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Civil Roberto 1

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PROFESSOR ROBERTO FIGUEIREDO 
PROCURADOR DO ESTADO DA BAHIA. MESTRE EM DIREITO (UFBA). ADVOGADO. 
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PROCURADORES DO ESTADO TRIÊNIO 2016/2018. 
PERISCOPE: ROBERTO_CIVIL. 
INSTAGRAM: ROBERTO_CIVIL. 
TWITTER: ROBERTO_CIVIL. 
FACEBOOK (FANPAGE): ROBERTO FIGUEIREDO (PROFESSOR). 
 
TEMA I: POSSE. 
 
A Posse: Notas Introdutórias. 
 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes 
inerentes à propriedade. 
 
Atenção! 
 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem 
quer que injustamente a possua ou detenha. 
 
Composse. 
 
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessó-rios, 
contanto que não excluam os dos outros compossuidores. 
 
E no CPC/15? 
 
Art. 73. § 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas 
hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. 
 
Detentor (Fâmulo ou Servidor da Posse). 
 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a 
posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. 
 
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à 
outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. 
 
Outras hipóteses de detenção. 
 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os 
atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
 
Aquisição da Posse. 
 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer 
dos poderes inerentes à propriedade. 
 
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida: 
 
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante; 
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Perda da Posse. 
 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se 
refere o art. 1.196. 
 
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se 
abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido. 
 
Atenção! 
 
A posse é direito transmissível. 
 
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. 
 
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir 
sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. 
 
Classificação da Posse: (Direta x Indireta, Justa x Injusta, de Boa-fé x de Má-fé). 
 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, 
ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o 
indireto. 
 
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
 
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a 
lei expressamente não admite esta presunção. 
 
Atenção! 
 
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam 
presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. 
 
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que (...) foi adquirida. 
 
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que nele estiverem. 
 
Aspectos Processuais da Posse: Breves notas. 
 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado 
de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 
 
E no CPC/15? 
 
CAPÍTULO III 
DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS 
Seção Disposições Gerais 
 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue 
a (...) proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 
 
§ 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação 
pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a 
 
 
 
 
 
 
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intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria 
Pública. 
§ 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, 
citando-se por edital os que não forem encontrados. 
§ 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no 
§ 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da 
publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. 
 
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: 
I - condenação em perdas e danos; 
II - indenização dos frutos. 
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: 
I - evitar nova turbação ou esbulho; 
II - cumprir-se a tutela provisória ou final. 
 
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória 
e a (...) indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. 
 
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento 
do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. 
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito 
sobre a coisa. 
 
Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo 
quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial. 
 
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter 
possessório. 
Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na posse carece de 
idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 
5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a 
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
 
Seção II 
Da Manutenção e da Reintegração de Posse 
 
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. 
Art. 561. Incumbe ao autor provar: 
I - a sua posse; 
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 
III - a data da turbação ou do esbulho; 
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. 
 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado 
liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, 
citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. 
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida
a manutenção ou a reintegração 
liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. 
 
Art. 563. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de manutenção ou de reintegração. 
 
Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco) 
dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. 
Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da 
decisão que deferir ou não a medida liminar. 
 
 
 
 
 
 
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Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver 
ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar 
audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2o e 4o. 
§ 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, caberá 
ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo. 
§ 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que 
houver parte beneficiária de gratuidade da justiça. 
§ 3o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da tutela 
jurisdicional. 
§ 4o Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e 
de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se manifestarem 
sobre seu interesse no processo e sobre a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório. 
§ 5o Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel. 
 
Art. 566. Aplica-se, quanto ao mais, o procedimento comum. 
 
Seção III 
Do Interdito Proibitório 
 
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que 
o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena 
pecuniária caso transgrida o preceito. 
 
Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na Seção II deste Capítulo. 
A legítima defesa da posse e o desforço incontinente. 
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça 
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 
 
A exceptio domini e a sua vedação nas ações possessórias. 
 
§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. 
 
A posse e os frutos. 
 
Efeitos da Posse. 
 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzi-das 
as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
 
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-
se percebidos dia por dia. 
 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa 
sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da pro-dução e 
custeio. 
 
A posse e a perda ou deterioração da coisa. 
 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. 
 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar 
que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A posse e as benfeitorias. 
 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às 
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito 
de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de 
retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. 
 
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda 
existirem. 
 
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o 
seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual. 
 
TEMA II: USUCAPIÃO. 
 
a) Usucapião 
 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a 
propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual 
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no 
imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. 
 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, 
sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou 
de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que 
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, 
independentemente do estado civil. 
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
 
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, 
sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge 
ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio 
integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
 
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel. 
Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de Registro 
de Imóveis. 
 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-
fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, 
com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele 
tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. 
 
Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse 
a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com 
justo título e de boa-fé. 
 
 
 
 
 
 
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Art.
1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou 
interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião. 
 
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título 
e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. 
 
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título 
ou boa-fé. 
 
Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244. 
 
