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Histórico da Gestão de Qualidade Historico da Qualidade Definição da Qualidade Gurus Da Qualidade Histórico da Gestão de Qualidade • Para entendermos o conceito de Gestão da Qualidade, avaliá-lo historicamente, para interpretar esse conceito e sua evolução à luz do ambiente produtivo vigente na época. • Se voltássemos no tempo e perguntássemos a um artesão o que significa qualidade e confrontarmos com trabalhadores de diversas épocas posteriores, receberemos respostas bastante diversas HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Inicialmente as atividades humanas se restringiam à coleta de alimentos e sua distribuição local, a estratégia da qualidade adotada era a inspeção imediata do produto pelos consumidores. • Séculos XVIII e XIX, predominava a produção artesanal, as peças de um determinado produto eram ajustadas manualmente umas às outras por artesãos qualificados, a inspeção final de qualidade era uma atividade informal e, na prática, descartável. • O artesão era um especialista que tinha domínio completo de todo o ciclo de produção, desde a concepção do produto até o pós-venda. Histórico da Gestão de Qualidade • Em sua época, o cliente estava próximo do artesão, explicitando suas necessidades, as quais o artesão procurava atender, pois sabia que a comercialização de seus produtos dependia muito da reputação de qualidade. • A qualidade percebida pelos clientes era uma função dos atributos de desempenho, utilidade e durabilidade do produto e era atribuída aos artífices qualificados Histórico da Gestão de Qualidade • Sob esta ótica, o artesão tinha uma abordagem de qualidade bem moderna, como o atendimento às necessidades do cliente. • Por outro lado, conceitos importantes para a área de qualidade moderna, como o de confiabilidade, conformidade, metrologia, tolerância e especificação, ainda eram embrionários. • O foco do controle da qualidade era o produto, não o processo, feito via inspeção de todos os produtos pelo artesão. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • A partir do final do século XIX e inicio do XX, o controle da qualidade começa a tomar o sentido que conhecemos com o advento da manufatura e com a administração científica, proposta por Taylor. • A inspeção formal atendia a necessidade de peças intercambiáveis. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Com o início da produção em larga escala, o intercambiamento das peças na linha de montagem passou a ser considerado fundamental • Tornou-se necessário o desenvolvimento de uma série de gabaritos e acessórios baseados em um modelo padrão das peças, que eram utilizados no alinhamento das ferramentas das máquinas de corte e na inspeção final. • Na década de 1920, a inspeção da qualidade assumiu oficialmente o papel de uma função independente dentro da empresa. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Na fase de inspeção (pela primeira vez), a qualidade foi vista como responsabilidade gerencial distinta e como função independente. • o trabalho de inspeção consistia em: – selecionar as técnicas de medição mais adequadas, – Verificar dimensões com o uso de ferramentas específicas e decidir entre o uso de amostras aleatórias (sem nenhuma base estatística) – e a inspeção de todas as unidades produzidas. • As peças defeituosas eram remetidas ao departamento de produção, para retrabalho ou descarte, evitando que chegassem ao consumidor final. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • A fase de inspeção se manteve inalterada por muitos anos. • As atividades do controle da qualidade limitavam-se à inspeção e atividades restritas como : – contagem, – classificação pela qualidade – reparos. • A solução de problemas era vista como fora da alçada e do campo de ação do departamento de inspeção médio HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Nos anos seguintes, o papel da qualidade foi redefinido devido ao constante aumento das quantidades e da complexidade dos produtos que elevavam os custos para obtenção de níveis razoáveis de qualidade. • Na década de 1930, as empresas Bell Telephone e Western Eletric criaram um grupo de trabalho para desenvolver e adaptar ferramentas estatísticas para uso no controle da qualidade. Técnicas de controle de processo e amostragem substituem a inspeção. (Shewhart) HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • A inovação foi o reconhecimento da variabilidade como um atributo normal dos processos produtivos. • A questão para os inspetores de qualidade passava a ser reconhecer o momento no qual a variação do resultado do processo poderia ou não ser considerada natural • Defini-se limites superiores e inferiores de controle para os mais diversos processos produtivos. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Esses limites são calculados como sendo a média natural do processo mais ou menos três desvios-padrão • Tanto a média quanto o desvio-padrão são obtidos por meio de um grande número de amostras de resultados do processo, caracterizando uma situação de funcionamento normal. • Estas amostras de peças dos processos são retiradas e inspecionadas com uma freqüência predeterminada. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Sempre que os resultados das medidas estão fora dos limites de controle, temos indício de que algo de anormal estaria ocorrendo, justificando a interrupção do processo produtivo e a inspeção de todas as peças fabricadas. • Com essas inovações, é possível obter níveis de qualidade bastante elevados, às custas de um aumento dos custos de inspeção, que seria facilmente compensado pela redução e gastos com retrabalho e perdas de material, bem como por meio do melhor nível de qualidade oferecido HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Na II Guerra Mundial, as fábricas dos países envolvidos foram direcionadas para suprir a demanda crescente por suprimentos diversos • Para agilizar a adesão das empresas de segmentos adversos ao bélico e ao mesmo tempo criar salva-guardas quanto à confiabilidade dos produtos, os militares ministraram treinamentos em estatística e criaram procedimentos fortalecendo o controle da qualidade, transformado-o em engenharia de controle de qualidade. • Nesta fase, existia a busca de uniformidade de produção através da utilização de técnicas estatísticas e antecipação da ocorrência de produtos defeituosos HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Foi nas décadas de 40 e 50 que se desenvolveu o referencial teórico que deu origem à era da garantia da qualidade nos Estados Unidos. Desenvolveram-se novas abordagens como: •a dos custos da qualidade (Juran) •a da engenharia de confiabilidade (Juran) •a do zero defeito (Crosby) •a do controle total da qualidade (Feigenbaum) • Estas abordagens mostraram que os custos totais da qualidade poderiam ser reduzidos por meio de um acréscimo dos custos de prevenção para as atividades de projeto de produto e processo, escolha de fornecedores, treinamento e motivação dos funcionários HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Curiosamente, embora os autores desta era da garantia da qualidade fossem norte-americanos e atuassem nos EUA, a utilização conjunta e efetiva destas ferramentas aconteceu inicialmente no Japão. • De uma forma geral, no final da década de 70 e na primeira metade da década de 80, estes conceitos da era da garantia da qualidade eram utilizados apenas em algumas empresas de ponta nos Estados Unidos (Microeletronica, aeroespacial e bélica) HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Nas décadas de 50 e 60, Deming e Juran foram ouvidos pelos dirigentes industriais japoneses, e tinham grande incentivo por parte da Japanese Union of Scientists and Enginneers(JUSE), por meio do seu presidente Sr Ishikawa. • Nos EUA, seu público continuava sendo de chefes de departamentos de controle de qualidade. • Em 1951, foi instituído no Japão o Prêmio Deming, com o objetivo de premiar as empresas que mais se destacassem na aplicação das idéias de Deming e de Juran. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • O comprometimento e participação da alta gerência foram essenciais para que nos anos seguintes a formação em qualidade passasse aos operários. • O controle estatístico de processos e as outras ferramentas da qualidade propostas por Deming, Juran e Ishikawa, se tornaram rotina utilizada pelos operários das indústrias japonesas, consolidando a idéia do controle total da qualidade HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • De uma forma geral, embora tenha havido uma mudança contínua na forma pela qual se busca aumentar a qualidade nas empresas, a definição implícita do termo “qualidade” para as empresas pouco se modificou ao longo dessas três “eras”. • A conformidade do produto com as especificações definidas pelo projeto permaneceu como a definição mais utilizada na prática, apesar de que na teoria tivesse havido grandes avanços. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Em meados da década de 70, Juran & Gryna definiam a qualidade como uma medida da adequação ao uso. • Assim, um produto, para ter qualidade deveria: – ter um bom projeto, – ser produzido em conformidade com este projeto, – ser seguro para a empresa e o cliente, – ter alta confiabilidade em uso (poucas falhas) – ter rápido reparo em caso de quebra. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Como última etapa do movimento da qualidade, temos o Gerenciamento Estratégico da Qualidade. • É uma abordagem: – mais ampla que as antecessoras, – intimamente ligada à lucratividade e aos objetivos empresariais básicos, – mais sensível às necessidades da concorrência, do consumidor – mais firmemente associada à ideia de melhoria contínua. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE • Não se pode identificar com precisão os primórdios da gestão estratégica da qualidade. • Esta forma de gestão da qualidade está calcada em princípios bem estabelecidos como: • a coordenação entre funções, • zero defeito, • custos da qualidade • controle estatístico da qualidade. • Os sistemas de gestão da qualidade foram se intensificando a partir da etapa da gestão da qualidade. • Alguns autores fazem marcações temporais entre as principais tendências, embora a intersecção e a complementaridade entre os modelos predominantes em cada época sejam grandes. • Uma das classificações temporais mais adotadas é a proposta por David Garvin, que classifica a evolução da qualidade em quatro eras, quais sejam: Inspeção; Controle Estatístico da Qualidade; Garantia da Qualidade e Gestão da Qualidade. As principais características dessas quatro eras estão descritas na seguir Identificação de Características Inspeção Controle Estatístico da Qualidade Garantia da Qualidade Gerenciamento Estratégico da Qualidade Preocupação básica verificação controle coordenação impacto estratégico Visão da qualidade um problema a ser resolvido um problema a ser resolvido um problema a ser resolvido, porém enfrentado pro - ativamente uma oportunidade de concorrência Ênfase uniformidade do produto uniformidade do produto com menos inspeção toda a cadeia de produção, desde o projeto até o mercado, e a contribuição de todos os grupos funcionais, especialmente os projetistas, para impedir falhas de qualidade. as necessidades de mercado e do consumidor Métodos instrumento de medição instrumentos e técnicas estatísticas programas e sistema s planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e a mobilização da organização Papel dos profissionais da qualidade inspeção, classificação, contagem e avaliação solução de problemas e a aplicação de métodos estatísticos mensuração da qualidade, planejamento da qualidade e projetos de programas estabelecimento de objetivos, educação e treinamento, trabalho consultivo com outros departamentos e delineamento de programas Quem é o responsável pela qualidade departamento de inspeção departamentos d e produção e engenharia todos os departamentos. A alta gerência envolve - se perifericamente com projeto, com planejamento e com a execução das políticas da qualidade todos na empresa, com a alta gerência exercendo forte liderança Orientação e abordagem “inspeciona” a qualidade “controla” a qualidade “constrói” a qualidade “gerencia” a qualidade Atualmente .... • Atualmente o desenvolvimento da Qualidade passou da Gestão da Qualidade Total (GQT, ou TQM em inglês) para a Gestão Estratégica da Qualidade (GEQ). • Esta abordagem caracteriza a qualidade como conectora dos vários processos dentro de uma organização. Por exemplo, liga finanças ao treinamento de pessoal, este à linha de produção com a contabilização de custos da má qualidade. Definições