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FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES: UM DESAFIO A SER ALCANÇADO NO PNE

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FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES: UM DESAFIO A SER ALCANÇADO NO PNE.
Marciléia Egidio Sampaio
marcileiaegidio@gmail.com
Resumo: O presente trabalho tem o intuído de discorrer sobre a políticas públicas lançadas como forma de incentivos a formação continuada de professores em cursos de Stricto Sensu – (Mestrado e Doutorado) para formação de profissionais. Temas que se apresentam como contínuos desafios à política educacional brasileira e que compõem parte das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Visa estabelecer relações entre a demanda de formar professores em cursos de Mestrado e Doutorado, no período decenal, bem como pensar em estratégias para conseguir alcançar estas metas. Conclui que educadores e educadoras necessitam realizar cada vez mais cursos com intuito de ampliar sua formação, na ânsia de ampliar seus saberes, contribuindo assim para melhoria das aulas destes profissionais, na busca de uma educação mais justa e emancipadora, e de politicas públicas que viabilizem o acesso em cursos de pós-graduação.
Palavras-chave: Educação, Formação Continuada, Políticas Públicas – PNE – Qualidade de Ensino.
introdução 
O PNE e suas respectivas metas apontam para a tarefa de desvendar um plano educacional, no sentido de expandir o acesso ao ensino superior aos professores da rede, para o estímulo à produção de conhecimento na melhoria da qualidade de ensino. Ainda que sejam numéricas, as metas demandam uma reflexão acerca do modelo de ensino superior que se irá promover. 
Pois, como se sabe vivemos numa sociedade imediatista, e as mudanças na dinâmica social, são gigantescas, seja no universo do trabalho; ou nos paradigmas de produção de informação. Tais mudanças impactam todos os níveis educacionais, e as universidades não devem ficam de fora dessas alterações sociais.
O Brasil, infelizmente, ainda é um país que forma poucos mestres e doutores comparando à sua população. Alterar essa realidade garante que os profissionais brasileiros estejam mais qualificados para o mercado de trabalho, inclusive aqueles ligados à Educação. 
Logo, pode-se entender que, aumentar a oferta e qualidade dos cursos presenciais e a distância de pós-graduação é o desafio para os próximos anos.
formar–ação uma pratica emergente no pne e uma missão para os orgãos públicos
O PNE traz no escopo de algumas metas, a expansão do acesso ao ensino superior aos professores da rede, para o estímulo à produção de conhecimento na melhoria da qualidade de ensino.
Deste modo, o Mestrado e Doutorado justifica-se pela necessidade de:
“•  pensar a relação entre Estado e sociedade;
•  aprofundar o debate regional sobre o público e o privado integrando a discussão local ao debate nacional.”
A formAção do professor tem sido largamente discutida, estudada, pesquisada e exposta à luz de teorias das mais diversas, sem contudo ser dada a devida ênfase ao fato de que a formação do educador também requer o mínimo de busca pelo conhecimento, daí justifica-se a importância destes cursos de pós-graduação.
Para que ocorra a busca destes saberes/conhecimentos, é imprescindível o apoio, o incentivo, ao estudo, e a pesquisa dos órgãos públicos ao ensino de superior. 
Vejamos:
Aprovado em junho de 2014, o Plano Nacional de Educação, PNE- traz em suas diretrizes:
V- formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;vii- promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
Explicitadas no documento, estas diretrizes serão efetivadas a partir de metas definidas e estratégias estabelecidas no mesmo documento. De um total de 20 metas, selecionamos as metas: 5, 12, 13, 14, 15 e 16, as quais visam de uma maneira ampla qualificar profissionais da educação por meio de uma formação no ensino superior em cursos de mestrado e doutorado, tais metas demonstram ser de suma importância para o desenvolvimento da efetivação do PNE.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
PNE Plano Nacional Educacional- 
META 5. Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental..
ESTRATEGIA 
5.6) promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores (as) para a alfabetização (grifo meu);
Pensar na necessidade de profissionais capacitados, na Educação, permite aflorar saberes que possam contribuir com o desenvolvimento das redes públicas e particular de ensino, visando uma qualificação que privilegie a essência ética do ser, numa busca de ajuste dialético com os saberes da sala de aula.
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.(grifo meu)
Meta 13. Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores. 
