset, que havia promovido no Quênia estratégias de tomada de decisão a partir dos resultados de testes padronizados (Schiefelbein, 1998). Além disso, o Escritório Regional para a América Latina e o Caribe (OREALC, UNESCO) gerou um estudo desenvolvido entre 1988 e 1991 para propor instrumentos técnicos e análise de novas dimensões da qualidade da educação (UNESCO-OREALC, 1994). A maioria da equipe era chilena da PUC e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Educacional (CIDE). O estudo foi publicado em 1994, o ano em que a UNESCO-OREALC lançou a iniciativa no México iniciar o Laboratório Latino-Americano de Avaliação da Qualidade da Educação (LLECE), liderado pelo chileno Juan Cassassus. O LLECE recebeu o apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), enquanto a UNESCO coordenou, e pesquisadores e desenvolvedores de políticas de a PUC e CIDE estruturaram o trabalho técnico. A primeira missão do laboratório foi promover a instalação de sistemas de avaliação em todos os países da região, usando a experiência SIMCE como um primeiro exemplo. Por seu turno, o Banco Mundial também promoveu sistemas de medição e avaliação da aprendizagem e sua utilização na tomada de decisão. Na verdade, isso elemento estava presente na maioria dos projetos de educação que este A organização financiou nos anos 1990 sob o item "fortalecimento institucional". No estudo da disseminação das políticas educacionais chilenas na década 1990, Inzunza 2014), destaca-se que os especialistas do SIMCE, especialmente Erika Himmel1 - que dirigiu, participou de vários projetos do Banco Mundial no região, destacando-se: Projeto de Qualidade da Educação Básica (Peru, 1994), Projeto Descentralização e Melhoramento do Ensino Secundário (Argentina, 1994), Projeto para a Melhoria da Qualidade da Educação Básica (Uruguai, 1994), e Projeto para a Melhoria do Ensino Secundário (Paraguai, 1995). No Projeto de Escola Morazámica (Honduras, 1995) incluiu a conclusão de uma viagem ao Chile para Conhecer o funcionamento do SIMCE. Os objetivos explícitos em relação à promoção de sistemas padronizados de avaliação pelo Banco Mundial três: a). Fornecer informações periódicas, válidas e confiáveis sobre os objetivos e desempenho nacional, facilitando assim a tomada de decisões. Pois isso foi fundamental que os resultados fossem divulgados; b). Promover uma cultura de avaliação através de campanhas e incentivos à investigação; c). Fortalecer a capacidade dos ministérios de buscar e usar informações oportuno, confiável e válido. A disseminação do SIMCE não ocorreu apenas através dos organismos internacional. As redes de políticas estabelecidas durante os anos 90 facilitaram a surgimento de outros canais. A PUC, por meio de cursos de pós-graduação, atraiu funcionários dos ministérios da educação de outros países da região. O papel principal desta universidade como entidade de apoio às diretrizes dos projetos MECE, com o objetivo de treinar seus alunos na linguagem e nas exigências dessas iniciativas. Erika Himmel voltou a desempenhar um papel central na formação de especialistas em medição, destacando sua ligação direta com estudantes do Paraguai. Esse prestígio conquistado pelos especialistas chilenos continuou acompanhando o desenvolvimento de políticas de medição padronizadas para a aprendizagem na região até nossos dias 3. mutações SIMCE 3.1. Competição e incentivos como motores do progresso educacional (1995- 1998) Após um período de instalação e assessoria internacional nos primeiros anos (1988- 1994) O SIMCE passou por várias transformações. Entre 1990 e 1997, o SIMCE mediu o censo de quarta e oitava séries nos temas de Matemática e Espanhol e através de amostras de Ciências Naturais e História. Em 1994, a décima série em matemática e espanhol. Também foram incluídos: a) estimadores fatores psicossociais (aceitação do trabalho educacional, desenvolvimento pessoal, atitudes ambiente e desenvolvimento da criatividade); b) informação técnico-administrativa das escolas (aprovação, reprovação e retirada). Levando em conta a crise orçamentária do primeiro governo pós-ditadura, O MINEDUC definiu a necessidade de direcionar seus recursos para políticas direcionadas. Neste O SIMCE serviu para selecionar as escolas de pior desempenho a receber recursos extras (Programa 900 Escolas). A primeira mudança ocorreu em 1995, quando os resultados não foram apenas entregues às escolas e organizações do sistema educacional, mas também à mídia conforme exigida pela LOCE. Esperava-se orientar famílias nas suas decisões, e gerar processos de melhoria nas escolas para superar seus resultados. Ao mesmo tempo, o MINEDUC cria o Sistema Nacional de Avaliação Performance (SNED), que introduziu incentivos aos professores para a realização e progresso nos resultados do SIMCE. 