Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
administre seu tempo Chutômetro como funciona o “peso” de cada questãoPontuação valores para você se dar bem Edicão ATUALIZADA Simuladão Completo Prepare-se bem e conquiste sua vaga! SI M UL AD ÃO CO M PL ET O Te m as qu e m ais ca em na s p rov as Corrida contra o relógio Um intensivo completo de estudo! Questões para praticar 110de Grupo Único PDF PaD Grupo Único PDF PaD 3 Enem | Simulado Chutômetro Enem De nada adianta acertar questões difíceis e errar as fáceis: possuem "pesos" diferentes A prova do Enem utiliza o sistema da Teoria da Resposta ao Item (TRI), que dá valores diferentes para as questões. O con- ceito determina que cada cohecimento adquirido é necessário para avançar em determinada área. Por exemplo, em Matemá- tica, questões de multiplicação (fácil), raiz quadrada (médio) e equação do 2º grau (difícil). Não se pode resolver uma equação sem conhecer multiplicação e raiz. Nesse sistema, o aluno que erra questão fácil e acerta uma difícil não leva vantagem. As questões são divididas por níveis de difi culdade e distribuidas em uma escala (0 à 1000) onde são colocadas as questões da ma- téria por seu grau de difi culdade. Cada questão ocupa uma posição: as mais fáceis abaixo de 500 e as mais difíceis acima de 500. A TRI analisa as respostas do aluno: se constata que ele errou muitas per- guntas da categoria "fácil" e acertou muitas perguntas da categoria "difícil", considera o fato estatisticamente improvável e deduz que ele chutou. Quando isso ocorre, a questão considerada chutada passa a valer menos porque parece ser incoerente com o padrão de respos- tas da prova e a média do aluno que chutou cai. Sendo assim, a nota fi nal do exame não é formada apenas pela quantidade de ques- tões acertadas, mas também pelo grau de difi culdade das questões acertadas combinadas à consistência geral de suas respostas. Editora Filiada Direção Geral Joaquim Carqueijó Gestão de Canais Vanusa Batista e Wellington Oliveira Gestão Administrativa Financeira Elisiane Freitas, Vanessa Pereira, e Pedro Moura Mídias Digitais Clausilene Lima e Sergio Laranjeira Distribuição em Bancas e Livrarias Total Express Publicações (Grupo Abril) Publisher Joaquim Carqueijó Gestão de Processos Editoriais Gabriela Magalhães Redação Matilde Freitas (MTB 67769/SP) e Saula Lima (MTB 82535/SP) Direção de Arte Tami Oliveira Design Julio Cesar Prava e Felipe Pradi Imagens:Adobe Stock / Shutterstock Atendimento ao Leitor Redação atendimento@caseeditorial.com.br Edições Anteriores http://loja.caseeditorial.com.br Vendas no Atacado vanusa@edicase.com.br (11) 3772-4303 - ramal 209 Produto desenvolvido por: Sócia-gerente Adriana Andrade: geral@edicase.pt PROIBIDA A REPRODUÇÃO total ou parcial sem prévia autorização da editora. PRESTIGIE O JORNALEIRO: compre sua revista na banca /edicasepublicacoes /edicasepublicacoes /edicasepublicacoes /edicasepublic NOS SIGA NAS REDES SOCIAIS! http://loja.caseeditorial.com.br/ Fabio Goulart Maldonado Grupo Único PDF PaD 4EdiCase Publicações Pontuação São 45 questões em cada disciplina. Fáceis, médias e difíceis. O MEC quer medir o domínio das competências, habilidades e conteúdos. Na nota fi nal é considerado a consistência das res- postas. A nota geral é formada por cinco notas: Ci ên ci as d a N at ur ez a (4 5 qu es tõ es ) Ci ên ci as H um an as (4 5 qu es tõ es ) Li ng ua ge m e C ód ig os (4 5 qu es tõ es ) M at em át ic a (4 5 qu es tõ es ) Re da çã o Sistema TRI Nota Geral (0 a 1000) Duas informações importantíssimas você pode deduzir com essa explicação: 1) Não pode errar questões fáceis; 2) A Redação tem um peso enorme no cálculo fi nal. Olho no relógio De que vale saber tudo sobre os assuntos mas não responder as questões à tempo? O Enem é provavelmente a prova mais longa e diferente que você já fez. Dois dias seguidos, 180 questões, uma redação e textos que pa- recem infi nitos. Você até começa responden- do tudo certinho, lendo os textos com calma e fazendo os cálculos com atenção. Mas no fi nal, as grandezas se tornam inversamen- te proporcionais e parece que quanto menos tempo sobra, mais questões parecem estar sem resposta. Absorva essas dicas: 1) Primei- ro os acertos! (foque nas questões que sabe); 2) Não sabe, pule! (deixe para depois); 3) Se- gunda leitura: resolvendo os mais difíceis!; 4) Chute! (mas com "categoria"). Não se pode perder tempo no Enem, por- tanto, nada de "procurar" questões fáceis. Siga o curso normal e deixe as que precisa pensar melhor para uma segunda leitura: garanta os pontos das que sabe. Uma boa média de tempo é responder 10 questões em meia hora. Mas não fi que olhan- do o relógio compulsivamente pois atrapalha o desempenho. Técnicas de chute Não vale a pena deixar questões em bran- co. Se o chute é sua última opção, chute com "categoria" quando o tempo de prova estiver acabando: vale muito mais um acerto casual do que uma resposta em branco. Para isso, as dicas de “chutes” só servem para quem estu- dou, pois até para chutar você deve ter noção de alguma coisa. Podemos deduzir que o alu- no saiba pelo menos uma das alternativas ou encontre uma totalmente errada. Eliminando pelo menos uma das alternativas já aumenta 20% sua probabilidade de acertar. Se fi car en- tre duas questões terá 50% de chance! 1) Eliminação: elimine o máximo de ques- tões para aumentar a probabilidade de acerto. 2) Semelhança: preste atenção nas alter- nativas semelhantes, há chance de uma delas ser a resposta correta. Exemplos: a) 10,8 a) 33 b) 15,2 Chance b)31 c) 15,5 c)34 d) 18,2 d)35 Chance e) 20,5 e)34,5 3) Repetição: verifi que se há respostas que se repetem, caso existam, estas tendem a ser as corretas. Exemplo: a) Cachorro e Cavalo b) Vaca e Gato c) Gato e Cachorro d) Gato e Macaco e) Cachorro e Macaco 4) Generalizando: expressões como "nun- ca/sempre, tudo/nada, todo(a)..." em uma resposta tem maior probabilidade de erro. Gato e Cachorro apa- recem mais vezes em todas as alternativas, a "c" reúne as mais citadas. Grupo Único PDF PaD 5 Enem | Simulado 1 - ENEM 2018 QUESTÃO 06 Resp: C “A Declaração Universal dos Direitos Hu- manos está completando 70 anos em tempos de desafi os crescentes, quando o ódio, a dis- criminação e a violência permanecem vivos”, disse a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Audrey Azoulay. "Ao fi nal da Segunda Guerra Mundial, a humanidade inteira resolveu promover a dig- nidade humana em todos os lugares e para sempre. Nesse espírito, as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um padrão comum de con- quistas para todos os povos e todas as na- ções”, disse Audrey. “Centenas de milhões de mulheres e ho- mens são destituídos e privados de condições básicas de subsistência e de oportunidades. Movimentos populacionais forçados geram violações aos direitos em uma escala sem precedentes. A Agenda 2030 para o Desen- volvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás – e os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso.” Segundo ela, esse processo precisa come- çar o quanto antes nas carteiras das escolas. Diante disso, a Unesco lidera a educação em direitos humanos para assegurar que todas as meninas e meninos saibam seus direitos e os direitos dos outros. Disponível em: https://nacoesunidas.org. Acesso em: 3 abr. 2018 (adaptado). Defendendo a ideia de que “os direitos hu- manos devem ser o alicercepara todo o pro- gresso”, a diretora-geral da Unesco aponta, como estratégia para atingir esse fi m, a A - inclusão de todos na Agenda 2030. B - extinção da intolerância entre os indivíduos. C 0 discussão desse tema desde a educação básica. Questões D - conquista de direitos para todos os povos e nações. E - promoção da dignidade humana em todos os lugares. 2 - ENEM 2018 QUESTÃO 11 Resp: B TEXTO I Imagem ALMEIDA, H. Dentro de mim, 2000. Fotografi a p/b. 132 cm x 88 cm. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. TEXTO II A body art põe o corpo tão em evidência e o submete a experimentações tão variadas, que sua infl uência estende-se aos dias de hoje. Se na arte atual as possibilidades de in- vestigação do corpo parecem ilimitadas – po- de-se escolher entre representar, apresentar, ou ainda apenas evocar o corpo – isso ocorre graças ao legado dos artistas pioneiros. SILVA, P. R. Corpo na arte, body art, body modifi cation: fronteiras. II Encontro de História da Arte: IFCH-Unicamp, 2006 (adaptado). Nos textos, a concepção de body art está relacionada à intenção de A - estabelecer limites entre o corpo e a com- posição. B - fazer do corpo um suporte privilegiado de expressão. C - discutir políticas e ideologias sobre o corpo como arte. Grupo Único PDF PaD 6EdiCase Publicações D - compreender a autonomia do corpo no contexto da obra. E - destacar o corpo do artista em contato com o expectador. 