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DIREITO PENAL - Dos crimes contra a administração publica

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DIREITO PENAL IV – CONTINUAÇÃO ESTUDO PARA M2
ART. 234 A, III, IV, CP – AUMENTO DA PENA.
ART. 232-A – Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:
III – de metade, se do crime resultar gravidez, e
IV – de um sexto até a metade, se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. 
Natureza Jurídica: as causas de aumento da pena são relacionadas aos crimes contra a dignidade sexual e na etapa da fixação da pena privativa de liberdade, podendo elevá-la acima do máximo legalmente previsto. 
A gravidez como resultado do crime – a pena será aumentada se do crime resultar gravidez. Exige-se a realização de exame pericial, destinado a provar a gravidez e sua relação de causalidade com a conduta criminosa. A gravidez como produto de estupro é tão grave, que a lei admite a prática do aborto. 
Transmissão de doença sexualmente transmissível – se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que se sabe ou deveria saber ser portador, a pena será aumentada de um sexto até a metade. É imprescindível o exame pericial para comprovar a transmissão da moléstia e sua respectiva causa. As doenças sexualmente transmissíveis são as moléstias transmitidas por vírus, bactérias, fungos ou protozoários, normalmente pela via sexual, embora algumas sejam passíveis de transmissão por transfusão de sangue. São seus exemplos, a sífilis, o herpes genital e a gonorreia. Para a lei, é indiferente se a doença sexualmente transmissível é ou não suscetível de cura pela medicina. A incidência da causa de aumento depende da presença do dolo, direto ou eventual, unicamente no que diz respeito à possibilidade de contaminação da vítima. É irrelevante se o sujeito tinha ou não a intenção de fazê-lo. 
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
Os delitos que visam atingir um número indeterminado de pessoas e se constituem em crimes de danos ou de perigo de dano. São os crimes contra a saúde pública. Aquilo que atinja o ar, a água, o solo, os alimentos, os medicamentos. 
EPIDEMIA – ART. 267 CP
OBJETIVIDADE JURÍDICA – A saúde das pessoas.
OBJETO MATERIAL – Germe patogênico: são aqueles microorganismos causadores de moléstia infecciosa nocivos à saúde humana. Ex: vírus, bactérias, fungos, protozoários. 
Núcleo do Tipo: causar significa dar origem ao agente. Dá origem à epidemia mediante a propagação de germes patogênicos. A difusão dos germes pode ser patogênica, direta (lançar os germes no ar, na água, no solo) ou de forma indireta (a pessoa portadora do germe patogênico circula para a transmissão da moléstia). 
Epidemia: é causar o contágio de um número indeterminado de pessoas. Situadas na mesma região e localidade. Não se confunde com a pandemia que é o contágio de um número indeterminado de pessoas, ao mesmo tempo, em diversas regiões. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive aquela portadora do germe patogênico.
Sujeito Passivo: a coletividade, a sociedade.
Elemento Subjetivo: o dolo no caput e a culpa no §2º 
Consumação: trata-se de crime material de que estará consumado no instante em que a epidemia ocorrer. Há necessidade de demonstração de que o germe patogênico é nocivo à saúde humana. 
Tentativa: admite-se a tentativa por se tratar de crime material.
Causa de aumento da pena: se resultar morte aplica-se a pena em dobro, somente neste caso, considera-se crime hediondo. Basta uma morte para que incida esta causa de aumento de pena.
Epidemia culposa: é aquela causada por imprudência, negligência ou imperícia. Ex: manipulação errada, transporte não compatível, transporte sem segurança de germes patogênicos. 
Envenenamento de água ou de substância medicinal art. 270 CP
Objetividade Jurídica: saúde pública.
Objeto material: a água potável, a substância alimentícia ou substância medicinal. Aquela água potável destinada ao consumo seja para beber ou para a utilização de preparação de alimentos. Substância alimentícia – é aquela destinada ao consumo humano. Substância medicinal: é aquela destinada à cura de doenças ou para diminuir a dor da pessoa humana.
Núcleo do tipo: envenenar – significa intoxicar, aplicar produto nocivo à saúde humana. Ex: veneno. A substância não precisa ser mortal.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: a coletividade.
Elemento subjetivo: é o dolo, no caput e a culpa no parágrafo 2º.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrer o envenenamento da água, da substância medicinal ou da substância alimentícia, mesmo que ninguém venha a ser atingido pelo envenenamento.
Tentativa: é admissível, já que se trata de crime plurissubsistente, a despeito de se tratar de crime formal. 