3.2.Sincronização e testes internacionais (1998-2003) Um segundo momento de mudança ocorreu a partir de 1998, quando instrumento deveria ter começado a adaptar-se às mudanças resultantes da reforma currículo iniciado em 1997 (Gysling, 2005). Para isso, o SIMCE foi localizado no nova Unidade de Currículo e Avaliação (UCE) do MINEDUC, que surge no contexto do projecto MECE II com o Banco Mundial, por outro lado, perguntas voltadas para a mensuração de habilidades cognitivas mais complexas, perguntas abertas, e o questionário de variáveis psicossociais foi eliminado. Mais tarde, no ano 2000 - após 12 anos do início dos testes os resultados eles consideraram a variável externa do nível socioeconômico. Por outro lado, foi introduzido Equação de procedimentos, além da teoria da resposta do item para "fazer comparações interanuais, descrevem o desempenho característico dos alunos que eles estão localizados em diferentes pontos da escala, realizam estudos de viés das questões, e incluir perguntas de vários níveis de dificuldade para medir com mais precisão alunos com desempenho muito diferente "(CDUSMCE, 2003). Processos de captura digital das respostas dos alunos, foi criado um sistema para correção de questões abertas on-line. Os relatórios dos resultados incluíram questões lançadas. Por outro lado, a participação do Chile em diferentes testes internacionais (LLECE, Estudo Internacional de Tendências Matemáticase Ciências -TIMSS-, Estudo Internacional de Educação Cívica -IEA- e Programa Avaliação Internacional de Alunos - PISA. 3.3. Autoavaliação e intensificação de mensuração (2003-2012) Entre junho e novembro de 2003, Sergio Bitar, Ministro da Educação do Naquela época, ele convocou uma comissão de especialistas para analisar e revisar o SIMCE, como o nome da Comissão para o Desenvolvimento e Uso do Sistema da Qualidade da Educação (CDUSCE) e presidido por Erika Himmel. Em termos de diagnóstico, o CDUSCE concluiu que o SIMCE era um instrumento legitimado de alta qualidade metodológica que consegue concentrar a atenção resultados de aprendizagem, destacando sua utilidade para concentrar recursos, exigir, introduzir incentivos e avaliar o impacto das políticas. Também foi feito observe a existência de problemas de compreensão e uso dos resultados por parte de professores e famílias. Por outro lado, o relatório reconhece práticas excludentes e seleção de estudantes, e concentração de recursos e esforços em estudantes medido pelo SIMCE. Embora a comissão tenha identificado esses problemas, as principais recomendações desta comissão apontaram para a intensificação da medição em termos de: a entrega de informações significativas aos professores para melhorar suas práticas pedagógicas; comunicação eficaz de informações (resultados), promovendo a responsabilização; a associação de incentivos e consequências para os resultados; e a incorporação de novas áreas curriculares avaliou e aumentou a frequência de testes. Com base nessas recomendações, em 2005, uma fase de reestruturação que envolveu a incorporação da Área de Estudos Internacionais, e a criação da Coordenação Técnica Nacional e da Coordenação Nacional de Gestão (Briones, 2013). Os resultados começam a ser entregues em termos de padrões de desempenho, o que permite que os resultados sejam desagregados de acordo com o nível de alunos. Esta nova estratégia permitiu em 2009 realizar o primeiro estudo de indicadores de progresso educacional baseados nos resultados do quarto e do oitavo ano. Por outro lado, intensificaram-se os testes incorporando: Produção Escrita (4ª série), Testes Especiais para alunos com deficiências visuais e auditivas (4ª série), Educação Física (8ª série), Tecnologias de Informação e Comunicação (10ª