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Trabalho Biocel - Célula procariótica, célula eucariótica e composição química das células

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Pietra Bruna Barbosa Bento 
 
 
 
 
Célula procariótica, célula eucariótica e composição química das 
células 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfenas-MG 
2019 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
1. CÉLULA PROCARIONTE ................................................................................... 4 
1.1 ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR ....................................... 6 
1.2 PAREDE CELULAR ......................................................................................... 8 
1.3 ESTRUTURAS INTERNAS À PAREDE CELULAR ......................................... 9 
2. CÉLULA EUCARIÓTICA ..................................................................................... 11 
3. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA ............................................................. 14 
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 16 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O estudo das células eucariótica e procariótica é relevante sob o aspecto de que as 
células dos seres vivos podem ser eucarióticas ou procarióticas. O estudo das 
mesmas nos faz entender a complexidade da vida sob vários pontos, como o ponto 
de vista químico e biológico das reações e ligações que ocorrem em nosso corpo. O 
corpo humano necessita que tais reações e ligações aconteçam, pois sem elas não 
há perpetuação de genes e todas as funções importantes a vida não aconteceriam 
com êxito. 
 
 
 
1. CÉLULA PROCARIONTE 
 
Segundo Tortora, Funke e Case (2012, p.77), os procariotos incluem as bactérias e 
as arquibactérias (mesmo que pareçam similares, sua composição química é 
diferente). A maioria dos procariotos, incluindo as cianobactérias fotossintetizadoras, 
faz parte do grupo das bactérias. Existem muitos tamanhos, formas e arranjos em 
células bacterianas. Em sua maior parte, as bactérias variam de 0,2 a 2,0 micrometro 
de diâmetro e de 2 a 8 micrometro de comprimento. Elas possuem algumas formas 
básicas: cocos esféricos (que significa frutificação), bacilos em forma de bastão (que 
significa bastonete) e espiral. 
Como afirma Tortora, Funke e Case (2012, p.77), geralmente, os cocos são 
arredondados, mas também podem ser ovais, alongados ou achatados em uma de 
suas extremidades. Quando os cocos se dividem para se reproduzir, as células podem 
permanecer ligadas umas às outras. Cocos que se mantem aos pares após a divisão 
são chamados de diplococos. Aqueles que se dividem e permanecem ligados uns aos 
outros em forma de cadeia chamam-se estreptococos. Aqueles que se dividem em 
três planos e permanecem unidos em forma de cubo, com oito bactérias, são 
chamados sarcinas. Aqueles que se dividem em múltiplos planos e formam 
agrupamentos, tipo cacho de uva ou lâminas amplas são chamados de estafilococos. 
Tais características são úteis na identificação de certos cocos. Os bacilos, por sua 
vez, dividem-se somente ao longo de seu eixo curto. Portanto, existe menor número 
de agrupamentos de bacilos que de cocos. A maioria dos bacilos se apresentam como 
bastonetes simples. Os diplobacilos se apresentam em pares após a divisão e os 
estreptobacilos ocorrem em cadeias. Alguns bacilos possuem a aparência de 
“canudinho”. Outros possuem extremidades cônicas, como charutos. Outros ainda são 
ovais e tão parecidos com os cocos que são chamados de cocobacilos. 
Os autores Tortora, Funke e Case (2012, p. 79) ainda complementam que as bactérias 
espirais, no que diz sobre sua forma, possuem uma ou mais curvaturas. As bactérias 
que se parecem com bastões curvos são chamados de vibriões. Já os que possuem 
uma forma helicoidal (como um saca-rolha), chamam-se pirilos. Já os que tem forma 
helicoidal e flexível são chamados de espiroqueta. Além dos três tipos de formas 
básicas das células bacterianas, existem células com formato de estrela (gênero 
Stella), células retangulares e planas (gênero Haloarcula) e células triangulares. 
Na perspectiva de Tortora, Funke e Case (2012, p. 79): 
A forma de uma bactéria é determinada pela hereditariedade. Geneticamente, 
a maioria das bactérias é, monomórfica, ou seja, mantém uma forma única. 
Entretanto, uma série de condições ambientais pode alterar sua forma, que, 
quando alterada, dificulta uma identificação. Além disso, algumas bactérias, 
como o Rhizobium e a Corynebacterium, são geneticamente pleomórficas, o 
que significa que elas podem ter muitas formas, não somente uma. 
 