13.5) incentivar a elevação da qualidade da educação superior, por meio do aumento gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais, nas universidades públicas, para 90% (noventa por cento) e, nas instituições privadas, para 75% (setenta e cinco por cento), (...)
Vale destacar que o PNE não faz distinção entre Universidades Públicas, ou Universidades Particulares, pois seu intuito é expandir cada vez mais a formação continuada em nível de Pós – Graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado).
Meta 14. elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.(grifo meu)
14.1) expandir o financiamento da pós-graduação stricto sensu por meio das agências oficiais de fomento;
14.3) expandir o financiamento estudantil por meio do Fies à pós-graduação stricto sensu;
14.6) ampliar a oferta de programas de pós-graduação stricto sensu, especialmente os de doutorado, nos campi novos abertos em decorrência dos programas de expansão e interiorização das instituições superiores públicas;
Meta 14.8:
14.8) apoiar a participação das mulheres nos cursos de pós-graduação stricto sensu, em particular aqueles ligados às áreas de engenharia, matemática, física, química, informática e outros no campo das ciências.
14.11) consolidar programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-graduação brasileiras, incentivando a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de pesquisa (grifo meu)
Um dos passos mais importantes para garantir um Ensino Superior de qualidade é ter um bom quadro de profissionais dando aulas. Aumentar a quantidade de mestres e doutores dando aula nas universidades e faculdades brasileiras, inclusive no setor privado, é um desafio para garantirmos o melhor aprendizado para os alunos.
Meta 15: 
garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professorese as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
Sem sombra de dúvidas a formação em nível de pós-graduação de nossos docentes é de suma importância para o desenvolvimento da educação em nosso país. 
Porém, para que, de fato, isto ocorra se faz necessário maiores investimentos financeiros, valorização do professor, maior abertura nas Universidades Públicas, que permita o ingresso dos docentes nos cursos de mestrado e doutorado, uma vez que, atualmente é algo destinado a uns poucos "iluminados”.(grifo meu)
ensino superior e as ideias pedagogicas no brasil: o pensar na formação continuada 
Dermival Saviani em seu livro “História das Ideias Pedagógicas no Brasil”, (2007), retratou “A questão da periodização na história das ideias pedagógicas no Brasil”, de modo que, após a leitura pude refletir sobre o impacto das mudanças sociais no que se refere à história das ideias pedagógicas.
De modo geral, pode ser considerado que o impacto foi direto, ou seja, a medida que este movimento contestou a primazia dada pela história tradicional das ideias à história do pensamento formal, da filosofia, dos grandes pensadores, também afetou a história da educação na medida em que ela em boa parte uma história dos grandes pedagogos.
Pode se entender por história da pedagogia a história do pensamento dos grandes pedagogos, ela não esteve imune dos impactos da nova história.
Importa discutir sobre ideias educacionais e ideias pedagógicas:
- ideias educacionais (são ideias referidas à educação, quer sejam elas decorrentes da analise dos fenômenos educativos visando a explicá-lo, quer sejam elas derivadas de determinada concepção de homem, mundo ou sociedade sob cuja luz se interpreta o fenômeno educativo. 
No primeiro caso, encontram-se as ideias produzidas no âmbito das diferentes disciplinas cientificas que tomam a educação como seu objeto.
No segundo caso, está em causa aquilo que classificamente tem constituído a filosofia da educação.
Ideias pedagógicas: Saviani (2013, p.5) entende que as ideias educacionais não em si mesma, mas na forma como se encarnam no movimento real da educação, orientando e, mais do que isso, constituindo a própria substancia da pratica educativa.
Para Durkeheim (apud Saviani, 2013, p. 06); definiu a “pedagogia como “teoria prática da educação”. Com esta denominação pretendia indicar que a pedagogia é uma teoria que se estrutura em função da ação, o que isto quer dizer, é elaborada em razão de exigências práticas. De qualquer modo, tal definição põe em evidencia a estreita ligação entre as ideias pedagógicas e a prática educativa.
As ideias pedagógicas dos jesuítas no período colonial foram consideradas não como meras derivações da concepção religiosa de mundo, sociedade e educação, mas na forma como se articularam as praticas educativas dos jesuítas nas condições de um Brasil que se incorpora ao império português. (Saviani, 2013, p. 06)
Dentre estas concepções, estabelece o ensino religioso nas escolas públicas. (SAVIANI,2013). Esta influência da igreja católica na escola brasileira vai entrar em conflito com os educadores escolanovistas que influenciados pelas ideias de John Dewey defendem, entre outras inovações, a escola laica. 
