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PÂMELA 2019

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO DE PEDAGOGIA –
MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DOCENTES RESPOSÁVEIS:  ROSIMERI MAIO GUIMARÃES
ACADÊMICA: PÂMELA SUELLEN SARTTI RA: 92284
 
 
 
Práticas Sociais e Diversidade Cultural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ASTORGA 
2019
DIVERSIDADE CULTURAL
Tendo em vista que a formação de futuros professores no Brasil busca preparar para a mediação da cultura, e, que hoje, os Cursos de Pedagogia têm por base a diversidade cultural do país, torna-se necessário esclarecer o significado de cultura e de diversidade cultural. O termo étnico é fundamental para demarcar que individuo pode ter a mesma cor da pele que o outro, a mesmo tipo de cabelo e traços culturais e sociais que os distingue, caracterizando assim etnias diferentes.
E, portanto, é fato que o conceito de diversidade cultural é um conceito complexo, enquanto abarca todas as diferenças e pluralidade de culturas, com seus sistemas de significados singulares criados pelos homens de cada cultura. Dentro dessa perspectiva, falar de diversidade cultural no Brasil é falar da diferença de uma grande variedade de culturas que compõe o povo brasileiro, e, que por sua vez, essas culturas estão em constante miscigenação, que se dá pelo dinamismo intercambiante entre as culturas no contato de umas com as outras. Além disso, o Brasil possui peculiaridade cultural entre as determinadas regiões, devido a sua extensão territorial, tendo a contribuição dos grupos étnicos que aqui já viviam, além dos povos imigrantes que vieram dos mais diversos continentes do mundo, principalmente dos Europeus, Africanos e Asiáticos. Esses grupos étnicos trouxeram contribuições linguísticas, tradições alimentares e culturais, valores, arte, ritos religiosos, etc., que formam a diversidade cultural brasileira, ou seja, o povo brasileiro. Por outro lado, no estudo da diversidade cultural torna-se necessário considerar as diferenças das minorias que por muitos séculos foram silenciadas e excluídas da sociedade (condição de classe, de gênero, opção sexual, portadores de deficiência física, opção religiosa, faixa geracional, movimentos sociais, entre outros) e que hoje estão conquistando os seus direitos dentro da sociedade.
Existe um numero muito grande de raças diferentes, e sua classificação tem a ver com traços físicos (basicamente a cor da pele e aparência) determinados pelas elites do colonialismo ocidental e que hoje estão cada vez mais obsoletas. Tem a ver com ideias preconcebidas, estereótipos e preconceitos sociais, que nada tem a ver com a realidade, mas sim com crenças e escalas de valores da sociedade.
O racismo é uma forma de discriminação baseada em preconceitos que diferenciam negativamente grupos minoritários ou vão contra seis interesses. Consideramos uma ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos. 
Não podemos negar que, na construção das sociedades, na forma como os negros e os brancos são vistos e tratados no Brasil, a raça tem uma operacionalidade na cultura e na vida social. Se ela não tivesse esse peso, as particularidades e características físicas não seriam usadas por nós para classificar e identificar quem é negro e quem é branco no Brasil. E mais, não seriam usadas para discriminar e negar direitos e oportunidades aos negros em nossos pais. 
É fato que, durante muitos anos, o uso do termo raça na área das ciências, da biologia, nos meios acadêmicos, pelo poder politico e na sociedade, de modo geral, esteve ligado á dominação politico-cultural de um povo em detrimento de outro, de nações em detrimento de outras, e possibilitou tragédias mundiais, como foi o caso do nazismo.
Nesse complexo contexto teórico e politico vem sendo adotada a expressão étnico-racial para se referir as questões concernentes á população negra brasileira, sobretudo, na educação. Mais do que uma junção dos termos, essa formulação pode ser vista como a tentativa de sair de um impasse e da postura dicotômica entre os conceitos de raça e etnia. Demonstra que, para se compreender a realidade do negro brasileiro, não somente as características físicas e as classificações físicas e a classificação racial devem ser consideradas, mas também a dimensão simbólica, cultural territorial, mítica, politica e indenitárias. Nesse aspecto, é bom lembrar que nem sempre a forma como a sociedade classifica racialmente uma pessoa corresponde necessariamente, á forma como ela se vê. Portanto para compreendermos as relações étnico-racionais de maneira aprofundada, temos de considerar os processos indenitários vividos pelos sujeitos, os quais interferem no modo como esses se veem, identificam-se e falam de si mesmos e do seu pertencimento étnico-racional.