 
 
 Figura: Diplococos e Estreptococos 
 
Fonte: TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L.. Microbiologia. 10. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012. 
 
 
 
 
 Figura: Tétrade 
 
Fonte: TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L.. Microbiologia. 10. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012. 
 
 
 Figura: Sarcinas 
 
Fonte: TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L.. Microbiologia. 10. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012. 
 
 Figura: Estafilococos 
 
Fonte: TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L.. Microbiologia. 10. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012. 
 
 
1.1 ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR 
Dentre as estruturas externas da parede celular estão: o glicocálice, os flagelos, os 
filamentos, as axiais, as fímbrias e pili. 
“Muitos procariotos secretam na sua superfície uma substância denominada 
glicocálice” (TORTORA; FUNKE; CASE, 2012, p. 79). Segundo os autores Tortora, 
Funke e Case (2012, p.79), o glicocálice é um termo usado para identificar estruturas 
que envolvem a célula, sendo o glicocálice bacteriano um polímero viscoso e 
gelatinoso de polissacarídeo, polipeptídeo ou ambos, com uma composição química 
que varia de acordo com cada espécie. “Em grande parte, ele é produzido dentro da 
célula e secretado para a superfície celular. Se a substância é organizada e está 
firmemente aderida à parede celular, o glicocálice é descrito como uma cápsula” 
(TORTORA; FUNKE; CASE, 2012, p. 79). Em contraponto, os autores Tortora, Funke 
e Case (2012, p. 80) diz, que se há desorganização da substância e ela está 
fracamente aderida a parede celular, o glicocálice é identificado como uma camada 
viscosa. 
 
Um glicocálice que auxilia as células em um biofilme a se fixarem ao seu 
ambiente-alvo e umas às outras é denominado substância polimérica 
extracelular (SPE). A SPE protege as células dentro do glicocálice, facilita a 
comunicação entre as células e permite a sobrevivência celular pela fixação 
a várias superfícies em seu ambiente natural. Por meio da fixação, as 
bactérias podem crescer em diversas superfícies, como pedras em rios com 
correnteza rápida, raízes de plantas, dentes humanos, implantes médicos, 
canos de água e até mesmo em outras bactérias. O Streptococcus mutans, 
um importante causador de cárie dentária, fixa-se na superfície dos dentes 
por um glicocálice. O S. mutans pode usar sua cápsula como fonte de nutrição 
degradando-a e utilizando os açúcares quando os estoques de energia estão 
baixos. Vibrio cholerae, a bactéria causadora do cólera, produz um glicocálice 
que facilita a sua ligação às células do intestino delgado. Um glicocálice 
também pode proteger uma célula contra a desidratação, e sua viscosidade 
pode inibir o movimento dos nutrientes para fora da célula (TORTORA; 
FUNKE; CASE, 2012, p.81). 
 
Algumas células procarióticas possuem flagelos, que são longos apêndicesfilamentosos que propelem as bactérias. As bactérias sem flagelos são denominadas 
atríqueas (sem projeções) (TORTORA; FUNKE; CASE, 2012, p. 81). 
Com base nos estudos feitos pelos autores Tortora, Funke e Case (2012, p.81), o 
flagelo procariótico possui uma estrutura helicoidal semirrígida que move a célula pela 
rotação do corpo basal. O movimento do flagelo pode ter sentido horário ou anti-
horário em torno de seu eixo longo. Tal movimento resulta da rotação de seu corpo 
basal que é semelhante ao movimento da haste de um motor elétrico. Assim que os 
flagelos giram é formado um feixe que empurra o líquido que está em volta da bactéria 
e isso faz com que ela se mova. 
 
