Buscar

Reações Adversas a Medicamentos (RAMs)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
Saúde em Revista 71
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAMS)
Reações Adversas a 
Medicamentos (RAMs)
Adverse Reactions to Medicines (ARMS)
RESUMO Os agentes terapêuticos modernos têm contribuído favoravel-
mente contra as várias morbidades que acometem a humanidade. No en-
tanto, em algumas situações, seu uso cria efeitos indesejáveis à saúde, por
exemplo, o desenvolvimento de reações adversas a medicamentos (RAMs).
No Brasil, tais reações são responsáveis por 4% a 11% das internações hos-
pitalares, sendo que, em alguns casos, podem levar ao aumento do tempo
de permanência hospitalar e até mesmo ao óbito. Em adição, nosso país é
um dos dez maiores mercados consumidores de medicamentos do mundo,
o que o coloca como alvo para a ocorrência de RAMs. O objetivo deste tra-
balho foi levantar na literatura os aspectos conceituais das RAMs, visto ser
essas reações uma conseqüência inesperada aos tratamentos medicamento-
sos. Utilizou-se como metodologia o levantamento em livros textos da
área, além de pesquisa em sites diversos e na base de dados MedLine. Os
resultados obtidos foram organizados didaticamente, privilegiando-se con-
ceitualmente as RAMs pelos diversos órgãos legisladores. Conclui-se como
necessária a implantação de uma política de farmacovigilância que leve em
consideração quatro princípios básicos: segurança, eficácia, racionalidade e
qualidade no mercado de medicamentos. Só assim os fármacos atingirão a
sua finalidade no combate às doenças.
Palavras-chave REAÇÕES ADVERSAS – MEDICAMENTOS – FARMACOVIGILÂNCIA.
ABSTRACT Modern therapeutic agents have contributed favorably against
several diseases that affect humanity. However, in some situations, some
undesirable effects result from its use, as for example, the development of
adverse reactions to medicines (ARMs). In Brazil, the adverse reactions are
responsible for 4 to 11% of the internments, being that in some cases they
can lead to death or increase in the permanence time in the hospital. In
addition, our country is one of the ten largest consuming markets of
medicine of the world, which places it as a target for the occurrence of
ARMs. The objective of this work was to raise in the literature the conceptual
aspects of the ARMs, seeing this reaction as an unexpected consequence of
the medicinal treatment. The methodology used was a survey in textbooks
of the area, researches in several sites and in the MedLine database. The
results obtained were didactically organized, conceptually privileging the
ARMs by several legislating agencies. It was concluded that it is necessary the
implementation of a pharmacovigilance policy considering four basic
principles: security, effectiveness, rationality and quality in the medicine
market. In this way, the medicines will achieve its purpose against the
diseases.
Keywords ADVERSE REACTIONS – MEDICINES – PHARMACOVIGILANCE.
REVISÃO DE LITERATURA / BIBLIOGRAPHY REVIEW
SUELI ZAFALON MENON
Farmacêutica graduada pela 
Universidade de Sorocaba (Uniso/SP)
ANDRÉA CRISTINA DE LIMA
Departamento de Fármacos e 
Medicamentos – Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas (Unesp/SP)
MARLUS CHORILLI
Departamento de Fármacos e 
Medicamentos – Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas (Unesp/SP)
YOKO OSHIMA FRANCO*
Curso de Farmácia – Faculdade de 
Ciências da Saúde (UNIMEP/SP)
Curso de Farmácia – Faculdade de 
Ciências Biológicas e da Saúde 
(Uniso/SP
*Correspondências: Rua das Garças, 
80, Nova Piracicaba, 13405-132, 
Piracicaba/SP
yofranco@terra.com.br 
0000116saude16.book Page 71 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
 72 SAÚDE REV., Piracicaba, 7(16): 71-79, 2005
INTRODUÇÃO
s agentes terapêuticos medicamentosos
modernos têm contribuído favoravelmente
contra as várias moléstias que acometem a
humanidade. No entanto, em algumas situações
seu uso cria efeitos indesejáveis à saúde.1
Nos Estados Unidos, aproximadamente 10%
a 30% dos pacientes hospitalizados desenvolvem
reações adversas aos medicamentos (RAMs); 3% a
6% das admissões hospitalares relacionam-se pri-
mariamente às reações com medicamentos e 30%
desses internados têm uma segunda reação du-
rante sua permanência no hospital. Além das con-
seqüências terapêuticas, há também um custo
anual estimado em US$ 3 milhões, decorrente do
longo período de internações associadas à toxici-
dade dos medicamentos. Com base em vários es-
tudos feitos nos Estados Unidos e na Europa, nas
últimas duas décadas, estima-se que 20% a 30%
dos pacientes hospitalizados apresentam efeitos
indesejáveis após o uso de medicamentos e que
esse número deva ser ainda maior em pacientes
ambulatoriais.2 
Segundo publicação de 1998, cerca de 100
mil mortes ocorreram em pacientes hospitaliza-
dos nos Estados Unidos, em 1994, em razão das
RAMs, colocando-se entre a quarta e sexta causa
de morte naquele país.3 No Brasil, as reações ad-