Destaca-se em 1932 que com a publicação do “Manifesto dos Pioneiros” da Educação Nova, ocorreu o rompimento dos educadores católicos com os escolanovistas. Neste momento, surge uma escola alinhada com os ideais Republicanos e que envolvia três importantes aspectos, quais sejam:
escola única;
 escola do trabalho;
escola comunidade.” (idem.p. 211).
Nesta escola, os papéis do educador e educandos se articularia em funções onde “o aluno observa, experimenta, projeta e executa. O mestre estimula, aconselha, orienta” (Azevedo, 1958,apud Saviani, 2007).
É certo que, deslocando-se, por esta forma, para a criança e para seus interesses, móveis e transitórios, a fonte de inspiração das atividades escolares, quebra-se a ordem que apresentavam os programas tradicionais do ponto de vista da lógica formal dos adultos, para os pôr de acordo com a “lógica psicológica”, isto é, com a lógica que se baseia na natureza e no funcionamento do espírito infantil. ( Manifesto dos Pioneiros, 1937).
É necessária está problematização no que se refere à viabilidade da implantação de um novo modelo de ideias pedagógicas, ou seja, ao abrir as portas das universidades para acesso aos cursos de pós-graduação em Stricto Sensu, deve se ter em mente qual cursos queremos ter, para que tipo de formação queremos fornecer para a sociedade, pensar nas ideias pedagógicas é garantir uma educação de qualidade para estes profissionais que desejam aperfeiçoar sua formação.
As pesquisas e as políticas de formação do educador no Brasil de hoje têm de situar nessa passagem histórica a que nos referimos, orientadas para a construção e a consolidação dessa nova concepção, para a estrutura e a função sócio-cultural da escola básica. Temos de reconhecer que o profissional que formamos está bem distante do perfil de educador nessa concepção alargada do processo educativo. É formado apenas para dar conta da visão pobre e estreita do ensino rudimentar, para reformá-la em vez de alargá-las (ARROYO, Miguel, 1996, p. 57).
Pois há um grande risco de se discutir o ideal sem levar em conta o real, é necessário pensar em politicas públicas que viabilizem o acesso e garantam a qualidade deste ensino nas Universidades, seja pública ou particular.
CONCLUSÃO 
Neste movimento ao chegar no término deste artigo, após passar por uma análise histórica, e atual juntamente com o Plano Nacional de Educação, conclui-se que o Brasil, ainda passa por um processo muito incipiente, quando pensamos na necessidade de aumentar o número de profissionais com Mestrados e Doutorados no Brasil. O processo embora, incipiente, já ocorre! É necessário que, ao pensar na elaboração/ criação de cursos de pós-graduação leve-se em consideração a interdisciplinariedade, autonomia do estudante, trabalho em grupo, desenvolvimento do pensamento crítico e flexibilidade curricular; estes elementos são imprescindíveis quando debate-se um novo modelo para o ensino superior.
É preciso considerar a importância de debater a reforma universitária. Pensar numa Universidade de ponta para o século XXI, oferecendo um currículo mais flexível e diversificador. Ainda mais, é preciso pensar em políticas públicas que viabilizem o acesso a estes profissionais nos cursos de Mestrado e Doutorado. É preciso precisar repensar na prática docente e nas ideias pedagógicas que presidem nos cursos universitários, para que as universidades não se tornem um laboratório fechado, onde formam-se saberes fechados, desfragmentados com o real. O saber/ conhecimento deve conversar com a sociedade e ser edificado entre o pensamento acadêmico e o não científico. Estaremos, assim, mais próximo de uma educação justa/ emancipadora e de qualidade?!?
“Quem Guardará...
Os guardiões?”....
REFERÊNCIAS
CASALI, Alípio. Educação Brasileira. São Paulo, PUC-SP, 2015. (Comunicação oral).
CORTELLA, M.Sérgio. A escola e o Conhecimento .São Paulo:Cortez,1998
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.Rio:Paz e Terra. 1996
IMBERNÓN, Francisco. Formação Docente e Profissional: Formar-se para a mudança e a incerteza. 4ª edição. São Paulo: Cortez, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus, professor, adeus professora: Novas exigências educacionais e profissão docente. SãoPaulo, 2001. Cortez.
SAVIANI, Demerval. História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas/SP: Autores Associados.(2013).
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