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PETIÇÃO INICIAL - CONVERSÃO AUXÍLIO-DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - WALDEMAR RIBEIRO SOARES - URBANO - JEF SRN

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA VARA ÚNICA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO RAIMUNDO NONATO – PI.
WALDEMAR RIBEIRO SOARES, brasileiro, casado, motorista, portador do RG nº 287773, inscrito no CPF sob o nº 065.498.453-00, residente e domiciliado na Rua Rosa Ventura, n° 900, Centro, na cidade de Anísio de Abreu, Estado do Piauí, CEP 64.780-000, representado neste ato por seus advogados (procuração em anexo) infra-assinado, com escritório profissional na AV. João Dias, SN, Centro, na cidade de São Raimundo Nonato - PI com CEP. 64.770-000, endereço eletrônico victorcesar.carvalho@hotmail.com, onde recebe intimações e notificações, vem, perante Vossa Excelência, propor:
	AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA URBANO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), Autarquia Federal, com sede na Praça Padre Francisco Freiria, n° 1477, São Raimundo Nonato - PI, 64.770-000, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A Autora vem em gozo do benefício de auxílio-doença previdenciário, o que se infere da documentação emitida pelo INSS que segue anexa.
Com efeito, apresenta grave doença, possuindo quadro clínico que enseja a concessão da APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, porém o INSS concede sempre poucos meses de auxílio-doença mesmo com ATESTADO COMPROVANDO A INCAPACIDADE DEFINITIVA A PERMANENTE e fica prorrogando o benefício causando grandes transtornos ao Autor, que além de se preocupar com o tratamento da doença, ainda constantemente despender os poucos recursos financeiros que possui com novos exames e atestados. 
Vale ressaltar que não existe administrativamente o pedido de aposentadoria por invalidez no INSS, dessa forma, cabe o perito médico a concessão imediata dela no momento do requerimento do auxílio-doença, o que não está acontecendo, pelo contrário a concessão apenas por poucos meses para uma doença tão grave.
O Autor era MOTORISTA e devido a grave doença se afastou definitivamente percebendo o benefício de Auxílio-doença desde 10.11.2012, o que enseja o ajuizamento da presente ação, postulando a CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ da decisão administrativa na esfera judicial.
Dados sobre o requerimento administrativo:
	1. Número do benefício 
	31/554.155.241-5
	2. Data do Início do Benefício (DIB)
	10/11/2012
	
Dados sobre a enfermidade:
	1. Doença/enfermidade:
	CID 10: G51.1 - Ganglionite geniculada
CID 10: G54.4 - Transtornos das raízes lombossacras não classificadas em outra parte
	2. Limitações decorrentes:
	Apresenta incapacidade PERMANENTE E DEFINITIVA para as atividades laborativas
Dados sobre a ocupação:
	1. Ocupação
	Motorista 
	2. Descrição sumária
	Autor incapaz devido as fortes e intensas dores e não consegue exercer atividade laborativa.
A parte Autora preenche todos os requisitos que autorizam a conversão de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, visto que não possui condições de desempenhar atividades laborais e, ainda, não vislumbra cura para suas patologias, pois possui total e permanente incapacidade. Fato é que as doenças que atingem a parte Autora são irreversíveis e, portanto, satisfaz o Demandante os requisitos ensejadores da aposentadoria por invalidez. 
O interesse processual da presente demanda se sustenta pelo fato de não existir razão para submeter o Demandante às perícias periódicas em curto espaço temporal, sofrendo da incerteza de ver a sua única fonte de renda ameaçada, diante da incapacidade permanente.
Por outro lado, cumpre salientar que o Autor encontra-se em gozo de auxílio-doença previdenciário, de modo que preenchida a carência, tão como demonstrada a qualidade de segurado do Requerente junto ao INSS.
DA PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL
Considerando que a prova pericial é fundamental para o deslinde das questões ligadas aos benefícios por incapacidade e para uma adequada análise do nexo de causalidade e da consequente incapacidade, faz-se mister que o Médico Perito observe o Código de Ética da categoria e especialmente em relação ao tema, a Resolução 1.488/98 do CFM, que dispõe sobre as normas específicas de atendimento a trabalhadores. Portanto, requer a Parte Autora que quando da realização da prova pericial sejam observadas as referidas disposições legais, uma vez que se trata de norma cogente e – portanto – vincula a atividade do médico, sob pena de nulidade do laudo pericial. 
DOS PEDIDOS
FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:
O recebimento e o deferimento da presente peça inaugural, bem como o deferimento da gratuidade da justiça, pois a parte Autora não tem condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar defesa;
 A produção de todos os meios de prova, principalmente documental, testemunhal e pericial. Com relação à última, que seja observada a Resolução 1.488/98 do Conselho Federal de Medicina;
O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a:
4.1) CONVERSÃO DA AUXÍLIO-DOENÇA EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, a partir da data da efetiva constatação da incapacidade total e permanente;
4.2) Em caso de recurso, ao pagamento de custas e honorários advocatícios, eis que cabíveis em segundo grau de jurisdição, com fulcro no art. 55 da lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.
A parte Autora renuncia expressamente aos valores que excederem o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, definidos como teto fixador da competência dos Juizados Especiais Federais, nos termos do artigo 3º da Lei nº 10.259/01.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Dar-se-á causa o valor de R$ 24.588,00.
São Raimundo Nonato – PI, 12 de julho de 2018
VICTOR CESAR DE CARVALHO
OAB/PI 15.331
ULISSES JOSÉ DA SILVA NETO JÚNIOR
OAB/PI 11.350
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