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Bizu de Português para TCDF

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BIZU P/ O TCDF 
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1
PORTUGUES – ALBERT IGLÉSIA 
Caro Aluno, 
Este material foi elaborado especialmente para você, que irá se 
submeter à prova do TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL. Nele 
você encontra um verdadeiro “bizu” dos principais assuntos que o Cespe 
poderá cobrar no concurso. 
Não é hora para nos prolongarmos com extensas explicações sobre 
o conteúdo programático. O objetivo aqui é fazer você lembrar pontos 
importantes do programa. 
Ortografia 
• ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE 
a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de 
+ os –, equivale-se a sobre) 
b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. 
(refere-se a acontecimento passado) 
c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a acontecimento 
futuro; distância) 
 
• POR QUE x POR QUÊ 
a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo, usado no início da 
oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono) 
b) Quero saber por que você não veio. (a frase interrogativa é indireta – 
note que a oração sublinhada é subordinada) 
c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e 
o “que” é tônico) 
d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome 
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual) 
 
• PORQUE x PORQUÊ 
a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, 
indica circunstância de causa) 
b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa 
explicativa – é comum surgir após um verbo no imperativo) 
c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é 
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa) 
ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), 
use a expressão separada. 
 
• SENÃO x SE NÃO 
a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica 
alternância de ideias que se excluem mutuamente) 
b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém) 
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2
c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é 
substantivo – note o artigo “um”) 
d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção 
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação) 
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas 
quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional (se = caso). 
 
Acentuação 
ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi abolido, 
salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; todavia o 
período de transição – que vai até 31/12/2012 – dá-nos a faculdade 
quanto ao uso) 
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo 
recebe acento) 
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo também recebe acento) 
ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos 
terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S) 
recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras 
explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo, 
um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e 
perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal 
empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique 
atento para esse detalhe. 
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial) 
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto, 
continue a usá-lo. 
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo) 
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente 
do indicativo) 
ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o 
motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm, 
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à 
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma 
oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do 
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular. 
 
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) 
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) 
ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve 
usá-lo. 
Pôr (verbo) 
Por (preposição) 
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3
ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. 
Você deve usá-lo. 
 
Verbo 
O verbo reaver só é conjugado nas formas em que o verbo 
haver é grafado com a letra “v”. Observe: 
Haver (presente 
do indicativo) 
Reaver (presente 
do indicativo) 
Haver (presente 
do subjuntivo) 
Reaver (presente 
do subjuntivo) 
Eu hei – Eu haja – 
Tu hás – Tu hajas – 
Ele há – Ele haja – 
Nós havemos Nós reavemos Nós hajamos – 
Vós haveis Vós reaveis Vós hajais – 
Eles hão – Eles hajam – 
Fique de olho na estrutura formada por VTD + SE, pois ela 
geralmente caracteriza voz passiva, com sujeito expresso no período, com o 
qual o verbo terá que concordar em número e pessoa. Em se tratando de 
VTI+SE, a voz é ativa, o sujeito é indeterminado e o verbo fica 
invariavelmente na terceira pessoa do singular. 
 
Pronome 
a) Pronome oblíquo SE junto a verbos de ligação, intransitivos, 
transitivos indiretos ou transitivos diretos cujos objetos diretos estejam 
preposicionados:os verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular: 
Ficou-se feliz. 
Vive-se bem. 
Gosta-se de você. 
Bebeu-se do vinho. (caso a preposição fosse retirada – bebeu-se 
o vinho –, teríamos uma voz passiva sintética com sujeito 
representado pelo termo “o vinho” = o vinho foi bebido). 
ATENÇÃO! Fique de olho em qualquer SE que surgir na prova. Circule-o 
imediatamente e analise o verbo que o acompanha. Pode esperar na sua prova 
uma questão sobre ele. 
Sabemos que verbos pronominais são aqueles que geralmente 
exprimem sentimento ou mudança de estado: admirar-se, arrepende-se, 
atrever-se, indignar-se, queixar-se, congelar-se, derreter-se etc. O pronome 
que os acompanha é parte integrante do verbo e não desempenha 
função sintática. 
Conjunções e Orações 
Oração reduzida: caracterizada pela presença de verbo nominal 
(gerúndio, infinitivo ou particípio) e ausência de conjunção. 
Oração desenvolvida: apresenta verbo conjugado no indicativo 
ou no subjuntivo e, geralmente, conjunção ou pronome relativo em sua 
introdução (pode apresentar também advérbio ou pronome interrogativo). 
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4
A conjunção no entanto inicia oração de valor semântico 
adversativo. A substituição dela por porém, todavia, entretanto, contudo 
preserva a correção gramatical e a coerência do período. 
Porquanto pode integrar oração coordenada sindética explicativa 
ou oração subordinada adverbial causal. Tome muito cuidado para não 
confundi-la com a conjunção conquanto. Fica aqui uma dica: porquanto = 
porque (subordinativa causal ou coordenativa explicativa); não deve ser 
trocada por conquanto (subordinativa concessiva). Parece bobagem, mas é 
isso que os examinadores gostam de explorar em provas. 
 
Concordância 
Vou contar-lhe um segredo: é comum o emprego de verbos no 
plural com o núcleo do sujeito no singular. Sabe qual a estratégia da 
banca para enganar os candidatos? Primeiro, ela escolhe como sujeito uma 
expressão longa, em que o núcleo (no singular) fique lá atrás. Depois, ela 
emprega o verbo (no plural) após uma palavra ou expressão no plural. Toda 
essa engenhosidade é para que o candidato se distraia e perca de vista o 
verdadeiro núcleo do sujeito. Cuidado! 
Quando o sujeito for composto (possuirmais de um núcleo), 
verifica-se o seguinte: 
1. representado por pessoas gramaticais diferentes � a primeira pessoa 
(NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá preferência 
sobre a terceira (ELES). 
Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos. 
Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta) 
Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre que os 
pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil, são 
frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que leva o 
verbo para a terceira pessoa) 
2. Anteposto ao verbo � o verbo ficará sempre no plural (concordância 
rígida ou gramatical). 
Pai e filho conversaram longamente. 
As imagens e o som não estavam adequados. 
3. Posposto ao verbo � o verbo poderá ficar no plural (concordância rígida 
ou gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo (concordância 
atrativa). 
 
Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar apenas 
com “uma flor”) 
 
Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com 
todos os núcleos) 
 
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5
Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os 
núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular) 
 
ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser 
feita no plural: 
Agrediram-se o deputado e o senador. 
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
 
Regência e Crase 
O acento indicativo de crase deve ser empregado quando o termo 
regido admite o artigo feminino “a” e o termo regente requer a preposição 
“a”. Pronto! Eis as condições ideais pra o surgimento da crase, que é indicada 
por meio do acento grave (`). 
Havendo dúvida sobre a ocorrência ou não da crase diante de um 
substantivo no feminino, experimente trocar a palavra feminina por uma 
masculina: ...frente à determinação..., ...frente ao empenho... Nota-se a 
presença concomitante da preposição e do artigo. Bem, se usamos “ao” 
diante do masculino, devemos usar “à” para o feminino: ...frente à 
determinação... Entretanto, a crase não surge com a seguinte estrutura: 
singular + plural (guarde bem essa estrutura). 
 
