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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS 1 FERNANDO DE PAULA ROCHA JHESSICA SPENCER LUZ SANTANA MARCOS PAULO GUIMARÃES RODRIGUES DA MATA RENAN GUIMARÃES BARBOSA TRIVELLI ANÁLISE GRANULOMÉTRICA RELATÓRIO 04 ANÁPOLIS / GO Outubro, 2017 2 SUMÁRIO Capítulo Página 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3 2 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................... 3 2.1 MATERIAIS ..................................................................................................................... 4 2.2 METODOLOGIA ............................................................................................................. 4 2.2.1 AMOSTRA ................................................................................................................ 4 2.1.2 GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO ........................................................ 5 2.1.2.1 PENEIRAMENTO FINO .................................................................................... 5 2.1.2.2 PENEIRAMENTO GROSSO ............................................................................. 6 2.1.3 GRANULOMETRIA CONJUNTA (PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO) .... 6 3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................................. 8 3.1 GRANULOMETRIA SIMPLES – PENEIRAMENTO ................................................... 8 3.2 GRANULOMETRIA CONJUNTA – PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO ........ 11 4 DISCUSSÃO ......................................................................................................................... 15 5 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 16 3 1 INTRODUÇÃO Na engenharia civil todos os dias trabalhamos com diversas variáveis, entretanto é necessário que sempre se busque diminuir as diversas incertezas de uma obra. É de suma importância que para uma boa concepção de projeto tenha-se conhecimento do comportamento do solo a ser trabalhado, e para adquirir esse conhecimento são feitos alguns testes para determinar as características, dentre eles está o ensaio de granulometria. A “textura do solo” como pode-se assim dizer é a granulometria característica dele, ou seja, é o tamanho relativo dos grãos. A granulometria pode ser representada através da curva granulométrica de cada solo, essa curva e traçada através de um gráfico em escala semi logarítimica, na qual sobre os eixos das abscissas coloca-se os diâmetros dos grãos e no das ordenadas as porcentagens, em peso, que passam em cada peneira. A NBR 7181/2016 preconiza a determinação da curva granulométrica, tendo como objetivo determinar a metodologia para analise granulométrica dos solos, realizada por peneiramento ou por combinação de sedimentação e peneiramento. A classificação granulométrica é o índice pelo qual os solos são agrupados e designados para determinadas funções. Quando se trabalha com solos finos argilosos é necessário que ele esteja umedecido, pois quando secos as suas formações são dificilmente diferenciáveis, quando úmidas, entretanto, a aglomeração de partículas argilosas se transforma em uma pasta fina, enquanto que a partícula arenosa revestida é facilmente reconhecida pelo tato. Para a avaliação da composição granulométrica de um solo requer, em geral, o processamento das seguintes técnicas experimentais: • Peneiramento, em que se procede a separação mecânica, através de peneiras, das partículas do solo de maiores dimensões (maiores que 0,075 mm) • Sedimentação, em que através do estudo do processo de sedimentação das par- tículas mais finas do solo em suspensão, se estabelece a sua dimensão de forma indire- ta, utilizando a lei de Stokes. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 4 2.1 MATERIAIS Os materiais utilizados nesse experimento foram: • Aparelho de dispersão, com hélices metálicas substituíveis e copo munido de chicanas metálicas; • Estufa capaz de manter a temperatura entre 60ºC e 65 ºC e entre 105ºC e 110 ºC; • Termômetro graduado em 0,1 ºC, de 0 a 50 ºC; • Balança, que permita pesar nominalmente até 200 g, 1,5 kg, 5 kg e 10 kg, com resolu- ção de 0,01 g, 0,1 g, 0,5 g e 1 g, respectivamente e sensibilidade compatível; • Proveta de vidro, com cerca de 450 mm de altura e 65 mm de diâmetro, com traço de referência indicando 1000 cm³ a 20 ºC; • Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20 ºC e com resolução de 0,001, graduado de 0,995 a 1,050; • Cápsula de porcelana, vidro pirex ou alumínio com capacidade de 150 a 250 cm³ para saturação do material; • Relógio com indicação de segundos; • Agitador de Peneiras com dispositivo para fixação de até seis peneiras, inclusive tam- pa e fundo; • Escova com cerdas metálicas para limpeza de peneiras; • Peneiras de 50 – 38 – 25 – 19 – 9,5 – 4,8 – 2,0 – 1,2 – 0,6 – 0,42 – 0,25 – 0,15 e 0,075 mm; • Proveta de vidro, com capacidade de 250 cm3; • Funil de plástico ou vidro e bisnaga; • Bandejas de alumínio; • Defloculante; • Almofariz com mão de gral; • Destilador de água. 2.2 METODOLOGIA 2.2.1 AMOSTRA 5 Tomou-se quantidade de amostra preparada e determinou-se com as resoluções da Tabela 01, a seguir a massa de amostra seca ao ar e anotou-se como Mt. Tabela 4.1: Determinação do peso da amostra seca ao ar. Dimen- sões dos grãos maiores conti- dos na amostra (mm) Quantida de de amostra (kg) Balança a ser utilizada Capacidade Nominal (Kg) Resolução (g) < 5 1 1,5 0,1 5 a 25 4 5 0,5 > 25 8 10 1 Fonte: ABNT, (1986). Passou-se a amostra selecionada (Mt) na peneira de 2,0 mm, tomando-se a precaução de desmanchar, no almofariz, todos os torrões existentes, sem quebrar os grãos, de modo a asse- gurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da malha. Utilizou-se a escova com cerdas metálicas para auxiliar a retirada dos grãos retidos nas malhas da peneira, procedeu-se da mesma forma em todos os passos que envolveram peneiramento. Lavou-se a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino aderente e secou-se em estufa (105 ºC a 110 ºC), até constância de peso. Utilizou-se desse material no peneiramento grosso. 2.1.2 GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO Do material passado na peneira de 2,0 mm tomou-se cerca de 120 g. Pesou-se este ma- terial com resolução de 0,01 g e anotou-sr como Mh. Tomou-se ainda cerca de 100 g para determinação da umidade higroscópica (w). Lavou-se na peneira de 0,075 mm o material as- sim obtido, verteu-se água potável à baixa pressão e procedeu-se como descrito em 2.1.2.1 e 2.1.2.2. 2.1.2.1 PENEIRAMENTO FINO Realizou-se este ensaio sobre material retido na peneira 0,0075 mm, onde passou-se a amostra através de uma série de peneiras e pesou-se o material retido em cada uma delas: 6 Secou-se o material retido na peneira 0,075 mm em estufa, à temperatura de 105 ºC a 110 ºC, até constância de peso (12 horas).Selecionou-se as peneiras levando-se em conta o fim a que se destina a curva granulo- métrica e efetuou-se o peneiramento utilizando o agitador mecânico. Anotou-se com resolu- ção de 0,01 g as massas retidas em cada peneira. 