3 - ENEM 2018 QUESTÃO 12 Resp: D Defi cientes visuais já podem ir a algumas salas de cinema e teatros para curtir, em maior intensidade, as atrações em cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplicativo Whatscine, re- cém-chegado ao Brasil e disponível para os sistemas operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). Ao ser conectado à rede wi-fi de ci- nemas e teatros, o app sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela ou no palco com o espetáculo em andamento: o usuário, então, pode ouvir a narração em seu celular. O programa foi desenvolvido por pesqui- sadores da Universidade Carlos III, em Madri. “Na Espanha, 200 salas de cinema já ofere- cem o recurso e fi lmes de grandes estúdios já são exibidos com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro Luis Mauch, que trouxe a tecnolo- gia para o país. “No Brasil, já fechamos par- ceria com a São Paulo Companhia de Dança para adaptar os espetáculos deles! Isso já é um avanço. Concorda?” Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 25 jun. 2014 (adaptado). Por ser múltipla e apresentar peculiari- dades de acordo com a intenção do emissor, a linguagem apresenta funções diferentes. Nesse fragmento, predomina a função refe- rencial da linguagem, porque há a presença de elementos que A - buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo. B - defi nem o aplicativo, revelando o ponto de vista da autora. C - evidenciam a subjetividade, explorando a entonação emotiva. D - expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem denotativa. E - objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo a uma indagação. 4 - ENEM 2018 QUESTÃO 15 Resp: D Dia 20/10 É preciso não beber mais. Não é preciso sentir vontade de beber e não beber: é preci- so não sentir vontade de beber. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso fechar para balanço e reabrir. É preciso não dar de comer aos urubus. Nem esperanças aos urubus. É preciso sacudir a poeira. É preciso poder be- ber sem se oferecer em holocausto. É preciso. É preciso não morrer por enquanto. É preciso sobreviver oara verifi car. Não pensar mais na solidão de Rogério, e deixá-lo. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso enquanto é tempo não morrer na via pública. TORQUATO NETO. In: MENDONÇA, J. (Org.) Poesia (im)popular brasileira. São Bernardo do Campo: Lamparina Luminosa, 2012. O processo de construção do texto for- mata uma mensagem por ele dimensionada, uma vez que A - confi gura o estreitamento da linguagem poética. B - refl ete as lacunas da lucidez em descons- trução. C - projeta a persistência das emoções repri- midas. D - repercute a consciência da agonia ante- cipada. E - revela a fragmentação das relações hu- manas. 5 - ENEM 2018 QUESTÃO 16 Resp: A Somente uns tufos secos de capim empe- drados crescem na silenciosa baixada que se perde de vista. Somente uma árvore, grande e esgalhada mas com pouquíssimas folhas, abre-se em farrapos de sombra. Único ser nas cercanias, a mulher é magra, ossuda, seu ros- to está lanhado de vento. Não se vê o cabelo, coberto por um pano desidratado. Mas seus olhos, a boca, a pele – tudo é de uma aridez sufocante. Ela está de pé. A seu lado está uma pedra. O sol explode. Grupo Único PDF PaD 7 Enem | Simulado Ela estava de pé no fi m do mundo. Como se andasse para aquela baixada largando para trás suas noções de si mesma. Não tem retratos na memória. Desapossada e despo- jada, não se abate em autoacusações e re- morsos. Vive. Sua sombra somente é que lhe faz compa- nhia. Sua sombra, que se derrama em traços grossos na areia, é que adoça como um gesto a claridade esquelética. A mulher esvaziada emudece, se dessangra, se cristaliza, se mine- raliza. Já é quase de pedra como a pedra a seu lado. Mas os traços de sua sombra caminham e, tornando-se mais longos e fi nos, esticam- -se para os farrapos de sombra da ossatura da árvore, com os quais se enlaçam. FRÓES, L. Vertigens: obra reunida. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. Na apresentação da paisagem e da perso- nagem, o narrador estabelece uma correlação de sentidos em que esses elementos se entre- laçam. Nesse processo, a condição humana confi gura-se A - amalgamada pelo processo comum de desertifi cação e de solidão. B - fortalecida pela adversidade extensiva à terra e aos seres vivos. C - redimensionada pela intensidade da luz e da exuberância local. D - imersa num drama existencial de identi- dade e de origem. E - imobilizada pela escassez e pela opressão do ambiente. 6 - ENEM 2018 QUESTÃO 20 Resp: B Vó Clarissa deixou cair os talheres no pra- to, fazendo a porcelana estalar. Joaquim, meu primo, continuava com o queixo suspenso, batendo com o garfo nos lábios, esperando a resposta. Beatriz ecoou a palavra como per- gunta, “o que é lésbica?”. Eu fi quei muda. Joa- quim sabia sobre mim e me entregaria para a vó e, mais tarde, para toda a família. Senti um calor letal subir pelo meu pescoço e me doer atrás das orelhas. Previ a cena: vó, a senhora é lésbica? Porque a Joana é. A vergonha estava na minha cara e me denunciava antes mesmo da delação. Apertei os olhos e contraí o peito, esperando o tiro. [...] [...] Pensei na naturalidade com que Taís e eu levávamos a nossa história. Pensei na mi- nha insegurança de contar isso à minha famí- lia, pensei em todos os colegas e professores que já sabiam, fechei os olhos e vi a boca da minha vó e a boca da tia Carolina se tocando, apesar de todos os impedimentos. Eu quis sa- ber mais, eu quis saber tudo, mas não conse- gui perguntar. POLESSO, N. B. Vó, a senhora é lésbica? Amora. Porto Alegre: Não Editora, 2015 (fragmento). A situação narrada revela uma tensão fun- damentada na perspectiva do A - confl ito com os interesses de poder. B - silêncio em nome do equilíbrio familiar. C - medo instaurado pelas ameaças de puni- ção. D - choque imposto pela distância entre as gerações. E - apego aos protocolos de conduta segundo os gêneros. 7 - ENEM 2018 QUESTÃO 23 Resp: E O trabalho não era penoso: colar rótulos, meter vidros em caixas, etiquetá-las, selá- -las, envolvê-las em papel celofane, branco, verde, azul, conforme o produto, separá-las em dúzias... Era fastidioso. Para passar mais rapidamente as oito horas havia o remédio: conversar. Era proibido, mas quem ia atrás de proibições? O patrão vinha? Vinha o encarre-gado do serviço? Calavam o bico, aplicavam- -se ao trabalho. Mal viravam as costas, vol- tavam a taramelar. As mãos não paravam, as línguas não paravam. Nessas conversas inter- mináveis, de linguagem solta e assuntos crus, Leniza se completou. Isabela, Afonsina, Idália, Jurete, Deolinda – foram mestras. O mun- do acabou de se desvendar. Leniza perdeu o tom ingênuo que ainda podia ter. Ganhou um jogar de corpo que convida, um quebrar de Grupo Único PDF PaD 8EdiCase Publicações olhos que promete tudo, à toa, gratuitamente. Modifi cou-se o timbre de sua voz. Ficou mais quente. A própria inteligência se transformou. Tornou-se mais aguda, mais trepidante. REBELO, M. A estrela sobe. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. O romance, de 1939, traz à cena tipos e situações que espelham o Rio de Janeiro da- quela década. No fragmento, o narrador deli- neia esse contexto centrado no A - julgamento da mulher fora do espaço do- méstico. B - relato sobre as condições de trabalho no Estado Novo. C - destaque a grupos populares na condição de protagonistas. D - processo de inclusão do palavrão nos há- bitos de linguagem. E - vínculo entre as transformações urbanas e os papéis femininos. 8 - ENEM 2018 QUESTÃO 24 Resp: A A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo Resumo: Este artigo tem por fi nalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comér- cios do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos nes- sas imagens dissemina um imaginário racis- ta apresentado sob a forma de uma estética racista que camufl a a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos pro- dutos apresentados. O discurso midiático-pu- blicitário dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista cons- truída e atuante no cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se que o trabalho antirra- cismo, feito nos diversos espaços sociais, con- sidere o uso de estratégias para uma “desco- lonização estética” que empodere os sujeitos negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da diversidade. Palavras-chave: Estética, racis- mo, mídia, educação, diversidade. SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n.16, jun. 2017 (adaptado). O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gê- nero resumo de artigo acadêmico. Na estru- tura desse texto, essa função é estabelecida pela A - impessoalidade, na organização da objeti- vidade das informações, como em "Este artigo tem por fi nalidade" e "Evidencia-se". B - seleção lexical, no desenvolvimento se- quencial do texto, como em “imaginário ra- cista” e “estética do negro”. C - metaforização, relativa à construção dos sentidos fi gurados como nas expressões “descolonização estética” e “discurso midiáti- co-publicitário”. D - nominalização, produzida por meio de processos derivacionais na formação de pa- lavras, como “inferiorização” e “desvaloriza- ção”. E - adjetivação, organizada para criar uma terminologia antirracista, como em “ética da diversidade” e “descolonização estética”. 