Atenção. A usucapião e o CPC/15 
 
Art. 1.071. O Capítulo III do Título V da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), passa a 
vigorar acrescida do seguinte art. 216-A: (Vigência) 
 
“Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que 
será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel 
usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com: 
I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e seus antecessores, conforme o caso 
e suas circunstâncias; 
II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de res-
ponsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos reais e de outros 
direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes; 
III - certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente; 
IV - justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da 
posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel. 
§ 1o O pedido será autuado pelo registrador, prorrogando-se o prazo da prenotação até o acolhimento ou a rejeição do 
pedido. 
§ 2o Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos reais e de outros direitos registrados 
ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, esse será noti-ficado pelo 
registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar seu consentimento 
expresso em 15 (quinze) dias, interpretado o seu silêncio como discordância. 
§ 3o O oficial de registro de imóveis dará ciência à União, ao Estado, ao Distrito Federal e ao Município, pessoalmente, 
por intermédio do oficial de registro de títulos e documentos, ou pelo correio com aviso de recebimento, para que se 
manifestem, em 15 (quinze) dias, sobre o pedido. 
§ 4o O oficial de registro de imóveis promoverá a publicação de edital em jornal de grande circulação, onde houver, 
para a ciência de terceiros eventualmente interessados, que poderão se manifestar em 15 (quinze) dias. 
§ 5o Para a elucidação de qualquer ponto de dúvida, poderão ser solicitadas ou realizadas diligências pelo oficial de 
registro de imóveis. 
§ 6o Transcorrido o prazo de que trata o § 4o deste artigo, sem pendência de diligências na forma do § 5o deste artigo 
e achando-se em ordem a documentação, com inclusão da concordância expressa dos titulares de (...) di-reitos reais 
e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis 
confinantes, o oficial de registro de imóveis registrará a aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo 
permitida a abertura de matrícula, se for o caso. 
§ 7o Em qualquer caso, é lícito ao interessado suscitar o procedimento de dúvida, nos termos desta Lei. 
§ 8o Ao final das diligências, se a documentação não estiver em ordem, o oficial de registro de imóveis rejeitará o 
pedido. 
§ 9o A rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação de usucapião. 
§ 10. Em caso de impugnação do pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, apresentada por qualquer um 
dos titulares de direito reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na 
matrícula dos imóveis confinantes, por algum dos entes públicos ou por algum terceiro interessado, o oficial de registro 
de imóveis remeterá os autos ao juízo competente da comarca da situação do imóvel, cabendo ao requerente emendar 
a petição inicial para adequá-la ao procedimento comum.” 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA III: CONDOMÍNIO. 
 
Do Condomínio Edilício 
 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum 
dos condôminos. 
§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, 
com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo 
ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser 
alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. 
 
TEMA IV: DIREITO DE LAJE. 
 
DA LAJE 
(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
Art. 1.510-A. O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou inferior de sua construção 
a fim de que o titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo. (Incluído pela 
Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 1o O direito real de laje contempla o espaço aéreo ou o subsolo de terrenos públicos ou privados, tomados em 
projeção vertical, como unidade imobiliária autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não 
pertencentes ao proprietário da construção-base. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 2o O titular do direito real de laje responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre a sua unidade. (Incluído 
pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 3o Os titulares da laje, unidade imobiliária autônoma constituída em matrícula própria, poderão dela usar, gozar e 
dispor. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 4o A instituição do direito real de laje não implica a atribuição de fração ideal de terreno ao titular da laje ou a 
participação proporcional em áreas já edificadas. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 5o Os Municípios e o Distrito Federal poderão dispor sobre posturas edilícias e urbanísticas associadas ao direito 
real de laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 6o O titular da laje poderá ceder a superfície de sua construção para a instituição de um sucessivo direito real de laje, 
desde que haja autorização expressa dos titulares da construção-base e das demais lajes, respeitadas as posturas 
edilícias e urbanísticas vigentes. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
Art. 1.510-B. É expressamente vedado ao titular da laje prejudicar com obras novas ou com falta de reparação a 
segurança, a linha arquitetônica ou o arranjo estético do edifício, observadas as posturas previstas em legislação local. 
(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
Art. 1.510-C. Sem prejuízo, no que couber, das normas aplicáveis aos condomínios edilícios, para fins do direito real 
de laje, as despesas necessárias à conservação e fruição das partes que sirvam a todo o edifício e ao pagamento de 
serviços de interesse comum serão partilhadas entre o proprietário da construção-base e o titular da laje, na proporção 
que venha a ser estipulada em contrato. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 1o São partes que servem a todo o edifício: (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
I - os alicerces, colunas, pilares, paredes-mestras e todas as partes restantes que constituam a estrutura do prédio; 
(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
II - o telhado ou os terraços de cobertura, ainda que destinados ao uso exclusivo do titular da laje; (Incluído
pela Lei nº 
13.465, de 2017) 
III - as instalações gerais de água, esgoto, eletricidade, aquecimento, ar condicionado, gás, comunicações e 
semelhantes que sirvam a todo o edifício; e (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
IV - em geral, as coisas que sejam afetadas ao uso de todo o edifício. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
§ 2o É assegurado, em qualquer caso, o direito de qualquer interessado em promover reparações urgentes na 
construção na forma do parágrafo único do art. 249 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
Art. 1.510-D. Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas, terão direito de preferência, em igualdade 
de condições com terceiros, os titulares da construção-base e da laje, nessa ordem, que serão cientificados por escrito 
 
 
 
 
 
 
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para que se manifestem no prazo de trinta dias, salvo se o contrato dispuser de modo diverso. (Incluído pela Lei nº 
13.465, de 2017)

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