2.1.2.2 PENEIRAMENTO GROSSO Realizou-se este ensaio sobre material retido na peneira 2,0 mm e consiste na passagem da amostra através de uma série de peneiras e da pesagem do material retido em cada uma delas. Pesou-se o material retido na peneira de 2,0 mm, com resolução compatível com a quantidade de material ensaiado e consequente balança utilizada, e anotou-se como Mg. Selecionou-se a série de peneiras levando-se em conta o tamanho das partículas da amostra e o fim a que se destina a curva granulométrica e efetuou-se o peneiramento utilizan- do o agitador mecânico. Anotou-se com resolução de 0,01 g as massas retidas em cada penei- ra. 2.1.3 GRANULOMETRIA CONJUNTA (PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO) Procedeu-se a análise sedimentométrica com a fração do solo passado na peneira de 2,0 mm (nº 10), deste material passado na peneira de 2,0 mm tomou-se cerca de 70 g, no caso de solos siltosos e argilosos. Pesou-se esse material com resolução de 0,01 g e anotar como Mh. Tomou-se ainda cerca de 100 g para três determinações do teor de umidade e seguiu-se os procedimentos descritos a seguir. Transferiu-se este material para um recipiente de vidro com capacidade mínima de 250 cm³ e acrescentou-se, com auxílio de uma proveta, 125 cm³ de hexametafosfato de sódio na concentração de 45,7 g do sal por 1000 cm³ de água destilada. Agitou-se o recipiente até que todo material ficasse imerso e deixou-se em repouso de 12 horas. A solução de hexametafos- fato (defloculante). Verteu-se a mistura no recipiente de dispersão, removendo-se todo o material com água destilada, com o auxílio da bisnaga. Adicionou-se água destilada até que o seu nível, em torno de 5 cm abaixo das bordas do copo e submeteu-se a mistura à ação do aparelho dispersor du- rante 15 minutos. 7 Transferiu-se a suspensão para a proveta, removendo-se cuidadosamente com água des- tilada, com o auxílio da pisseta, todo o material aderido ao copo. Juntou-se água destilada até atingir a marca pouco abaixo de 1000 ml. Logo que a suspensão atingiu a temperatura de equilíbrio tomou-se a proveta e tapando- se a superfície com uma das mãos, com auxílio da outra mão, agitou-se em movimentos de rotação, durante 1 minuto. Completou-se o volume com água destilada, removendo-se qualquer resíduo da mão que esteve em contato com a suspensão, até a marca de referência de 1000 ml da proveta. Anotou-se a hora exata do início da sedimentação e mergulhou-se cuidadosamente o densímetro na solução. Efetuou-se as leituras densimétricas correspondentes aos tempos de 30 segundos, 1 e 2 minutos, conservando o densímetro na suspensão. O processo de inserção, bem como de retirada, foi cuidadosamente realizado para evitar a agitação da suspensão. Fez-se as leituras a 4, 8, 15 e 30 minutos, 1, 2, 4, 8, e aproximadamente 25 horas. A lei- tura de 25 horas pode ser opcional em função da amostra. Cerca de 15 a 20 segundos antes de cada leitura, mergulhou-se lenta e cuidadosamente o densímetro na suspensão. Realizada a última leitura, verteu-se o material da proveta na penei- ra de 0,074 mm, proceder a remoção com água de todo o material aderido às suas paredes e lavou-se o material com água potável à baixa pressão, na referida peneira. O material retido foi