Pontuação 
Entre o sujeito e verbo da oração e entre este e o objeto 
(direto ou indireto) não deve haver pausa. A exceção fica por conta 
dos casos em que entre tais termos haja outro intercalado. Exemplo: 
Se o Estado, que é o responsável pela manutenção dos direitos 
sociais, estabeleceu... 
Espero, sinceramente, uma resposta satisfatória. 
A vírgula deve ser empregada obrigatoriamente para 
separar orações adverbiais antecipadas ou intercaladas (quando vierem 
na ordem direta, o emprego é facultativo): Ao anoitecer, saíram. A vírgula é 
facultativa quando a função adverbial for desempenhada por termo 
nominal: Neste momento, o pelotão se pôs em fuga. Aqui você precisa ter 
flexibilidade, pois há muitos gramáticos e escritores que não a empregam. 
Oração subordinada adjetiva explicativa (reduzida ou não) 
surge sempre destacada (por meio de vírgulas, travessões, parênteses) do 
termo a que se refere. 
Oração subordinada adjetiva restritiva restringe o 
significado do vocábulo, particularizando-o. Ela equivale a um adjetivo 
restritivo e, diferentemente do caso anterior, o emprego da vírgula é 
proibido para isolar tais orações. Comparem: 
Os alunos do Ponto que são inteligentes passarão. (oração 
subordinada adjetiva de valor semântico restritivo; 
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admite-se que no Ponto há alunos inteligentes e não 
inteligentes e que apenas aqueles passarão) 
Os alunos do Ponto, que são inteligentes, passarão. (oração 
subordinada adjetiva de valor semântico explicativo; 
agora só há alunos inteligentes e todos passarão) 
 
Paralelismo Sintático 
Basicamente, há que se falar de dois tipos comuns de 
paralelismo: o sintático e o semântico. Estudar o paralelismo sintático é 
estudar a coordenação de ideias e termos de valores sintáticos iguais. 
Quaisquer elementos coordenados entre si e pertencentes a um mesmo 
período devem apresentar a mesma estrutura gramatical; isto é, devem 
apresentar construção paralela. Exemplos: 
a) Estávamos receosos de um governo que fosse incompetente e 
que fosse autoritário. 
Estávamos receosos de um governo incompetente e autoritário. 
b) Era fundamental que eles viessem e que comprassem logo o 
carro. 
Era fundamental eles virem e comprarem logo o carro. 
Na letra “a”, o paralelismo sintático se estabelece tanto com a 
presença das duas orações adjetivas, ambas introduzidas pelo pronome 
relativo “que”, quanto com o emprego dos adjetivos restritivos simples 
“incompetente” e “autoritário”. Na letra “b”, o paralelismo sintático é cumprido 
tanto com o emprego da conjunção integrante “que”, a qual inicia ambas as 
orações substantivas subjetivas, quanto com a redução de tais orações para o 
infinitivo flexionado “virem” e “comprarem”. 
Imagine um período construído da seguinte maneira: 
“A energia nuclear não somente se aplica à produção da bomba 
atômica ou para outros fins militares, mas também pode ser 
empregada na medicina, nas comunicações e para outros fins”. 
Percebeu os dois erros de paralelismo? O primeiro está no trecho 
“se aplica à produção da bomba atômica ou para outros fins militares, uma vez 
que a preposição “para” deveria ser substituída por “a” que é a mesma 
preposição do termo precedente. Logo, o correto seria “se aplica à produção da 
bomba atômica ou a outros fins militares”. 
O segundo erro se encontra no trecho “pode ser empregada na 
medicina, nas comunicações e para outros fins”. Mais uma vez, quebrou-se o 
paralelismo da frase, porquanto a preposição “em” deveria reger igualmente 
todos os três termos: “medicina, comunicações e outros fins”. Portanto, a 
construção correta seria “pode ser empregada na medicina, nas comunicações 
e em outros fins”. 
Há também o paralelismo semântico, que consiste em colocar 
em um mesmo nível hierárquico palavras pertencentes ao mesmo campo de 
significação. 
O Presidente visitou Paris, Londres, Roma e o Papa. (errado) 
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O Presidente visitou Paris, Londres e Roma. Nesta última capital, 
encontrou-se com o Papa. (certo) 
Note que, na primeira frase, se coordenou cidades (“Paris, Bonn, 
Roma”) e uma pessoa (“o Papa”). 
 
Redação Oficial 
Com base no Manual de Redação da Presidência da República, 
devem constar no cabeçalho ou no rodapé do ofício as seguintes informações 
do remetente: nome do órgão ou setor, endereço postal, telefone, e endereço 
de correio eletrônico. Cuidado com as “pegadinhas”! As informações são do 
remetente (e não do destinatário) e podem vir no cabeçalho ou no rodapé 
(o mais usual, na prática, é constar no cabeçalho; mas o manual diz que pode 
ser em um lugar ou em outro). Recentemente, esse conhecimento foi cobrado 
na prova da EBC. 
As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser 
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Deve-se evitar 
o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Por seu caráter 
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, 
elas requerem o uso do padrão culto da língua. O padrão culto é aquele 
em que se observam as regras da gramática formal e se emprega um 
vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. 
O padrão culto nada tem contra a simplicidade de 
expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. 
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial 
de linguagem” (preste muita atenção!); o que há é o uso do padrão 
culto nos atos e comunicações oficiais. 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em 
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. 
 
São esses os “bizus” que julgo importantes neste momento que 
antecedea prova. 
Desejo que Deus o abençoe e que você tenha um excelente 
desempenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8
CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – MARCELO ARAGÃO 
 
Olá, pessoal. 
 
 Estamos aqui, mais uma vez, agora com um Bizu de Controle da 
Administração Pública para o concurso do TCDF. Nosso objetivo é destacar os 
pontos mais importantes da disciplina que, no nosso entendimento, têm maior 
probabilidade de “cair na prova”. Eis as nossas dicas: 
 
CONTROLE INTERNO E EXTERNO: Não confundir as finalidades do sistema 
de controle interno com as competências do controle externo. 
 
Finalidades do SCI Algumas Competências dos 
Tribunais de Contas 
- avaliar a execução do PPA e dos 
programas de governo. 
- comprovar a legalidade e avaliar 
os resultados quanto á eficácia e 
eficiência da gestão. 
- exercer o controle das operações 
de crédito, avais e garantias. 
- avaliar custo/benefício das 
renúncias de receita. 
- apoiar o controle externo. 
- julgar as contas dos gestores. 
- apreciar para fins de registro 
atos de pessoal. 
- impor sanções, inclusive a multa. 
 