série) e Inglês (11º ano) Os relatórios foram modificados para fornecer sugestões para professores, diretores e pais e advogados, bem como um segundo relatório destinado a acadêmicos e autoridades para fornecer análises descritivas e explicativas dos resultados. Nesta fase, vivemos no Chile uma grande mudança na arena política educacional. O surgimento de alunos do ensino médio (Revolução do Pinguim) implicava uma modificação severa na agenda de prioridades do governo. De modo a nova Lei Geral de Educação (LGE) começou a ser estudada, projetada e aprovada para substituir a LOCE da ditadura (2009). Esta lei determina a criação de uma Agência para a Qualidade da Educação (ACE) que será responsável por medir padrões de aprendizagem do currículo nacional. Ao mesmo tempo, a Lei de Bolsa Escola Preferencial (Lei SEP 2008) articulou a opção de focalizar recursos nos contextos de maior necessidade e orientar o sistema através da rendição de contas, o que significava determinar que o SIMCE seria a medida a ser usada para medir o progresso ou declínio de cada uma das escolas. 3.4.Refining e resistência (2013-2016) A entrada em vigor do ACE significou o aumento das medições em graus e assuntos. O protesto social do movimento estudantil (de 2006 até hoje) uma demanda poderosa por um sistema educacional justo e de qualidade. As respostas de Estado chileno foram fundamentalmente dois: a repressão policial em primeiro lugar, e depois, uma revisão da legislação que não alterou os pilares essenciais da educação de mercado. Nesta perspectiva, as leis têm como objetivo fortalecer o papel avaliador do estado como se o problema central fosse a ausência de controle sobre o trabalho dos professores. O orçamento para o SIMCE aumentou de US $ 1.600.974 milhões (US $ 2,2 milhões) em 2003 para US $ 17.499.613 (US $ 26,5 milhões) em 2016, alcançando um recorde de US $ 22.124.291 milhões (US $ 40,1 milhões3) em 2014. Aumento explosivo nos últimos anos é demonstrativo da prioridade do SIMCE em relação ao apoio direto às escolas, nos anos de 2014 e 2015 o sistema escolar foi avaliado 17 vezes por ano, excedendo 10 vezes ao ano de 2010. Em meio ao entusiasmo tecnocrático do novo ACE surgiu uma crítica que começou a articular uma nova frente de resistência contra o SIMCE e a lógica do Mercado. Em 29 de agosto de 2013, foi publicado no site da pesquisa jornalista CIPER do Chile o "Manifesto para superar a padronização educacional em Chile "(Inzunza et al., 2013), que foi desenvolvido por um grupo de estudantes de pós-graduação e acadêmicos pertencentes ao Coletivo Uma Nova Educação. Este manifesto encontrou uma série de críticas que vários atores do sistema educacional tiveram sobre os efeitos do SIMCE e como ele progressivamente esmagou a ação ensino de aprendizagem profissional e estudantil. Após esta declaração, nasceu a Campanha alta para SIMCE, AaS). Na próxima seção, vamos passar pelas diferentes fases que esta campanha tem experimentado, suas características, conquistas e desafios. 4. A campanha Pare o SIMCE (AaS) A padronização através de testes como o PER e o SIMCE foi questionada desde a sua criação. Já nas negociações antes da chegada do primeiro governo pós-ditadura alguns formuladores de políticas problematizaram o caráter censo que ocorreu no Chile, Eu me lembro de uma discussão que tivemos na CIDE sobre o assunto de fazer testes padronizados nacionais, naquela época havia um que foi chamado PER, e a discussão que tivemos, eu lembro que me opus, eu disse que o significado para medir com um teste padronizado de cada menino, quando você pode fazer uma tente medir uma amostra, lá eles vão servir para a política, e você vai apagar uma quantidade impressionante de dólares. Então, por que um teste para o universo (Entrevista com um formulador de políticas do CIDE, Santiago, 2012). Também o sindicato nacional de professores pronunciou em seus congressos pedagogias (Primeiro Congresso Nacional de Educação de 1997 e Congresso Pedagógico Currículo de 2005) argumentando que o uso de testes padronizados distorções que afetam especialmente a educação pública, Potênciadores dessa realidade privatizante são o uso perverso de mecanismos tais como estudos comparativos enganosos entre setor privado e o público municipal, e