utilizado no peneiramento fino. Calcular a massa total da amostra seca, utilizando-se a equação. MS = 𝑀𝑡− 𝑀𝑔 100+𝑤 𝑥 100 + Mg Onde: Ms = massa total da amostra seca; Mt = massa da amostra seca ao ar; Mg = massa do material seco retido na peneira de 2,0 mm; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm. Calculou-se as porcentagens dos materiais que passam nas peneiras do peneiramento grosso utilizando a equação acima e as porcentagens de materiais que passam nas peneiras do Peneiramento fino utilizando a equação. Qg = 𝑀𝑠− 𝑀𝑖 𝑀𝑠 𝑥 100 8 Qf= 𝑀ℎ𝑥 100 − 𝑀𝑖𝑥 (100+𝑤) 𝑀ℎ 𝑥 100 𝑥 N Onde: Qg = porcentagem de material passado em cada peneira; Ms = massa total da amostra seca; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira. Qf = porcentagem de material passado em cada peneira; Mh = massa do material úmido submetido ao peneiramento fino ou à sedimentação, conforme o ensaio tenha sido realizado apenas por peneiramento ou por combinação de sedimentação e peneiramento, respectivamente; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm; N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm. As porcentagens referidas à massa total da amostra e o diâmetro máximo das partículas em suspensão, no momento de cada leitura do densímetro, devem ser calculadas utilizando as equações 4.4 e 4.5. Qs = 𝜌𝑠 𝜌𝑠− 𝜌𝑑 𝑉 𝑋 𝜌𝑤𝑐𝑥 (𝐿 − 𝐿𝑑 ) (100+𝑤) 𝑀ℎ 100+𝑤 𝑥 100 𝑥 N d = √ 180 𝑥 𝜂 𝜌𝑠− 𝜌𝑑 𝑥 𝑎 𝑡 3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Os resultados do ensaio de granulometria simples e granulometria conjunta da amostra 2017-2 executados segundo NBR 7181/1984 e NBR 6457/1986, são apresentados a seguir, juntamente com os respectivos modelos matemáticos: 3.1 GRANULOMETRIA SIMPLES – PENEIRAMENTO Tabela 3. 1 - Teor de Umidade Amostra: 2017-2 Furo: ST 01 Profundidade: 1,0 a 2,0 m Local: Anápolis-GO Operador: Alunos Data: 14/09/2017 TEOR DE UMIDADE Cápsula N° 47 119 113 9 Massa solo úmido + cápsula (g) – M1 45,17 67,58 70,39 Massa solo seco + úmido (g) – M2 43,97 65,46 68,24 Massa da cápsula (g) - M3 17,11 16,34 17,42 Umidade (%) 4,5 4,3 4,2 W (%): 4,3 Fonte: Autor. Para obtenção do percentual do teor de umidade da massa da amostra de solo contida em cada recipiente pelo método da estufa utilizou-se o modelo matemático a seguir: w= M1-M2 M2-M3 ×100 (Equação 3.1) Onde: w = teor de umidade, expresso em porcentagem; M1 = massa do solo úmido + massa da cápsula, expresso em gramas; M2 = massa do solo seco + massa da cápsula, expresso em gramas; M3 = massa da cápsula, expresso em gramas; Tabela 3. 2 – Dados da Amostra DADOS DA AMOSTRA Massa da amostra seca ao ar (g) 612,31 Massa total da amostra seca (g) 587,1 Massa do material seco retido na peneira de 2,0 mm (g) - Massa do material submetido ao peneiramento fino (g) 120,0 Fonte: Autor. Tabela 3. 3 – Dados do Peneiramento PENEIRAMENTO GROSSO Peneira (n°) Abertura (mm) Solo retido (g) Solo retido acumulado (g) % material passa 3” 76,2 0,00 0,00 100 2” 50,8 0,00 0,00 100 1 1/2” 38,1 0,00 0,00 100 1” 25,4 0,00 0,00 100 3/4" 19,1 0,00 0,00 100 3/8” 9,5 0,00 0,00 100 10 4 4,76 0,00 0,00 100 10 2,00 0,00 0,00 100 PENEIRAMENTO FINO Peneira (n°) Abertura (mm) Solo retido (g) Solo retido acumulado (g) % material passa 16 1,19 4,20 4,20 96,3 30 0,59 6,03 10,23 91,1 40 0,42 3,61 13,84 88,0 50 0,30 9,21 23,05 80,0100 0,149 8,31 31,36 72,7 200 0,075 14,65 46,01 60,0 Fonte: Autor. Para o cálculo da massa total da amostra seca utilizou-se a equação: 𝑀𝑆 = (𝑀𝑡−𝑀𝑔) (100+𝑤) × 100 + 