versas são responsáveis por 4% a 11% das inter-
nações e vem recebendo constantes alertas da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Orga-
nização Panamericana de Saúde (OPAS), por ter
sido um dos dez maiores mercados consumidores
de medicamentos do mundo, em 2003.1
De acordo com a OMS, reação adversa a medi-
camento é qualquer efeito prejudicial ou inde-
sejável, não intencional, que aparece após a
administração de um medicamento, em doses
normalmente utilizadas no homem, para profila-
xia, diagnóstico e tratamento de uma moléstia,
ou ainda para a modificação de uma função fisio-
lógica. Ela ocorre freqüentemente em pacientes
com hipersensibilidade ou que tiveram alguma
reação adversa anterior, ou após a tolerância ao
medicamento com o aumento de dose, podendo
predispor um quadro de toxicidade.4
As RAMs constituem um problema importante
na prática do profissional da saúde. Sabe-se que
essas reações são causas significativas de hospitali-
zação, de aumento do tempo de permanência
hospitalar e até mesmo de óbito. Além disso, elas
afetam negativamente a qualidade de vida do pa-
ciente, influenciam na perda de confiança dele
para com o médico e aumentam custos, além de
atrasar os tratamentos, uma vez que podem asse-
melhar-se a enfermidades.4, 5 
O objetivo deste trabalho foi pesquisar na lite-
ratura os aspectos conceituais da RAM, com a fi-
nalidade de melhor informar a população e os
prescritores em geral sobre tal problemática. 
METODOLOGIA
A metodologia adotada baseou-se em levanta-
mento em livros textos da área, pesquisa na inter-
net em sites diversos e na base de dados MedLine,
no período de agosto a novembro de 2003. Todo
o material obtido foi didaticamente organizado,
privilegiando-se os aspectos conceituais, segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Orga-
nização Panamericana de Saúde (OPAS). 
RESULTADOS
O referencial teórico a respeito de reações ad-
versas a medicamentos (RAMs) é a seguir abordado.
Sua classificação segue as seguintes nomenclaturas:4
1. reação ou hipersensibilidade alérgica: sua produ-
ção exige a sensibilização prévia do sistema imu-
nitário do indivíduo ao componente de algum
medicamento. Trata-se de uma reação de inten-
sidade claramente não relacionada com a dose
administrada. Exemplo disso seria a hipersensi-
bilidade do tipo I (anafilaxia), uma resposta súbi-
ta e potencialmente letal provocada pela
liberação de histamina e de outros mediadores
químicos. As principais características dessa rea-
ção incluem erupções cutâneas urticariformes,
edema, broncoconstrição e hipotensão;6 
2. tolerância: fenômeno pelo qual a administração re-
petida, contínua ou crônica de um medicamento,
na mesma dose, diminui progressivamente a in-
tensidade dos efeitos farmacológicos, sendo ne-
cessário aumentar gradualmente a dose para
manter os efeitos na mesma intensidade. Ela leva
dias ou semanas para acontecer; como exemplo,
cita-se a tolerância produzida pelos barbitúricosreduzindo seu efeito anticonvulsivante;6 
3. efeito colateral: é o inerente à própria ação far-
macológica do fármaco, porém, seu apareci-
mento é indesejável num determinado
momento de sua aplicação. É considerado um
prolongamento da ação farmacológica principal
do medicamento e expressa um efeito farmaco-
lógico menos intenso. Como exemplos, têm-se
O
0000116saude16.book Page 72 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
Saúde em Revista 73
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAMS)
o broncoespasmo produzido pelos bloqueado-
res ß-adrenérgicos, o bloqueio neuromuscular
produzido por aminoglicosídeos, sonolência pe-
los benzodiazepínicos e arritmias cardíacas com
os glicosídeos;7, 8, 9
4. evento adverso: considerado uma injúria sofrida
pelo paciente resultante de erros no uso de me-
dicamentos (dose incorreta, dose omitida, su-
perdose, via de administração não especificada,
horário de administração incorreto e outros) e
que resulta em falha terapêutica.10, 11
As RAMs podem classificar-se, segundo Maga-
lhães e Carvalho,4 em leve, moderada, grave e
letal. As leves não requerem tratamentos especí-
ficos ou antídotos, não sendo necessária a sus-
pensão do fármaco. As moderadas exigem
modificação da terapêutica medicamentosa, ape-
sar de não exigir a suspensão do fármaco agres-
sor, podendo-se prolongar a hospitalização e
demandar tratamento específico. As graves são
potencialmente fatais, requerem a interrupção da
administração do medicamento e tratamento
específico da reação adversa, hospitalização ou
prolongamento da internação de pacientes já in-
ternados. As letais, por sua vez, contribuem direta
ou indiretamente para a morte do paciente.
De acordo com Weser,12 existem muitas clas-
sificações para efeitos indesejáveis com medica-
mentos, entre elas:
1ª categoria: refere-se à dosagem inadequada do
medicamento e ao emprego deliberado (uso cri-
minal, suicídio ou outros empregos ilícitos);
2ª categoria: abrange aqueles efeitos indesejáveis
devidos à ação farmacológica do medicamento.