As espiroquetas são um grupo de bactérias que possuem estrutura e 
mobilidade exclusivas. Uma das espiroquetas mais conhecidas é o 
Treponema pallidum, o agente causador da sífilis. Outra espiroqueta é a 
Borrelia burgdorferi, o agente causador da doença de Lyme. As espiroquetas 
se movem por meio de filamentos axiais ou endoflagelos, feixes de fibrilas 
que se originam nas extremidades das células, sob uma bainha externa, e 
fazem uma espiral em torno da célula) (TORTORA; FUNKE; CASE, 2012, p. 
82). 
 
Parafraseando Tortora, Funke e Case (2012, p. 83), os filamentos axiais possuem 
estrutura semelhante à dos flagelos (que estão ancorados em uma extremidade da 
espiroqueta). A sua rotação se da pelo movimento da bainha externa que impulsiona 
as espiroquetas em um movimento espiral (similar ao movimento que um saca-rolhas 
se move através da rolha). Tal movimento proporciona a bactérias como o T. pallidum 
mover-se através dos fluidos corporais. 
 
Muitas bactérias gram-negativas contêm apêndices semelhantes a pelos que 
são mais curtos, retos e finos que os flagelos e que são usados mais para 
fixação e transferência de DNA que para mobilidade. Essas estruturas, que 
consistem em uma proteína denominada pilina, distribuída de modo helicoidal 
em torno de um eixo central, são divididas em dois tipos, fímbrias e pili, 
possuindo funções muito diferentes. (Alguns microbiologistas usam os dois 
termos de maneira indiferenciada para se referir a essas estruturas, mas nós 
as diferenciamos.) As fímbrias podem ocorrer nos polos da célula bacteriana, 
ou podem estar homogeneamente distribuídas em toda a superfície da célula. 
Elas podem variar em número, de algumas unidades a muitas centenas por 
célula. As fímbrias têm uma tendência a se aderir umas às outras e às 
superfícies. Como resultado, elas estão envolvidas na formação de biofilmes 
e outros agregados na superfície de líquidos, vidros e pedras. Por exemplo, 
as fímbrias da bactéria Neisseria gonorrhoeae, o agente causador da 
gonorreia, auxiliam o micróbio a colonizar as membranas mucosas. Uma vez 
que a colonização ocorre, as bactérias podem causar doença. Quando as 
fímbrias estão ausentes (devido à mutação genética), a colonização não pode 
ocorrer, e nenhuma doença aparece. Os pili (singular: pilus) normalmente são 
mais longos que as fímbrias, e há apenas um ou dois por célula. Os pili estão 
envolvidos na mobilidade celular e na transferência de DNA. Em um tipo de 
mobilidade da superfície bacteriana, denominada translocação bacteriana, o 
pilus é estendido pela adição de unidades de pilina, faz contato com a 
superfície ou com outras células e então se retrai à medida que as unidades 
de pilina vão sendo desmontadas. Esse modelo é denominado modelo do 
gancho atracado da mobilidade de translocação e resulta em movimentos 
curtos, abruptos e intermitentes. Esse movimento tem sido observado em 
Pseudomonas aeruginosa, Neisseria gonorrhoeae e algumas linhas de E. 
coli. Outro tipo de movimento associado aos pili é a mobilidade por 
deslizamento, o movimento homogêneo de deslizamento das mixobactérias. 
Embora o mecanismo exato seja desconhecido para a maioria das 
mixobactérias, algumas utilizam a retração do pilus. A mobilidade por 
deslizamento fornece uma maneira para os micróbios viajarem nos ambientes 
com baixo conteúdo de água, como os biofilmes e o solo (TORTORA; 
FUNKE; CASE, 2012, p. 83) 
 
