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Linguagem Verbal e Não Verbal

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69PROENEM
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02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
Veja esta tira de Luis Fernando Verissimo:
(VERISSIMO, Luis Fernando. Aventuras da Família Brasil. Porto Alegre: 
L&PM, 1993.)
A tira é construída em três cenas. Nelas, se verifi ca 
uma situação de conversação entre os personagens 
envolvidos. A fi lha é quem representa papel de locutor, 
isto é, a pessoa que fala, na primeira cena. Os pais são os 
interlocutores, isto é, as pessoas com quem se fala. Essa 
tira retrata uma situação de comunicação, pois as pessoas 
interagem pela linguagem, de tal forma que modifi cam 
o comportamento do outro. Assim, o que uma pessoa 
transmite à outra na forma de linguagem chama-se 
mensagem. A comunicação ocorre quando, ao emitirmos 
uma mensagem, nos fazemos compreender por uma 
pessoa.
Em um ato de comunicação não estão em jogo 
somente palavras, mas também gestos e movimentos. 
Quando empregamos esses elementos com a intenção 
de estabelecer uma comunicação, estamos usando 
diferentes linguagens. Essa linguagem, por conceito, é 
a representação do pensamento por meio de sinais que 
permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.
Tais sinais que permitem o ato de comunicação são 
os chamados signos linguísticos. Segundo o escritor e 
linguista Umberto Eco, defi ne-se como signo aquilo que “à 
base de uma convenção social previamente aceita, possa 
ser entendido como algo que está no lugar de outra coisa”. 
Por exemplo, quando se diz que alguém é uma raposa, por 
uma convenção, estabelece-se que se trata de alguém 
esperto, por uma analogia com o animal, o vocábulo 
“raposa” está em lugar de “esperto” no contexto.
A partir desses conceitos, percebe-se que, na tira, houve 
uma falha na comunicação entre o pai e namorado da 
fi lha. O rapaz não entendeu a mensagem porque a palavra 
“Shakespeare” não representa um signo para ele, não 
comunica nada: o nome do escritor inglês é interpretado 
como algo para beber.
Os signos podem ser verbais (as palavras) ou não 
verbais (gestos, símbolos, cores, até o tom de voz). 
Repare que em um anúncio de sorvetes, por exemplo, 
há, normalmente, sol e uma luz alaranjada, signos que 
representam o calor. Da mesma maneira, propagandas 
que querem sugerir uma certa intelectualidade costumam 
usar atores com óculos, signo de uma possível bagagem 
cultural. Tais signos, juntos, ajudam o interlocutor a 
perceber a intenção da mensagem que se quer passar.
São signos os sinais verbais ou não verbais, que 
apresentam dois eixos de signifi cação: uma parte 
perceptível (sons, letras) e uma parte inteligível (conceito). 
Assim, no campo das palavras, entende-se por signo 
linguístico a unidade constituída de expressão e de 
conteúdo, de signifi cante e de signifi cado, respectivamente
signifi cante → coroa
signifi cado → 1. arranjo de flores; 2. ornamento de 
reis, rainhas; 3. idoso.
Veja que a propaganda acima explora os recursos 
do signifi cado do signo “coroa”. Por se tratar de uma 
propaganda de empresa funerária, a palavra está ligada ao 
arranjo de flores presente em funerais; no entanto, a fi gura 
do senhor em destaque também faz alusão à gíria usada 
para idosos, ou seja, arranjar uma companheira.
Leia este anúncio da LPCE (Liga portuguesa contra 
epilepsia):
70
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
(Recolhido do site: http://www.lpce.pt)
A intenção do anunciante é divulgar a ideia do 
voluntariado para ajudar à associação. Os questionamentos 
dirigidos ao público (“Sente necessidade de ser útil? 
Necessidade de dar apoio e suporte?”) se juntam à 
conclusão simples, porém fundamental: “com pequenos 
gestos podemos melhorar a vida de outras pessoas... seja 
voluntário”.
Repare que o anúncio mostra várias mãos juntas como 
num “cabo de guerra”. Tal procedimento dá ao público uma 
imagem de que a associação precisa de sua colaboração 
nesse “jogo”. Ora, essa imagem nos remete à ideia de que 
quanto mais pessoas estiverem ajudando, a tarefa a ser 
cumprida será menos árdua. A imagem das mãos no “cabo 
de guerra” é, portanto, um sinal que ajuda a perceber a 
intenção da mensagem do anúncio. É um signo não verbal.
O ser humano utiliza diferentes tipos de linguagem, 
como a da música, da dança, da pintura, da fotografia. 
Essas várias linguagens se organizam em dois grupos: a 
linguagem verbal, que tem por unidade os signos verbais, 
as palavras; e as linguagens não verbais, que têm como 
unidade signos não verbais, como o gesto, a imagem, 
o movimento, como analisado acima. Há, ainda, as 
linguagens mistas, como a das histórias em quadrinhos, 
o cinema, a televisão, que utilizam a palavra e a imagem.