1) a correta atuação do controle interno sobre um órgão/entidade não 
dispensa o Tribunal de Contas de sua atuação; 
2) os Tribunais de Contas possuem poder de sanção, como aplicar multas aos 
gestores que cometem ilegalidades ou irregularidades. Já o controle interno é 
mais de apoio, estando mais próximo do objeto controlado e não possui poder 
sancionador. 
3) apesar de uma das finalidades dos sistemas de controle interno ser apoiar o 
exercício do controle externo, não há hierarquia entre os sistemas de controle 
externo e interno; há complementariedade. 
4) nas tomadas e prestações de contas, quem audita e certifica as contas é o 
órgão de controle interno; o TC instrui e julga as contas. 
5) os responsáveis pelo controle interno devem dar ciência ao TC de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade constatada, sob pena de responsabilidade 
solidária. 
 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI Nº 8.429/1992): 
A Lei da Improbidade não cuida de sanções penais, concentrando-se em 
sanções de natureza administrativa (perda da função, proibição de contratar 
com o Poder público), civil (indisponibilidade dos bens, ressarcimento ao 
erário, multa civil) e política (suspensão dos direitos políticos). 
Para os efeitos da lei, é considerado agente público não apenas o servidor 
público, mas todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
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9
entidades acima mencionadas (exemplos: mesários nas eleições, membros de 
Conselhos de políticas públicas). 
As disposições da lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não 
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de 
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta 
(exemplos: contratados ou licitantes, candidatos a concurso público). 
A Lei de Improbidade Administrativa consagra três modalidades de ato de 
improbidade: 
� Enriquecimento ilícito (art. 9º); 
� Lesão ao erário (art. 10); e 
� Violação dos princípios da Administração Pública (art.11). 
As condutas citadas nos artigos 9º a 11 são exemplificativas, não 
exaustivas, podendo ocorrer outras situações que possam ser enquadradas 
nesses artigos. 
O art. 12 da lei estabelece escalas de sanções, conforme a modalidade do ato 
de improbidade: 
 
Art. 9º - 
enriquecimento ilícito 
Art. 10 – prejuízo ao 
erário 
Art. 11 – violação dos 
princípios da AP 
perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio 
ressarcimento integral do 
dano 
ressarcimento integral do dano, 
se houver 
ressarcimento integral do 
dano, quando houver 
perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer 
esta circunstância 
 
perda da função pública perda da função pública perda da função pública 
suspensão dos direitos 
políticos de oito a dez 
anos 
suspensão dos direitos 
políticos de cinco a oito 
anos 
suspensão dos direitos políticos 
de três a cinco anos 
pagamento de multa civil 
de até três vezes o valor 
do acréscimo 
patrimonial 
pagamento de multa civil 
de até duas vezes o valor 
do dano 
pagamento de multa civil de até 
cem vezes o valor da 
remuneração percebida pelo 
agente 
proibição de contratar com 
o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta 
ou indiretamente, ainda 
que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual 
seja sócio majoritário, pelo 
prazo de dez anos 
proibição de contratar com 
o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta 
ou indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo de 
cinco anos 
proibição de contratar com o 
Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais 
ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo de três anos 
 
Atenção, pois a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só 
se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Dispõe o art. 21 da lei que a aplicação das sanções previstas nesta lei 
independe: 
⇒ da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público (Exemplo: sobrepreço 
na licitação, mesmo que o contrato não tenha siso executado); 
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10
⇒ da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou 
pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
 
FUNÇÕES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS: Os Tribunais de Contas 
dispõem de diversas competências e atribuições constitucionais e 
legais. Essas competências podem ser sintetizadas nas seguintes 
funções: 
 
Função Fiscalizadora - É exercida quando o Tribunal, no uso de suas 
competências constitucionais, fiscaliza a atividade dos administradores 
públicos, mediante auditorias, inspeções e acompanhamentos. 
 
Função Consultiva – encontra guarida tanto na Lei Orgânica do TC como em 
seu Regimento Interno e consiste na faculdade de algumas autoridades 
formularem consulta, em tese, à Corte de Contas. Pode-se considerar como 
competências vinculadas à função consultiva a emissão de Parecer Prévio 
sobre contas do chefe do Poder Executivo (Presidente da República, 
Governadores e Prefeitos). Isto porque, sobre essas contas, o TC emite apenas 
um parecer e não as julga. 
 
Função Informativa - com previsão constitucional, consiste no dever do TC, 
como órgão que presta auxílio ao Poder Legislativo, informar, quando 
solicitado, àquele órgão o andamento de trabalhos executados no âmbito da 
Corte de Contas. Podem ser considerados também no âmbito da função 
informativa, todos os alertas previstos na LRF. 
 
Função Judicante - é praticada pelo TC ao julgar as contas de gestão dos 
administradores públicos e dos responsáveis por prejuízos ao Erário. 
 
OBSERVAÇÃO: Não confundir a função judicante, com a natureza 
jurídica das decisões do TC. As decisões do TC, de forma geral, têm 
natureza administrativa e não judicante/judiciária, pois podem ser 
revistas pelo Poder Judiciário em caso de ilegalidades ou abusos. 
 
Função Normativa – decorre da possibilidade de a Corte de Contas editar 
normas para os seus jurisdicionados em matéria de sua competência. 
 
Função Sancionadora - ocorre quando o TC, ante a constatação de 
ilegalidade ou irregularidade, aplica sanções aos gestores. Essa faculdade 
deriva do próprio texto constitucional. 
 
Função Corretiva - ocorre quando o Tribunal, ao constataralgum 
descumprimento à norma legal, assina prazo para a sua correção. No âmbito 
desta função, o TC pode fixar prazo para adoção de providências; sustar ato 
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11
irregular, exceto de contrato (Congresso Nacional – 90 dias) e formular 
recomendações e determinações. 
 
Função Pedagógica – é exercida quando o Tribunal orienta os gestores 
acerca da forma correta de aplicação da lei, com objetivo de evitar a 
ocorrência de irregularidades. 
 
Função de Ouvidoria – possibilita o TC atender à população quanto às suas 
reclamações, sejam em decorrência de má utilização de recursos públicos, 
sejam em decorrência de conduta inadequada de seus servidores. As 
Constituições prevêem o recebimento de denúncias pelo TC feitas por cidadão, 
partido político, associação civil ou sindicato e de representação feita pelo 
controle interno. 
 
Além dessas, o TC dispõe ainda das seguintes funções e competências: 
 
Controle de Constitucionalidade de Leis e Atos: Súmula 347 do STF: “O 
Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. 
 
Competência para Determinar a Anulação de Contrato: Mandado de 
Segurança 23.550 – Competência para determinar a anulação de contrato. “O 
Tribunal de Contas da União – embora não tenha poder para anular ou sustar 
contratos administrativos – tem competência, conforme o art. 71, IX, para 
determinar à autoridade administrativa que promova a anulação do contrato e, 
se for o caso, da licitação de que se originou”. 
 