 
1.2 PAREDE CELULAR 
 
A parede celular de uma célula bacteriana é uma estrutura complexa, 
semirrígida, responsável pela forma da célula. A parede celular circunda a 
frágil membrana plasmática (membrana citoplasmática), protegendo-a e ao 
interior da célula das alterações adversas no ambiente externo. Quase todos 
os procariotos possuem paredes celulares (TORTORA; FUNKE; CASE, 2012, 
p. 84) 
 
Como afirma Tortora, Funke e Case (2012, p.84), a prevenção da ruptura das células bacterianas 
quando a pressão da água dentro da célula é maior que a de fora dela é a sua principal função. Também 
auxilia na preservação da forma de uma bactéria e serve como ponto de ancoragem para os flagelos. 
De acordo com o aumento do volume de uma célula bacteriana, sua parede celular e membrana 
plasmática se estendem proporcionalmente a necessidade. 
 
A parede celular bacteriana é composta de uma rede macromolecular 
denominada peptideoglicana (também conhecida como mureína), que está 
presente isoladamente ou em combinação com outras substâncias. A 
peptideoglicana consiste em um dissacarídeo repetitivo ligado por 
polipeptídeos para formar uma rede que circunda e protege toda a célula. A 
porção dissacarídica é composta de monossacarídeos denominados N-
acetilglicosamina (NAG) e ácido N-acetilmurâmico (NAM) (de murus, 
significando parede), que estão relacionados à glicose (TORTORA; FUNKE; 
CASE, 2012, p. 85). 
 
 
1.3 ESTRUTURAS INTERNAS À PAREDE CELULAR 
“A membrana plasmática (citoplasmática) (ou membrana interna) é uma estrutura fina 
situada no interior da parede celular, revestindo o citoplasma da célula” (TORTORA; 
FUNKE; CASE, 2012, p.89). 
Segundo Tortora, Funke e Case (2012, p.89), a membrana plasmática dos procariotos 
é formada principalmente por fosfolipídeos e proteínas. A mesma é menos rígida que 
a membrana plasmática dos eucariotos, pois não possui esteróis. Uma das funções 
mais importantes da membrana plasmática é permeabilidade seletiva, onde é 
permitido a entrada e saída de substâncias da célula. 
 
As membranas plasmáticas também são importantes na digestão de 
nutrientes e na produção de energia. As membranas plasmáticas das 
bactérias contêm enzimas capazes de catalisar as reações químicas que 
degradam os nutrientes e produzem ATP. Em algumas bactérias, os 
pigmentos e as enzimas envolvidos na fotossíntese são encontrados em 
invaginações da membrana plasmática que se estendem ao citoplasma. 
Essas estruturas membranosas são denominadas cromatóforos ou tilacoides 
(TORTORA; FUNKE; CASE, 2012, p.91). 
 
Nas palavras de Tortora, Funke e Case (2012, p.94), quando se fala o termo 
citoplasma para uma célula procariótica, refere-se a uma substância da célula no 
interior da membrana plasmática. O citoplasma de células bacterianas é 80% 
composto de água, contendo proteínas (enzimas), lipídeos, carboidratos, íons 
inorgânicos (presentes em concentrações muito maiores no citoplasma do que na 
maioria dos meios) e compostos de peso molecular muito baixo. No que diz respeito 
ao citoplasma, ele é espesso, aquoso, semitransparente e elásticos. As estruturas 
mais relevantes que o citoplasma de uma célula eucariótica pode apresentar são: área 
nuclear (onde contém DNA), partículas chamadas de ribossomos (síntese proteica) e 
os depósitos de reserva denominados inclusões (depósitos de reserva). 
2. CÉLULA EUCARIÓTICA 
 