9 - ENEM 2018 QUESTÃO 26 Resp: E Tanto os Jogos Olímpicos quanto os Pa- ralímpicos são mais que uma corrida por re- cordes, medalhas e busca da excelência. Por trás deles está a fi losofi a do borão Pierre de Coubertin, fundador do Movimento Olímpico. Como educador, ele viu nos Jogos a oportu- nidade para que os povos desenvolvessem valores, que poderiam ser aplicados não so- mente ao esporte, mas à educação e à socie- dade. Existem atualmente sete valores asso- Grupo Único PDF PaD 9 Enem | Simulado ciados aos Jogos. Os valores olímpicos são: a amizade, a excelência e o respeito, enquanto os valores paralímpicos são: a determinação, a coragem, a igualdade e a inspiração. MIRAGAYA, A. Valores para toda a vida. Disponível em: www. esporteessencial.com.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado). No contexto das aulas de Educação Física escolar, os valores olímpicos e paralímpicos podem ser identifi cados quando o colega A - procura entender o próximo, assumindo atitudes positivas como simpatia, empatia, honestidade, compaixão, confi ança e solida- riedade, o que caracteriza o valor da igualda- de. B - faz com que todos possam ser iguais e receber o mesmo tratamento, assegurando imparcialidade, oportunidades e tratamentos iguais para todos, o que caracteriza o valor da amizade. C - dá o melhor de si na vivência das diver- sas atividades relacionadas ao esporte ou aos jogos, participando e progredindo de acordo com seus objetivos, o que caracteriza o valor da coragem. D - manifesta a habilidade de enfrentar a dor, o sofrimento, o medo, a incerteza e a intimi- dação nas atividades, agindo corretamente contra a vergonha, a desonra e o desânimo, o que caracteriza o valor da determinação. E - inclui em suas ações o fair play (jogo lim- po), a honestidade, o sentimento positivo de consideração por outra pessoa, o conheci- mento dos seus limites, a valorização de sua própria saúde e o combate ao doping, o que caracteriza o valor do respeito. 10 - ENEM 2018 QUESTÃO 27 Resp: C Mais big do que bang A comunidade científica mundial rece- beu, na semana passada, a confirmação oficial de uma descoberta sobre a qual se falava com enorme expectativa há alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astro- física Harvard-Smithsonian revelaram ter obtido a mais forte evidência até agora de que o universo em que vivemos começou mesmo pelo Big Bang, mas este não foi ex- plosão, e sim uma súbita expansão de ma- téria e energia infinitas concentradas em um ponto microscópico que, sem muitas opções semânticas, os cientistas chamam de “sin- gularidade”. Essa semente cósmica perma- necia em estado latente e, sem que exista ainda uma explicação definitiva, começão a inchar rapidamente [...]. No intervalo de um piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portanto, que ocorressem mais de 10 tri- lhões de Big Bangs. ALLEGRETTI, F. Veja, 26 mar. 2014 (adaptado). No título proposto para esse texto de di- vulgação científi ca, ao dissociar os elementos da expressão Big Bang, a autora revela a in- tenção de A - evidenciar a descoberta recente que com- prova a explosão de matéria e energia. B - resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências para a teoria do Big Bang. C - sintetizar a ideia de que a teoria da expan- são de matéria e energia substitui a teoria da explosão. D - destacar a experiência que confi rma uma investigação anterior sobre a teoria de maté- ria e energia. E - condensar a conclusão de que a explosão de matéria e energia ocorre em um ponto mi- croscópico. 11 - ENEM 2018 QUESTÃO 29 Resp: C TEXTO I Também chamados impressões ou ima- gens fotogramáticas [...], os fotogramas são, numa definição genérica, imagens realiza- das sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nas- ceu junto com a fotografia e serviu de mo- Grupo Único PDF PaD 10EdiCase Publicações delo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. Repre- sentou mesmo, ao lado das colagens, foto- montagens e outros procedimentos técni-cos, a incorporação definitiva da fotografia à arte moderna e seu distanciamento da re- presentação figurativa. COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000. TEXTO II Imagem RAY, M. Rayograph, 1922. 23,9 x 29,9 cm. MOMA, Nova York. Dis- ponível em: www.moma.org. Acesso em: 18 abr. 2018 (adaptado). No fotograma de Man Ray, o “distancia- mento da representação fi gurativa" a que se refere o Texto I manifesta-se na A - ressignifi cação do jogo de luz e sombra, nos molde surrealistas. B - imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista. C - composição experimental, fragmentada e de contornos difusos. D - abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfi ca. E - imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos. 12 - ENEM 2018 QUESTÃO 31 Resp: D A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. [...] O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organi- zado para ser jogado, mas para impedir que se joque. A tecnocracia do esporte profi ssional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofi a a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte ainda aparece nos campos, [...] algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade. GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra. Porto Alegre: L&PM Pockets, 1995 (adaptado). O texto indica que as mudanças nas práti- cas corporais, especifi camente no futebol, A - fomentaram uma tecnocracia, promoven- do uma vivência mais lúdica e irreverente. B - promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos, para que fossem inovadores. C - incentivaram a associação dessa manifes- tação à fruição, favorecendo o improviso. D - tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa. E - contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem como acompanhado de tor- cedores. 13 - ENEM 2018 QUESTÃO 28 Resp: A Imagem Disponível em: www.separeolixo.gov.br. Acesso em: 4 dez. 2017 (adaptado). Grupo Único PDF PaD 11 Enem | Simulado Nessa campanha, a principal estratégia para convencer o leitor a fazer a reciclagem do lixo é a utilização da linguagem não verbal como argumento para A - reaproveitamento de material. B - facilidade na separação do lixo. C - melhoria da condição do catador. D - preservação de recursos naturais. E - geração de renda para o trabalhador. 14 - ENEM 2018 QUESTÃO 32 Resp: B Imagem Fototgrafi a: LUCAS HALLEL. Disponível em: www.fl ickr.com. Acesso em: 16 abr. 2018 (adaptado) O grupo O Teatro Mágico apresenta com- posições autorais que têm referências esté- ticas do rock, do pop e da música folclórica brasileira. A originalidade dos seus shows tem relação com a ópera europeia do século XIX a partir da A - disposição cênica dos artistas no espaço teatral. B - integração de diversas linguagens artísticas. C - sobreposição entre música e texto literário. D - manutenção de um diálogo com o público. E - adoção de um enredo como fi o condutor 15 - ENEM 2018 QUESTÃO 30 Resp: E Eu sobrevivi do nada, do nada Eu não existia Não tinha uma existência Não tinha uma matéria Comecei existir com quinhentos milhões e quinhentos mil anos Logo de uma vez, já velha Eu não nasci criança, nasci já velha Depois é que eu virei criança E agora continuei velha Me transformei novamente numa velha Voltei ao que eu era, uma velha PATROCÍNIO, S. In: MOSÉ, V. (Org.). Reino dos bichos e dos animais é meu nome. Rio de Janeiro: Azougue, 2009. Nesse poema de Stela do Patrocínio, a sin- gularidade da expressão lírica manifesta-se na A - representação da infância, redimensiona- da no resgate da memória. B - associação de imagens desconexas, arti- culadas por uma fala delirante. C - expressão autobiográfi ca, fundada no re- lato de experiências de alteridade. D - incorporação de elementos fantásticos, explicitada por versos incoerentes. E - transgressão à razão, ecoada na descons- trução de referências temporais. 16 - ENEM 2018 QUESTÃO 34 Resp: B TEXTO I Imagem GRIMBERG, N. Estrutura vertical dupla. Disponível em: www. normagrimberg.com.br. Acesso em: 13 dez. 2017. Grupo Único PDF PaD 12EdiCase Publicações TEXTO II Imagem Urna cerimonial marajoara. Cerâmica. 1400 a 400 a.C. 81 cm. Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em: www.museunacional.ufrj.br. Acesso em: 11 dez. 2017. As duas imagens são produções que têm a cerâmica como matéria-prima. A obra Estru- tura vertical dupla se distingue da urna fune- rária marajoara ao A - evidenciar a simetria na disposição das pe- ças. B - materializar a técnica sem função utilitária. C - abandonar a regularidade na composição. D - anular possibilidades de leituras afetivas. E - integrar o suporte em sua constituição. 