São “dose-relacionadas” a todos os indivíduos,
quando expostos à concentração suficiente do
medicamento; 
3ª categoria: inclui todo efeito indesejável, não
relatado na ação farmacológica do medicamen-
to em questão. Nessa categoria, não são “dose-
relacionadas” e são imprevisíveis. O maior nú-
mero de doses não-relacionadas de efeito inde-
sejável medicamentoso representa reações
alérgicas com bases imunológicas.
Em 2000, publicou-se nova classificação com
seis categorias (tab. 1), contendo exemplos de fár-
macos e a forma de gerenciar a RAM.13
Tabela 1. Classificação de RAMs.13
ISRS: inibidores seletivos de recaptação de serotonina.
TIPO DE 
REAÇÃO
MNEMÔNICA OCORRÊNCIAS EXEMPLOS GERENCIAMENTO
(A) Relacio-
nada à dose Aumentada
• Comum
• Relacionada à ação farmacoló-
gica
• Previsível
• Baixa mortalidade
• Efeitos tóxicos: digoxina; síndrome 
serotoninérgica com ISRS
• Efeitos colaterais: efeitos anticolinér-
gicos dos antidepressivos tricíclicos
• Reduzir ou retirar dose
• Considerar efeitos de 
terapia concomitante
(B) Não 
relacionada 
à dose
Bizarra
• Incomum
• Não relacionada à ação farma-
cológica 
• Imprevisível
• Alta mortalidade
• Reações imunológicas: hipersensibili-
dade à penicilina
• Reações idiossincráticas: porfiria 
aguda, hipertermia maligna, pseudoaler-
gia (rash por ampicilina)
• Retirar e impedir no 
futuro
(C) Relacio-
nada à dose e 
ao tempo
Crônica
• Incomum
• Relacionada a doses cumulati-
vas
• Supressão do eixo hipotálamo-pituitá-
ria-adrenal por corticosteróides
• Reduzir ou retirar 
dose; retirada precisa 
ser prolongada
(D)
Relacionada 
ao tempo
Tardia
• Incomum
• Usualmente dose-relacionada
• Ocorre ou torna-se aparente 
após algum tempo de uso do fár-
maco
•Teratogênese (adenocarcinoma com 
dietilestilbestrol)
• Carcinogênese
• Discinesia tardia
• Freqüentemente não 
tratável
(E)
Relacionada 
à retirada 
do fármaco
Fim do uso
• Incomum
• Ocorre logo após a retirada do 
fármaco
• Síndrome de retirada de opióides
• Isquemia miocárdio (retirada de beta-
bloqueador)
• Reintroduzir o fármaco 
e retirar lentamente
(F) 
Relacionada à 
falha inespe-
rada da terapia
Falha
• Comum
• Dose-relacionada
• Freqüentemente causada por 
interações medicamentosas
• Dosagem inadequada de um contra-
ceptivo oral particularmente quando 
usado com específica enzima indutora
• Aumentar a dosagem
Considerar efeitos de 
terapia concomitante
0000116saude16.book Page 73 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
 74 SAÚDE REV., Piracicaba, 7(16): 71-79, 2005
Efeitos das doenças nas reações 
medicamentosas
Estados patológicos podem modificar a res-
posta do medicamento. Algumas doenças pare-
cem predispor uma reação medicamentosa,
podendo ser divididas em duas categorias:14
• 1ª categoria: inclui as doenças com múlti-
plas terapias (por exemplo, doenças infeccio-
sas, desordens psiquiátricas e doenças do
sistema cardiovascular). Digitálicos, quinidi-
na, antimicrobianos, insulina e antihiperten-
sivos produzem 60% desse tipo de reação;
• 2ª categoria: compreende o grupo das doen-
ças que primariamente afetam os órgãos de
absorção, metabolismo ou excreção. Nas doen-
ças hepáticas, deficiência renal adquirida ou do-
ença renal congênita (acidose tubular renal), o
metabolismo, a excreção e o produto dos medi-
camentos podem ser alterados.
Fatores de risco nas RAMs
Segundo alguns autores,15, 16, 17 as RAMs
ocorrem mais freqüentemente na presença de um
ou mais dos seguintes fatores:
• extremos de idade: neonatos e idosos são
grandes riscos de experiências com RAMs, em
virtude da imaturidade de enzimas hepáticas
(neonatos) e da grande exposição de idosos a
medicamentos;
• gênero: as mulheres apresentam porcenta-
gem de RAMs maiores do que nos homens. Isso
é relatado pelas diferenças corpóreas e pela
distribuição, mas alguns refletem em polimorfis-
mo farmacocinético e farmacodinâmico;
• múltipla medicação: existe uma relação direta
entre o número de medicamentos que um paci-
ente toma e o risco de uma RAM;
• estado patológico: doenças do fígado, rins e
coração podem afetar a depuração, resultando
em acúmulo do medicamento;
• histórico passado de RAMs ou alergias: RAMs
são mais freqüentemente encontradas em pa-
cientes que sofreram anteriormente RAMs ou
alergias;
• fatores genéticos: existe um número de poli-
morfismo genético na população que aponta
certos pacientes com maiores riscos de experiên-
cias com RAMs;
• grandes doses: há uma relação direta entre o
risco de experiências com RAMs e as doses admi-
nistradas do medicamento.
