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Dislexia e Discalculia

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Dislexia e Discalculia 
João vitor L. P. - vitorpatriota97@gmail.com
Gabriel Eduardo - gabrielcarvalhosantos3@gmail.com
quando surgiu a Dislexia
-Primeiros Expoentes:
1872 e 1897- Reinhold Berlin e James Kerr.
1917- James Hinshelwood, monografia intitulada “Cegueira verbal congênita”
1925- Kappes 
1983- Associação Brasileira de Dislexia 
 
Dislexia
“No ano de 2013, depois de algumas tentativas de definir o que seria de fato o transtorno, o Annals of Dyslexia, elaborado pela Associação Internacional de Dislexia(IAD), propôs uma definição pontual:trata-se de uma dificuldade de aprendizagem de origem NEUROLÓGICA.”
 
Dislexia
 “É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e pela complicação na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem, o que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária”(Pedro,2010 PÁGINA 32)
Dislexia ou má alfabetização?
Antes de se diagnosticar um indivíduo como dislexo, é preciso levar em conta outros fatores que podem estar envolvidos no prejuízo da leitura e da escrita, ocasionando sintomas que facilmente poderão ser confundidos com a dislexia, como:
vCarência cultural;
vProblemas emocionais;
vMétodos de aprendizagem defeituosos;
vSaúde deficiente;
vImaturidade na iniciação da aprendizagem. (Sampaio, 2011,apud Condemarin e Bloquest, 1989, p.17)
Dislexia
“Em nossa memória, temos uma parte responsável pela identificação de todas as palavras já conhecidas. É o léxico, ou seja, o nosso “dicionário mental”. 
“Segundo Jamet1, esse processo de identificação recebe o nome de acesso ao léxico,porém, consequentemente, quanto mais rara a palavra, mais demorada será sua localização no léxico, não importando quanto uma pessoa tenha lido, já que sempre aparecerão em seu idioma palavras com as quais nunca havia se deparado.Afirmam Bonne e Plante2 que o léxico cresce ao longo da existência.”
(CALDEIRA, Elisabeth; CUMIOTTO, M. L. O. Dislexia e disgrafia: dificuldades na linguagem. 2004.P.128)
Tipos de dislexia
1.Dislexia - um distúrbio na linguagem oral
“A identificação, compreensão e pronúncia das
palavras são permitidas através de 
alguns processos mentais que podem ser explicados
em forma de diagrama, conforme Ellis3, objetivando
demonstrar o funcionamento dos modelos de
reconhecimento das palavras.” (CALDEIRA,
 Elisabeth; CUMIOTTO, M. L. O.Dislexia e 
disgrafia: dificuldades na linguagem. 2004.P.129)
Tipos de dislexia
2.Disgrafia - um distúrbio na linguagem escrita
“Conforme Ellis3, para a escrita também existe
um modelo funcional apropriado ao armazenamento
lexical (conjunto das palavras usadas)
dedicados à ortografia das palavras familiares,
reconhecido pelo nome de “léxico de produção
dos grafemas”.(CALDEIRA, Elisabeth; CUMIOTTO, 
M. L. O.Dislexia e disgrafia: dificuldades 
na linguagem. 2004.P.129)
Sinais da dislexia
“A dislexia pode ser observada quando, no momento da leitura, existirem dificuldades pertinentes à identificação, à compreensão e à interpretação dos símbolos gráficos.Neste caso,a criança ou o adulto terá uma tendência em trocar sílabas, substituir ou omitir letras ou palavra,podendo ainda invertê-las ou lê-las de trás para frente.”((BORBA,2016 p.16)
Sinais da dislexia
“Conforme Azevedo(2010), sintomas referentes à linguagem apresentados por pessoas disléxicas são:
Atraso na aquisição das competências de leitura e escrita;
Confusão entre letras,sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia(a-o; c-o; e-c; f-t; h-n);
 Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças espaciais sutis(b-d; d-p; d-q);
Substituição de palavras por outras de estrutura similar, porém com significado diferente(salvou-saltou);
Adição ou omissão de sons, sílabas ou palavras(famosa-fama; casaco-casa);
Problemas de compreensão semântica;
Ilegibilidade da escrita,letra rasurada, presença de muitos erros ortográficos e redação com ideias desordenadas;
Possibilidade de leitura a partir de espelho;
Baixa compreensão leitora;
Erros ortográficos naturais ou arbitrários.”
Quem pode diagnosticar e onde
“É na escola que a dislexia, de fato, aparece. Há disléxicos que revelam suas dificuldades em outros ambientes e situações, mas nenhum deles se compara à escola,local onde a leitura e escrita são permanentemente utilizadas e, sobretudo, valorizadas.”(BORBA,2016 p.02)
Como diagnosticar
É um diagnóstico CONJUNTO!!
-Neurologista
-Otorinolaringologista
-Psicólogos e Psicopedagogos 
-Fonodiologo 
Como ajudar
-Na hora de dar uma explicação usar uma linguagem direta, clara e objetiva e verificar se ele entendeu;
-Avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos,não devem ser aplicadas a tais alunos;
-O aluno disléxico ou com outras dificuldades de aprendizagem tende a ser lento (ou muito lento).
-Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.
-Não elabore avaliações que privilegiem a memorização de nomes, datas,fórmulas, regras gramaticais, espécies, definições, etc. Quando tais informações forem importantes, forneça-as ao aluno (verbalmente ou por escrito) para que ele possa servir-se delas e empregá-las no seu raciocínio ou na resolução do problema;
DISCALCULIA
 