particularmente o SIMCE, aprendizado padronizado de alunos avaliados nacionalmente, cujo resultados são usados para classificar os estabelecimentos e miná-los educação pública municipal. Estes estudos e estas medições para nada considerar as profundas desigualdades socioculturais e econômicas dos alunos de um e outro setor. No final, essas medidas só provam a estratificação social cada vez mais severa que nosso país sofre (Colegio de Professores, 2006: 15). Alguns pesquisadores, acadêmicos universitários e outros atores organizações educacionais organizaram seminários e documentos de análise crítica do SIMCE (OPECH, 2005). Além disso, as organizações estudantis mostraram uma posição ambivalente. Por um lado, os estudantes nas mobilizações de 2006 criticaram a fato de que as escolas estavam usando as horas adicionais do novo dia escolar completo para treinar os alunos a realizar o SIMCE. Por outro lado, os resultados do teste mostraram uma desigualdade histórica entre os níveis condições sócio-econômicas, que tem sido usado pelos estudantes como base para exigireducação pública justa e de qualidade para todos (CONES, 2012). A aparência de uma campanha como a da AaS responde a um acúmulo de essas críticas, a verificação das consequências negativas do SIMCE (empobrecimento desgaste de professores, estresse e professores, acentuação da segregação socioeconômica e discriminação de estudantes com "baixo desempenho" e, acima de tudo, um produto mobilização político- geracional de estudantes do ensino secundário e terciário do sistema educacional chileno. Nesse sentido, não é por acaso que a campanha nasceu de estudantes de pós-graduação que fizeram seus estudos fora do Chile, a maioria dos eles receberam doações do mesmo MINEDUC. O que uniu esses estudantes foi o fato compartilhar uma visão crítica compartilhada sobre o sistema educacional chileno e sua participação em debates acadêmicos e públicos. O mundo da pesquisa na educação no Chile até 2012 seguiu a agenda de políticas educacionais sem colocar uma crítica sistemática. De fato, uma forte linha de pesquisa promovido do estado estava (e ainda está) relacionando vários fatores como variáveis que afetam os resultados dos testes padronizados, que funciona como um cooptação de possibilidades críticas e transformadoras. A equipe AaS que foi formada, articulada em tabelas territoriais, reúne para profissionais e estudantes de pedagogia (30% dos membros), psicologia (30%), sociologia e antropologia (40%). Considerando a magnitude do desafio de transformar o sistema educacional Chileno, esse grupo optou por concentrar seus esforços em abordar exclusivamente SIMCE, uma vez que era uma política silenciosa, dominada pelo conhecimento técnico o consenso pós-ditadura. O SIMCE era um objetivo estratégico para questionar o status quo da arena da política educacional e estabelecer alianças entre vários atores educacionais. Durante o primeiro ano da campanha, três estratégias de trabalho foram delineadas válida até 2016: a desmistificação da narrativa hegemônica, a construção de coalizões com atores sociais que defendem a educação como um direito e, desenvolvimento de ações concretas que evitem as consequências do SIMCE no curto e médio prazo (Inzunza, 2015). 4.1.A batalha ideológico-cultural contra a lógica SIMCE (2013) Depois do manifesto contra a padronização da educação, o Alta Campanha SIMCAR tendo como objetivos: a) reunir os alunos, pais e mães, professores, diretores de escolas, acadêmicos e políticos para enfrentar consequências negativas do SIMCE e, b) democraticamente construir um novo sistema de avaliação definindo a educação como um direito social. AaS definido então que, para alcançar esses objetivos, um senso comum adverso tinha de ser contestado, desmantelando os pressupostos de neutralidade e excelência alojados neste teste. O trabalho deve ter como objetivo conscientizar sobre os efeitos perversos do SIMCE na vida das escolas, e como o silêncio de 25 anos de aplicação deste instrumento nos falou sobre um problema político subjacente. A principal tática para instalar o problema do SIMCE no debate sobre política educacional foi estabelecer presença constante na mídia dominante, para a qual eles escreveram colunas de opinião e cartas para os editores. Pouco