𝑀𝑔 (Equação 3.2) Onde: Ms= massa total da amostra seca; Mt= massa da amostra seca ao ar; Mg= massa do material seco retido na peneira de 2,0 mm; W= umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm. Para calcular as porcentagens dos materiais que passam nas peneiras do peneiramento grosso utilizou-se a equação: 𝑄𝑔 = 𝑀𝑆−𝑀𝑖 𝑀𝑆 × 100 (Equação 3.3) Onde: Qg = porcentagem de material passado em cada peneira; Ms = massa total da amostra seca; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira; Para calcular as porcentagens dos materiais que passam nas peneiras do peneiramento fino utilizou-se a equação: 11 𝑄𝑓 = 𝑀ℎ×100− 𝑀𝑖×(100+𝑤) 𝑀ℎ×100 × 𝑁 (Equação 3.4) Onde: Qf = porcentagem de material passado em cada peneira; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira; Mh = massa do material úmido submetido ao peneiramento fino ou à sedimentação, conforme o ensaio tenha sido realizado apenas por peneiramento ou por combinação de sedimentação e peneiramento, respectivamente; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm; N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm. Figura 3.1: Granulometria simples feito por peneiramento grosso e fino. 3.2 GRANULOMETRIA CONJUNTA – PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO Tabela 3. 4 – Teor de umidade TEOR DE UMIDADE Amostra: 2017-2 Furo: ST 01 Profundidade: 1,0 a 2,0 m Local: Anápolis-GO Operador: Alunos Data: 14/09/2017 TEOR DE UMIDADE 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,001 0,01 0,1 1 10 100 % m at er ia l p as sa n te Diâmetro das partículas (mm) CURVA GRANULOMÉTRICA 12 Cápsula n° 72 23 75 Massa solo úmido + cápsula (g) 48,32 42,86 50,91 Massa solo seco + úmido (g) 44,05 39,16 46,35 Massa da cápsula (g) 11,84 11,39 12,03 Umidade (%) 13,3 13.3 13,3 w (%): 13,3 Fonte: Autor. Tabela 3. 5 – Dados da Amostra DADOS DA AMOSTRA Massa da amostra seca ao ar (g) 1000,0 Massa total da amostra seca (g) 885,1 Massa do material submetido à sedimentação (g) 70,0 Massa do material seco submetido à sedimentação (g) 61,8 Fonte: Autor. Tabela 3. 6 – Dados do Peneiramento PENEIRAMENTO GROSSO Peneira (n°) Abertura (mm) Solo retido (g) Solo retido acumulado (g) % material passa 3” 76,2 0,00 0,00 100 2” 50,8 0,00 0,00 100 1 1/2” 38,1 0,00 0,00 100 1” 25,4 0,00 0,00 100 3/4" 19,1 0,00 0,00 100 3/8” 9,5 0,00 0,00 100 4 4,76 1,38 1,38 99,8 10 2,00 21,52 22,90 97,4 PENEIRAMENTO FINO Peneira (n°) Abertura (mm) Solo retido (g) Solo retido acumulado (g) % material passa 16 1,19 1,22 1,22 95,5 30 0,59 1,54 2,76 93,0 40 0,42 2,59 5,35 89,0 50 0,30 3,70 9,05 83,1 100 0,149 6,47 15,52 72,9 200 0,075 8,05 23,57 60,2 Fonte: Autor. 13 Tabela 3. 7 – Dados da Sedimentação DADOS DO ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO Massa específica real dos grãos (g/cm3) 2,664 Tempo de dispersão (min) 15,0 Tipo de defloculante Hexametafosfato de sódio Quantidade de defloculante (g) 125,0 Amostra: 2017-2 Furo: ST 01 Profundidade: 1,0 a 2,0 m Local: Anápolis - GO Operador: Alunos Data: 14/09/2017 SEDIMENTAÇÃO Tempo Tempo (s) Temperatura (°C) L (g/cm3) Ld (g/cm3) a (cm) QS (%) d (mm) 30 s 30 25,9 1,0285 1,0050 11,3 59,3 0,060 1 min. 60 25,9 1,0280 1,0050 11,7 58,0 0,043 2 min. 120 25,9 1,0270 1,0050 11,8 55,5 0,031 4 min. 240 25,9 1,0270 1,0050 11,0 55,5 0,021 8 min. 480 25,6 1,0260 1,0051 11,2 52,7 0,015 15 min. 900 25,6 1,0260 1,0051 11,2 52,7 0,011 30 min. 1800 25,4 1,0250 1,0052 11,4 50,0 0,008 1 h 3600 24,9 1,0250 1,0054 11,4 49,5 0,006 2 