de qualidade • Qualidade é um termo que utilizamos cotidianamente, mas, se perguntarmos a diversas pessoas o significado deste termo, dificilmente chegaremos a um consenso. • Garvin (1987), após pesquisar várias definições de qualidade coletadas no ambiente corporativo e na literatura, classificou cinco abordagens distintas da qualidade, quais sejam: transcendental; baseada no produto; baseada no usuário; baseada na produção; baseada no valor. Cada uma dessas abordagens apresenta aspectos diferentes deste complexo conceito Abordagens • Garvin (1992) listou cinco abordagens gerais para definir qualidade: 1. abordagem transcendente, 2. abordagem baseada no produto 3. abordagem baseada no usuário 4. abordagem baseada na produção 5. Abordagem baseada no valor Abordagem Transcendente • Na qual o termo qualidade é sinônimo de excelência inata, é reconhecida pela experiência e não pode ser medida com precisão. Afirma-se que embora qualidade seja difícil de se definir, é absoluta e identificável em qualquer lugar do mundo através da experiência; • Dificuldade : pouca orientação prática Abordagem baseada no Produto • O maior número e as melhores características que um produto apresenta são sinônimos de qualidade. A qualidade é vista como uma variável precisa e mensurável, uma soma de vários atributos desejados em um produto. As diferenças de qualidade refletem, assim, diferenças da quantidade de algum ingrediente ou atributo de um produto. • Dificuldade : Um dos problemas com esta definição é que não depende de padrões ou referências externos, sendo que a avaliação de atributos do produto pode variar consideravelmente entre os indivíduos; Abordagem baseada no Usuário • aquela na qual qualidade atende às necessidades e preferências do consumidor. • O padrão de qualidade a ser seguido é a avaliação do usuário em relação às especificações. • Dificuldade: admite-se que cada cliente tenha diferentes desejos ou necessidades e que os produtos que atendem melhor suas preferências sejam os que eles acham os de melhor qualidade; Abordagem baseada na Produção• considera a qualidade como sinônimo de conformidade com as especificações. Por esta abordagem a definição de qualidade baseia-se na ideia da adequação da fabricação às exigências do projeto e às melhorias da qualidade; • Dificuldade: foco na eficiência e não na eficácia Abordagem baseada no Valor • Abordagem de difícil aplicação pois mistura dois conceitos distintos: excelência e valor • considera a qualidade em termos de custos e preços, acredita que a qualidade é o desempenho ou conformidade a um preço ou custo aceitável. • Cada abordagem tem uma visão da qualidade de acordo com seu foco e é difícil encontrar uma definição que não se enquadre em algumas das abordagens apresentadas • Da mesma forma, uma definição que englobe as cinco abordagens é difícil de se identificar. • Segundo Garvin todas as abordagens da qualidade têm um problema em comum: são vagas e imprecisas quando se trata de descrever os elementos básicos da qualidade do produto. Mas então, O que é qualidade ? • Vimos que o conceito da qualidade é subjetivo, de fácil visualização, mas difícil de se definir. • Juran afirma que a palavra qualidade tem múltiplos significados, porém há dois significados que dominam o uso desta palavra: 1. A qualidade consiste nas características do produto que vão ao encontro das necessidades dos clientes e dessa forma proporcionam a satisfação em relação ao produto. 2. A qualidade é a ausência de falhas. Definições 1. Juran (1991): Qualidade é adequação ao uso; 2. Deming (1990): Qualidade é o atendimento às necessidades atuais e futuras do cliente; 3. Crosby (1985): Qualidade é a conformidade com os requisitos; 4. Feigenbaum (1994): Qualidade é o melhor para certas condições do cliente; 5. Ishikawa (1986): Qualidade é a busca contínua das necessidades do cliente visando sua satisfação. Definições • Campos (1992) defende que um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. • Em outros termos pode-se dizer: – que atende perfeitamente = projeto perfeito; – de forma confiável = sem defeitos; – de forma acessível = baixo custo; – de forma segura. = segurança do cliente; – no tempo certo = entrega no prazo, no local e