17 - ENEM 2018 QUESTÃO 35 Resp: A o que será que ela quer essa mulher de vermelho alguma coisa ela quer pra ter posto esse vestido não pode ser apenas uma escolha casual podia ser um amarelo verde ou talvez azul mas ela escolheu vermelho ela sabe o que ela quer e ela escolheu vestido e ela é uma mulher então com base nesses fatos eu já posso afi rmar que conheço o seu desejo caro watson, elementar: o que ela quer sou euzinho sou euzinho o que ela quer só pode ser euzinho o que mais podia ser FREITAS, A. Um útero é do tamanho de um punho. São Paulo: Cosac Naify, 2013. No processo de elaboração do poema, a autora confere ao eu lírico uma identidade que aqui representa a A - hipocrisia do discurso alicerçado sobre o senso comum. B - mudança de paradigmas de imagem atri- buídos à mulher. C - tentativa de estabelecer preceitos da psi- cologia feminina. D - importância da correlação entre ações e efeitos causados. E - valorização da sensibilidade como carac- terística de gênero. 18 - ENEM 2018 QUESTÃO 38 Resp: B Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de manchas sangrentas. Moído, virando a cabe- ça com difi culdade, eu distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, en- rolaram-me em panos molhados com água de sal – e houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o pro- cedimento da fi lha e esta afl igiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guradei ódio a minha mãe: o culpado era o nó. RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1998. Num texto narrativo, a sequência dos fa- tos contribui para a progressão temática. No fragmento, esse processo é indicado pela A - alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo. B - utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados. C - indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados. Grupo Único PDF PaD 13 Enem | Simulado D - justaposição de frases que relacionam se- manticamente os acontecimentos narrados. E - recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a narrativa. 19 - ENEM 2018 QUESTÃO 43 Resp: A Encontrando base em argumentos su- postamente científi cos, o mito do sexo frá- gil contribuiu historicamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamen- te na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a par- ticipação da mulher no campo das práticas esportivas. As desconfi anças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente associadas ao medo de mas- culinizar o corpo feminino pelo esforço físi- cointenso. Em relação ao futebol feminino, o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para proteger a feminili- dade da mulher “normal”. Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o inadequado à deli- cadeza. Na verdade, as mulheres eram con- sideradas incapazes de se adequar às múlti- plas difi culdades do "esporte-rei". TEIXEIRA, F. L. S.; CAMINHA, I. O. Preconceito no futebol feminino: uma revisão sistemática. Movimento, Porto Alegre, n. 1, 2013 (adaptado). No contexto apresentado, a relação entre a prática do futebol e as mulheres é caracte- rizada por um A - argumento biológico para justifi car desi- gualdades históricas e sociais. B - discurso midiático que atua historicamen- te na desconstrução do mito do sexo frágil. C - apelo para a preservação do futebol como uma modalidade praticada apenas pelos ho- mens. D - olhar feminista que qualifi ca o futebol como uma atividade masculinizante para as mulheres. E - receio de que sua inserção subverta o “es- porte-rei” ao demonstrarem suas capacida- des de jogo. 20 - ENEM 2018 QUESTÃO 45 Resp: A TEXTO I Imagem BRACCO, A; LOSCHI, M. Quando rotas se tornam arte. Retratos: a revista do IBGE. Rio de Janeiro, n. 3, set. 2017 (adaptado). TEXTO II Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da Colúmbia Britânica (Ca- nadá), transformou-se em fenômeno mun- dial produzindo obras de arte virtuais peda- lando sua bike. Seguindo rotas traçadas com o auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcu- la ter percorrido mais de 10 mil quilômetros. Disponível em: www.booooooom.com. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado). Os textos destacam a inovação artística proposta por Stephen Lund a partir do(a) A - deslocamento das tecnologias de suas funções habituais. B - perspectiva de funcionamento do disposi- tivo de GPS. C - ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da ci- dade. D - análise dos problemas de mobilidade ur- bana. E - foco na promoção cultural da sua cidade. Grupo Único PDF PaD 14EdiCase Publicações 21 - ENEM 2017 QUESTÃO 07 Resp: D Garcia tinha-se chegado ao cadáver, le- vantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assom- brado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero [...]. Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor ca- lado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde fi cara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa. ASSIS, M. A causa secreta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 9 out. 2015. No fragmento, o narrador adota um pon- to de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza esse procedi- mento narrativo é o registro do(a) A - indignação face à suspeita do adultério da esposa. B - tristeza compartilhada pela perda da mu- lher amada. C - espanto diante da demonstração de afeto de Garcia. D - prazer da personagem em relação ao so- frimento alheio. E - superação do ciúme pela comoção decor- rente da morte. 22 - ENEM 2017 QUESTÃO 12 Resp: A A língua tupi no Brasil Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era qua- se sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implo- rou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idio- ma”. Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento geográfi co da cidade e à atividade pouco cristã dos ma- melucos paulistas: as bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o portu- guês ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Quilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem fa- lar sabe”. Em suas andanças, essa gente ba- tizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inven- tando uma nova língua. “Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes", conta o histo- riador e antropólogo John Monteiro, da Uni- versidade Estadual de Campinas. “Isso mu- dou o tupi paulista, que, além da infl uência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas." O resultado da mistura fi cou conhe- cido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado. ÂNGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado). O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Quanto ao papel do tupi na formação do português bra- sileiro, depreende-se que essa língua indígena A - contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços característicos dos lugares designados. B - originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja base gramatical tam- bém está a fala de variadas etnias indígenas. C - desenvolveu-se sob infl uência dos traba- lhos de catequese dos padres portugueses, vindos de Lisboa. Grupo Único PDF PaD 15 Enem | Simulado D - misturou-se aos falares africanos, em ra- zão das interações entre portugueses e ne- gros nas investidas contra o Quilombo dos Palmares. E - expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas. 23 - ENEM 2017 QUESTÃO 11 Resp: A Imagem CIPRIANI, F. Disponível em: www.snmsolutions.com.br. Acesso em: 15 maio 2013 (adaptado). O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo diferente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresen- tadas no diagrama, infere-se que esse novo consumidor sofre infl uência da A - cultura do comércio eletrônico. B - busca constante pelo menor preço. C - divulgação de informações pelas empre- sas. D - necessidade recorrente de consumo. E - postura comum aos consumidores tradi- cionais. 