Função Cautelar: Mandado de Segurança 24.510 – competência para prolatar 
decisões de natureza cautelar. “O Tribunal de Contas da União tem 
competência para fiscalizar procedimentos de licitação, determinar a 
suspensão cautelar (artigos 4° e 113, § 1° e 2° da Lei n° 8.666/93), examinar 
editais de licitação publicados e, nos termos do art. 276 do seu Regimento 
Interno, possui legitimidade para a expedição de medidas cautelares para 
prevenir lesão ao erário e garantir a efetividade de suas decisões”. 
 
NATUREZA JURÍDICA E EFICÁCIA DAS DECISÕES DOS TRIBUNAIS DE 
CONTAS: 
� A natureza jurídica das decisões das Cortes de Contas é administrativa, 
posto que as decisões adotadas pelos TC’s estão sujeitas ao controle 
jurisdicional. 
� Apesar de sua natureza administrativa, as decisões das Cortes de Contas 
vinculam a Administração Pública, que deverá cumprir as deliberações 
dos Tribunais de Contas. Dessa deliberação, caso o administrador se 
sinta prejudicado, caberá recursos ao próprio Tribunal que a proferiu. 
Pode, ainda, em face do princípio da inafastabilidade de jurisdição, 
ingressar com ação própria junto ao Poder Judiciário, a fim de 
desconstituir a decisão da Corte de Contas. 
� As decisões dos Tribunais de Contas que imputam débito ou multa têm 
eficácia de título executivo extrajudicial, não havendo a necessidade de 
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maiores formalidades para a sua constituição. Contudo, a condenação 
em débito é feita pelo TC, mas a titularidade para promover a cobrança 
judicial compete ao ente cujos cofres foram lesados. 
 
Atenção: Compete à Assembléia Legislativa do DF julgar (juiz natural): 
as contas anuais do TCDF e as contas anuais prestadas pelo 
Governador (CONTAS DE GOVERNO). 
O TCDF julga as contas dos administradores de bens e recursos e 
daqueles que causarem dano ao erário (CONTAS DE GESTÃO). 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCDF: 
- O Ministério Público junto ao Tribunal, regido pelos princípios da unidade, da 
indivisibilidade e da independência funcional, compõe-se de um Procurador-
Geral e de três Procuradores. 
- Compete ao MPTCDF comparecer às sessões e dizer de direito, verbalmente 
ou por escrito, em todos os assuntos sujeitos a deliberação do Tribunal, sendo 
obrigatória sua audiência nos processos de tomada ou prestação de contas e 
na apreciação dos atos de admissão de pessoal e concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, inclusive na fase de recurso. 
- O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não integra o Ministério 
Público Federal ou o Ministério Público Estadual, mas aos membros do 
Ministério Público junto ao Tribunal aplicam-se as disposições pertinentes a 
direitos, garantias, prerrogativas, vedações, regime disciplinar e forma de 
investidura estabelecidos na Constituição e, subsidiariamente, as da Lei 
Orgânica do Ministério Público do Distrito Federal. 
 
TIPOS DE DECISÕES EM PROCESSO DE TOMADA OU PRESTAÇÃO DE 
CONTAS: 
 
Preliminar - é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de 
pronunciar-se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, 
ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar 
outras diligências necessárias ao saneamento do processo. 
 
Definitiva - é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, 
regulares com ressalva, ou irregulares. 
 
Terminativa - é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das 
contas que forem consideradas iliquidáveis e o conseqüente arquivamento do 
processo. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de 
força maior, comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar 
materialmente impossível o julgamento de mérito. Dentro do prazo de cinco 
anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário Oficial da União, 
o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, 
autorizar o desarquivamento do processo e determinar que se ultime a 
respectiva tomada ou prestação de contas. Transcorrido esse prazo sem que 
tenha havido nova decisão, as contas serão consideradas encerradas, com 
baixa na responsabilidade do administrador. 
 
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ABRANGÊNCIA DA JURISDIÇÃO DO CONTROLE EXTERNO: 
- todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); 
- empresas públicas e sociedades de economia mista; 
- entidades privadas que recebam ou apliquem recursos públicos; 
- empresas controladas direta ou indiretamente pela União (TCU) ou pelo DF 
(TCDF): maioria das ações com direito a voto: ordinárias; 
- contas nacionais das empresas supranacionais (mesmo que a participação da 
União seja minoritária). 
 
LEMBRAR DA REGRA SOBRE A ANULAÇÃO DE CONTRATOS: No caso do 
gestor não atender à determinação do TC para anular um ato, competirá ao 
próprio TC sustar a execução do ato impugnado. No caso de contrato, a 
sustação será adotada pelo Poder Legislativo. 
 
MODALIDADES RECURSAIS NO TCDF: 
 
� recurso de reconsideração: em processo de tomada e prestação de 
contas; prazo de 30 dias; com efeito suspensivo. 
� pedido de reexame: em processo concernente à admissão de pessoal 
ou concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, bem como a 
contratos e outros atos ou procedimentos sujeitos à fiscalização; prazo 
de 30 dias; com efeito suspensivo. 
� embargo de declaração: em todos os processos, dentro de dez dias do 
conhecimento ou da publicação oficial da decisão ou do acórdão, quando 
houver obscuridade, dúvida, contradição ou omissão no pronunciamento 
do Tribuna; com efeito suspensivo. 
� recurso de revisão: de natureza similar à ação rescisória, sem efeito 
suspensivo, poderá ser interposto em uma única oportunidade, por 
escrito, pelo responsável, pelo interessado, pelos seus sucessores ou 
pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, 
e será fundado em: erro de cálculo nas contas; falsidade ou ineficácia de 
documentos em que se tenha fundamentado o acórdão ou a decisão 
recorrida; superveniência de documento novo com eficácia sobre a prova 
produzida. 
� agravo regimental: de decisão monocrática de Relator ou do 
Presidente. 
 
Atenção: 
⇒ Não cabe recurso de decisão que converta processo em tomada de contasespecial ou determine sua instauração, nem da que determine a realização 
de citação, audiência, diligência, inspeção ou auditoria. 
⇒ Exceto nos embargos de declaração, no agravo e no pedido de reexame 
em processo de fiscalização de ato ou contrato é obrigatória a audiência 
do Ministério Público nos demais recursos, ainda que o recorrente tenha 
sido ele próprio. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DO AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (RESOLUÇÃO 
TCDF Nº 204/2009): Muita atenção, pois o CESPE pode cobrar este 
assunto em prova objetiva e discursiva. 
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Lembrar que são seis princípios éticos: (1) integridade, (2) imparcialidade e 
objetividade, (3) independência (4) sigilo profissional, (5) competência e 
desenvolvimento profissional, e (6) qualidade do relacionamento. 
 