Células eucarióticas, em geral, são maiores e mais elaboradas do que as Bacteria e 
Archaea. Algumas vivem vidas independentes, como organismos unicelulares, como 
as amebas e as leveduras; outras vivem em grupamentos multicelulares (ALBERTS 
et al., 2012, p. 16). 
Segundo Alberts et al. (2012,p.16), por definição, todas as células que são 
eucarióticas possuem núcleo. Porém, uma célula eucariótica possuir núcleo não 
significa possuir uma diversificação de outras organelas (estruturas que realizam 
funções especializadas). O núcleo está envolto por duas membranas que unidas 
formam o envelope nuclear e que inclui moléculas de DNA (codificam informações 
genéticas ao longo de polímeros longos). 
As mitocôndrias (presentes essencialmente em células eucarióticas), por sua vez, 
segundo Alberts et. al (2012, p.17), geram energia a partir de nutrientes para que a 
célula realize suas funções. A partir da oxidação de moléculas de alimentos, as 
mitocôndrias produzem trifosfato de adenosina, o ATP (combustível químico para as 
atividades celulares). “Como as mitocôndrias consomem oxigênio e liberam dióxido 
de carbono no curso das suas atividades, todo o processo é chamado de respiração 
celular – fundamentalmente, respiração em um nível celular” (ALBERTS et al., 2012, 
p. 17). 
 
Os cloroplastos são grandes organelas verdes encontradas apenas nas 
células de vegetais e algas, e não nas células de animais ou fungos. Essas 
organelas têm uma estrutura ainda mais complexa do que a das mitocôndrias: 
além das duas membranas que as envolvem, os cloroplastos possuem pilhas 
internas de membranas contendo o pigmento verde clorofila. Quando uma 
planta é mantida no escuro, a sua cor verde desbota; quando colocada de 
volta na luz, a sua cor verde retorna. Isso sugere que a clorofila e os 
cloroplastos que a contêm sejam cruciais para o relacionamento especial que 
as plantas e algas têm com a luz. Contudo, o que é esse relacionamento? 
Todos os animais e plantas necessitam de energia para viver, crescer e 
reproduzir. Os animais apenas podem utilizar a energia química que eles 
obtêm se alimentando de produtos de outros seres vivos. As plantas podem 
obter a sua energia diretamente a partir da luz solar, e os cloroplastos são as 
organelas que as permitem fazer isso. A partir do ponto de vista da vida na 
Terra, os cloroplastos realizam uma tarefa até mesmo mais essencial do que 
as mitocôndrias: eles realizam a fotossíntese – isto é, eles capturam a energia 
da luz solar em moléculas de clorofila e utilizam essa energia para conduzir 
a fabricação de moléculas de açúcar ricas em energia. No processo, eles 
liberam oxigênio como um subproduto molecular. Então, as células vegetais 
podem extrair essa energia química armazenada quando necessitarem pela 
oxidação desses açúcares nas suas mitocôndrias, exatamente como as 
células animais. Dessa forma, os cloroplastos geram tanto as moléculas de 
alimento como o oxigênio que todas as mitocôndrias utilizam (ALBERTS et 
al., 2012, p. 18). 
 
Segundo Alberts et al. (2012, p. 19), o núcleo, mitocôndrias e cloroplastos não são as 
únicas organelas envolvidas por membranas. O retículo endoplasmático (RE), é o 
local onde os componentes da membrana celular e os materiais destinados à 
exportação a partir da célula são sintetizados. Pilhas de sacos achatados envoltos por 
membranas fazem parte do aparelho de Golgi, que modifica quimicamente as 
moléculas sintetizadas no RE e as direciona para fora da célula ou para outros locais 
dentro da célula. Nos lisossomos irá ocorrer a digestão intracelular com a liberação 
de nutrientes a partir partículas de alimento e degradando moléculas para reciclagem 
ou excreção. Os peroxissomos, por sua vez, são vesículas pequenas envolvidas por 
membranas que proporcionam um amplo meio de reações onde o peróxido de 
hidrogênio é criado e degradado. 
 