24 - ENEM 2017 QUESTÃO 13 Resp: B O farrista Quando o almirante Cabral Pôs as patas no Brasil O anjo da guarda dos índios Estava passeando em Paris. Quando ele voltou de viagem O holandês já está aqui. O anjo respira alegre: “Não faz mal, isto é boa gente, Vou arejar outra vez.” O anjo transpôs a barra, Diz adeus a Pernambuco, Faz barulho, vuco-vuco, Tal e qual o zepelim Mas deu um vento no anjo, Ele perdeu a memória... E não voltou nunca mais. MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992 A obra de Murilo Mendes situa-se na fase inicial do Modernismo, cujas propostas estéti- cas transparecem, no poema, por um eu lírico que A - confi gura um ideal de nacionalidade pela integração regional. B - remonta ao colonialismo assente sob um viés iconoclasta. C - repercute as manifestações do sincretismo religioso. D - descreve a gênese da formação do povo brasileiro. E - promove inovações no repertório linguís- tico. 25 - ENEM 2017 QUESTÃO 14 Resp: C PROPAGANDA — O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que refl etem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convicçãode uma população; trata-se, no fundo, de con- vencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de in- duzi-lo a aderir às teses que lhes são apresen- tadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado) Grupo Único PDF PaD 16EdiCase Publicações De acordo com o texto, as estratégias ar- gumentativas e o uso da linguagem na pro- dução da propaganda favorecem a A - refl exão da sociedade sobre os produtos anunciados. B - difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. C - imposição das ideias e posições de grupos específi cos. D - decisão consciente do consumidor a res- peito de sua compra. E - identifi cação dos interesses do responsá- vel pelo produto divulgado. 26 - ENEM 2017 QUESTÃO 18 Resp: A O mundo revivido Sobre esta casa e as árvores que o tempo esqueceu de levar. Sobre o curral de pedra e paz e de outras vacas tristes chorando a lua e a noite sem bezerros. Sobre a parede larga deste açude onde outras cobras verdes se arrastavam, e pondo o sol nos seus olhos parados iam colhendo sua safra de sapos. Sob as constelações do sul que a noite armava e desarmava: as Três Marias, o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo. Sobre este mundo revivido em vão, a lembrança de primos, de cavalos, de silêncio perdido para sempre. DOBAL, H. A província deserta. Rio de Janeiro: Artenova, 1974 No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de ima- gens cujo lirismo se fundamenta no A - inventário das memórias evocadas afeti- vamente. B - refl exo da saudade no desejo de voltar à infância. C - sentimento de inadequação com o pre- sente vivido. D - ressentimento com as perdas materiais e humanas. E - lapso no fl uxo temporal dos eventos tra- zidos à cena. 27 - ENEM 2017 QUESTÃO 16 Resp: C TEXTO I Criatividade em publicidade: teoria e refl exões Resumo: O presente artigo aborda uma questão primordial na publicidade: a criati- vidade. Apesar de aclamada pelos departa- mentos de criação das agências, devemos ter a consciência de que nem todo anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico, no qual os conceitos são tratados à luz da pu- blicidade, busca-se estabelecer a compreen- são dos temas. Para elucidar tais questões, é analisada uma campanha impressa da marca XXXX. As refl exões apontam que a publicida- de criativa é essencialmente simples e apre- senta uma releitura do cotidiano. DEPEXE, S. D. Travessias: Pesquisas em Educação, Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 2008. TEXTO II Imagem Homenagem ao Dia das Mães 2012. Disponível em: www.comunicacao.com. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado). Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O Texto I é um resumo de caráter científi co e o Texto II, uma homena- gem promovida por um site de publicidade. De que maneira o Texto II exemplifi ca o conceito de criatividade em publicidade apresentado no Texto I? Grupo Único PDF PaD 17 Enem | Simulado A - Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus fi lhos. B - Promovendo uma leitura simplista do pa- pel materno em seu trabalho de criar os fi lhos. C - Explorando a polissemia do termo “cria- ção”. D - Recorrendo a uma estrutura linguística simples. E - Utilizando recursos gráfi cos diversifi cados. 28 - ENEM 2017 QUESTÃO 17 Resp: D Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio Há um medo por parte dos pais e de alguns professores de as crianças desaprenderem quando navegam, medo de elas viciarem, de obterem informação não confi ável, de elas se isolarem do mundo real, como se o compu- tador fosse um agente do mal, um vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que costuma apresentar o computador como um agente negativo na aprendizagem e na socialização dos usuários. Nós sabemos que ninguém cor- re o risco de desaprender quando navega, seja em ambientes digitais ou em materiais impres- sos, mas é preciso ver o que se está aprenden- do e algumas vezes interferir nesse processo a fi m de otimizar ou orientar a aprendizagem, mostrando aos usuários outros temas, outros caminhos, outras possibilidades diferentes daquelas que eles encontraram sozinhos ou daquelas que eles costumam usar. É preciso, algumas vezes, negociar o uso para que ele não seja exclusivo, uma vez que há outros meios de comunicação, outros meios de infor- mação e outras alternativas de lazer. É uma questão de equilibrar e não de culpar. COSCARELLI, C. V. Linguagem em (Dis)curso, n. 3, set.-dez. 2009. A autora incentiva o uso da internet pelos estudantes, ponderando sobre a necessidade de orientação a esse uso, pois essa tecnologia A - está repleta de informações confi áveis que constituem fonte única para a aprendiza- gem dos alunos. B - exige dos pais e professores que proíbam seu uso abusivo para evitar que se torne um vício. C - tende a se tornar um agente negativo na aprendizagem e na socialização de crianças e jovens. D - possibilita maior ampliação do conheci- mento de mundo quando a aprendizagem é direcionada. E - leva ao isolamento do mundo real e ao uso exclusivo do computador se a navegação for desmedida. 29 - ENEM 2017 QUESTÃO 15 Resp: E Sítio Gerimum Este é o meu lugar [...] Meu Gerimum é com g Você pode ter estranhado Gerimum em abundância Aqui era plantado E com a letra g Meu lugar foi registrado. OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento). Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem por objetivo A - valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional. B - confi rmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem poética. C - enfatizar um processo recorrente na trans- formação da língua portuguesa. D - registrar a diversidade étnica e linguística presente no território brasileiro. E - reafi rmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar de origem. 30 - ENEM 2017 QUESTÃO 19 Resp: E A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom de- Grupo Único PDF PaD 18EdiCase Publicações sempenho esportivo. Muitos meninos de famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando-o cada vez mais popular. Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificul- dade que existe no início dessa jornada em que a minoria alcança a carreira profissio- nal. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe. O caminho até o profissionalismo acon- tece por meio de um longo processo sele- tivo que os jovens têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involunta- riamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subem- pregos, à margem da sociedade, ou até mesmo em vícios decorrentes desse fra- casso e dessa desilusão. Isso acontece por- que no auge da sua formação escolar e na condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de ex- periências mais amplas de ocupação fora e além do futebol. BALZANO, O. N.; MORAIS, J. S. A formação do jogador de futebol e sua relação com a escola. EFDeportes, n. 172, set. 2012 (adaptado). Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jo- vens depositarem suas esperanças de futuro no futebol,o texto critica o(a) A - despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria. B - garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol. C - falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profi ssionalmente e viver do futebol. D - investimento reduzido dos atletas pro- fi ssionais em sua formação escolar, gerando frustração e desilusão profi ssional no esporte. E - despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá- -los a atuar em outros setores da vida. 31 - ENEM 2017 QUESTÃO 21 Resp: A TEXTO I Imagem GOELDI, O. Sem título. Bico de pena, 29,4 x 24 cm. Coleção Ary Ferreira Macedo, circa 1940. Disponível em: https://revistacon- temporartes.blogspot.com.br. Acesso em: 10 dez. 2012. TEXTO II Na sua produção, Goeldi buscou refl etir seu caminho pessoal e político, sua melanco- lia e paixão sobre os intensos aspectos mais latentes em sua obra, como: cidades, peixes, urubus, caveiras, abandono, solidão, drama e medo. ZULIETTI, L. F. Goeldi: da melancolia ao inevitável. Revista de Arte, Mídia e Política. Acesso em: 24 abr. 2017 (adaptado). O gravador Oswaldo Goeldi recebeu fortes infl uências de um movimento artístico euro- peu do início do século XX, que apresenta as características reveladas nos traços da obra de Grupo Único PDF PaD 19 Enem | Simulado A - Alfred Kubin, repre- sentante do Expres- sionismo. Sonho e de- sarranjo, Alfred Kubin. B - Henri Matisse, repre- sentante do Fauvis- mo. Bailarina deitada, Henri Matisse C - Diego Rivera, repre- sentante do Mura- lismo. Mineiro, Diego Rivera. D - Pablo Picasso, repre- sentante do Cubismo. Retrato de Igor Stra- vinsky, Pablo Picasso. E - René Magritte, repre- sentante do Surre- alismo. Os amantes, René Magritte. 