Discalculia
A discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência.
Discalculia
Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.
Sinais de discalculia
Os primeiros sinais da discalculia podem aparecer antes mesmo da entrada na escola, mas é na sala de aula que a situação se complica, quando surgem as dificuldades e, muitas vezes, o preconceito contra o discalcúlico.
 "O quadro não é explícito e acaba confundindo o discalcúlico com um aluno preguiçoso. Dessa forma, tentam forçar a situação, que se torna mais agressiva para a criança. A demora no diagnóstico também acontece porque muitos acham que a dificuldade vai passar naturalmente com o amadurecimento do estudante" -Kruszielski L. (Leandro)
Cuidado com os “falsos sinais”
A discalculia precisa ser diferenciada da dificuldade de aprendizagem, que engloba um conjunto maior de indivíduos com rendimentos mais baixo, mas que não têm essas características da gravidade e da persistência no tempo. A discalculia é uma dificuldade bastante intensa.
Tipos de discalculia
Léxica: Dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;
Verbal: Dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos;
Gráfica: Dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;
Operacional: Dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos;
Practognóstica: Dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos reais ou em imagens;
Ideognóstica: Dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos.
Percebendo a discalculia
Para que o professor consiga detectar a discalculia em seu aluno é imprescindível que ele esteja atento à trajetória da aprendizagem desse aluno, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão.
Consequências ao não diagnosticar ou perceber a discalculia
Caso o transtorno não seja reconhecido a tempo, pode comprometer o desenvolvimentoescolar da criança, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos inadequados, tornando-se agressiva, apática ou desinteressada.
Aviso aos professores
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque me indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (Freire, 1996, p.71) 
Bibliografia
CALDEIRA, Elisabeth; CUMIOTTO, M. L. O. Dislexia e disgrafia: dificuldades na linguagem. Revista Psicopedagogia, v. 21, n. 65, p. 127-134, 2004.
Entendendo a Dislexia, PUC-RJ 2013 http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/1112735_2013_cap_2.pdf
ALVES, Rauni Jandé Roama et al. Criatividade e suas relações com inteligência em crianças com e sem dislexia. 2013.
Associação Brasileira de Dislexia. Disponível em:< http://www.dislexia.org.br > Acesso em: 05 de ago de 2018
SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito, família e escola. 3.ed. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2011.
http://www.ciec-uminho.org/documentos/ebooks/2307/pdfs/8%20Inf%C3%A2ncia%20e%20Inclus%C3%A3o/Dislexia.pdf
-http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/dificuldade-no-aprendizado-da-matematica-pode-ser-discalculia/
Muito obrigado!! :)

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