Numa situação de comunicação, se empregamos 
palavras, gestos, movimentos, estamos empregando um 
código. Código é um conjunto de sinais convencionados 
socialmente para a transmissão da mensagem.
Não só as palavras, gestos, são códigos, mas também 
os sinais de trânsito, os símbolos, o código morse, as 
buzinas de automóveis. É importante notar que só haverá 
comunicação utilizando um código se os interlocutores 
tiverem essa convenção internalizada. Determinados 
gestos podem representar sentidos diferentes dependendo 
das comunidades em que se vive.
Na nossa comunidade, usamos a língua portuguesa 
como principal código. Língua é um tipo de código formado 
por palavras e leis combinatórias por meio do qual as 
pessoas se comunicam e interagem entre si. Em cada 
sistema linguístico, há regras de diversas naturezas, sejam 
lexicais, sejam sintáticas. Quando escutamos palavras 
como love ou sun, percebemos que estamos diante do 
código empregado na língua inglesa, pois se trata de 
palavras do vocabulário desse idioma.
Porém, dominar bem uma língua não significa apenas 
saber seu vocabulário; é preciso também ter domínio 
de suas leis combinatórias, de suas ordens internas, de 
sua sintaxe. Saber, por exemplo, que no código da língua 
inglesa o adjetivo vem sempre anteposto ao substantivo, 
enquanto que, na língua portuguesa, a anteposição do 
adjetivo pode, inclusive, alterar o sentido da palavra.
Outro traço fundamental em jogo nesse sistema 
linguístico é o aspecto fonético. Quantas vezes ouvimos 
nas resenhas internacionais sobre jogos da seleção 
brasileira a pronúncia “errada” do meio-campo Falcão, 
hoje comentarista de futebol? Invariavelmente ouvíamos 
“Falcao”, sem o til. Essa nasalização, característica da 
língua, causa dificuldades em falantes não nativos. Da 
mesma maneira, nós, falantes de língua portuguesa, 
apresentamos grandes dificuldades para a realização 
de certos fonemas de outros códigos linguísticos, como 
a pronúncia do inglês the (com a língua entre os dentes, 
inclusive), ou ainda o ich alemão.
Além disso, um conhecedor da língua é, 
presumivelmente, um conhecedor das nuances que regem 
essa língua. Um estrangeiro poderá ter dificuldades ao 
receber como resposta um “pois não”. Entrar na “lista 
negra” não significará uma cor dessa tal lista. Quando se 
fala em saber usar a língua, percebe-se que a intenção do 
falante é o que realmente importa, ele é o sujeito dessa 
ação e é fundamental dominá-la, até mesmo para jogar 
com suas possibilidades, com suas ambiguidades, seus 
duplos sentidos. Em outras palavras, em uma situação de 
conversação, será sempre o falante o sujeito da ação de 
escolher os enunciados que melhor se ajustem às suas 
intenções. Toma-se um exemplo recolhido da fala do 
professor Agostinho Dias Carneiro, em uma palestra para 
professores de Língua Portuguesa no Colégio Pedro II:
A menina, adolescente, chega a casa altas horas da 
noite. O pai, sisudo, esperando por ela:
- A senhora sabe que horas são?
- O pneu do carro do Rodrigo furou.
- Que isso nunca mais se repita.
Repare que a menina não respondeu aoque o pai 
perguntou. Ela jogou com a língua da maneira mais 
conveniente para ela. E o pai, ao lançar a fala final, definitiva, 
sabe que, na maioria dos casos, aquilo se repete, sim.
Um usuário da língua deverá entender a nuance que 
regeu esse diálogo, no qual não vale o que se está dizendo, 
mas o que está subentendido. Dessa forma, como afirma 
o linguista russo Mikhail Bakhtin, a verdadeira substância 
da língua não está num sistema abstrato de formas 
linguísticas, mas no fenômeno social da interação verbal, 
realizado através da enunciação. Diz ele: “A interação 
verbal constitui assim a realidade fundamental da língua”.
71PROENEM
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
QUESTÃO 01
(ENEM) 
Casados e independentes
Um novo levantamento do IBGE mostra que o numero de casamentos entre pessoas na faixa dos 60 anos cresce, desde 
2003, a um ritmo 60% maior que o observado na população brasileira como um todo...
Fontes: IBGE e Organização Internacional do Trabalho (OIT)
*Som base no último dado disponível, da 2008
Veja São Paulo, 21 abr. 2010 (adaptado)
Os gráfi cos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse recurso
a) exemplifi ca o aumento da expectativa de vida da população.
b) explica o crescimento da confi ança na instituição do casamento.
c) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.
d) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.
e) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.
QUESTÃO 02
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Acesse os códigos de cada questão para ver o gabarito
(ENEM)
Disponível em: www.sasia.org.br. Acesso em: 30 maio 2016.