Integridade ��� valor central do Código de Ética; deve ser medida em função 
do que é certo e justo. O ACE buscará evitar qualquer conflito de interesses, 
recusando presentes ou regalias, para si ou para terceiros, que possam 
influenciar ou ser interpretados como tentativas de influenciar suas conclusões. 
 
Imparcialidade e Objetividade ��� A imparcialidade relaciona-se à 
capacidade de decidir com isenção; a objetividade traduz-se na representação 
fiel de um objeto, minimizando-se ao máximo a influência do próprio sujeito. 
Para ser imparcial e objetivo, o ACE precisa basear seus pareceres e 
conclusões exclusivamente em fatos, dados e evidências reunidos em 
conformidade com as normas de auditoria do TCDF e outras aplicáveis, e 
colher informações suficientes da instituição fiscalizada e de terceiros. 
 
Independência ��� capacidade de analisar fatos, dados ou evidências e, com 
autonomia, chegar a conclusões sobre eles. O ACE não deve intervir em 
conflitos de interesse que possam prejudicar suas conclusões; não deve 
examinar questões com viés ideológico ou político; e não seja e nem dê a 
impressão de ser suscetível a interesses próprios ou de terceiros. 
 
Sigilo Profissional ��� relaciona-se com a necessidade de o ACE ser reservado 
e utilizar com discrição e com a devida prudência as informações que obtiver 
no exercício de suas atribuições, não se servindo delas em benefício próprio ou 
de terceiros. O ACE não pode revelar a terceiros informações obtidas, 
oralmente ou por qualquer outro meio, exceto para cumprir normas, decisões 
judiciais ou para atender responsabilidades identificadas como parte dos 
procedimentos normais do Tribunal. 
 
Competência e Desenvolvimento Profissional � a credibilidade depende 
da competência; o ACE deve conduzir-se, profissionalmente, com prudência, 
dedicação, ética e bom senso, inclusive primando pela boa apresentação 
pessoal e pelo emprego de métodos e práticas da mais alta qualidade. 
 
Qualidade do Relacionamento ��� o ACE deverá declarar-se impedido de 
atuar quando houver: 
(1) vínculo conjugal, parentesco consanguíneo em linha reta ou colateral até o 
terceiro grau, ou afinidade até o segundo grau com gestores, dirigentes, 
proprietários, sócios ou empregados que tenham ingerência direta no 
objeto da fiscalização; 
(2) interesse financeiro direto ou indireto na instituição fiscalizada; 
(3) amizade ou inimizade com pessoa que tenha influência direta na matéria 
objeto da fiscalização. 
Com os gestores ��� O ACE concederá tratamento cortês e respeitoso; 
Com os colegas de trabalho ��� deverá mostrar solidariedade e apreço; não 
manifestar divergência de opinião técnica diante de pessoas fiscalizadas; 
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alertar reservadamente o colega; não fazer críticas pejorativas; jamais 
apresentar, como de sua autoria, trabalhos e idéias de colegas. 
 
***************************************************************
** 
 
 PESSOAL, ESPERO QUE BOA PARTE DESSAS DICAS SEJA OBJETO DE 
QUESTÕES NA PROVA. 
 
 BONS ESTUDOS E BOA SORTE NA PROVA! 
 