h 7200 24,5 1,0240 1,0055 11,5 46,7 0,004 4 h 14400 23,8 1,0230 1,0058 11,7 43,4 0,003 8 h 28800 23,6 1,0220 1,0058 11,9 40,9 0,002 24 h 86400 23,4 1,0200 1,0059 12,2 35,6 0,001 Fonte: Autor. Para o cálculo da massa total da amostra seca utilizou-se a equação 3.2. Para calcular as porcentagens dos materiais que passam nas peneiras do peneiramento grosso utilizou-se a equação 3.3. Para calcular as porcentagens dos materiais que passam nas peneiras do peneiramento fino utilizou-se a equação 3.4. As porcentagens referidas à massa total da amostra e o diâmetro máximo das partículas em suspensão, no momento de cada leitura do densímetro, foram calculadas utilizando-se as equações: 𝑄𝑠 = ρs ρs−ρd × 𝑉×ρwc×(L−Ld) 𝑀ℎ (100+𝑤) ×100 × 𝑁 (Equação 3.5) 14 𝑑 = √( 1800 × 𝜂 ρs−ρd × 𝑎 𝑡 ) (Equação 3.6) Onde: Qs = porcentagem do solo em suspensão no instante da leitura do densímetro; N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm; ρs = massa específica dos grãos do solo, em g/cm³; ρd = massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g/cm³, considerar igual massa específica da água; V = volume da suspensão = 1000 cm³; ρwc = massa específica da água, à temperatura de calibração do densímetro (20 ºC), em g/cm³ = 1,000 g/cm³; L = leitura do densímetro na suspensão; Ld = leitura do densímetro no meio dispersor, na mesma temperatura da suspensão; Mh = massa do material úmido submetido à sedimentação, em g; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm; d = diâmetro máximo das partículas em mm; η = coeficiente de viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g x s/cm². Para efeito de cálculo considerar como coeficiente de viscosidade da água; a = altura de queda das partículas, com resolução de 0,1 cm, correspondente à leitura do densímetro; t = tempo de sedimentação, em s; ρs = massa específica dos grãos do solo, em g/cm³; ρd = massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g/cm³. Considerar a massa específica da água. Tabela 3.8. Viscosidade da água (Valores em 10-6 g x s/cm²) ºC 10 20 30 0 13,36 10,29 8,16 1 12,99 10,03 7,98 2 12,63 9,80 7,82 3 12,30 9,56 7,66 4 11,98 9,34 7,50 5 11,68 9,13 7,45 6 11,38 8,92 7,20 7 11,09 8,72 7,06 8 10,81 8,52 6,92 9 10,54 8,34 6,79 15 Figura 3. 2: Granulometria completa feita por sedimentação e peneiramento. 4 DISCUSSÃO As curvas granulométricas obtidas por meio desses ensaios permitiram verificar que o solo em questão é bem graduado, tendo grande parte da amostra composta por finos, sendo, portanto, um solo rico em grãos de silte e argila. Os solos finos têm ainda maior coesão e alta plasticidade podendo a partir dos ensaios de granulometria e ainda dependendo da sua atividade, reatividade e índices de consistência serem classificados como solo siltoso (M), argiloso (C) e orgânico (O). 5 CONCLUSÕES Comparando-se a granulometria feita somente por peneiramento e a feita por peneira- mento e sedimentação é notória a presença da fração de finos no solo no segundo ensaio (com 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,001 0,01 0,1 1 10100 % m at er ia l p as sa n te Diâmetro das partículas (mm) CURVA GRANULOMÉTRICA 16 sedimentação). Tal observação nos leva a concluir que a textura dos solos é bastante peculiar e sendo, portanto, necessária ambas verificações para obtenção de um resultado mais seguro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo – Análise Granulométrica, 2016.
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