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Gabriela Sacramento Rocha XXA Nefrologia NEFROPATIA DIABÉTICA ● Principal causa de insuficiência renal crônica (IRC) nos E.U.A. ● Diabetes Mellitus I e II apresentam riscos semelhantes de desenvolver nefropatia diabética. ● Lesão renal no Diabetes Mellitus: Glomeruloesclerose diabética ● lesão com áreas de expansão acelular da raiz mesangial, formando material amorfo PAS + entre as alças capilares. ● Forma de rastreamento : Microalbuminúria Microalbuminúria : aumento da excreção urinária de albumina ( indetectavel pelo método convencional - Dipstick) inicialmente é positiva nas fases de descompensação ou no exercício, fixando-se posteriormente, apresentando excreção maior que 15 a 20 microgramas por minuto. Obs: apresentam maiores níveis em diabetes tipo II. OBS: na diabetes tipo I a microalbuminúria é preditivo de doença renal. ( é um marcador precoce). A diabetes é caracterizada por vários estágios: ● Estágio I: hipertrofia e hiperfunção - PA está normal e o clearance está normal. ● Estágio II: fase silenciosa. Microalbuminúria com exercícios e infecção. ● Estágio III: alto risco, paciente apresenta albuminemia em qualquer situação. OBS: até este estágio o quadro é reversível. ● Estágio IV: nefropatia clínica - presença de hipertensão devido a doença renal. ● Estágio v: uremia, com ou sem proteinúria. Não há função renal. Gabriela Sacramento Rocha XXA Alterações glomerulares: Geralmente começam a aparecer 2 anos após o diagnóstico de diabetes mellitus, as lesões mais precoces são: o espessamento da Membrana Basal Glomerular, a Hipertrofia glomerular, associada ao aumento do tamanho dos rins (nefromegalia) e Expansão mesangial acelular. A hipertrofia glomerular e o espessamento da membrana é observada em quase todos os diabéticos, e está relacionada com a hiperfiltração. Os glomérulos estão estão aumentados de volume por alongamento das alças capilares. A expansão mesangial é um marcador de nefropatia diabética, em alguns casos progride para um colapso e distorção dos capilares glomerulares. Apresenta a violação da barreira de filtração , com redução e distorção dos podócitos permitindo o extravasamento de proteínas. Lesão tubulointersticial e vascular: cursa com isquemia tubulointersticial, levando a fibrose e a atrofia tubular. A fibrose favorece a ocorrência de necrose da papila renal. A lesão tubular é quase patognomônica da nefropatia diabética, sendo denominada de Lesão de Armanni Ebstein. Hipertrofia e Hiperfunção: Ocorre a hipertrofia de todas as estruturas renais. Após o aparecimento da Diabetes Mellitus ocorre o aumento do fluxo sanguíneo renal e o aumento da taxa de filtração glomerular (TFG). Os rins encontram- se aumentados de tamanho e os glomérulos e túbulos encontram-se hipertrofiados , mesmo após a falência renal os rins do diabético encontram- se aumentados de tamanho com relação às demais doenças de rins terminais. Ocorre também o espessamento da membrana basal glomerular. A hiperfiltração é um dos principais fatores na patogênese da membrana basal. Gabriela Sacramento Rocha XXA Patologia: Três elementos concorrem para o desenvolvimento de nefropatia diabética: fatores metabólicos, hemodinâmicos e genéticos. Hiperglicemia: a grande quantidade de produtos glicosados sofrem um rearranjo molecular e tornam- se produtos glicosilados avançados (AGE) e causam danos teciduais por sua reativação => expansão da matriz mesangial ( as células mesangiais ativadas produzem excesso de substâncias) e perda das cargas negativas. As macromoléculas que passam se depositam no mesanio( glomeruloesclerose) Os néfrons acabam morrendo e sobrecarregando o néfron remanescente, aumentando a lesão e causando uma grande perda de massa renal. A vasodilatação renal aumenta o efluxo e a diferença de pressão e filtração. Manifestações clínicas: o quadro clínico é semelhante às demais doenças renais. 1. Hipertensão arterial ( mesmo antes da diminuição acentuada da taxa de filtração glomerular), não está relacionada com a hipoalbuminemia. OBS: é possível identificar pelo exame de fundo de olho - retinopatia diabética, mas em alguns casos a retina está normal e é necessário realizar uma biopsia de rim. 2. Edema 3. Hipoglicemia ( devido a redução da TFG) Prevenção Primária: controle da HAS- com ou sem o uso do Bloqueio da AII ( sirinase: conversora da angiotensina); a hipertensão causa piora dos sintomas Controle glicêmico rigoroso. Prevenção secundária: realizada quando a lesão encontra-se instalada, tem como intuito lentificar o processo. Bloqueio da angiotensina (AII) Beta- bloqueadores; Diidropiridínicos de longa duração ( antagonista do canal de cálcio) Prevenção terciária: nefropatia encontra- se instalada, tem como intuito evitar a perda total do rim. Gabriela Sacramento Rocha XXA tratamento da hipertensão. diminuição da proteinúria. evitar os riscos ( não utilizar anti inflamatórios e exames sem contraste)
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