 MARCELO ARAGÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL – FREDERICO DIAS 
Finalmente, chegou a reta final do concurso do TCDF. 
Agora, é hora de dar uma olhada naqueles pontos cruciais da matéria. 
Nesse sentido, minha função aqui no Bizú do Ponto será a de destacar os 
temas mais relevantes para você (aqueles assuntos que o Cespe adora 
cobrar). Ou seja, trata-se daquela dica final sobre o que você precisa dar uma 
olhada panorâmica nesses últimos dias. Mas não é um resumo. 
Bem, a prova está chegando. Lembre-se sempre de que para passar em 
concurso não é preciso saber tudo. 
Portanto, a regra agora é: tranqüilidade, concentração, motivação e paz de 
espírito. Chegue tranqüilo para sua prova e descarregue no Cespe todo o 
conhecimento acumulado até hoje. Combinado? 
Combinadíssimo! Então, vamos, com toda tranqüilidade, bater um papo 
sobre as minhas expectativas sobre a prova de Direito Constitucional... 
Permita-me iniciar com algumas dicas gerais antes de entrar em cada tópico 
da disciplina. 
1) Dicas Gerais 
Fique atento às questões que misturam conhecimentos de Direito 
Constitucional e outras disciplinas (como Controle da Administração Pública, 
Direito Processual Civil, Direito Administrativo etc.). Não é raro em concursos 
de alto nível, como este, o Cespe estabelecer uma forma de cobrança 
sistêmica, em que as disciplinas se misturam numa mesma assertiva. 
Portanto, antes de tudo, vejamos alguns detalhes importantes sobre os 
Tribunais de Contas que já caíram em provas de Direito Constitucional (e que, 
de certa forma, misturam Direito Constitucional e Controle Externo). 
Pra começar, como você responderia esta assertiva do Cespe? 
“Os tribunais de contas são órgãos integrantes da estrutura do Poder 
Legislativo, com competência para auxiliá-lo no controle externo.” 
Pois é. O Cespe considerou errada a assertiva (aplicada na prova de Juiz do 
TJ/TO de 2007). Afinal, os Tribunais de Contas não integram o Poder 
Legislativo. Guarde esse detalhe. 
Vejamos outros detalhes que você precisa saber sobre os Tribunais de Contas 
para a sua prova de Direito Constitucional: 
I) o Tribunal de Contas auxilia o Poder Legislativo no exercício do controle 
externo, mas não está subordinado a ele, pois tem funções próprias e 
privativas; 
II) o Tribunal de Contas não pode sustar atos diretamente (CF, art. 71, § 1º), 
mas, segundo o STF, pode determinar à autoridade administrativa que 
promova a anulação do contrato; 
III) o Tribunal de Contas não pode manter em sigilo a autoria de denúncia a 
ele apresentada contra administrador público; 
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IV) “o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público” (Súmula 347 do 
STF); 
V) o Tribunal de Contas não dispõe de competência para quebrar sigilo 
bancário de investigado; 
VI) é vedada a criação de Tribunal de Contas do Município (órgão municipal), 
mas permitida a criação de um Tribunal de Contas dos Municípios (órgão 
estadual que terá sob sua jurisdição as contas de todos os municípios situados 
naquele estado); 
VII) o STF reconhece ter o Tribunal de Contas legitimidade para expedição de 
medidas cautelares, a fim de garantir a efetividade de suas decisões; 
VIII) é inconstitucional lei estadual que atribua aos tribunais de contas 
competência para registro prévio de contratos; 
IX) as funções de Ministério Público junto ao Tribunal de Contas serão 
exercidas por instituição que não integra o Ministério Público comum 
(trata-se de órgão integrante da Corte de Contas). Assim, é inconstitucional a 
atribuição das funções do MP junto aoTribunal de Contas a membros do MP 
comum. 
Não se esqueça ainda de dar uma olhada na Súmula Vinculante n. 3, que 
estabelece que, especificamente na apreciação da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão, o TCU não está 
obrigado a assegurar contraditório e ampla defesa ao interessado. É 
importante que você se lembre ainda daquele entendimento do STF no sentido 
de que, mesmo nesse caso de exceção descrito na Súmula, caso transcorra o 
prazo de cinco anos sem a análise do TCU, é obrigatória a convocação do 
beneficiário para participar do processo de seu interesse, a fim de desfrutar 
das garantias do contraditório e da ampla defesa. 
Por fim, antes de passar por alguns pontos do Direito Constitucional, gostaria 
de comentar algo importante. Sugiro que você guarde algum tempo para dar 
uma olhada na LODF nos dias anteriores à prova. Para quem já conhece a 
Constituição Federal, não vai ter dificuldades de perceber que vários aspectos 
são reproduções de normas da Carta Maior. Então, é só “marcar” as distinções 
mais relevantes. 
Digo isso porque, se cair algo da LODF, aposto em uma cobrança mais literal 
mesmo. As bancas não costumam “inventar” na cobrança da legislação local. 
Nessa lida, fique atento às competências do TCDF (CF, art. 78) e demais 
normas da seção VI – “Da Fiscalização Contábil e Financeira”. E observe 
que aqui, também, trata-se de muita transcrição da CF/88. 
Passadas essas dicas mais gerais, vejamos, agora, aspectos importantes em 
Direito Constitucional, separados por assunto. 
2) Aplicabilidade das normas constitucionais 
Sejamos objetivos! O que importa aqui é você entender a lição do prof. José 
Afonso da Silva e saber as características de cada uma das classes de normas: 
eficácia plena, contida e limitada (e seus desdobramentos). Não precisamos 
entrar em outras classificações, pois o edital foi bem específico. 
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Objetivamente: 
I) fique atento à distinção entre norma de eficácia contida e eficácia limitada; 
II) a edição de uma lei regulamentadora restringe os efeitos de uma norma 
de eficácia contida; e amplia os efeitos de uma norma de eficácia limitada; 
III) mesmo sem regulamentação, uma norma de eficácia limitada já dispõe de 
alguns efeitos essenciais com a simples (eficácia reduzida), pois: revogam a 
legislação pretérita em sentido contrário; permitem a declaração da 
inconstitucionalidade da legislação posterior em sentido contrário; e servem de 
parâmetro para o exercício da interpretação constitucional; e 
III) normas programáticas são aquelas em que a Constituição estabelece 
programas, diretrizes para futura atuação do Poder Público. 
3) Princípios fundamentais 
Os princípios fundamentais são valores máximos, as diretrizes e os fins mais 
gerais orientadores da nossa ordem constitucional. Objetivamente: 
I) saiba diferenciar o que é: (i) fundamento (SO-CI-DI-VA-PLU)(CF, art. 1°); 
(ii) objetivo fundamental (CF, art. 3°); e (iii) princípios que regem o 
Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°); e memorize cada 
categoria dessas; 
II) a Constituição consagra o princípio da separação dos poderes e o sistema 
de freios e contrapesos; em que há especialização, mas não exclusividade no 
exercício das funções estatais (cada Poder exerce funções típicas e atípicas). 
4) Organização político-administrativa do Estado 
Nesse assunto, fique atento às questões que versem sobre a Federação. 
Adicionalmente, não misture forma de Estado, forma de governo e sistema de 
governo. 
Objetivamente: 
I) forma de Estado: Federação; 
II) forma de governo: República; 
III) sistema de governo: presidencialismo; 
IV) União x República Federativa do Brasil → não se confundem; a União é 
autônoma e é parte integrante da RFB, que é soberana; 
V) os territórios integram a União e não são entes federados. 
VI) as características marcantes de uma Federação são: (i) união de diferentes 
entes dotados de autonomia política; (ii) indissolubilidade (vedação à 
secessão); (iii) repartição de competências, estabelecida no texto de uma 
Constituição. 
VII) Guarde o seguinte: compete à União (e não ao DF): 
(i) organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria 
Pública do Distrito Federal; 
(ii) organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros 
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito 
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Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio (CF, 
art. 21, XIII e XIV). 
Por fim, vá para a sua prova sabendo diferenciar bem as regras de criação de 
municípios e estados (CF, art. 18, §§ 3° e 4°). 
5) Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e 
coletivos 
Quando se fala em direitos e garantias fundamentais, você deve se lembrar 
dos seguintes aspectos: 
I) os direitos e garantias originam-se a partir da necessidade de proteger o 
indivíduo frente ao Estado. 
II) 1ª. Dimensão – Foco na liberdade (direitos negativos, que exigem 
abstenção estatal); 2ª. Dimensão – Foco na igualdade (direitos de natureza 
positiva, exigindo do Estado uma atuação com vistas a garantir direitos sociais, 
culturais e econômicos); 3ª. Dimensão – Foco na fraternidade (direitos de 
índole coletiva e difusa, como o direito ao meio ambiente, à paz, ao progresso 
etc.); 
III) se inicialmente os direitos fundamentais surgem tendo como titulares as 
pessoas naturais, hoje já se reconhece direitos fundamentais em favor das 
pessoas jurídicas ou mesmo em favor do estado; 
IV) embora originalmente visassem regular a relação indivíduo-estado 
(relações verticais), atualmente os direitos fundamentais devem ser 
respeitados mesmo nas relações privadas, entre os próprios indivíduos 
(relações horizontais); 
V) não há direito fundamental de caráter absoluto, já que eles encontram 
limite nos demais direitos previstos na Constituição e restrições estabelecidas 
pela Constituição e em leis infraconstitucionais; 
VI) na CF/88, os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados nos arts. 
5º a 17 (“catálogo dos direitos fundamentais”). Todavia, nem todos os direitos 
e garantias fundamentais estão enumerados nesse catálogo próprio; e 
VII) as normas que consagram os direitos e garantias fundamentais têm, em 
regra, aplicação imediata (CF, art. 5º, § 1º). Entretanto, há exceções: direitos 
fundamentais consagrados em normas de eficácia limitada (dependentes de 
regulamentação). 
Por fim, prevendo uma possível questão relacionando Direito Constitucional 
com Direito Processual Civil, eu daria uma estudada no tema “princípios do 
contraditório e ampla defesa” e leria o enunciado das súmulas vinculantes 3, 5, 
14 e 21, que versam sobre o tema. 
6) Direitos e garantias fundamentais: direitos sociais 
Em direitos sociais, grande parte das questões é resolvida com os seguintes 
conhecimentos: 
I) direitos sociais são direitos fundamentais de segunda dimensão ou geração, 
relacionados ao princípio da igualdade; 
II) a implementação de políticas públicas que concretizam direitos sociais por 
parte do poder público encontra limites não só na razoabilidade da pretensão 
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mas também na existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar 
efetivas tais prestações positivas (reserva do financeiramente possível); 
III) não se admite que o princípio da reserva do financeiramente possível 
funcione como justificativa para que o Estado deixe de exercer os encargos 
impostos pela Constituição, uma vez que o direitos sociais subjetivos deferidos 
à sociedade não podem se expor a avaliações meramente discricionária do 
Poder Público; 
IV) apesar de formulação e execuçãode políticas públicas serem funções dos 
Poderes Legislativo e Executivo, revela-se possível ao Poder Judiciário, 
excepcionalmente, determinar a implementação de tais políticas; 
V) por fim, vale a pena conhecer o teor do art. 7° da CF/88, lembrando ainda 
que nem todos os incisos aplicam-se aos domésticos (CF, art. 7°, parágrafo 
único) e aos servidores públicos (CF, art. 39, § 3°). 
7) Direitos e garantias fundamentais: nacionalidade, direitos políticos 
e partidos políticos 
Para resolver as questões sobre esses assuntos, não deixe de conhecer os 
seguintes aspectos: 
I) hipóteses de aquisição de nacionalidade brasileira, em especial a prevista na 
alínea “c” do inciso I do art. 12 da CF/88; 
II) cargos privativos de brasileiros natos, conforme previsão do art. 12, § 3° 
da CF/88; 
III) diferença entre a capacidade eleitoral ativa (direito de votar) e capacidade 
eleitoral passiva (direito de ser votado); e 
IV) regras de elegibilidade e hipóteses de inelegibilidade previstas no art. 14 
da CF/88. 
8) Poder Legislativo 
Objetivamente, lembre-se de que: 
I) o Poder Legislativo federal é bicameral: Câmara dos Deputados 
(representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional) e Senado Federal 
(representantes dos Estados, eleitos pelo princípio majoritário); 
II) as competências da Câmara e do Senado são exercidas mediante resolução, 
sem a sanção presidencial; 
III) vale memorizar especialmente as competências da Câmara, que são, em 
essência: (i) autorização para a instauração de processo contra o Presidente, o 
Vice-Presidente e os Ministros de Estado (CF, art. 51, I); e (ii) tomada de 
contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa (CF, art. 
51, II); 
IV) as competências do Congresso Nacional estão previstas no art. 48 
(exercidas mediante lei, com sanção presidencial) e no art. 49 (exercidas por 
meio da edição de decreto legislativo, sem a sanção presidencial); 
V) a prerrogativa de foro dos parlamentares inicia-se após a diplomação, 
mas abrange crimes cometidos anteriormente; 
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VI) a imunidade formal quanto ao processo não mais exige autorização para 
que o STF processe o parlamentar; essa imunidade consiste na possibilidade 
de sustação do processo relativo a crimes cometidos após a diplomação; 
VII) a imunidade material dos parlamentares aplica-se: (i) dentro do recinto do 
Congresso; e (ii) fora do recinto do Congresso, se tiver relação com o exercício 
da atividade parlamentar; 
VIII) CPIs são exemplos da aplicação do sistema de freios e contrapesos, e não 
podem determinar medidas protegidas por reserva de jurisdição (violação de 
domicílio, interceptação telefônica; prisão etc.). 
9) Processo legislativo e Medidas provisórias. 
É importante que você saiba diferenciar o processo legislativo ordinário do 
procedimento relativo à aprovação das medidas provisórias. 
Algumas dicas sobre tais assuntos, de forma bem objetiva: 
I) as regras básicas do processo legislativo previstas na Constituição Federal 
são de observância obrigatória pelos estados-membros (inclusive no que se 
refere à iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo); 
II) memorize as matérias de iniciativa privativa do Presidente da República 
(CF, art. 61, § 1°), lembrando que: (i) não há iniciativa privativa para matéria 
tributária em geral; e (ii) não há vedação a que projetos de iniciativa privativa 
sejam emendados, desde que as emendas: (a) guardem pertinência temática; 
e (b) não impliquem aumento de despesa, ressalvadas as leis orçamentárias; 
III) conheça as regras referentes a sanção e veto; e lembre-se de que a 
sanção presidencial não sana vícios de iniciativa e nem vícios de emenda 
parlamentar; 
IV) memorize as limitações materiais à edição de medidas provisórias (CF, art. 
62, § 1°); e 
V) por fim, guarde estes três entendimentos importantíssimos do STF: (i) 
excepcionalmente, pode o Poder Judiciário examinar a constitucionalidade de 
uma MP no que se refere à existência dos pressupostos de urgência e 
relevância; (ii) a conversão em lei da medida provisória não convalida 
eventuais vícios formais verificados na sua edição; e (iii) a não conversão da 
medida provisória em lei tem efeito repristinatório sobre o direito com ela 
colidente. 
10) Emenda constitucional. 
Este assunto é bem enxuto. Portanto, eu não posso admitir que você erre 
alguma coisa sobre isso, ok? 
Para sua prova, é especialmente importante que você: 
I) memorize as cláusulas pétreas (CF, art. 60, § 4°); e 
II) guarde as regras do procedimento de emenda que se diferenciam do 
processo legislativo ordinário. Nesse sentido, lembre-se de que, no processo 
de emenda: (i) não há iniciativa popular; (ii) a aprovação se dá em cada Casa, 
em dois turnos, por voto de três quintos; (iii) não há sanção, nem veto 
presidencial; e (iv) a irrepetibilidade é absoluta dentro da mesma sessão 
legislativa (CF, art. 60, § 5°). 
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11) Poder Executivo 
Dentro do Poder Executivo, são bastante frequentes as questões sobre os 
seguintes aspectos: 
a) atribuições do Presidente da República (CF, art. 84), especialmente aquelas 
que são delegáveis (não deixe de memorizá-las); 
b) hipóteses de cabimento do decreto autônomo (CF, art. 84, VI); 
c) imunidades e processo de responsabilização do Presidente da República (CF, 
art. 86), que vou sintetizar na figura a seguir. 
 