Essa propaganda foi criada para uma campanha de 
conscientização sobre a violência contra a mulher. As 
palavras que compõem a imagem indicam que a
a) violência contra a mulher está aumentando.
b) agressão à mulher acontece de forma física e verbal.
c) violência contra a mulher é praticada por homens.
d) agressão à mulher é um fenômeno mundial.
e) violência contra a mulher ocorre no ambiente 
doméstico.
72
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
QUESTÃO 03
(ENEM) Os signos visuais, como meios de comunicação, 
são classifi cados em categorias de acordo com seus 
signifi cados. A categoria denominada indício corresponde 
aos signos visuais que têm origem em formas ou situações 
naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em 
circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam 
algo e adquirem signifi cado. Por exemplo, nuvens negras 
indicam tempestade.
Com base nesse conceito, escolha a opção que representa 
um signo da categoria dos indícios.
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
QUESTÃO 04
(ENEM)
KUCZYNSKIEGO, P. Ilustração, 2008.
Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012.
Através da linguagem não verbal, o artista gráfi co polonês 
Pawla Kuczynskiego aborda a triste realidade do trabalho 
infantil.
O artista gráfi co polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 
1976 e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações. 
Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego 
usa sua arte para
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade.
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema.
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países 
do mundo.
QUESTÃO 05
(ENEM)
Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com
73PROENEM
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A linguagem não verbal pode produzir efeitos interessantes, 
dispensando assim o uso da palavra.
O cartum faz uma crítica social. A fi gura destacada está 
em oposição às outras e representa a
a) opressão das minorias sociais.
b) carência de recursos tecnológicos.
c) falta de liberdade de expressão.
d) defesa da qualifi cação profi ssional.
e) reação ao controle do pensamento coletivo.
QUESTÃO 06
(PRODEMGE - Analista de Tecnologia da Informação)
IVO viu a Uva – htttp://www.ivoviuauva.com.br
Na sequência de 1 a 4 dos quadrinhos, podem ser 
identifcadas as seguintes características de linguagem:
I. No primeiro quadrinho, há apenas a linguagem verbal 
oral.
II. No segundo quadrinho, pode-se perceber apenas a 
linguagem não-verbal.
III. No terceiro quadrinho, o chargista apresenta uma 
mistura entre o verbal escrito e o não-verbal.
IV. No quarto quadrinho, há uma informação verbal 
escrita.
Marque a alternativa CORRETA:
a) apenas as proposições III e IV são verdadeiras.
b) apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) as proposições I,II,III e IV são verdadeiras.
QUESTÃO 07
(IBGP/CISSUL – MG - Condutor Socorrista )
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/+IVXd9Wp3Ve4/TJokbm7qKQI/
AAAAAAAAEnk/H4QU5R4PRCY/s1600/0+a+Transito+11.jpg Acesso 
em: 18/09/2016.
Sobre o tipo de linguagem utilizada no cartum, assinale a 
alternativa INCORRETA.
a) Possui linguagem não-verbal.
b) Possui linguagem mista.
c) Possui linguagem verbal.
d) Possui linguagem informal.
QUESTÃO 08
(IF-TO – Auditor)
Disponível em: https://patologiapolitica.wordpress.
com/2011/07/08/charge-saber-viver/. Acesso em: 15 ago. 2016.
Considerando a relação entre a linguagem verbal e a 
linguagem não verbal para a compreensão da charge, não 
é adequado afi rmar que:
a) O texto está criticando o assaltante e está dando apoio 
ao deputado por estar sendo assaltado.
b) O texto critica os escândalos de corrupção, desvio de 
dinheiro, no âmbito da administração pública.
c) O texto critica a postura desonesta de certos políticos 
que lesam a população ao fazerem mau uso do dinheiro 
público.
d) O texto aponta para o fato de que certos políticos lesam 
a população ao usarem em suas vidas particulares 
dinheiro público indevido.
e) O texto compara o ato (de assaltar) de um assaltante 
qualquer ao ato de alguns políticos também lesarem a 
população.
74
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
QUESTÃO 09
(CRC-MG – Motorista) Considerando que as pessoas não se comunicam apenas pela voz ou pela escrita, quanto à 
linguagem corporal, assinale a alternativa correta.
a) Palavras.
b) Voz.
c) Gestos.
d) Linguagem verbal.
e) Audição.
QUESTÃO 10
(IF-GO – Assistente em Administração)
Disponível em: <htttp://aprendaescrever.blogspot.com.br/2016/-3/charge-sobre-influencia-da -midia.html>. Acesso em: 21 ado. 2017.
No texto, o humor é instaurado pela
a) linguagem não verbal, que é a única responsável pela produção de sentidos no texto.
b) linguagem verbal e não verbal, que, juntas, se responsabilizam pelo sentido do texto.
c) linguagem verbal, que detalhada e de modo exclusivo, resume os sentidos produzidos pelo texto.
d) linguagem não verbal que se sobrepõe à verbal, dispensando a primeira na produção de sentidos.

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