Incidências das RAMs
As RAMs ocorrem por diversos fatores; po-
rém, alguns deles predispõem maior incidência
em certos grupos de indivíduos.18
1. Incidência em mulheres: as mulheres geralmente
usam mais os serviços de saúde e tomam mais
medicamentos que os homens. Elas metaboli-
zam os medicamentos de forma diversa, em ra-
zão da diferença de massa corpórea em relação
aos homens e das diferenças hormonais. Outro
fator pode ser a desnutrição, já que ela tem mai-
or prevalência no sexo feminino. Há mais de
três décadas, a segurança do medicamento tem
sido uma preocupação muito importante para
as mulheres. Em 1960, com a tragédia da talido-
mida, deu-se maior atenção para o risco de to-
mar medicamentos durante a gravidez.18
2. Incidência em homens: nos homens a incidência
de RAMs é menor, por conta da massa corpórea,
mas existem algumas situações ligadas à raça
que favorecem o aparecimento de reações ad-
versas. Por exemplo:
• fármaco antimalárico primaquina, embora
bem tolerado pela maioria dos indivíduos, causa
hemólise em 5% a 10% dos negros do sexo
masculino e leva a uma grave anemia. Essarea-
ção em indivíduos sensíveis também ocorre com
outros derivados de anilina, inclusive com sulfo-
namidas. A anormalidade subjacente correspon-
de a uma deficiência eritrocitária da enzima
glicose – seis fosfato desidrogenase (G6PD), traço
herdado na forma recessiva ligada ao sexo. Essa
enzima é necessária para manter o teor de gluta-
tion reduzido (GSH) nas hemáceas, e o GSH é es-
sencial para prevenir a hemólise. Os derivados
da anilina fazem com que o GSH caia de maneira
inócua em células normais, mas o suficiente para
causar hemólise nas células deficientes em
G6PD;18 
• Viagra®, cujo princípio ativo é o Sildenafil,
causou vários casos de letalidade nos Estados
Unidos. Receitado para seis milhões de pacien-
tes, originou a morte de 130 indivíduos, a maio-
ria por complicações cardiovasculares. O
fármaco isolado não provoca efeitos adversos,
mas, associado a fatores intrínsecos como risco
para doenças cardio ou cerebrovasculares (hi-
0000116saude16.book Page 74 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
Saúde em Revista 75
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAMS)
pertensão, hipercolesterolemia, Diabetes melli-
tus, obesidade) e fatores extrínsecos (tabagismo),
pode causar RAMs graves.18 
3. Incidência em idosos: os idosos têm uma preva-
lência maior de problemas de saúde que os de-
mais grupos etários. Cerca de 80% dos idosos
possuem uma ou mais enfermidades crônicas e
consomem grandes quantidades de medicamen-
tos. Tanto no Reino Unido como nos Estados
Unidos, eles consomem pelo menos 30% dos
medicamentos receitados. Na Itália, 40% das
pessoas acima de 70 anos toma de quatro a cin-
co medicamentos diariamente e 12% toma mais
de nove tipos diferentes de medicamentos.19 
O elevado consumo de medicamentos leva
geralmente a um grande número de RAMs. Um
estudo feito no Reino Unido demonstrou que as
RAMs eram exclusivas ou parcialmente responsá-
veis por 10% das admissões nas unidades de geri-
atria. No Canadá, estima-se que 20% das
internações de idosos relacionam-se a complica-
ções com medicamentos prescritos.19 
No Brasil, as RAMs são responsáveis por 10%
das internações de indivíduos na faixa etária de
40 a 50 anos e de 25% nas pessoas acima de 80
anos de idade. Fazer uso de muitos medicamen-
tos é apenas uma parte do problema, já que um
só medicamento pode causar um efeito dramáti-
co no idoso, em razão de várias mudanças físicas
que afetam a maneira como ele os processa biolo-
gicamente. Entre elas, incluem-se:20
• redução do fluxo sanguíneo e da motilidade
do trato gastrintestinal, refletindo em absorção
mais lenta do fármaco;
• diminuição do peso, da água do corpo e das
proteínas sanguíneas, aumentando, assim, a pro-
babilidade de uma maior concentração de mui-
tos fármacos, particularmente aqueles mais
hidrossolúveis (cimetidina, digoxina, gentamici-
na, fenitoína, teofilina);
• aumento da gordura corpórea, fazendo com
que os fármacos lipossolúveis alcancem menor
concentração, mas com acúmulo no tecido gor-
duroso, podendo levar à toxicidade (diazepam,
oxazepam, prazosin, tiopental);
• redução da função renal e da eliminação dos
fármacos do organismo (ampicilina, atenolol,
digoxina, doxiciclina, furosemida, gentamicina,
hidroclorotiazida, fenobarbital);
• menos receptores e transmissores no cérebro e
em todo o sistema nervoso central (SNC), de ma-
neira que os fármacos que atuam no SNC podem
ter um efeito mais pronunciado e duradouro.
