Trabalho sobre descarte de resíduos gerados no processo

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Trabalho sobre descarte de resíduos gerados no processo
Introdução: Resíduos
Resíduo é tudo aquilo que não é aproveitado nas atividades humanas, provenientes das industrias, comércios e residências. Como resíduos encontramos o lixo, produzido de diversas formas, e todo aquele material que não pode ser jogado ao lixo, por ser altamente tóxico ou prejudicial ao meio ambiente. Resíduos sólidos e líquidos podem ser de dois tipos, de acordo com sua composição química: resíduos orgânicos, provenientes de matéria viva (por exemplo, restos de alimento, restos de plantas ornamentais, fezes, etc.) e resíduos inorgânicos, de origem não viva e derivados especialmente de materiais como o plástico, o vidro, metais, etc.
Os resíduos são classificados em 3 classes de periculosidade:
Breve resumo sobre a empresa ATL:
Empresa química de produtos de limpeza, planta de distribuição localizada em Itatiba -SP, Bairro da Ponte, iniciou suas atividades em 1986 e até hoje vem expandindo. Industria que trabalha com produtos de limpeza para diversos segmentos, tais como: frigoríficos, açougues, cozinha industrial, indústria alimentícia, automotiva, mecânica, lazer e piscina, petshops e até mesmo rede hospitalar.
Tipo de resíduo gerado pela empresa ATL:
Por conta de sua ampla produção de produtos de limpeza e distribuição, a ATL gera resíduos, principalmente resíduo liquido. Os resíduos gerados no processo é a água de lavagem dos tanques, entre outros resíduos como sólidos (embalagens com defeitos), recicláveis (papeis do administrativo, plásticos das embalagens, papelão, papel de rótulos...), EPI’s usados e resíduos de comida. Cada tipo de resíduo tem seu descarte adequado.
Resíduos líquidos são retirados pela empresa OKENA, sólidos e EPI’s pela empresa Nova Ambiental, resíduos orgânicos coletados diariamente pela coleta seletiva de Itatiba e resíduos de reciclagem são recolhidos pela Ponte Reciclagem.
Documento necessário para descarte de resíduos:
O CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) é um documento emitido pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que aprova o encaminhamento de resíduos de interesse ambiental a locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final.
 
Sobre o resíduo liquido do laboratório e da lavagem dos tanques:
Dentro de um reator tanque de batelada, são adicionados as matérias – primas de acordo com a formulação. Os matérias são misturados e fabricados os produtos saneantes domissanitários. Após o envase dos produtos, as paredes internas dos tanques são lavadas 3 vezes com uma Vap, seguindo procedimento interno de acordo com as normas da ISO. Esta água de lavagem não pode ser descartada diretamente na rede de esgoto, essa água é depositada em IBC’s, esses IBC’s são monitorados, pois quando atingir seu limite deve ser retirado pela empresa de descarte/utilização do mesmo.
Além dessas águas de lavagem, produtos utilizados para testes no laboratório também são descartados nesses IBC’s, matérias primas como corantes, essências, tensoativos não iônicos, espessantes, conservantes e outros, são diluídos na análise, logo são descartados dentro de um galão próprio para descarte de analises/matérias primas, a primeira lavagem da vidraria também deve ser descartada nesse galão, quando o galão estiver cheio, descarta o liquido dentro do IBC, localizado atrás da produção.
Quando o IBC estiver perto do seu limite, deve ser agendado a retirada desse IBC para a empresa OKENA.
Empresa OKENA:
Empresa de Tratamento de efluentes localizada em Itapevi.
Empresa que minimiza o impacto humano no meio ambiente. Fazendo dos resíduos insumos para a produção de novos produtos. Basicamente, é um modelo que propõe o reaproveitamento do que é produzido, e pode ser aplicado em empresas de diferentes segmentos. Inclusive, nas de tratamento de efluentes industriais, como é o caso da Okena.
Fundada em 2010, a Okena é até o momento uma empresa de tratamento. Ou seja, ela recebe a água contaminada, trata os resíduos, elimina os contaminantes e garante ao efluente uma destinação ambiental adequada. Tudo isso em duas etapas: a físico-química e a biológica. Na físico-química ocorre a eliminação da maior parte dos resíduos inorgânicos por meio de processos como filtração e gradeamento (remoção de sólidos retidos em grades ou telas). Depois, são adicionados mais processo físico-químicos para a coagulação e precipitação dos contaminantes. Por fim, acontece a segunda filtração. Nela, os resíduos ficam presos em um lodo, filtrado posteriormente, de onde a água sai tratada (sem metais, óleos e outros resíduos perigosos).
Depois disso, vem a segunda etapa, a biológica. Aqui, há a redução da DQO (Demanda Química do Oxigênio), que significa reduzir a carga orgânica do efluente até que ela esteja adequada às regras de lançamento nos rios, com critérios referentes ao PH e a temperatura da água, por exemplo. Após o lançamento, a Okena emite um certificado atestando que a empresa deu um destino ambiental correto ao efluente.
No entanto, mais do que uma empresa que trata os efluentes, a Okena quer reaproveitar os resíduos e devolver para a sociedade novos produtos ou matérias primas. “Resumidamente, a gente acredita que os efluentes têm muita riqueza desperdiçada e que muitos deles são passíveis de recuperação”, afirma Ricardo Glass, CEO e fundador da empresa. A ideia de reaproveitamento dos efluentes vem de um olhar inovador e responsável da Okena, aliado ao advento de novas tecnologias no ramo, como, por exemplo, a nanofiltração – processo de separação dos resíduos sólidos dos líquidos por membranas, movido pela diferença de pressão.
Na prática, isso acontece de algumas formas, como no caso da Natura: a Okena recebe dois efluentes da Natura. Um com álcool e outro com óleo vegetal. Usando a lógica da economia circular, ao invés de simplesmente tratar estes efluentes e lançá-los adequadamente nos rios, a empresa consegue, por exemplo, destilar o álcool e devolvê-lo para a Natura. Desse modo, eles podem excluir a compra de etanol. O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao óleo vegetal. A Okena pode separar o óleo da água, refinar e transformá-lo em biodiesel para que a Natura utilize em seus geradores. Inclusive, isso já foi feito em escala piloto, ou seja, como teste.
Foi pensando em transformar esse desejo de migrar de forma mais rápida para economia circular em realidade que a Okena se inscreveu no Braskem Labs, programa de aceleração da Braskem, e foi uma das dez selecionadas na edição 2017. As principais dificuldades da empresa hoje estão relacionadas a processos, gestão de pessoas e pesquisa e desenvolvimento na área de materiais que podem ajudar na migração para a economia circular. Para Ricardo, o Braskem Labs pode e já vem ajudando nisso. “Estamos recebendo auxílio principalmente na parte de gestão. Aprendemos e descobrimos novas ferramentas e formas de administrar processos que podem nos tornar mais eficientes”, finaliza.
Video OKENA: https://www.youtube.com/watch?v=zD-R8bjGq1w&feature=youtu.be