quantidade certos. Definições • A norma NBR ISO 9000:2000 define qualidade como “grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos • E você ..... Qual é a sua definição ? OS GURUS DA QUALIDADE • Gurus da Qualidade mais citados na literatura acadêmica e profissional: – Walter A. Shewhart, – W. Edwards Deming, – Joseph M. Juran, – Armand Feigenbaum, – Philip B. Crosby, – Kaoru Ishikawa – etc WALTER A. SHEWHART • Ficou conhecido como o pai do controle estatístico da qualidade, desenvolveu uma das ferramentas mais utilizadas no controle da qualidade até hoje – os gráficos de controle. • Ele também propôs o chamado = Ciclo PDCA W. EDWARDS DEMING • Considerado como pai do controle de qualidade no Japão e seu nome tornou-se o Prêmio Japonês da Qualidade – Deming Prize. • Definiu 14 preceitos chamados : “Os 14 pontos de Deming” 1. Crie constância de propósitos em torno da melhoria de produtos e serviços, buscando tornar-se competitivo, manter-se no negócio e gerar empregos. 2. Adote uma nova filosofia. Estamos em uma nova era econômica. Gerentes ocidentais precisam assumir o desafio, aprender suas responsabilidades e liderar o processo de mudança. 3.Acabe com a dependência da inspeção como forma de atingir a qualidade. Elimine a necessidade de inspeção em massa, construindo a qualidade do produto em primeiro lugar. 4. Elimine a prática de priorizar negócios com base no preço. Pense em 4.minimizar o custo total. Caminhe no sentido de um único fornecedor 5.para cada item e estabeleça um relacionamento de longo prazo, baseado na lealdade e na confiança. 6.Melhore constantemente o sistema de produção e de serviços, aprimorando a qualidade e a produtividade, e assim sempre diminuindo os custos. 7. Estabeleça o treinamento no trabalho (on the job). Estabeleça a liderança. O objetivo da supervisão deve ser ajudar trabalhadores e máquinas a fazer o trabalho melhor. 8. Elimine o medo, assim todos podem trabalhar efetivamente para a organização. 9. Quebre as barreiras entre os departamentos. Pessoal de pesquisa, projeto, vendas e produção devem trabalhar juntos, como uma equipe. 10.Elimine os slogans, exortações e metas para a força de trabalho, tais como defeito zero (zero defects) e novos níveis de produtividade. – Tais exortações apenas criam um ambiente de adversidade, pois as causas da baixa qualidade e produtividade pertencem ao sistema, indo além do poder da força de trabalho. – Elimine as quotas de trabalho no chão-de-fábrica. Substitua por liderança. – Elimine gerenciamento por objetivos. – Elimine gerenciamento por números e metas numéricas. Substitua por liderança. 11.Remova barreiras que impedem os trabalhadores de sentirem orgulho de seu trabalho. 12.Remova barreiras que impedem os gerentes e engenheiros de sentirem orgulho de seu trabalho. Isso significa abolir os índices anuais ou de mérito por objetivos. 13.Institua um vigoroso programa de educação e automelhoria. 14.Envolva todos da organização na tarefa de alcançar a transformação. A transformação é tarefa de todos. Joseph M. Juran • Romeno radicado nos Estados Unidos, graduou-se em engenharia e direito. Iniciou sua carreira no departamento de estatística da Western Eletric. • À semelhança de Deming, participou de várias eras da qualidade, por sua longevidade, e também atuou no Japão no pós-guerra; por sua atuação, alcançou projeção mundial. • Da experiência com empresas japonesas, ressaltava o grande envolvimento da alta administração e dos funcionários em vários aspectos da Gestão da Qualidade. • Trabalhou em varias de suas obras o conceito de Cliente- Fornecedor, ideia importantíssima para viabilizar os modernos modelos de produção puxada • Juran, em seus vários livros, Plannning and Practices in Quality Control (1951), Managerial Breakthrough (1964), Quality Planning and Analysis (1970), entre outros, ajudou a alçar a qualidade do âmbito operacional para o estratégico. • Foi o primeiro a propor uma abordagem dos custos da qualidade, classificando-os em três categorias: – falhas (externas e internas), – prevenção e – avaliação . • propôs também a “trilogia da qualidade” : – planejamento, – controle e – melhoria. • O planejamento da qualidade estabelece os objetivos de desempenho e o plano de ações