Por conta do grande risco de acúmulo de me-
dicamentos no organismo, os idosos necessitam
de um cuidado especial para que as doses estejam
de acordo com sua necessidade particular, estado
de saúde e circunstâncias sociais. Quando esses
cuidados não são seguidos, podem ocasionar re-
sultados trágicos, como intoxicação medicamen-
tosa e até mesmo a morte.19
Outro fator capaz de conduzir a complicações
no tratamento e possivelmente a RAMs é a falha
do paciente em tomar os medicamentos apro-
priadamente. Esse é um problema comum nos
pacientes de qualquer idade. Nos idosos, o pro-
blema pode ser maior pela diminuição da memó-
ria, má audição e visão e por ter de se adequar a
regimes e doses terapêuticas complexas.19
Os medicamentos devem ser bem analisados,
antes de receitados a idosos, pois grande parte de-
les causa problemas graves. Alguns exemplos:19
• os medicamentos psicotrópicos podem cau-
sar efeitos secundários bastante perturbadores.
Os tranqüilizantes benzodiazepínicos têm sido
associados por muito tempo com efeitos adver-
sos sobre as atividades psicomotoras, do apren-
dizado e na memória. O diazepam apresenta
elevada associação com quedas e algumas inves-
tigações sugerem que ele não deveria ser usado
em idosos;
• os AINES (antiinflamatórios não esteroidais)
têm originado grandes danos aos idosos. No
Reino Unido, cerca de 1.500 casos de hemorra-
gia por perfuração de úlcera péptica causadas
por AINES são notificadas anualmente pelo Co-
mitê de Segurança de Medicamentos. Isso ocor-
re predominantemente em pessoas com idade
superior a 60 anos;
• os idosos apresentam alto risco de infeções e
uma porcentagem elevada de mortalidade por
infeções, comparando-os aos adultos jovens, o
que conduz ao uso freqüente de antibióticos. A
diminuição natural da função renal em virtude
da idade aumenta o tempo em que o organismo
leva para eliminar um antibiótico. Por isso, os
idosos geralmente precisam de doses baixas, já
que neles há chances de acúmulo no organismo
e conseqüente toxicidade;
0000116saude16.book Page 75 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
 76 SAÚDE REV., Piracicaba, 7(16): 71-79, 2005
• os aminoglicosídeos também devem ser usa-
dos com cautela em idosos, pelo fato de prejudi-
car os rins e da perda da audição.
Como a freqüência de efeitos adversos encon-
trados nos idosos é alta, antes de receitar algum
medicamento é primordial verificar sua real ne-
cessidade. Além disso, deve-se limitar os medica-
mentos a tão poucos quanto possível e às doses
mais baixas. A menor quantidade de medicamen-
tos deve ser administrada aos pacientes idosos, e
em doses mínimas efetivas para eles.19
4. Incidência em crianças: os bebês e as crianças re-
cebem demasiados medicamentos. De acordo
com a OMS, 2/3 de todos os medicamentos usa-
dos nas crianças podem ser de pouco ou ne-
nhum valor.19
O perigo potencial do uso inapropriado de
medicamentos foi responsável por mais de 12%
das internações em um hospital no México, de-
correntes de efeitos adversos a medicamentos
usados antes da internação. Nos Estados Unidos,
um estudo feito em 1988 apontou que cerca de
2% das admissões pediátricas em hospitais se de-
vem às RAMs.19
As crianças biotransformam os fármacos de
maneira diferente dos adultos. Entre essas dife-
renças, destacam-se: o gradiente do metabolismo
das crianças geralmente é reduzido; especialmen-
te em bebês a barreira sanguínea hematoencefáli-
ca é mais permeável; os rins e o fígado estão
desenvolvendo os processos de síntese e depura-
ção, resultando em baixa eliminação de medica-
mentos.19, 20
Alguns exemplos comuns do mau uso de me-
dicamentos em crianças, de acordo com Rylan-
ce,21 são: antibacterianos para as infecções virais
das vias respiratórias altas, descongestionantes
para resfriados, antieméticos orais para vômitos,
agentes antipiréticos, antidepressivos tricíclicos
para enurese noturna, espasmolíticos para dores
abdominais e estimulantes de apetite.