12) Poder Judiciário 
Esse assunto é tratado de maneira bastante literal. Portanto, é importante que 
o candidato conheça o texto constitucional. 
I) Na sua leitura, enfoque as competências do STF (CF, art. 102) e do STJ (CF, 
art. 105), pois são as mais cobradas; especialmente aquelas alteradas ou 
criadas pela Reforma do Poder Judiciário. 
II) Lembre-se de que compete à União organizar o Poder Judiciário no DF. 
III) Não deixe de conhecer as regras relativas ao CNJ (não só aquelas 
previstas no art. 103-B, mas também as decisões do STF sobre o assunto). 
Sobre isso, observe o seguinte, em especial: 
a) o CNJ integra o Poder Judiciário, apesar de não exercer função jurisdicional; 
b) o CNJ não tem competência sobre o STF e seus ministros; 
c) o CNJ exerce controle interno (portanto, não ofende o princípio da 
separação dos poderes); 
d) o CNJ tem caráter nacional (portanto, não ofende o princípio federativo); 
e) o CNJ pode iniciar investigação contra magistrados independentemente da 
atuação da corregedoria do tribunal. 
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13) Funções essenciais à Justiça 
Aqui, em maior grau, são cobradas questões referentes ao Ministério Público. 
Seguem algumas dicas: 
I) o Ministério Público estrutura-se em dois grupos distintos: (i) MPU; e (ii) 
MPEs. O Ministério Público que atua no DF (MPDFT) integra o MPU; 
II) a Constituição estabelece expressamente os seguintes princípios 
institucionais do Ministério Público: unidade, indivisibilidade e independência 
funcional. A jurisprudência do STF não é pacífica quanto à existência do 
princípio do promotor natural no ordenamento jurídico brasileiro; 
III) não deixe de memorizar as regras referentes à nomeação e destituição 
dos chefes do MPs (da União e dos estados) – previstas no art. 128, § 1° ao § 
4°. 
O Procurador-Geral da República (PGR) será nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após 
a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado 
Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução (CF, art. 128, 
§ 1°). 
Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios 
formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma dalei 
respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral de Justiça (PGJ), que será 
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, 
permitida uma recondução. 
Nomeação do PGR (MPU) Nomeação do PGJ (MP dos estados) 
- Presidente da República; 
- integrantes da carreira; 
- 35 anos; 
- maioria absoluta do Senado; 
- mandato de 2 anos; 
- permitidas várias reconduções. 
- Governador; 
- lista tríplice dentre os integrantes; 
- mandato de 2 anos; 
- permitida uma única recondução. 
 