Figura equiparada: entrega a consumo: é distribuir de qualquer forma ainda que gratuitamente; ter em depósito: é guardar em determinado local. O sujeito deve saber que a água potável ou a substância medicinal ou alimentícia estejam envenenados.
Forma culposa: O envenenamento é causado por imprudência, imperícia ou negligência. 
Causas de aumento de pena: 1ª hipótese (doloso) – se resulta lesão corporal de natureza grave: a pena é aumentada de metade; 2ª hipótese (doloso) – se resulta em morte: aplica-se a pena em dobro; 1ª hipótese (culposo) se resulta lesão corporal, aumenta-se a pena de metade; 2ª hipótese (culposo) – se resulta em morte, aplica-se a pena do homicídio culposo aumentada de um terço. 
Corrupção ou Poluição de água potável art. 271 CP
Objetividade jurídica: saúde pública.
Objeto material: água potável.
Núcleos do tipo: corromper, poluir. Corromper significa estragar, deixa-la imprópria para o consumo, seja pelo sabor ou pelo odor; Poluir significa sujar, deixar imprópria para o consumo.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a coletividade ou a sociedade.
Elemento subjetivo: doloso no caput, culposo no parágrafo único.
Consumação: crime é formal e estará consumado no instante em que a água potável for corrompida ou poluída, independentemente de pessoa vir a passar mal.
Tentativa: por ser crime plurissubsistente, admite-se a tentativa.
Forma culposa: se a poluição ou corrupção ocorrerem por imprudência, negligência, ou imperícia. 
Causas de aumento de pena: Diferença com o crime do art. 270 – naquele crime o comportamento é envenenar, ao passo que, o art. 271 é de poluir ou corromper. Lá a substância empregada é muito mais nociva à saúde humana e aqui neste artigo, as consequências são menos graves. 
Diferença para o crime ambiental: neste crime do art. 271, a conduta recai apenas sobre a água potável destinada aos seres humanos e a vítima são seres humanos, ao passo que o crime ambiental, a conduta pode recair sobre o ar, solo e a água e as vítimas são a flora, os animais e os seres humanos. A pena do crime culposo do art. 271 é menor em relação à forma culposa do crime ambiental.
Falsificação, corrupção, adulteração e alteração de substância ou produtos alimentícios Art. 272 CP
Objetividade jurídica: saúde pública.
Objeto material: alimentos, podem ser líquidos ou sólidos (excluído a água potável).
Núcleos do tipo: o primeiro é corromper, adulterar – é alterar qualquer forma tornando-o pior; falsificar – significa alterar a verdade dando a aparência de verdadeira; alterar – modificar ou transformar o original em outro. Além dessas condutas, é necessário que a substância destinada ao consumo torne-se nociva ou que tenha o seu valor nutritivo reduzido (proteína em pó). Essas constatações dependem de perícia. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a coletividade.
Elemento subjetivo: dolosa no caput, e culposa no parágrafo 2º.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que ocorrer qualquer uma das condutas do núcleo do tipo, mesmo que não cause problemas à saúde de alguém.
Tentativa: é admissível, já que se trata de crime plurissubsistente.
Figuras equiparadas: fabricar – significa preparar ou fazer; vender– transferir a título oneroso; expõe a venda – é colocar de modo visível; importar: trazer do estrangeiro; ter em depósito – é guardar em local; distribuir – é colocar em circulação; entregar: é transferir a posse, a qualquer título.
Equiparação de substância ou produto alimentício: equipara à produto alimentício, bebida, com ou sem teor alcoólico. 
Forma culposa: é aquele que deriva por imprudência, negligência ou imperícia.
Causas de aumento de pena: 1 a 5 anos.
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais art. 273 CP.
Objetividade jurídica: produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, que são aqueles, líquidos ou sólidos destinados à diminuição da dor ou para a cura de doentes, ou ainda para a prevenção de males aos seres humanos.
Núcleos do tipo: são os mesmos do crime do art. 272. O primeiro é corromper, adulterar – é alterar qualquer forma tornando-o pior; falsificar – significa alterar a verdade dando a aparência de verdadeira; alterar – modificar ou transformar o original em outro. Além dessas condutas, é necessário que a substância destinada ao consumo torne-se nociva ou que tenha o seu valor nutritivo reduzido (proteína em pó). Essas constatações dependem de perícia.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a coletividade.
Elemento subjetivo: é o dolo, e a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que ocorrer qualquer um dos núcleos do tipo, independentemente de colocar em risco efetivo a saúde de alguém.