Os antibióticos constam entre os medica-
mentos mais receitados para crianças. Nos Esta-
dos Unidos, cerca de 35% das prescrições para
menores de três anos de idade está nessa classe te-
rapêutica. Os antibióticos são usados indevida-
mente em infecções virais. No Brasil, uma
pesquisa feita em drogarias constatou que os bal-
conistas geralmente recomendam antibióticos
para pacientes com infecções respiratórias agudase quadros de diarréia.19
Os analgésicos e os medicamentos para febre
também são muito usados em crianças. A maioria
das dores nelas é aguda e autolimitante, causadas
por infecção, trauma, cirurgia ou exacerbação de
uma enfermidade crônica. Dores de cabeça, cóli-
cas abdominais e dores de membros raras vezes
necessitam de medicamentos, a menos que sejam
causadas por uma enfermidade ou condição que
requeira intervenção farmacológica.19, 20
Notificações de RAMs
Os métodos mais rápidos para se produzirem
hipóteses de causas relacionadas entre a adminis-
tração de um medicamento e o aparecimento de
determinado efeito adverso são a notificação de
casos clínicos suspeitos de RAMs e a reunião de
classes de pacientes com patologia e exposição
farmacológica prévia comum. O primeiro passo
para confirmar dados gerados pelas notificações e
pela seqüência de casos é a comparação de expe-
riências acumuladas em um país com os registros
de outros. Entre os sistemas de detecção e quanti-
ficação de reações adversas, o mais expandido in-
ternacionalmente é o da notificação voluntária,
realizada pelo prescritor, das suspeitas de efeitos
indesejáveis provocados pelos medicamentos em
seus pacientes. 
Obtêm-se as informações por meio de notifi-
cações recebidas dos centros nacionais. Os for-
mulários de notificações são praticamente iguais
em todos os países. O que varia ligeiramente de
um para outro é o tipo de reação notificada e os
profissionais que notificam, dentre os quais geral-
mente aparecem sexo, idade, descrição da reação
adversa (seguindo uma terminologia consensual
entre os países participantes e compilada no Dici-
onário de Reações Adversas da OMS), informa-
ções sobre os medicamentos administrados (com
menção de suas doses e posologia de administra-
ção, assim como data de início e final da adminis-
tração e indicação do seu motivo) e outros dados
básicos (sobre reexposição e desenvolvimento das
complicações).22, 23, 24
Medicamentos notificados 
com suspeita de RAM
Em vários países, a colaboração entre os ór-
gãos do governo e a farmacovigilância das indús-
trias farmacêuticas é bastante estreita e proveitosa.
Exemplo típico ocorre nos Estados Unidos, onde,
no período de 1980 a 1989, notificaram-se
261.515 suspeitas de RAMs, 89% delas proveni-
entes da indústria farmacêutica.25 A tabela 2
0000116saude16.book Page 76 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
Saúde em Revista 77
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAMS)
exemplifica algumas notificações de RAMs da
Agência Regulamentória da Austrália.
Tabela 2. Exemplos de medicamentos que desencadearam
RAMs.
Farmacovigilância
No final de 1999, o Ministério da Saúde
criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), com a missão de proteger e promover a
saúde, garantindo a segurança sanitária dos pro-
dutos e serviços. Ela contempla, em sua estrutura
organizacional, a Unidade de Farmacovigilância,
atribuindo-lhe a responsabilidade institucional
pela formulação e estruturação das ações de far-
macovigilância no País. A criação do Centro Na-
cional de Monitorização de Medicamentos
(CNMM),27 sediado na Unidade de Farmacovigi-
lância (UFARM), por meio da Portaria n.º 696, de
7 de maio de 2001, possibilitou as ações de far-
macovigilância no âmbito do Sistema Nacional
de Farmacovigilância. 
A UFARM vem implementando metas e ações
para o desenvolvimento de diretrizes que as-
segurem o controle de riscos e qualidade de medi-
camentos comercializados no mercado farmacêutico
brasileiro. Caracterizada como uma atividade de saúde
pública, a farmacovigilância visa a identificação, a
avaliação e a prevenção dos riscos associados aos
medicamentos comercializados. A ANVISA pro-
põe-se não só a orientar e estimular o exercício
das atividades de rotina inerentes à prática da no-
tificação de RAMs, mas também a disseminar in-
formações sobre a eficácia dos medicamentos
para a população em geral. 
O programa de farmacovigilância é planejado
para integrar estrategicamente quatro princípios:
segurança, eficácia, racionalidade e qualidade no
mercado de medicamentos.28, 29 Trata-se de um
sistema pelo qual identificam-se e respondem-se
sistematicamente as questões de segurança de me-
dicamentos comercializados, quanto à possível
relação causa-efeito entre a ingestão ou uso de
um medicamento e o surgimento de efeitos inde-
sejáveis, além de monitorar-lhe o processo de fa-
bricação, por meio de possíveis alterações em sua
embalagem, conteúdo e/ou produto final.30, 31
Desde 1970, a OMS mantém um Programa In-
ternacional de Notificações Espontâneas de RA-
Ms. Atualmente, esse sistema integra cerca de 45
nações e funciona com sede na Suécia. A OMS re-
cebe relatos de todos os países interligados, ofere-
cendo feedback e treinamento a seus membros,
tendo recebido mais de dois milhões de relatos
até hoje.1 Foram criados muitos centros e cada
país utiliza um sistema de notificação específico.
O Brasil não fazia parte desse banco de dados in-
ternacionais, pois não contava com um programa
estabelecido, tampouco com um centro reconhe-
cido pelo Ministério da Saúde como Centro Na-
cional de Vigilância Farmacológica. 