a pouco, um relacionamento com a mídia progressista para facilitar a publicação de textos de AaS, bem como espaços de entrevista. Além disso, as contas foram criadas em Facebook para divulgar as publicações e desafiar autoridades e entidades ou pessoas que defenderam o SIMCE. Nestas tarefas, os alunos de pós-graduação uma liderança importante fazendo um trabalho on- line a partir dos diferentes países onde eles encontraram. Enquanto esta ofensiva midiática foi mantida, buscou-se iniciar coalizões de trabalhar para estabelecer uma mesa territorial na cidade de Santiago. Desta tabela organizações estudantis contatadas (escola e universidade), organizações de professores e associações de pais e mães. Assim, a mesa de Santiago estava crescendo com a participação de pessoas e organizações que conheciam o movimento. O trabalho orgânico envolveu a execução de reuniões semanais. Por outro lado, mesa internacional foi encarregado de fazer contatos com organizações como a Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação, Conselho Latino- Americano de Ciências Sociais, SaveOurSchools, Chicago TeachersUnion, SEPA Network (Idea Rede), Trinacional pelo Direito à Educação, entre outros. Esta linha de trabalho internacional envolvido divulgando a campanha em publicações e fóruns fora do Chile. O marco mais importante desta primeira etapa foi a publicação da "Carta aberto por um Novo Sistema de Avaliação Educacional ", que denuncia pesquisadores naturalizaram o uso do SIMCE em sua pesquisa, sistema que impactou negativamente a vida de professores e alunos. Da mesma forma, é convidado gerar um debate nacional sobre um novo modelo de avaliação. Esta carta foi assinada por mais de 100 pesquisadores em educação, e foi liderado por três Prêmios Educação Nacional Assim, o primeiro ano foi um período de concentração de ações no campo mais próximo dos participantes da campanha. O grande desafio para o próximo ano foi gerar ações e reflexões de organizações de todo o mundo escola 4.2.Mediatização, resposta política e novos limites (2014) Em 2014, a AaS aprofundou sua presença na mídia. Para o esforço de publicar frequentemente colunas e cartas aos editores, entrevistas de rádio e televisão. Essa visibilidade ajudou a ter uma resposta maior nas redes sociais. A campanha teve cobertura especial da mídia sobre as datas do calendário de inscrição e Publicação de resultados onde a AaS preparou declarações públicas em conjunto com associações de professores, federações de estudantes de escolas e universidades, e organizações de pais, mães e pais. A campanha propôs que as levantadas questões com base na suspensão do teste para dois anos para gerar o espaço de discussão técnica e política necessário para gerar um novo sistema de avaliação. De fato, representantes políticos foram convocados para subscrever uma carta, que foi recebida por 6 senadores e 11 deputados, que pediram a suspensão do teste por três anos afirmando que, "Hoje, o SIMCE é uma fonte de opressão para gerentes, professores e alunos, é um negócio lucrativo para aqueles que projetam e aplicam o teste e para aqueles que beneficiar da pressão para se render através de contratos para treinar os alunos, mas algo fundamental é que o SIMCE é um instrumento usado para acabar com a educação pública "(carta de 11 de dezembro de 2014 para MINEDUC). A campanha também convidou artistas de diferentes disciplinas para demonstrar em relação com o estreitamento curricular, o que implicou que o ensino das artes ver reduzida no tempo e relevância nas escolas. Então, mais de 190 artistas eles expressaram "Hoje a educação artística e cultural está ameaçada de extinção. A principal razão para essa redução de temas e conteúdos relacionados às artes e culturas tem sido a reparação do SIMCE. Essa situação prejudica a concepção de formação integral em educação, prejudicando seriamente nosso desenvolvimento como país "(Declaração Pública" Do mundo da arte e das artes no Chile solicitamos a suspensão indefinida do SIMCE ", 15 de julho de 2014). A conhecida citação de O Pequeno Príncipe "O essencial é invisível aos olhos" serviu como inspiração para um novo slogan de campanha "O essencial é invisível para o SIMCE". De feito, após a elaboração da declaração pública dos