Tentativa: é admissível em razão de se tratar de delito plurissubsistente.
Figuras equiparadas: § 1º)núcleos do tipo – importar: é trazer do estrangeiro para propriedade); expõe à venda – deixar em local visível para a compra; ter em depósito: é armazenar em local apropriado; distribuir – é colocar em circulação de forma gratuita ou onerosa; entregar – é fazer a tradição de algo adquirido ou comprado. §1º A) Medicamentos – são os produtos destinados ao tratamento de doenças. 
Objeto Material: matérias primas – são aquelas substâncias essenciais destinadas à fabricação de produtos terapêuticos ou medicinais; insumos farmacêuticos: são aqueles produtos ou substâncias consideradas drogas ou matérias primas complementares e utilizados no fabrico de medicamentos; cosméticos: são os produtos destinados a uso externo, para fins de proteção ou embelezamento, como batom, maquiagem; saneantes: são as substâncias destinadas a limpeza ou a higiene, como a acetona, pó descolorante, sabão em pó, detergente; produtos destinados ao uso em diagnóstico: são aqueles destinados ao conhecimento ou determinação de doenças (diagnóstico). 
Crime hediondo: este crime é considerado hediondo.
Forma culposa – é aquela que deriva de imprudência, negligência ou imperícia.
Causas de aumento de pena – Ver art. 285 CP.
Incitação ao crime – Crimes contra a Paz Pública art. 286 CP
Incitação ao crime – Introdução arts. 286 ao 288-A CPP.
Paz Pública: é o sentimento de segurança que deve nortear a sociedade, ela também é entendida como ordem pública. 
Objetividade jurídica: paz pública ou ordem pública.
Núcleo do tipo: incitar – significa estimular, incentivar de forma pública a prática de crime. Se a incitação for a prática de contravenção penal, o fato será atípico. A incitação deve ser feita de forma pública, de modo a atingir um número indeterminado de pessoas. Se a incitação for para uma única pessoa, poderá configurar concurso de pessoas e não este crime autônomo do art. 286. Para que configure este crime é necessário que a incitação recaia sobre fato certo e determinado. Ex: matemos moradores de rua. Não configura incitação: ROUBEM.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a coletividade ou a sociedade.
Elemento subjetivo: dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que a incitação for realizada, ainda que os crimes não venham a ser cometidos.
Tentativa: não é possível na forma verbal, mas admite-se em outras formas de execução. Ex: escrita, por meio de faixas ou cartazes etc. Na forma verbal não se admite tentativa.
Apologia de crime ou de criminoso Art. 287 CP
Objetividade jurídica: paz pública.
Núcleo do tipo: fazer apologia – significa elogiar, louvar, enaltecer, prestigiar um fato criminoso ou o autor de um crime. Se o elogio recair sobre a vida pessoal ou sobre o passado de pessoa criminosa não haverá a prática deste crime. Se o elogio recair sobre a contravenção penal, o fato é atípico. A apologia deve ser feita de forma pública, de modo a atingir um número indeterminado de pessoas.
Diferenças com o crime anterior: naquele delito a incitação recai sobre o estímulo direto para a prática de crimes (estímulo direto). Ex: roubemos os alunos da UMC. Por outro lado, neste delito, o estímulo é de forma indireta para a prática de crimes. Ex: roubador A é uma pessoa boa por ter roubado alunos da UMC, objeto para a prática de crime, ou elogio à autor de crime (ex: meu objetivo de vida é ser igual aquele que rouba alunos da UMC).
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a sociedade ou a coletividade. 
Elemento subjetivo: dolo, não se admite forma culposa. A mera crítica, a livre manifestação do pensamento ou a produção de algo artístico não configuram este crime.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que o elogio for realizado de forma pública.
Tentativa: não é admissível na forma verbal, mas é possível nas outras formas de execução.
Associação Criminosa art. 288 CP
Introdução: O nome deste crime era quadrilha ou bando e a alteração foi feita pela lei 12850/13, que passou a tratar como crime de organização criminosa.
Objetividade jurídica: a paz pública. 
Núcleo do tipo: associarem-se (mínimo de 3 pessoas) – significa reunião de pessoas que se unem para a prática de cometer crimes. Se a associação for para a prática de contravenção penais, o fato é atípico. A associação criminosa exige que a reunião de pessoas seja, duradoura, permanente. Se não houver a demonstração desta permanência, estará caracterizado apenas o concurso de agentes. O mínimo de integrantes da associação criminosa é de 3 pessoas, ainda que um ou mais deles seja inimputável ou desconhecido. A associação deve ocorrer para a prática de diversos crimes. Eles devem ser todos dolosos.