Se conseguíssemos retirar a membrana plasmática de uma célula eucariótica 
e então remover todas as suas organelas envolvidas por membranas, 
incluindo o núcleo, o RE, o aparelho de Golgi, as mitocôndrias e os 
cloroplastos, ficaríamos com o citosol. Em outras palavras, o citosol é a parte 
do citoplasma que não é dividida por membranas intracelulares. Na maioria 
das células, o citosol é o maior compartimento único. Ele contém um grande 
número de moléculas grandes e pequenas, amontoadas tão intimamente que 
ele se comporta mais como um gel à base de água do que como uma solução 
líquida. Ele é o local de várias reações químicas fundamentais para a 
existência da célula. As primeiras etapas na quebra de moléculas nutrientes 
ocorrem no citosol, por exemplo, e também é nele que a célula realiza um 
dos seus processos de síntese chave – a manufatura de proteínas. Os 
ribossomos – as máquinas moleculares que fazem as moléculas proteicas – 
são visíveis sob o microscópio eletrônico como pequenas partículas no 
citosol, frequentemente ligadas à face citosólica do RE (ALBERTS et al., 
2012, p. 21). 
 
“O citoplasma não é apenas uma sopa de compostos e organelas sem estrutura. Sob 
o microscópio eletrônico, pode-se ver que nas células eucarióticas o citosol é cruzado 
por filamentos longos e finos de proteínas” (ALBERTS et al., 2012, p. 22). Pode-se 
compreender, segundo Alberts et al. (2012, p. 22), que com frequência os filamentos 
podem ser vistos ancorados por uma extremidade à membrana plasmática ou 
propagando-se para fora a partir de um local localizado centralmente adjacente ao 
núcleo. Tal sistema de filamentos chama-se citoesqueleto. Observa-se filamentos de 
actina (filamentos mais finos) e microtúbulos (filamentos mais grossos). Entre os 
filamentos de actina e os microtúbulos estão os filamentos intermediários (fornece 
resistência mecânica a célula). Esse conjunto de filamentos, juntamente as proteínas 
que se ligam a eles, dão à célula resistência, controlam a sua forma e guiam seu 
movimento. 
O interior da célula está em constante movimento. O citoesqueleto é uma 
selva dinâmica de cordas e varas que estão continuamente sendo amarradas 
e separadas; seus filamentos podem agrupar-se e depois desaparecer em 
questão de minutos. Ao longo dessas trilhas e cabos, as organelas e 
vesículas aceleram para frente e para trás, correndo de um lado para outro 
da célula em uma fração de segundo. O RE e as moléculas que preenchem 
cada espaço livre estão em agitação térmica frenética – com proteínas não 
ligadas zunindo ao redor tão rapidamente, que, mesmo se movimentando ao 
acaso, elas visitam cada canto da célula em poucos segundos, colidindo 
constantemente como uma tempestade de poeira de moléculas orgânicas 
menores (ALBERTS et al., 2012, p. 23). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA 
 
Em virtude do seu pequeno tamanho e do fato de ainda possuir quatro elétrons e 
quatro vacâncias na última camada, o átomo de carbono pode formar quatro ligações 
covalentes com outros átomos (ALBERTS et al., 2012, p. 50). Além disso, segundo 
Alberts et al. (2012, p. 50), átomos de carbonos podem se unir a outros átomos de 
carbono através da ligação covalente (uma ligação altamente estável), de um modo 
que podem formar cadeias e anéis, consequentemente formando moléculas grandes 
e complexas. Independente de seu tamanho, um composto de carbono formado pelas 
células são chamados de moléculas orgânicas. Em contrapartida, todas as demais 
moléculas (incluindo a água), são inorgânicas. 
De acordo com Alberts et al. (2012, p. 51), algumas moléculas orgânicas, geralmente 
encontradas livres em solução, são utilizadas como subunidades (monômeros) para 
formarem grandes macromoléculas poliméricas das células, proteínas, ácidos 
nucleicos e grandes polissacarídeos. Outras moléculas orgânicas agem como fonte 
de energia e que são degradados e transformados em moléculas pequenas. Tais 
moléculas podem tornar-se subunidades de outra macromolécula e também como 
fonte de energia. 
 
