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GABARITO RESUMIDO – AD2 QUESTÃO 1 a) A especiação alopátrica ocorre com uma população pretérita sendo dividida por uma barreira geográfica, resultando em duas ou mais populações isoladas geograficamente; interrupção do fluxo gênico se dá pela interrupção ou limitação da migração entre essas populações. Já a especiação simpátrica não depende de isolamento geográfico; ocorrem barreiras genotípicas. b) A especiação peripátrica, assim como a alopátrica, depende do isolamento geográfico dos indivíduos, mas geralmente apenas um pequeno número de indivíduos periféricos é isolado da população principal. c) No efeito fundador ocorre o estabelecimento de uma nova população a partir de poucos colonizadores originais e eles representam apenas uma pequena fração da variação genética da população fonte. Assim, a população da área recém-colonizada ou isolada tenderá a possuir uma frequência gênica diferenciada por conta deste efeito inicial. A deriva gênica, por sua vez, é a flutuação estocástica das frequências genotípicas, comparativamente maior em populações pequenas, que leva à eliminação aleatória de determinados alelos e a fixação de outros. Como as populações isoladas na especiação peripátrica são pequenas, este tipo de força irá atuar grandemente, levando a uma grande eliminação de alelos e diferenciação das duas populações. QUESTÃO 2 a) (1/2)5 + (½)5 = 1/32 + 1/32 = 2/32 = 1/16 Isso quer dizer que Bianca e Carla tem 1/16 de chances de possuírem um determinado gene idêntico, herdado por um ancestral comum a ambos. b) (1/2)4 + (½)4 = 1/16 + 1/16 = 2/16 = 1/8 Isso quer dizer que Carlos e Carla tem 1/8 de chances de possuírem um determinado gene idêntico, herdado por um ancestral comum a ambos. QUESTÃO 3 Pela teoria neutralista, a maior parte da variabilidade ocorre em regiões neutras do DNA, ou seja, que não sofrem seleção natural. Mutação e migração atuam aumentando a variabilidade, enquanto deriva gênica e seleção natural diminuem, pois o tipo de seleção natural mais comum é a normalizadora. Como exemplo, podemos citar os casos de alelos deletérios. Esses alelos tendem a desaparecer da população, que com isso sofre seleção natural normalizadora (seleção que tenderia a fixar nas populações os alelos mais bem adaptados). Já para a teoria selecionista, a maior parte da variabilidade está em regiões passíveis de seleção natural (genes). Mutação, migração e seleção natural atuam aumentando a variabilidade, pois o tipo de seleção natural mais comum é a balanceada, que favorece os heterozigotos. A deriva gênica, por outro lado, diminui a variabilidade. Um exemplo que apóia os selecionistas são os casos de seleção natural balanceadora e a seleção natural dependente de frequência. Em ambos os casos, a variabilidade é mantida e não perdida. Em casos onde a quantidade de variação é maior do que o esperado pelo modelo neutralista, a explicação selecionista parece ser uma boa opção. Se contrapondo à teorita neutralista, é inegável que algumas das mudanças evolutivas são guiadas por seleção natural. Já em contraposição à teoria selecionista, do mesmo modo, a deriva gênica é extremamente importante no processo evolutivo.