A primeira tentativa oficial no Brasil deu-se
em 1979, com a implantação do Sistema Nacio-
nal de Vigilância Farmacológica. Dez anos de-
pois, nova portaria emitida pelo Conselho
Nacional de Saúde recomendou-o à Secretaria
Nacional de Vigilância Sanitária como instituição
de manutenção e eficiente sistema de farmacovi-
gilância. Em 1995, a Secretaria Nacional de Vi-
gilância Sanitária, após considerar as reações
adversas como responsáveis por 4% a 11% das
internações, que vêm recebendo constantes aler-
tas da OMS e da OPAS, e o Brasil como um dos dez
maiores mercados consumidores de medicamen-
tos do mundo, criou uma comissão para harmo-
nizar as ações com outros países (Europa, Estados
Unidos, Mercosul) e estabeleceu o Centro Nacio-
nal de Farmacovigilância. 
O prazo para a real efetivação do programa
era maio de 1996, mas infelizmente o projeto não
chegou a ser concluído. Em 30 de outubro de
1998, a publicação da Portaria 3916 criou a Polí-
tica Nacional de Medicamentos e estabeleceu as
ações de farmacovigilância, tendo como atribui-
ções: estabelecer, coordenar e monitorar os siste-
mas de vigilância toxicológica e farmacológica.1, 5
A partir da Portaria 696, de 7 de maio de 2001, e
com o surgimento do Centro Nacional de Moni-
torizarão de Medicamentos, o Brasil passou a ser
membro integrante do Programa Internacional de
Monitorizarão de Medicamentos da OMS.27
PRINCÍPIO 
ATIVO
NOME 
COMERCIAL
PRINCIPAIS REAÇÕES 
ADVERSAS
Cefaclor Ceclor® Hipersensibilidade, rash cutâneo
Coumarin Lodema® Icterícia
Donezepil Aricept® Síncope, edemas, taquicar-dia
Ácido Valpróico Depakene® Pancreatite
Olanzapina Zyprexa® Agranulocitose, anemia
Cisapride Prepulsid® Arritmias cardíacas
Pemoline Cylert® Complicações hepáticas
Nefazodone Serzone® Icterícia
Sildenafil Viagra® Infarto do miocárdio
26
0000116saude16.book Page 77 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
 78 SAÚDE REV., Piracicaba, 7(16): 71-79, 2005
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de, nos últimos tempos, ter-se no mer-
cado um arsenal terapêutico cada vez maior con-
tra as várias enfermidades que acometem a
humanidade, e de tal arsenal, na maioria das ve-
zes, contribuir favoravelmente no combate às
moléstias, aumentam também os registros de ca-
sos de pacientes que apresentam RAMs.
No Brasil, segundo dados publicados em
2003, 4% a 11% das internações hospitalares de-
correm de reações adversas. Como agravante des-
se quadro, tem-se também o fato de que somos
um dos dez maiores mercados consumidores de
medicamentos do mundo.
Com base nesses dados, uma política de far-
macovigilância deve ser implementada, inte-
grando estrategicamentequatro princípios:
segurança, eficácia, racionalidade e qualidade no
mercado de medicamentos, contribuindo para
uma maior segurança dos usuários de medica-
mentos em nosso país.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Dainesi SM, Juquiram AB, Biazetti L. Farmacovigilância: um dever de todos. Revista da Sociedade Brasileira de Cancerologia 2003; 13: 1-7.
2. Pearson TF, Pittman DG, Longrey JM. Factors Associated with Preventable Adverse Drug Reactions. American Society of Hospital Pharmacysts
1994; 51: 2.268-72.
3. Lazarou J, Pomeranz BH, Corey PN. Incidence of Adverse Drug Reactions in Hospitalized Patients. Jama 1998; 279 (15): 1.200-5.
4. Magalhães SMS, Carvalho WS. Reações Adversas a Medicamentos. Ciências Farmacêuticas. Uma Abordagem em Farmácia Hospitalar. São
Paulo: Atheneu; 2001. 125-46.
5. Wu FLL, Yang CC, Shen LJ, Chen CY. Adverse Drug Reactions in a Medical Ward. Journal Formos Medicin Association 1996; 95 (3): 241-6.
6. Rang HP, Dale MM, Ritter JM. Farmacologia. 6.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997.
7. Capellá D, Laporte JR. Mecanismos de Produção e Diagnóstico Clínico dos Efeitos Indesejáveis Produzidos por Medicamentos. In: Laporte JR, Tog-
noni G, Rozenfeld S. Epidemologia do Medicamento. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec Abarasco; 1989.
8. Domeq C, Paulos C, Pezzani M, Ruiz I, Vargas M. Curso Latino Americano de Farmácia Clínica. Universidade de Chile. Faculdade de Ciências Quimi-
cas y Farmacêuticas. 3.ª ed.; 1991.
9. Rozenfeld S. Farmacovigilância: elementos para a discussão e perspectivas. Cadernos de Saúde Pública 1998; 14 (2): 237-63. 
10. Bates DW, Cullen DJ, Laird N, Petersen LA, Small SD, Servi D. Incidence of Adverse Drug Events and Potential Adverse Drugs Events. Jama 1995;
274 (1): 29-34.