artistas, um dos atores simpatizantes da campanha personificaram o caráter de Saint Exupery para Trazer uma carta ao MINEDUC antes da entrega dos resultados do SIMCE. Em esta carta, juntamente com insistindo nosargumentos para parar a aplicação do teste, foi destinada a rever a legislação educacional existente, que colocou o SIMCE como o aspecto mais importante para a tomada de decisão no sistema. Durante outubro daquele ano, a campanha publicou algumas indicações para o organizações estudantis e famílias que optaram por não enviar o SIMCE, sem, no entanto, não houve nenhuma chamada explícita para boicotar o teste. Em termos de estrutura, a mesa de trabalho de Santiago acrescentou novos atores manter as reuniões semanais e sua presença nas mobilizações pelo direito à educação agendada por organizações estudantis. O apoio da mesa internacional continuou a ajudar a estabelecer alianças dentro do país, bem como divulgar a campanha em fóruns acadêmicos e ativismo educacional. A principal resposta do governo durante esse ano foi a formação de um comitê de especialistas convocado pela presidente Michelle Bachelet chamado "Task Team" (composto por proprietários de escolas, associações de professores e centros de estudos). Essa comissão trabalhou de julho de 2014 a janeiro de 2015 e foi reconhecida seu relatório final que: "Desde 2013, várias manifestações críticas do SIMCE foram demonstradas por movimentos sociais e um grupo de pesquisadores e acadêmicos que assinou uma carta aberta questionando várias características da medição nacional, bem como suas políticas associadas "(Equipe do Relatório Final de Tarefa, Mineduc). Em sua metodologia de trabalho, ele incluiu a entrevista com diversos atores do sistema, incluindo o Teachers 'College e o AaS. Ele também tinha uma arquibancada especial Erika Himmel e outros pesquisadores perto da formulação das políticas atuais. A equipe incluiu a análise da experiência internacional. Os principais As recomendações dessa equipe foram voltadas para: manutenção de testes censitários; observar com atenção e mais tempo o ordenamento ou categorização das escolas proposto por as novas leis de educação; comunicar de maneira especial a categorização de escolas às famílias para evitar mudar de escola; intervir ou revogar reconhecimento oficial das escolas em relação aos resultados ruins dos testes; fortalecer o monitoramento de intervenções estatais e empresas de consultoria educacional externa que atendem escolas; não publicar rankings escolares; conformar um conselho internacional de especialistas técnicos para revisar periodicamente instrumentos Em termos gerais, esta comissão sugere a manutenção do teste e suas consequências, removendo alguns dos elementos de pressão. No final desta etapa entendeu-se que a força do defensor da tecnocracia do SIMCE e sua lógica padronização prevaleceu sobre demandas sociais e evidências críticas, promover pequenas alterações no sistema de avaliação. Nesta perspectiva, foi fundamental para gerar um movimento básico crítico. 4.3. Resistência e repressão (2015) Em 2014, o curso das estratégias de AaS teve como objetivo sair da disputa propriamente acadêmico para enfocar a problematização em diferentes espaços social. 2015 é definido como um ano de ação e convocação de comunidades escolares e estudantes. O perfil da campanha se torna um coordenador ativista do qual as estratégias anteriores são acopladas para servir uma ofensiva com maior poder. Nesta perspectiva, a campanha de comunicação centrou-se na criação de conscientização dos efeitos cotidianos do SIMCE sobre alunos e professores, mais que nos discursos macro políticos de educação, que ainda estavam no olhar ideológico das tabelas de trabalho. O objetivo foi apontar para a constituição de forças de ação diversificadas, uma visão que permitiu promover a abertura de mais duas regiões do país. Além disso, alunos e professores começaram a comunicar com a campanha para obter informações e convidar membros da AaS para expor em seus espaços locais (principalmente escolas e universidades). O novo plano de avaliação do governo para o ano seguiu o recomendações menores da Equipe de Tarefa, estipulando pequenas alterações: redução de dois testes (permanecendo em 15), e uma campanha de comunicação