Sujeito ativo: qualquer pessoa. Se a reunião de pessoas for feita para a prática de narcotráfico, o crime será de associação para o tráfico. 
Sujeito passivo: a coletividade ou a sociedade.
Elemento subjetivo – dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: o crime é formal e estará consumado no instante em que 3 ou mais pessoas associarem-se independentemente delas praticarem crimes. 
Tentativa: não é admissível tentativa.
Causas de aumento de pena: se a associação é armada, a arma deve ser entendida como armas de fogo ou armas impróprias (faca, tesoura, etc); se houver a participação de criança ou adolescente causa de aumento de pena.
Se a associação criminosa for para a prática de crimes hediondos, terrorismo ou tortura: a pena será aquela prevista no art. 8º.
Associação Criminosa VS Organização criminal
(art. 1º, §1º, da lei 12.850/13)
	ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
	ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
	 3 ou mais pessoas
	 4 ou mais pessoas 
	Finalidade: quaisquer crimes
	Obtenção direta ou indireta, de qualquer vantagem
	Crime de qualquer natureza e pena
	Somente crimes com pena máxima superior a 4 anos.
	Estrutura não definida (cada um faz na hora, desorganizado)
	Estrutura definida (tarefas definidas e divididas)
Constituição de milícia privada - Art. 288, CP
Objetividade Jurídica: paz pública.
Objeto material: é a constituição de organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão. Organização paramilitar: é a associação armada e estruturada comose fosse uma instituição militar utilizando-se de técnicas policiais para atingir seus objetivos. Ex: FARC; milícia particular: é a associação de pessoas armadas e estruturadas com o objetivo de resgatar a segurança em locais controlados pela criminalidade, por ex: tropa de elite; grupo ou esquadrão: grupo de extermínio, é o grupo ou conjunto de pessoas que se intitulam justiceiras e visam eliminar pessoas consideradas criminosas ou perigosas.
Núcleos do tipo: 5 tipos: a) constituir – criar, formar; b) organizar- estruturar, colocar em ordem; c) integrar: fazer parte; d) manter: conservar, dar continuidade à existência; e) custear: é manter financeiramente. A constituição de milícia privada exige a união estável de pessoas voltadas à pratica somente de crimes previsto no CP.
Sujeito ativo: qualquer pessoa. No crime de associação criminosa tem que ter ao menos 3 pessoas no mínimo para a configuração deste crime.
Sujeito Passivo: é a coletividade ou a sociedade.
Elemento subjetivo: o dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal e estará consumado quando houver a prática de qualquer um dos 5 tipos do núcleo do tipo, independentemente da prática de crimes por seus integrantes. 
Tentativa: não é admissível a forma tentada.
Dos crimes contra a Fé Pública Art. 288 CP
Introdução: a ordem jurídica deve ser prestigiada de modo a que certidões, documentos, moeda nacional ou estrangeira, sinais, símbolos que sejam genuínos (verdadeiros).
Requisitos de falsidade: a) potencialidade de dano: não há necessidade de demonstração de dano efetivo, bastando que a falsidade tenha potencialidade de causar dano. A falsificação grosseira, não tem potencialidade de dano, com isso ela não é considerada crime contra a fé pública; b) dolo: não há crime culposo contra a fé pública; c) imitação da verdade: a falsidade deve recair sobre fatos verdadeiros. Ex: documento falso de propriedade da lua é irrelevante para o direito penal. A imitação da verdade pode ocorrer por alteração de documento verdadeiro ou por confecção de documento inteiramente falso. 
Espécies de falsidade: trata-se da falsidade externa e que recai sobre a coisa falsificada (papel). A falsidade material significa a limitação da vontade, por meio da contrafação (falsificação), alteração ou supressão.
Falsidade ideológica: é aquela em que o documento é verdadeiro, mas seu conteúdo é falso. A imitação da verdade ocorre pela simulação.
Falsidade pessoal: é aquela que diz respeito à qualificação da pessoa, como seu nome, seu estado civil, idade, etc.
Princípio da insignificância: não se aplica o princípio da insignificância para os crimes contra a fé pública, pois se protege o sentimento de segurança (princípio da confiança) sobre documentos, independentemente de valor ou prejuízo causado.
MOEDA FALSA – art. 289 CP
Objetividade jurídica: proteção da fé pública.