Esse entendimento poderá nos ajudar a superar opiniões preconceituosas sobre os negros, a África, a diáspora; a denunciará racismo e a discriminação racial e a programar ações afirmativas, rompendo com o mito da democracia racial.
Revela também uma inflexão na postura do Estado, ao por em pratica iniciativas e praticas de ações afirmativas na educação básica brasileira, entendidas como uma forma de correção de desigualdades históricas que incidem sobre a população negra em nossos pais. 
No inicio do século XXI, quando o Brasil revela avanços na implementação da democracia e na superação das desigualdades sociais e raciais, é também um dever democrático da educação escolar e das instituições publicas e privadas de ensino a execução de ações, projetos, praticas, novos desenhos curriculares e novas posturas pedagógicas que atendam ao preceito legal da educação como um direito social e incluam nesse o direito á diferença. É nesse contexto que a referida lei pode ser entendida como uma medida de ação afirmativa. As ações afirmativas políticas, projetos e praticas publicas e privadas que visam á superação de desigualdades que atingem historicamente determinados grupos sociais, a saber: negros, mulheres, homossexuais, indígenas, pessoas com deficiência, entre outros. Tais ações são passiveis de avaliação e tem caráter emergencial, sobretudo no momento em que entram em vigor.
E sobre as considerações apresentadas que consta nos dez maiores desafios da Educação Nacional, a serem enfrentados e superados no próximo decênio, como compromisso do Estado e de toda a sociedade: no quinto desafio encontram-se as questões etno-raciais e as diversidades culturais.
Está então proposta, a garantia de oportunidades, respeito e atenção educacional às demandas especificam de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo.
Destaca-se, como diagnóstico em cada nível de ensino e indica como prioridades para a educação Básica, no que diz respeito aos temas transversais que garantem o atendimento a algumas singularidades e diversidades que não podem deixar de ser consideradas, quando a questão está na universalização da qualidade da educação básica, como exemplo, (Educação Ambiental e sustentabilidade; as relações étnico-raciais; gênero e diversidade sexual; a educação de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco e a educação prisional).
Todos os sistemas de ensino (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) são orientados, ainda, pelo Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, aprovado em 13 de maio de 2009, o qual apresenta atribuições, elencadas por ente federativo, aos sistemas educacionais e instituições envolvidas, necessárias à implementação de uma educação adequada às relações étnico-raciais. Diante do exposto, constata-se, também, a necessidade de formulação de orientações específicas às escolas da Educação Básica e aos sistemas de ensino para a implementação da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos.Nesse sentido, uma das atribuições do Conselho Nacional de Educação refere-se à elaboração das Diretrizes operacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 
Os sistemas de ensino e os estabelecimentos da Educação Básica, nos níveis de Educação Infantil, Educação Fundamental, Educação Média, Educação de Jovens e Adultos, Educação Superior, precisarão providenciar: edição de livros e de materiais didáticos, para diferentes níveis e modalidades de ensino, que atendam ao disposto neste parecer, em cumprimento ao disposto no Art. 26A da LDB, e para tanto, abordem a pluralidade cultural, e a diversidade étnico-racial da nação brasileira, corrijam distorções e equívocos em obras já publicadas sobre história, cultura, a identidade dos afros descendentes, sob o incentivo e supervisão dos programas de difusão de livros educacionais do MEC – Programa Nacional do Livro Didático e Programa Nacional de Bibliotecas Escolares (PNBE) (p. 25). 
Porém a escola busca estimular os alunos para que não haja preconceito nas diversidades etnocultural existentes dentro desse ambiente, e busca valorizar boa vivência em sala e com os demais profissionais que permeiam esse ambiente.
REFERÊNCIAS:
CARVALHO, Elma Júlia de Gonçalves de; FAUSTINO, Rosângela Célia. Diversidade cultural: políticas e práticas educacionais. Maringá: Eduem, 2012. (Coleção formação de professores – EAD; n. 63)
Disponível em: <HTTP://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pne_200809.pdf. > Acesso em 10/05/2014.

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