32 - ENEM 2017 QUESTÃO 22 Resp: D TEXTO I A língua ticuna é o idioma mais falado en- tre os indígenas brasileiros. De acordo com o pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior nação indígena do Brasil, sendo também en- contrada no Peru e na Colômbia. Os ticunas falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma ou- tra língua indígena e apresenta complexida- des em sua fonologia e sintaxe. Sua caracte- rística principal é o uso de diferentes alturas na voz. O uso intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou mesmo pela convivência com falantes de ou- tras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses outros falantes são minori- tários e acabam por se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não represen- tem uma ameaça linguística. Língua Portuguesa, n. 52, fev. 2010 (adaptado). TEXTO II Riqueza da língua “O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo do que o la- tim foi na era passada e o francês é na presen- te", dizia o presidente americano John Adams no século XVIII. A profecia se cumpriu: o in- glês é hoje a língua franca da globalização. No extremo oposto da economia linguística mundial, estão as línguas de pequenas co- munidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mun- do todo. Quase metade delas deve desapa- recer nos próximos 100 anos. A última edição do Ethnologue — o mais abrangente estudo sobre as línguas mundiais —, de 2005, listava 516 línguas em risco de extinção. Veja, n.36, set. 2007 (adaptado). Os textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades se aproximam em função do(a) A - semelhança no modo de expansão. B - preferência de uso na modalidade falada. C - modo de organização das regras sintáti- cas. D - predomínio em relação às outras línguas de contato. E - fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias. 33 - ENEM 2017 QUESTÃO 23 Resp: E As atrizes Naturalmente Grupo Único PDF PaD 20EdiCase Publicações Ela sorria Mas não me dava trela Trocava a roupa Na minha frente E ia bailar sem mais aquela Escolhia qualquer um Lançava olhares Debaixo do meu nariz Dançava colada Em novos pares Com um pé atrás Com um pé a fi m Surgiram outras Naturalmente Sem nem olhar a minha cara Tomavam banho Na minha frente Para sair com outro cara Porém nunca me importei Com tais amantes [...] Com tantos fi lmes Na minha mente É natural que toda atriz Presentemente represente Muito para mim CHICO BUARQUE, Carioca. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 206 (fragmento). Na canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para mar- car a subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admira- ção está marcada em: A - “Naturalmente/ Ela sorria/ Mas não me dava trela”. B - “Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro cara”. C - “Surgiram outras/ Naturalmente/ Sem nem olhar a minha cara”. D - “Escolhia qualquer um/ Lançava olhares/ Debaixo do meu nariz”. E - “É natural que toda atriz/ Presentemente represente/ Muito para mim”. 34 - ENEM 2017 QUESTÃO 24 Resp: D E aqui, antes de continuar este espetáculo, é necessário que façamos uma advertência a todos e a cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição defi nida. Sem que cada um tome uma posição defi nida, não é possível continuarmos. É fun- damental que cada um tome uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma posição neutra, fi quem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição, fi que nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada. FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009. A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela socie- dade brasileira em face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a) A - barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro. B - indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento. C - constatação da censura em função do en- gajamento social do texto dramático. D - correlação entre o alinhamento político e a posição corporal dos espectadores. E - interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público. 35 - ENEM 2017 QUESTÃO 25 Resp: E Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil. Editora Planeta, 296 páginas. Mas foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a fi nalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chama- do Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da char- mosa e iniciante Marília Medalha. Grupo Único PDF PaD 21 Enem | Simulado Foi naquela noite que Chico Buarque en- toou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Ma- gro, o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no par- que com os Mutantes. Aquela noite que acabou virando fi lme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lan- çado agora é a história daquela noite, amplia- da e em estado que no jargão jornalístico cha- mamos de matéria bruta. Quem viu o fi lme vai se deliciar com as histórias — e algumas fo- focas — que cada um tem para contar, agora sem os cortes necessários que um fi lme exige. E quem não viu o fi lme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História. VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18 jun. 2014 (adaptado).Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na socieda- de, nesse fragmento de resenha predominam A - caracterizações de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960. B - questões polêmicas direcionadas à produ- ção musical brasileira nos anos 1960. C - relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967. D - explicações sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960. E - opiniões a respeito de uma obra sobre a cena musical de 1967. 36 - ENEM 2017 QUESTÃO 30 Resp: D Contranarciso em mim eu vejo o outro e outro e outro enfi m dezenas trens passando vagões cheios de gente centenas o outro que há em mim é você você e você assim como eu estou em você eu estou nele em nós e só quando estamos em nós estamos em paz mesmo que estejamos a sós LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Letras, 2013. A busca pela identidade constitui uma fa- ceta da tradição literária, redimensionada pelo olhar contemporâneo. No poema, essa nova dimensão revela a A - ausência de traços identitários. B - angústia com a solidão em público. C - valorização da descoberta do “eu” autêntico. D - percepção da empatia como fator de au- toconhecimento. E - impossibilidade de vivenciar experiências de pertencimento. 37 - ENEM 2017 QUESTÃO 28 Resp: B Imagem Disponível em: www.agenciapatriciagalvao.org.br. Acesso em: 15 maio 2017 (adaptado). Grupo Único PDF PaD 22EdiCase Publicações Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como fi nali- dade A - alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos. B - conscientizar a população sobre a neces- sidade de denunciar a violência doméstica. C - instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão. D - despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica. E - exigir das autoridades ações preventivas contra a violência doméstica. 38 - ENEM 2017 QUESTÃO 31 Resp: E No esporte-participação ou esporte po- pular, a manifestação ocorre no princípio do prazer lúdico, que tem como fi nalidade o bem-estar social dos seus praticantes. Está associado intimamente com o lazer e o tempo livre e ocorre em espaços não comprometidos com o tempo e fora das obrigações da vida di- ária. Tem como propósitos a descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e o rela- cionamento com as pessoas. Pode-se afi rmar que o esporte-participação, por ser a dimen- são social do esporte mais inter-relacionada com os caminhos democráticos, equilibra o quadro de desigualdades de oportunidades esportivas encontrado na dimensão esporte- -performance. Enquanto o esporte-perfor- mance só permite sucesso aos talentos ou àqueles que tiveram condições, o esporte- -participação favorece o prazer a todos que dele desejarem tomar parte. GODT SFRIEDT, J. Esporte e sua relação com a sociedade: uma simples síntese bibliográfi ca. EFDeportes, n. 142, mar. 2010. O sentido de esporte-participação cons- truído no texto está fundamentalmente pre- sente A - nos Jogos Olímpicos, uma vez que reúnem diversos países na disputa de diferentes mo- dalidades esportivas. B - nas competições de esportes individuais, uma vez que o sucesso de um indivíduo incen- tiva a participação dos demais. C - nas campeonatos ofi ciais de futebol, re- gionais e nacionais, por se tratar de uma mo- dalidade esportiva muito popular no país. D - nas competições promovidas pelas fede- rações e confederações, cujo objetivo é a for- mação e a descoberta de talentos. E - nas modalidades esportivas adaptadas, cujo objetivo é o maior engajamento dos ci- dadãos. 