do ACE apontando que é contra o desenvolvimento de rankings e as consequências negativas de SIMCE Esta resposta do governo, o estado do trabalho com as comunidades escolas e as tentativas autónomas de boicotar o teste dos anos anteriores e especialmente em 2014, constituíram cenário favorável para ação direta. Nesse sentido, as conexões são estabelecidas com as organizações estudantis e Professores mais ativos para promover um boicote para o mês de outubro. Desde a materiais de campanha foram preparados para informar e treinar comunidades as razões para a ação e como elas poderiam se defender contra tentativas de pressão. Embora a organização do boicote em si tenha sido difícil, dado o alto nível de dispersão de organizações de base, foram realizadas importantes demonstrações incluiu: uma concentração de estudantes do ensino médio em Santiago durante o mesmo dia do teste, uma quantidade de 30 a 50 escolas em todo o país mobilizadas (com leva ou recusas para dar o teste), além de centenas de estudantes em todo o país que não frequentaram a escola ou não responderam aos testes. A execução do boicote gerou fricção significativa nas e com as comunidades educativas. Oposição e crítica de O SIMCE não implica necessariamente uma provisão para ação direta nas escolas, assim, gerentes e professores estavam dispostos a reprimir os atos de objeção de consciência de outros professores e especialmente de estudantes4. Além disso, a ação a polícia age com a violência que fez do Chile um país tristemente conhecido no concerto dos atuais relatórios de direitos humanos. A campanha tentou reagir e apoiar os alunos entrando em contato com organizações de direitos humanos, não em algumas escolas, no entanto, a campanha e as ações pareciam dividir o com unidades. Nesta perspectiva, uma ênfase na geração e apoio da autonomia por parte das comunidades escolares, diversificando as formas e intensidades de resistência. 5. Uma ideologia inscrita no cotidiano: projeções e oportunidades A campanha Stop SIMCE foi um dos poucos casos em que um conjunto diversificado de atores ligados ao sistema educacional conseguiu manter um discurso crítico e proativo. O ativismo de seus membros permitiu superar as barreiras profissionais, de idade, gênero e status no sistema para abrir oportunidades de trabalho conjunto. A maior ambição é tentar gerar outra forma de conectar em um contexto onde o neoliberalismo devastou instituições e onde inscreveu-se na vida cotidiana dos corpos. Não mobilize e disposição mesmo para reprimir o boicote do SIMCE nos mostrou a profundidade do problema que a campanha está enfrentando. Essa conexão é contraditória e está permanentemente tensa. A luta ideológico-cultural continua e desafia o espaço mais íntimo das nossas escolas, recuperar a confiança nas capacidades e autonomias de cada um dos atores. AaS fez um esforço para compartilhar sua experiência em vários fóruns. O interesse em compartilhar lições aprendidas em fóruns internacionais permitiu aprenda com os outros e entenda o global dentro dessa luta local. O surgimento de campanhas como esta obedecem a uma acumulação histórico-política, a um amadurecimento sensibilidades e análises, onde a detecção de uma força permite aglutinar e formar um nó crítico para a ação. Além disso, essas conexões internacionais permitem considerar a possibilidade de estabelecer redes regionais e globais de resistência a processos de neoliberalização da educação (Anderson, G., online). Você pode reconhecer avanços importantes. Desnaturou o processo de padronização de altas consequências e seus supostos benefíciospara sistemas educativo e para as escolas em particular. Isso implicou mesmo que a partir da ideia de esmagadora e sem sentido, a tendência para a expansão desses testes seria interrompida. Também progresso tem sido feito na geração ou no aumento da presença de uma massa crítica de pesquisadores, professores, estudantes e famílias dispostos a mobilizar-se através da criação de várias estratégias de resistência. Também conseguiu estruturar proposta de um modelo de avaliação alternativa que reflita o reflexo da trabalho e evidência de pesquisa crítica em avaliação educacional (AaS (b)); Florez, 2014, 2015).
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