Objeto material: é a moeda metálica ou o papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro. Também é objeto material deste crime a moeda estrangeira. Se a falsificação do papel moeda for grosseira, ela será meio material para a prática do crime de estelionato.
Núcleo do tipo: falsificar, reproduzir algo, imitar, fabricar, contrafazer. A falsificação pode ocorrer por meio de fabricação (dá origem a algo novo) ou por meio de alteração (modificação de algo que já existia).
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: é a fé pública representada pelo Estado. De forma indireta aquela que sofrer prejuízo patrimonial.
Elemento subjetivo: é o dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que ocorrerá a falsificação, independentemente de causar prejuízo. Por meio de perícia – materiais.
Tentativa: é admissível já que se trata de crime plurissubsistente.
Competência: trata-se de competência da Justiça Federal, pois há interesse da União.
Figura equiparada: aquele que importa e exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação de moeda falsa também incide nas penas do caput deste artigo.
Figura privilegiada: aquele que recebeu de boa-fé moeda falsa e depois tomou conhecimento da falsidade, devolve à circulação a moeda falsa.
Figura qualificada: um funcionário da casa da moeda desvia ou faz circular moeda cuja circulação ainda não estava autorizada.
Falsificação de documento público, art. 297 CP
Objetividade jurídica: fé pública.
Objeto material: documento público falsificado no todo ou em parte, ou do documento público verdadeiro alterado. Documento público: é o escrito elaborado por pessoa certa e determinada, que exterioriza uma declaração de vontade ou a existência de um fato, direito ou obrigação.
Características dos documentos: 1) forma escrita: documento obrigatoriamente tem a sua forma escrita a mão ou de forma mecanizada (digitada). Não é considerado documento, por não ser escrito, os desenhos, pinturas e fotografias. O documento deve ser escrito em algo que possa ser transportado (papel); 2) deve ser elaborado por pessoa certa: escritos anônimos ou sem assinatura não são considerados documentos. A identificação da pessoa é feita por meio da assinatura. Se o escrito não estiver assinado, mas conteúdo do escrito demonstrar de forma inequívoca que ele foi elaborado por pessoa certa, está atendido esse segundo requisito; 3) O seu conteúdo deve ter relevância jurídica: a declaração de vontade ou o reconhecimento de direito deve ser amparada pela lei e o seu objeto lícito. Ex: não é considerado documento uma escritura de doação de propriedade situada na lua ou um pedaço do mar. 
Documento público: é aquele criado por funcionário público no exercício de suas funções e de acordo com a lei. As espécies de documento público – formalmente públicos: são aqueles criados por funcionário público e cujo conteúdo seja de direito público. Ex: sentença, denúncia, certidão negativa de débitos, etc; formalmente público e substancialmente privado: escrito e elaborado por funcionário público, mas cujo conteúdo contém declaração de direito privado. Ex: escritura pública de compra e venda de imóvel, escritura pública de união estável. 
OBS: O documento particular autenticado ou com reconhecimento de firma não são considerados documentos públicos. Documentos juntados em uma ação judicial (documentos privados) não se transformam em documentos públicos.
Documentos públicos por equiparação § 2º, art. 297
Documento emanado de entidade paraestatal: são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que atuam ao lado e em colaboração com o Estado. Entidades paraestatais são denominadas terceiro setor (SESI, SENAC e ONG).
Título ao portador ou transmissível por endosso – cheque.
Ações de sociedade comercial: S/A Sociedade por ações. 
Livros mercantis: registram atividades empresariais. Ex: livro diário.
Testamento particular – é a disposição dos bens do morto, redigido enquanto vivo e está regulamentado nos arts. 1876 a 1880 CC.
Núcleos do tipo: falsificar e alterar. Falsificar significa contrafazer (contrafação) falsificar, elaborar, fabricar, dar origem, no todo ou em parte, de um documento público. Documento público não existia, mas foi elaborado pelo falsário.
Falsificação no todo: elaboração de um documento tipo RG;
Falsificação parcial: agente que de posse de um espelho verdadeiro de RG, realiza o seu preenchimento;
Alterar: significa modificar, mudar um documento público verdadeiro já existente. O agente lança mão (fazer) de alterações de nome, data, ou fotográfica em um documento público verdadeiro e já existente. Ex: troca de fotografia em RG verdadeiro, troca de data de nascimento.
 Diferença entre falsificação parcial e alteração:
Na falsificação parcial o documento público não existia e na alteração ele já existia;
Na falsificação parcial o documento público não estava preenchido, ao passo que, na alteração ele já estava preenchido e foi modificado;
Sujeitoativo: qualquer pessoa. Se o agente for funcionário público e praticar o crime prevalecendo se do cargo, aumenta-se a pena para um sexto.
