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UNIVERSIDADE PAULISTA IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE EXECUTORA DÉBORA A. DE OLIVEIRA - 1609676 REGINA LIMA DE OLIVEIRA SILVA VALÉRIA RIBEIRO DE SOUZA ANÁLISE CRÍTICA Regina Lima de Oliveira Silva Valéria Ribeiro de Souza (Assinatura e carimbo) (Assinatura e carimbo) SANTANA DE PARNAÍBA/SP 2019 O ABANDONO COMO EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL É na família que temos nosso primeiro contato com o mundo e nossos primeiros valores são formados, ou seja, é nossa “base de tudo” e ela exerce um papel fundamental em nossa formação como seres humanos; visto que o abandono é uma das expressões da questão social faz-se necessário analisar diante do contexto em que os sujeitos estão inseridos, e se dá pela falta de políticas públicas eficazes e programas sociais que visam apenas soluções paliativas. A questão social no Brasil nos traz reflexões acerca das relações de trabalho e capital; injustiça, desigualdade e exclusão social; falta de saneamento básico; habitações precárias; desemprego; migração do campo para a cidade, resultando no inchaço dos centros urbanos e na vulnerabilidade social (SANTOS, 2012). O abandono familiar se dá não só por conflitos familiares e desgaste da convivência familiar, mas também quando há algum transtorno psiquiátrico, e inúmeras pessoas que estão abrigadas na Associação Caritas Nossa Senhora da Escada perderam totalmente os vínculos familiares e a dificuldade em trabalhar esses vínculos se dá por conta da dificuldade em localizar a família e geralmente isso está diretamente ligado a distância do território de origem destas pessoas, pois muitas são de outros estados e o trabalho perpassa pela articulação com a rede de serviços de unidades e equipamentos, tais como: Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, Centro de Referência Especializado em Assistência Social - CREAS por meio do Cadastro Único - CadÚnico, Centro de Referência de Assistência Social - CRAS, Unidade Básica de Saúde - UBS, sistema da Justiça Eleitoral e Setores de Identificação da Polícia Civil (este quando estão indocumentados) e até mesmo quando há informações de endereços também é feita procura por sistemas de lista telefônicas, mas infelizmente o trabalho de investigação familiar começa a ter inúmeros entraves como quando há casos de saúde mental que o usuário não consegue passar nenhuma informação de nomes ou lugares, em ligações para Secretaria de Saúde e/ou UBS’s que muito dificilmente alguém atende ou os telefones disponibilizados dos serviços estão errados ou desatualizados; e o trabalho de localizar a família ou algum rastro comunitário acaba gerando um esgotamento de possibilidades. O serviço de acolhimento não é de longa permanência, mas com essas dificuldades as pessoas acabam ficando no serviço por mais tempo que o esperado e com isso é preciso passar o caso para o Ministério Público do Estado, mas isso também demora um tempo. Diante dessas dificuldades e falta de cruzamento de dados, poderia haver um sistema unificado de informações das pessoas e seus familiares, contendo endereços e telefones, um grande banco de dados, que cruze informações de todos os serviços ofertados no país (pois em algum momento a pessoa utilizou um serviço), de forma que estejam interligados e possam ser acessados especialmente pelo setor da Polícia Civil. Falta interesse tanto do estado, quanto dos municípios em padronizar isso e criar um sistema, sendo que até mesmo uma foto no cadastro já ajudaria na identificação de uma pessoa, ainda mais hoje que existem incontáveis pessoas desaparecidas. REFERÊNCIAS SANTOS, J. S. “Questão Social”: Particularidades no Brasil. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2012. SARTI, C. A. A família como espelho – Um estudo sobre a moral dos pobres. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
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