39 - ENEM 2017 QUESTÃO 32 Resp: A Segundo quadro Uma sala da prefeitura. O ambiente é mo- desto. Durante a mutação, ouve-se um dobra- do e vivas a Odorico, “viva o prefeito” etc. Estão em cena Dorotéa, Juju, Dirceu, Dulcinéa, o vi- gário e Odorico. Este último, à janela, discursa. ODORICO — Povo sucupirano! Agoramente já investido no cargo de Prefeito, aqui estou para receber a confi rmação, a ratifi cação, a autenticação e por que não dizer a sagração do povo que me elegeu. Aplausos vêm de fora. ODORICO — Eu prometi que o meu primeiro ato como prefeito seria ordenar a construção do cemitério. Aplausos, aos quais se incorpo- ram as personagens em cena. ODORICO — (Continuando o discurso): Bo- tando de lado os entretantos e partindo pros fi nalmente, é uma alegria poder anunciar que prafrentemente vocês já poderão morrer des- cansados, tranquilos e desconstrangidos, na certeza de que vão ser sepultados aqui mes- mo, nesta terra morna e cheirosa de Sucupira. E quem votou em mim, basta dizer isso ao pa- dre na hora da extrema-unção, que tem en- terro e cova de graça, conforme o prometido. GOMES, D. O bem amado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012. O gênero peça teatral tem o entretenimen- to como uma de suas funções. Outra função relevante do gênero, explícita nesse trecho de O bem amado, é Grupo Único PDF PaD 23 Enem | Simulado A - criticar satiricamente o comportamento de pessoas públicas. B - denunciar a escassez de recursos públicos nas prefeituras do interior. C - censurar a falta de domínio da língua pa- drão em eventos sociais. D - despertar a preocupação da plateia com a expectativa de vida dos cidadãos. E - questionar o apoio irrestrito de agentes públicos aos gestores governamentais. 40 - ENEM 2017 QUESTÃO 35 Resp: C Aí pelas três da tarde Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo, aplicandose em ideias claras apesar do ruído e do morma- ço, seguros ao se pronunciarem sobre proble- mas que afl igem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua pre- sença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzi- da. Convém não responder aos olhares inter- rogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo- se enfi m em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu deco- ro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. NASSAR, R. Menina a caminho. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. Em textos de diferentes gêneros, algu- mas estratégias argumentativas referem- -se a recursos linguístico-discursivos mo- bilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se como estratégia de envolvi- mento a A - prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]”. B - apresentação de contraposição, como em: “Mas não exagere na medida e suba sem de- mora ao quarto [...]”. C - explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído) [...]”. D - descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”. E - construção de comparações, como em: “[...] libertando aí os pés das meias e dos sa- patos, tirando a roupa do corpo como se reti- rasse a importância das coisas [...]”. 41 - ENEM 2017 QUESTÃO 36 Resp: C Imagem VALENTIM, R. Emblema 78. Acrílico sobre tela. 73 x 100cm. 1978. Disponível em: www.espacoarte.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012. A obra de Rubem Valentim apresenta em- blemas que, baseando-se em signos de re- ligiões afro-brasileiras, se transformam em produção artística. A obra Emblema 78 rela- ciona-se com o Modernismo em virtude da Grupo Único PDF PaD 24EdiCase Publicações A - simplifi cação de formas da paisagem bra- sileira. B - valorização de símbolos do processo de urbanização. C - fusão de elementos da cultura brasileira com a arte europeia. D- alusão aos símbolos cívicos presentes na bandeira nacional. E - composição simétrica de elementos relati- vos à miscigenação racial. 42 - ENEM 2017 QUESTÃO 37 Resp: A Imagem ERNESTO NETO. Dengo. 2010. MAM-SP, 2010. Disponível em: http://espacohumus.com. Acesso em: 25 abr. 2017. A instalação Dengo transformou a sala do MAM-SP em um ambiente singular, explo- rando como principal característica artística a A - participação do público na interação lúdi- ca com a obra. B - distribuição de obstáculos no espaço da exposição. C - representação simbólica de objetos oníri- cos. D - interpretação subjetiva da lei da gravida- de. E - valorização de técnicas de artesanato. 43 - ENEM 2017 QUESTÃO 38 Resp: B Naquela manhã de céu limpo e ar leve, de- vido à chuva torrencial da noite anterior, saí a caminhar com o sol ainda escondido para tomar tenência dos primeiros movimentos da vida na roça. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de bambu e o con- tato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos em concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por al- guns instantes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar do aconche- go do calor do fogão à lenha. Foi quando dei reparo da fi gura esguia e discreta de uma se- nhora acompanhada de um garoto aparen- tando uns cinco anos de idade já aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso "Bom dia!", de um vaporoso aperto de mãos nas apresenta- ções de praxe, fi quei sabendo que Dona Flor de Maio levava o fi lho Adão para tratamen- to das feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pústulas de bordas avermelhadas. GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado). A variedade linguística da narrativa é ade- quada à descrição dos fatos. Por isso, a esco- lha de determinadas palavras e expressões usadas no texto está a serviço da A - localização dos eventos de fala no tempo fi ccional. B - composição da verossimilhança do am- biente retratado. C - restrição do papel do narrador à observa- ção das cenas relatadas. D - construção mística das personagens femi- ninas pelo autor do texto. E - caracterização das preferências linguísti- cas da personagem masculina. 44 - ENEM 2017 QUESTÃO 39 Resp: A Zé Araújo começou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que começaram Grupo Único PDF PaD 25 Enem | Simulado a chegar que uma mulher tinha se ajoelha- do aos pés da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas jurou e não cumpriu, fi ngiu e me enganou, pra mim você mentiu, pra Deus você pecou, o coração tem razões que a própria razão desconhece, faz promessas e juras, depois esquece. O caboclo estava triste e inspirado. De- pois dessa canção que arrepiou os cabelos da Neusa, emendou com uma valsa mais ar- retada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena. Era a história de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Zé Araújo fechava os olhos e soltava a voz: Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a ir- radiar/ Fulvos raios de amor./ Seus olhos eram circúnvagos/ Do romantismo azul dos lagos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um corpo alvo sem par/ E os pés muito peque- nos./ Enfim eu vi nesta boneca/ Uma per- feita Vênus. CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafi ou o diabo. São Paulo: Arx, 2006 (adaptado). O comentário do narrador do romance “[...] emendou com uma valsa mais arretada ain- da, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena” relaciona-se ao fato de que essa valsa é representativa de uma variedade linguística A - detentora de grande prestígio social. B - específi ca da modalidade oralda língua. C - previsível para o contexto social da nar- rativa. D - constituída de construções sintáticas complexas. E - valorizadora do conteúdo em detrimento da forma. 45 - ENEM 2017 QUESTÃO 40 Resp: A A lavadeira começou a viver como uma serviçal que impõe respeito e não mais como escrava. Mas essa regalia súbita foi efême- ra. Meus irmãos, nos frequentes deslizes que adulteravam este novo relacionamento, eram dardejados pelo olhar severo de Emi- lie; eles nunca suportaram de bom grado que uma índia passasse a comer na mesa da sala, usando os mesmos talheres e pratos, e com- primindo com os lábios o mesmo cristal dos copos e a mesma porcelana das xícaras de café. Uma espécie de asco e repulsa tingia- -lhes o rosto, já não comiam com a mesma saciedade e recusavam-se a elogiar os pas- téis de picadinho de carneiro, os folheados de nata e tâmara, e o arroz com amêndoas, dourado, exalando um cheiro de cebola tos- tada. Aquela mulher, sentada e muda, com o rosto rastreado de rugas, era capaz de tirar o sabor e o odor dos alimentos e de suprimir a voz e o gesto como se o seu silêncio ou a sua presença que era só silêncio impedisse o outro de viver. HATOUM, M. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Cia. das Letras, 2000. Ao apresentar uma situação de tensão em família, o narrador destila, nesse fragmento, uma percepção das relações humanas e so- ciais demarcada pelo A - predomínio dos estigmas de classe e de raça sobre a intimidade da convivência. B - discurso da manutenção de uma ética do- méstica contra a subversão dos valores. C - desejo de superação do passado de escas- sez em prol do presente de abastança. D - sentimento de insubordinação à autorida- de representada pela matriarca da família. E - rancor com a ingratidão e a hipocrisia ge- radas pelas mudanças nas regras da casa. 46 - ENEM 2017 QUESTÃO 72 Resp: E Geo/Hist Trata-se da perda progressiva da produti- vidade de biomas inteiros, afetando parcelas muito expressivas dos domínios subúmidos e semiáridos em todas as regiões quentes do mundo. É nessas áreas, ecologicamente tran- sicionais, que a pressão sobre a biomassa se faz sentir com muita força, devido à retirada da cobertura fl orestal, ao superpastoreio e às Grupo Único PDF PaD 26EdiCase Publicações atividades mineradoras não controladas, de- sencadeando um quadro agudo de degrada- ção ambiental, refl etido pela incapacidade de suporte para o desenvolvimento de espécies vegetais, seja uma fl oresta natural ou planta- ções agrícolas. CONTI, J. B. A geografi a física e as relações sociedade-natureza no mundo tropical. In: CARLOS, A. F. A. (Org.). Novos caminhos da geografi a. São Paulo: Contexto, 1999 (adaptado). O texto enfatiza uma consequência da relação conflituosa entre a sociedade hu- mana e o ambiente, que diz respeito ao pro- cesso de A - inversão térmica. B - poluição atmosférica. C - eutrofi zação da água. D - contaminação dos solos. E - desertifi cação de ecossistemas. 47 - ENEM 2018 QUESTÃO 66 Resp: E O século XVIII é, por diversas razões, um século diferenciado. Razão e experimenta- ção se aliavam no que se acreditava ser o verdadeiro caminho para o estabelecimento do conhecimento científi co, por tanto tem- po almejado. O fato, a análise e a induçãopassavam a ser parceiros fundamentais da razão. É ainda no século XVIII que o homem começa a tomar consciência de sua situação na história. No ambiente cultural do Antigo Regime, a discussão fi losófi ca mencionada no texto ti- nha como uma de suas características a A - aproximação entre inovação e saberes an- tigos. B - conciliação entre revelação e metafísica platônica. C - vinculação entre escolástica e práticas de pesquisa. D - separação entre teologia e fundamenta- lismo religioso. E - contraposição entre clericalismo e liber- dade de pensamento. 48 - ENEM 2018 QUESTÃO 67 Resp: E Imagem Disponível em: www.biologiasur.org. Acesso em: 4 jul. 2015 (adaptado). A dinâmica hidrológica expressa no gráfi - co demonstra que o processo de urbanização promove a A - redução do volume dos rios. B - expansão do lençol freático. C - diminuição do índice de chuvas. D - retração do nível dos reservatórios. E - ampliação do escoamento superfi cial. 49 - ENEM 2018 QUESTÃO 68 Resp: C O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito particular: é uma guerra – ou a Conquista –, como se dizia então. E um mistério continua: o resultado do combate. Por que a vitória fulgurante, se os habitantes da América eram tão superiores em número aos adversários e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à conquista do México – a mais espetacular, já que a civilização mexicana é a mais brilhante do mundo pré-colombiano – como explicar que Cortez, liderando centenas de homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que dispunha de centenas de milhares de guerreiros? TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 1991 (adaptado). No contexto da conquista, conforme análise apresentada no texto, uma estraté- gia para superar as disparidades levantadas foi Grupo Único PDF PaD 27 Enem | Simulado A - implantar as missões cristãs entre as co- munidades submetidas. B - utilizar a superioridade física dos merce- nários africanos. C - explorar as rivalidades existentes entre os povos nativos. D - introduzir vetores para a disseminação de doenças epidêmicas. E - comprar terras para o enfraquecimento das teocracias autóctones. 50 - ENEM 2018 QUESTÃO 69 Resp: B São Paulo, 10 de janeiro de 1979. Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel. Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os passaportes aos se- nhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire. Considerando que, desde que nasci, me identifi co plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes oito senhores. Considerando tudo isto, por imperativo de mi- nha consciência, venho por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me foi conce- dido pelos órgãos competentes de seu governo. Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como henfi l. In: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado). No referido contexto histórico, a manifes- tação do cartunista Henfi l expressava uma crítica ao(à) A - censura moral das produções culturais. B - limite do processo de distensão política. C - interferência militar de países estrangeiros. D - representação social das agremiações partidárias. E - impedimento de eleição das assembleias estaduais. 51 - ENEM 2018 QUESTÃO 70 Resp: B A primeira fase da dominação da econo- mia sobre a vida social acarretou, no modo de defi nir toda realização humana, uma eviden- te degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados da economia, leva a um des- lizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair seu pres- tígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força so- cial, moldada por ela. DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015. Uma manifestação contemporânea do fe- nômeno descrito no texto é o(a) A - valorização dos conhecimentos acumula- dos. B - exposição nos meios de comunicação. C - aprofundamento da vivência espiritual. D - fortalecimento das relações interpessoais. E - reconhecimento na esfera artística. 52 - ENEM 2018 QUESTÃO 71 Resp: E Os seus líderes terminaram presos e assas- sinados. A “marujada” rebelde foi inteiramen- te expulsa da esquadra. Num sentido históri- co, porém, eles foram vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram ofi cialmente utilizados; a partir de en- tão, os marinheiros – agora respeitados – te- riam suas condições de vida melhoradas sig- nifi cativamente. Sem dúvida fi zeram avançar a História. MAESTRI, M. 1910: a revolta dos marinheiros – uma saga negra. São Paulo: Global, 1982. A eclosão desse confl ito foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a) A - engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas. B - insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos governadores. C - rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições milenaristas. Grupo Único PDF PaD 28EdiCase Publicações D - sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento obri- gatório. E - manutenção da mentalidade escravocrata da ofi cialidade após a queda do regime imperial. 53 - ENEM 2018 QUESTÃO 72 Resp: B Uma pesquisa realizada por Carolina Levis, especialista em ecologia do Instituto Nacio- nal de Pesquisas da Amazônia, e publicada na revista Science, demonstra que as espécies vegetais domesticadas pelas civilizações pré- -colombianas são as mais dominantes. "A do- mesticação de plantas na fl oresta começou há mais de 8 000 anos. Primeiro eram selecio- nadas as plantas com características que po- deriam ser úteis ao homem e em um segundo momento era feita a propagação dessas es- pécies. Começaram a cultivá-las em pátios e jardins, por meio de um processo quase intui- tivo de seleção”. OLIVEIRA, J. Indígenas foram os primeiros a alterar o ecossistema da Amazônia. Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 dez. 2017 (adaptado). O texto apresenta um novo olhar sobre a confi guração da Floresta Amazônica por romper com a ideia de A - primazia de saberes locais. B - ausência de ação antrópica. C - insufi ciência de recursos naturais. D - necessidade de manejo ambiental. E - predominância de práticas agropecuárias. 54 - ENEM 2018 QUESTÃO 73 Resp: E TEXTO I Quando um exército atravessa montanhas, fl orestas, zonas de precipícios, ou marcha ao longo de desfi ladeiros, alagadiços ou pânta- nos, ou qualquer outro terreno onde a deslo- cação é árdua, está em terreno difícil. O terre- no onde é apertado e a sua saída é tortuosa e onde uma pequena força inimiga pode atacar a minha, embora maior, é cercado. TZU, S. A arte da guerra. São Paulo: Martin Claret, 2001. TEXTO II O objetivo principal era encontrar e matar Osama Bin Laden. Onde ele se esconde? Não po- demos esquecer a difi culdade de ocupação do país, que possui um relevo montanhoso, cheio de cavernas, onde fi ca fácil, para quem está acostumado com esse relevo, esconder-se. OLIVEIRA, M. G.; SANTOS, M. S. Ásia: uma visão histórica, política e econômica do continente. Rio de Janeiro: E-Papers, 2009 (adaptado). As situações apresentadas atestam a im- portância da relação entre a topografi a e o(a) A - construção de vias terrestres. B - preservação do meio ambiente. C - emprego de armamentos sofi sticados. D - intimidação contínua da população local. E - domínio cognitivo da confi guração espa- cial. 55 - ENEM 2018 QUESTÃO 74 Resp: D Texto
Compartilhar