Sujeito passivo: é o Estado de forma direta ou imediata e a pessoa prejudicada de forma indireta ou mediata.
Elemento subjetivo: é o dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal. Estará consumado no instante em que ocorrer a falsificação total ou parcial de um documento público ou uma alteração de um documento público verdadeiro, independentemente da conduta ter causado prejuízo.
Tentativa: é admissível por se tratar de crime plurissubsistente.
Figuras equiparadas: § 3º - núcleo do tipo: insere ou faz inserir. Inserir significa colocar ou introduzir; faz inserir é criar condições para que terceira pessoa insira. Em ambas as condutas, o documento público é produzido regularmente, mas a ideia nele contido é falsa. A inserção ocorre em documentos relacionados a Previdência Social; §4º) omitir – é deixar de lançar os documentos do §3º, nome do segurado, seus dados pessoais, sua remuneração e a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. Trata-se de crime omissivo próprio e que não admite tentativa. 
Crime de falsidade e estelionato: Segundo a Súmula 17 STJ, o crime menos grave (estelionato) absorve o crime de falsidade (crime mais grave), quando a falsificação se exaure (termina ali) no estelionato. No entanto, se as falsificações estiverem a potencialidade para produzir outros efeitos, ocorrerá concurso material de crimes entre o estelionato e a falsificação. 
Falsificação de documento particular art. 298 CP
Objetividade jurídica: a fé pública.
Objeto material: é o documento particular. É residual, ou seja, de todo escrito que não entra no conceito de documento público. Equipara-se a documento particular, o cartão magnético, bancário, de crédito ou débito. 
Núcleos do tipo: são os mesmos do art. 297 CP – Falsificar e alterar.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: o Estado de forma direta e o particular de forma indireta.
Elemento subjetivo: é o dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: crime formal.
Tentativa: é admissível por se tratar de crime plurissubsistente.
Falsidade Ideológica – Art. 299 CP
Objetividade Jurídica: fé pública.
Objeto Material: é documento público ou particular, com distinção em relação à pena – 1 a 5 anos se for público; 1 a 3 anos à documento particular. Petição não é documento, porque se trata de um escrito que contém meras alegações de uma parte e cujo conteúdo depende de comprovação.
Diferença em relação aos crimes anteriores: na falsidade ideológica, o documento é verdadeiro, foi elaborado pela pessoa que deveria elaborar, mas o agente lança conteúdo ou ideia que não corresponde com a verdade. Não há alteração ou contrafação (falsificação), mas tão somente falsificação do conteúdo do documento. Ex: documento de compra e venda de imóvel em que se inscreve o valor de venda menor.
Núcleos do tipo: omitir – significa deixar de ou não fornecer declaração que dele devia constar, com a finalidade de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante; inserir ou deixar de inserir.
OBS: Papel em branco assinado, por si só, não é considerado documento porque não possui conteúdo. Há crime de falsidade ideológica se ele for preenchido pela pessoa que deveria preenchê-lo e o seu conteúdo for aquele autorizado pela pessoa que o assinou. Ex: A vai viajar assina um papel em branco e deixa B preenche-lo no caso de venda de um objeto, mas como o valor inferior ao verdadeiro, de modo a pagar menos imposto. Se o papel em branco assinado chegar às mãos de alguém de forma ilícita e ele for preenchido por quem não tinha autorização, o crime daquele que preencheu será de falsificação de documento público ou particular. Ex: cheque; Se o papel em branco assinado chega às mãos de alguém de forma lícita para aquele que deveria preenchê-lo, mas o preenchimento é realizado de forma diversa da que deveria ser escrito o crime será de Falsificação de documento público ou particular. 
Falsidade Ideológica art. 299 CP
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: é o Estado de forma direta e o particular prejudicado de forma indireta.
Elemento subjetivo: é o dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que ocorrer a omissão em documento público ou particular da declaração que nele devia constar ou quando nele é inserido declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, independentemente de causar prejuízo.
Tentativa: na conduta de omitir não se admite a tentativa. Na conduta de inserir ou fazer inserir, a tentativa é admissível.
Causa de aumento de pena: se o sujeito ativo for funcionário público e cometer o crime prevalecendo-se do cargo. Para que incida esta causa de aumento de pena, é necessário que o agente utilize o seu cargo público para a prática do delito – Falsidade ideológica de documento público – obrigatoriamente o documento será público; Se a falsificação ou alteração for de assentamento de registro civil – os assentos de registro civil são todos documentos públicos. 