11. Lazarou J, Pomeranz BH, Corey PN. Incidence of Adverse Drug Reactions in Hospitalized Patients. A meta-analysis of prospective studies. Jama
1998; 279 (15): 1.200-5.
12. Weser JK. Definition and Classification of Adverse Drug Reactions. Drug Information Bulletin 1968; 68-78.
13. Edwards IR, Aronson JK. Adverses Drug Reactions: definitions, diagnosis and management. The Lancet 2000; 356 (7): 1.255-9.
14. Melmon KL. Preventable Drug Reactions: causes and cures. The New England Journal of Medicine 1971; 284 (24): 1.361-7.
15. Danan G, Benichou C. Causality Assessment of Adverse Reactions to Drugs – I. A Novel Method Based on the Conclusions of International Con-
sensus Meetings: application to drug-induced liver injuries. Journal Clinic Epidemiology 1993; 46 (11): 1.323-30.
16. Guaraibeh M, Greenberg HE, Waldman SA. Adverse Drug Reactions: a review. Drug Information Journal 1998; 32: 323-38.
17. Miremont G, Haramburu F, Bégaud B, Péré C, Dangoumau J. Adverse Drug Reactions: physicians opinions versus a causality assessment method.
Eur. J. Clin. Pharmacol. 1994; 46: 285-9.
18. TGA. Australian Adverse Drug Reactions Bulletins, v.14. n.3, ago. 1999. Disponível em: <http://www.ncbi.nih.gov/entrez/query.fcgi>. Acesso
em: 2/2/03.
19. Chetley A. Health Action Internacional (HAI-Europa), Acciõn Internacional por la Salud América Latina y el Caribe. 2.ª ed. California: Health Actino
Internacional; 1995.
20. Kikuchi EL. Farmacoterapêutica: iatrogenias mais comuns. Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo, 2003, São Paulo. Disponível em: <http://www.google.com.br/html>. Acesso em: 2/2/03.
21. Rylance G. Drugs for Children. World Health Organization (WHO): Copenhagem; 1987.
22. Figueiredo PM, Tolentino M, Dias MF, Vila-Inda CJ, Lacerda E, Leite FQ et al. Avaliação das Notificações Hospitalares de Suspeita de Reações
Adversas a Medicamentos no Segundo Semestre de 2001. Anais do IV Congresso da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e I Congresso
da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia; Rio de Janeiro; 2002.
0000116saude16.book Page 78 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM
SUELI ZAFALON MENON, ET AL.
Saúde em Revista 79
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAMS)
23. Lacerda E, Rumel D, Dias MF, Souza NR, Figueiredo PM, Dourado LG et al. Avaliação das Notificações de Queixas Técnicas de Medicamentos da
Unidade de Farmacovigilância ANVISA no Período de Janeiro a Setembro de 2002. Anais do IV Congresso da Sociedade Brasileira de Farmácia Hos-
pitalar e I Congresso da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia; Rio de Janeiro; 2002.
24. Souza NR, Dias MF, Lacerda E, Figueiredo PM, Leite FQ, Vila CT et al. Farmacovigilância e a Veiculação de Informação. Anais do IV Congresso da
Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e I Congresso da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia; Rio de Janeiro; 2002.
25. Carlini El, Nappo SA. Sistema de Farmacovigiilância. Boletim PSIFAVI , nº 5, nov. 1999.
26. Therapeutic Goods Administration. Disponível em: <http://www.tga.gov.au/docs/html>. Acesso em: 13/05/04.
27. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n.º 696, de 7 de maio de 2001. Dispõe sobre a instituição do Centro Nacional de Monitorização de Medica-
mentos (CNMM) sediado na Unidade de Farmacovigilância da ANVISA. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 7 mai. 2001. Dis-
ponível em: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 13/5/04.
28. Edwards R, Biriell C. Harmonisation in Pharmacovigilance. Drug Safety 1994; 10 (2): 91-102.
29. Meyboom RHB, Egberts ACG, Edwards R, Hekster YA, Koning FHP, Gribnau WJ. Principles of Signal Detection in Pharmacovigilance. Drug Safety
1997; 16 (6): 355-65.
30. Meyboom RHB, Hekster YA, Egberts ACG, Bribnau FWJ, Edwards R. Causal or Casual? The Role of Causality Assessment in Pharmacovigilance.
Drug Safety 1997; 17 (6): 374-89.
31. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n.º 3916, de 30 de outubro de 1998. Dispõe sobre a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME),
devendo ser a base para a organização de listas estaduais e municipais, visando o processo de descentralização da gestão, tornando-se, portanto,
meio fundamental para orientar a prescrição, a dispensação e o abastecimento de medicamentos, particularmente no âmbito do Sistema Único
de Saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília (DF) 30 out. 1998. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em:
13/5/04.
Submetido: 19/jul./2004
Aprovado: 24/fev./2005
0000116saude16.book Page 79 Thursday, September 8, 2005 5:51 PM

Continue navegando