para atingi-los. • O controle da qualidade consiste em avaliar o desempenho operacional, comparar com os objetivos e atuar no processo, quando os resultados se desviarem do desejado. • A melhoria da qualidade busca aperfeiçoar o patamar de desempenho atual para novos níveis, tornando a empresa mais competitiva. Armand Feigenbaum • Apregoava a combinação de características de produtos e serviços referente a marketing e engenharia, produção e manutenção, por meio dos quais os produtos e serviços em uso corresponderão as expectativas do cliente. • Qualidade constitui determinação do cliente e não da área técnica, de marketing ou da gerencia geral. • Ela é fundamentada na experiência real do cliente com o produto ou o serviço, medida de acordo com suasexigências – explicitas ou não, consistentes ou simplesmente percebidas, tecnicamente operacionais ou inteiramente subjetivas – e sempre representando algo variável em mercado competitivo Armand Feigenbaum - Filosofia • A qualidade esta ligada a cada função e a cada atividade dentro da organização, e não simplesmente à fábrica e à engenharia • também as funções tradicionalmente chamadas de "colarinho-branco", tais como marketing e as finanças, com o objetivo de manter elevado o padrão de qualidade, em níveis mais econômicos, criando o conceito de "custos da qualidade", e o de promover a plena satisfação do cliente. • Mais do que uma técnica de eliminação de defeitos nas operações industriais, a qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência Armand Feigenbaum Sendo assim Feigenbaum incluiu nove fatores que afetam a Qualidade - os chamados 9M – e são: 1. Markets (Mercados) – competição e velocidade de mudanças. 2. Money (Dinheiro) – margens de lucro estreitas e investimentos. 3. Mangement (Gerência) – qualidade do produto e assistência técnica. 4. Man (Pessoas) – especialização e Engenharia de Sistemas. 5. Motivation (Motivação)– educação e conscientização para a Qualidade 6. Materials (Materiais) – diversidade e necessidade de exames complexos. 7. Machines (Máquinas) – complexidade e dependência da Qualidade dos materiais. 8. Methods (Métodos) – melhores informações para tomada de decisão. 9. Mounting product requirements (Montagens do produto-requisitos) – fatores que devem ser considerados – poeira, vibração, etc. http://www.eps.ufsc.br/teses99/guazzi/ Crosby • é o autor da filosofia do "zero defeito", que se baseia na teoria de que a qualidade é assegurada se todos se esforçarem em fazer seu trabalho corretamente desde a primeira vez. A base filosófica para a cultura da qualidade desejada é delineada por quatro princípios da gestão da qualidade: 1. Definição: Qualidade é conformidade com os requisitos (e não: beleza, luxo, excelência). 2. Sistema de Trabalho: Prevenção de não-conformidades (e não: retrabalho, "seu dinheiro de volta", "atendimento ao cliente"). 3. Padrão de desempenho: Zero Defeito (e não: níveis aceitáveis de qualidade, bastante perto, quase certo). 4. Medida: Preço da não-conformidade (e não: avaliações subjetivas, opiniões, índices). • "Qualidade significa conformidade com os requisitos e só. Se você começar a confundir qualidade com elegância, brilho, dignidade, amor ou qualquer outra coisa, você vai perceber que todo mundo também tem outras idéias. Não fale sobre boa ou má qualidade. Fale sobre conformidade e não-conformidade. Se você não gosta dos requisitos, providencie para que sejam oficialmente mudados. Se você não ficar firme nesta atitude, todo mundo acaba definindo seus próprios padrões, e a última pessoa no fim-da- linha termina por decidir o que sai da empresa” Kaoru Ishikawa • Famoso pela criação do diagrama de causa e efeito (espinha de peixe ou ainda, Diagrama de Ishikawa), Ishikawa esteve na vanguarda da revolução japonesa para a qualidade. • Sua filosofia é voltada para a obtenção da qualidade total através de suas cinco dimensões: 1. Qualidade, 2. Custo, 3. Entrega/Atendimento, 4. Moral 5. Segurança • com a participação de todas as pessoas da empresa, desde a alta gerência até os operários do chão de fábrica. Ele enfatiza também a participação de todos nos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ).
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