Uso de documento falso – Art. 304 CP
Objetividade Jurídica: tutela da fé pública.
Objeto material: são os papéis falsificados ou alterados referidos nos art. 297 ao 302CP. A falsificação deve recair sobre fato juridicamente relevante e ela não pode ser constatada de pronto sob pena da conduta ser atípica. 
Núcleo do tipo: fazer uso que é utilizar, de qualquer forma, qualquer dos papéis falsificados ou alterados descritos nos artigos 297 a 307 CP. O documento falso é utilizado como se fosse verdadeiro. Sujeito que é abordado e é encontrado em seu poder um documento falso. Se o documento for de porte obrigatório (CNH), ainda que o agente não apresente o documento haverá este crime; Não há este crime se o documento não for de porte obrigatório.
Sujeito ativo: qualquer pessoa, que não seja aquela que falsificou ou alterou o documento.
Sujeito passivo: é o Estado de forma direta e o particular prejudicado de forma indireta.
Elemento subjetivo: é o dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no momento em que o sujeito fizer uso do documento falso ou alterado, independentemente da obtenção de vantagem ou de causar prejuízo a terceiro.
Tentativa: há duas opções: 1ª) é admissível a tentativa diante do caráter plurissubsistente do delito; 2ª) não se admite a tentativa, porque qualquer início de uso já é uso. 
SUPRESSÃO DE DOCUMENTO ART. 305 CP
Objetividade jurídica: é a fé pública.
Objeto material: é o documento público ou particular verdadeiro, do qual o agente não podia dispor. Para a doutrina, se o documento público ou particular verdadeiro puder ser obtido mediante translado ou certidão, não haverá este delito.
Núcleo do tipo: destruir, suprimir e ocultar. Destruir é eliminar, fazer desaparecer. Ex: queimar; suprimir é tornar o documento inútil, sem destruí-lo ou ocultá-lo. Ex: riscar o documento; ocultar é esconder ou fazer desaparecer sem destruí-lo. O documento público ou particular tem que ter relevância jurídica, pois a conduta é voltada para a obtenção de benefício próprio ou de outrem, ou para causar prejuízo alheio. O benefício não visa a obtenção de vantagem econômica, mas sim vantagem pessoal (vantagem não econômica).
Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o titular do documento.
Sujeito passivo: é o Estado e o particular de forma indireta.
Elemento subjetivo: é o dolo, não se admite a forma culposa. Se a finalidade do agente visar a obtenção de vantagem econômica. Ex: ocultação de cheque ou de selo valioso. O crime será de furto ou algum crime contra o patrimônio.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que o documento público ou particular verdadeiro for destruído, suprimido ou ocultado.Tentativa: é possível porque se trata de crime plurissubsistente.
FALSA IDENTIDADE Art. 307 CP
Objetividade jurídica: a fé pública.
Objeto material: identidade civil do sujeito ou sua qualificação. A identidade civil pode ser composta pelo nome, filiação, data de nascimento, local de nascimento, profissão, estado civil, endereço.
Núcleo do Tipo: atribuir a si ou à terceiro. Atribuir é apontar, dizer, imputar, apontar falsa identidade para si ou para terceiro. A prática deste crime pode ocorrer mediante à atribuição da qualificação de pessoa que de fato existe ou mediante à criação de pessoa fictícia. Este crime não se configura por conduta omissiva, em que o agente silencia sobre a sua identidade civil. A omissão em fornecer seus dados qualificativos configura a contravenção penal do art. 68 LCP, decreto lei 3688/41. Neste crime, ao atribuir falsa identidade, o agente ou faz de forma verbal ou por escrito. Se ele utilizar de documento falsificado, o crime será aquele previsto no art. 304 CP.
OBS: Se houver utilização de documento verdadeiro, mas de terceira pessoa, o crime será de falsa identidade. 
Sujeito Ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: é o Estado de forma indireta ou particular prejudicado.
Elemento Subjetivo: é o dolo não se admite a forma culposa. A conduta deve visar a obtenção de vantagem pessoal ou causar dano a terceiro. A vantagem pessoal ou causar dano a terceiro. A vantagem não é patrimonial, mas sim pessoal. Se houver vantagem econômica pode configurar o crime de estelionato. Ex: pessoa procurada pela justiça que atribui a ele, falsa identidade. Obs: Falsa identidade é o exercício da autodefesa – o exercício da autodefesa é uma garantia constitucional, mas ela não é absoluta, de modo que não se confunde com a prática de crime. Ao atribuir-se falsa identidade, o sujeito deixa de exercer sua autodefesa e passa a praticar o crime.