Todas as moléculas orgânicas são sintetizadas – e degradadas – a partir de 
um mesmo conjunto de compostos simples. Tantoa síntese quanto a 
degradação dessas moléculas ocorrem por meio de sequências de 
modificações químicas que são limitadas quanto à variedade e que seguem 
regras bem definidas. Consequentemente, os compostos presentes nas 
células são quimicamente relacionados e podem ser classificados em um 
pequeno grupo de famílias distintas. De maneira geral, as células contêm 
quatro famílias principais de moléculas orgânicas pequenas: os açúcares, os 
ácidos graxos, os aminoácidos e os nucleotídeos (ALBERTS et al., 2012, p. 
51). 
 
Segundo Alberts et al. (2012, p.52), os monossacarídeos, açucares mais simples, 
podem ser unidos por ligações covalentes, assim formando os carboidratos grandes. 
A união de dois monossacarídeos forma um dissacarídeo (como por exemplo a 
sacarose). Os grandes polímeros de açúcar variam de oligossacarídeos até os 
gigantescos polissacarídeos. Uma característica de formação dos polímeros é ligação 
entre um grupo -OH de um açúcar e outro grupo -OH de outro açúcar por uma reação 
de condensação, havendo a liberação de água. As ligações formadas por essas 
reações podem ser rompidas por hidrolise. Por esse fato, na reação inversa, há o 
consumo de água. 
Os aminoácidos, segundo Alberts et al. (2012, p.55), formam diferentes tipos de 
moléculas, mas há uma característica em comum: todos os aminoácidos possuem um 
grupo ácido carboxílico e um grupo amino, ambos ligados a um mesmo átomo de 
carbono α. A partir dos aminoácidos as células formam proteínas, que são polímeros 
de aminoácidos ligados cabeça com cauda, formando uma cadeia longa que é 
enovelada em uma estrutura tridimensional única a cada proteína. Além disso, a 
ligação covalente entre dois aminoácidos na cadeia proteica chama-se ligação 
peptídica. As mesmas são formadas por reações de condensação que unem 
aminoácidos a outros. No que diz respeito as proteínas, normalmente, são 
encontrados 20 tipos de aminoácidos e ocorrem repetidas vezes em todas as 
proteínas, sejam elas bactérias, plantas ou animais. 
“Um nucleosídeo é uma molécula formada por um anel que contém um nitrogênio 
ligado a um açúcar de cinco carbonos. Esse açúcar pode ser tanto a ribose quanto a 
desoxirribose” (ALBERTS et al., 2012, p.56). Nas palavras de Alberts et al. (2012, 
p.56), os nucleosídeos que carregam um ou mais grupos fosfato ligados ao açúcar 
são chamados de nucleotídeos. Quando os nucleotídeos possuem ribose são 
chamados de ribonucleotídeos, já os nucleotídeos que possuem ribose, são 
chamados de desoxirribonucleotídeos. 
 
Com base no peso, as macromoléculas são de longe as moléculas que 
contêm carbono mais abundantes nas células. Elas constituem as principais 
unidades de construção das células e também são os componentes que 
conferem as principais características específicas dos seres vivos. 
Intermediárias em tamanho e complexidade entre as moléculas pequenas e 
as organelas celulares, as macromoléculas são polímeros construídos 
simplesmente pela ligação covalente entre moléculas orgânicas pequenas 
(chamadas de monômeros, ou subunidades) formando longas cadeias ou 
polímeros. As macromoléculas apresentam muitas propriedades inesperadas 
que não podem ser preditas com base nas unidades que as formam. Por 
exemplo, as moléculas de DNA e RNA (os ácidos nucleicos) armazenam e 
transmitem a informação hereditária (ALBERTS et al., 2012, p.58). 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A complexidade das células eucarióticas e células procarióticas vai muito além da 
ausência ou presença de membrana circundando o DNA. Portanto, com base nos 
autores, é possível concluir que apenas em uma única célula pode-se observar uma 
grande variedade de características, funções, funcionamentos metabólicos, 
composição química e organelas. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da biologia celular. 3. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2012. 
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L.. Microbiologia. 10. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2012

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