Consumação: trata-se de crime formal e que estará consumado no instante em que o sujeito atribuir a ele ou a terceiro a falsa identidade, independentemente da obtenção de vantagem pessoal ou para causar prejuízo à terceiro.
Tentativa: como regra não é admissível. No entanto, se for cometido na forma escrita, admite-se a tentativa. 
Falsa identidade e simulação da qualidade de funcionário público: Art. 45 LCP. A diferença entre eles é obtenção de vantagem. Na contravenção penal não se exige a obtenção de vantagem pessoal ou a produção do prejuízo para terceiro, ao passo que, no crime de falsa identidade, a finalidade do agente é a obtenção de vantagem pessoal.
Obs: Se eu alterar algum dado do documento, apagar a letra ou números e colocar outro dado no lugar, o crime será de FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO; se eu preencher todo o documento ou acrescentar frases no final com informações falsas, o crime será de FALSIDADE IDEOLÓGICA. 
IMPORTUNAÇÃO SEXUAL – ART. 215-A CP
Objetividade Jurídica: a liberdade sexual e a dignidade sexual.
Objetividade material: Pessoa física contra a qual a conduta é dirigida.
Núcleo do tipo: praticar: significa realizar, fazer, cometer. Este delito não exige violência. A conduta deve ser cometida na presença da vítima e o ato libidinoso deve ser contrário à vontade dela. Deve haver dissenso da vítima. A conduta envolver a prática de ato libidinoso, que é aquele que tem conotação sexual. Há exceção da conjunção carnal. Ex: passada de mão, beijos contra a vontade. A realidade do agente é a satisfação do seu próprio desejo sexual próprio ou para terceiro. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa de qualquer sexo. Se a vítima for menor de 14 anos, o crime será o previsto no art. 218-A.
Consumação: crime formal e que estará consumado no momento da prática do ato libidinoso na presença e contra a vontade da vítima. 
Tentativa: é admissível porque se trata de crime plurissubsistente.
Ação Penal: ação pública incondicionada.
Divulgação de cena de estupro ou cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia – art. 218C – CP
Objetividade Jurídica: a dignidade sexual.
Objeto material: é a fotografia, a filmagem (vídeo) ou outro meio de registro audiovisual, que contenha cena de estupro ou estupro de vulnerável, ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou ainda que contenha cena de nudez, sexo ou pornografia, contra a vontade da vítima.
Núcleos do tipo: oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender, expor a venda, distribuir, publicar, divulgar. Oferecer – propor para ser aceito; trocar – é permutar, receber algo em troca; disponibilizar – é permitir o acesso; transmitir – é o encaminhar, passar para terceiro; vender – disponibilizar de forma onerosa; expor a venda – deixar ao alcance de forma onerosa; distribuir – entregar de forma gratuita; publicar – fazer chegar ao conhecimento de terceiro; divulgar – fazer propaganda. 
Qualquer um desses comportamentos deve ser realizado por meio de comunicação em massa, como a internet, sistema de informática, e-mails ou aplicativos ou por meio da telemática. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: qualquer pessoa.
Se a fotografia, o vídeo, ou outro registro audiovisual envolver cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente, será os art. 241 ou art. 241 A da lei 8069/90. Assim, se o registro audiovisual envolver cena de estupro de vulnerável, a vítima deverá ser pessoas com mais de 18 anos, portadoras de enfermidade ou deficiência mental, ou ainda, não possua capacidade de resistência. 
Elemento Subjetivo: dolo, não se admite a forma culposa.
Consumação: ocorrerá quando qualquer um dos núcleos do tipo for realizado.
Tentativa: é admissível, mas de difícil configuração na prática, em razão de se tratar de tipo penal de conteúdo misto ou variado (diversos núcleos do tipo).
Causas de aumento de pena § 1º - a) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido (ex) relação íntima de afeto com a vítima, são aquelas que decorrem do casamento, união estável ou namoro (algo duradouro); b) com a finalidade de vingança ou humilhação. Esta hipótese independe de relação íntima de afeto entre os envolvidos.
Exclusão de ilicitude: §2º - não haverá crime se ocorrer a publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica. Se for adotado recurso que impossibilite a identificação da vítima, desde que tenha prévia autorização dela e que seja pessoa de mais de 18 anos.

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