A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente 
da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do 
Senado Federal (CF, art. 128, § 2º). 
Já a destituição do Procurador-Geral de Justiça nos Estados-membros é 
competência da respectiva Assembléia Legislativa, por decisão de maioria 
absoluta dos seus membros (CF, art. 128, § 4º). 
Objetivamente: 
PGR → tanto a nomeação quanto a destituição são submetidas ao Senado; 
PGJ → somente a destituição é submetida ao Poder Legislativo. 
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Agora a pergunta que vale um milhão... Quem é competente para nomear o 
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios? O 
governador? 
Nada disso... Se o MPDFT é organizado pela União e faz parte do MPU, a 
autoridade competente para nomear o PGJ do DF e Territórios é o Presidente 
da República. 
Veja outro aspecto... De acordo com o mesmo raciocínio, a destituição do 
Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios é competência de quem? Da 
Câmara Legislativa do DF? Na verdade não. 
Trata-se de competência do Senado Federal, por decisão da maioria absoluta 
de seus membros. 
O Ministério Público do DF e Territórios ainda se distingue do Ministério Público 
dos Estados em outros aspectos. 
i) Quem organiza e mantém o Ministério Público dos Estados são os próprios 
estados, mas quem organiza e mantém o MPDFT não é o DF, é a União. 
ii) Enquanto os projetos de lei de organização do MP estadual são 
apresentados perante a Assembléia Legislativa, o MPDFT os apresenta perante 
o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados). 
Quanto à AGU, lembre-se de se trata da instituição que: 
a) representa, judicial e extrajudicialmente, a União como um todo 
(diretamente ou através de órgão vinculado); 
b) exerce as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Executivo. 
 
Boa Prova! Que Deus te ilumine. E lembre-se de que você vai precisar de 
bastante tranqüilidade nesta prova (pois conhecimento você já tem). Portanto, 
se possível, relaxe e descanse, pelo menos, no último dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO – FABIANO PEREIRA 
 
Olá! 
 Seja bem-vindo ao nosso “BIZU” de Direito Administrativo para o 
concurso do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), mais 
precisamente para o cargo de Auditor de Controle Externo, cujas provas serão 
aplicadas em 24 e 25 de março de 2012. 
A propósito, muito prazer. Meu nome é Fabiano Pereira e atualmente 
ocupo o cargo de Analista do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. 
Além disso, também exerço o magistério em universidades e vários cursos 
preparatórios presenciais no Estado de São Paulo e de Minas Gerais. Aqui no 
Ponto dos Concursos, ministro cursos de Direito Administrativo e Direito 
Eleitoral. 
 Nas próximas páginas, serão apresentadas informações essenciais e 
imprescindíveis para quem quer fazer uma excelente prova de Direto 
Administrativo do CESPE, portanto, aconselho que você faça uma atenta leitura 
de todo o material. 
 Apesar de o edital ser muito amplo, sugiro que seja dada atenção 
especial aos tópicos sobre “atos administrativos”, “contratos administrativos” e 
“responsabilidade civil do Estado”. 
 No mais, desejo que você faça uma excelente prova. Fico aguardando o 
convite para o churrasco de comemoração da nomeação! 
Sucesso! 
Fabiano Pereira 
Fabianopereira@pontodosconcursos.com.br 
 
FACEBOOK: www.facebook.com.br/professorfabianopereira 
 
"Consulte não a seus medos, mas a suas esperanças e sonhos. Pense não 
sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não 
com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você 
fazer." 
(Papa João XXIII) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Não existe hierarquia entre os diversos princípios administrativos. Caso 
ocorra uma colisão entre princípios, o juiz deverá ponderar, em cada caso, 
conforme as circunstâncias, qual princípio deve prevalecer; 
2. Para responder à questões sobre o princípio da legalidade, lembre-se: 
enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não 
proíbe, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza; 
3. É muito comum você encontrar em provas questões que se referem à 
remoção de servidores com o objetivo de punição ou aplicação de 
penalidade a servidores. Entretanto, a remoção não possui essas finalidades, 
mas sim o objetivo de suprir a necessidade de pessoal. Portanto, caso seja 
usada para punir um servidor, restará caracterizado, nesse caso, o famoso 
“desvio de finalidade” ou “desvio de poder”; 
4. A publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é 
condição de sua validade, mas sim condição de eficácia; 
5. O ato discricionário pode ter a sua legalidade analisada pelo Poder 
Judiciário, que ainda possui a prerrogativa de verificar a sua conformidade com 
os princípios da razoabilidade ou da proporcionalidade; 
6. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial; 
7. O abuso de poder configura-se por uma conduta praticada pelo agente 
público em desconformidade com a lei e pode se apresentar sob três formas 
diferentes: a) quando o agente público ultrapassa os limites da competência 
que lhe foi outorgada pela lei (excesso de poder); b) quando o agente 
público exerce a competência nos estritos limites legais, mas para atingir 
finalidade diferente daquela prevista em lei (desvio de poder ou desvio 
de finalidade); c) pela omissão; 
8. Para que um ato administrativo seja editado validamente, em conformidade 
com a lei, é necessário que atenda a cinco requisitos básicos: competência, 
forma, finalidade, motivo e objeto. Quando os cinco requisitos forem 
apresentados e detalhados na própria lei, ter-se-á um ato vinculado, pois o 
agente público restringir-se-á ao prenchimento do ato nos termos que foram 
definidos legalmente; 
9. O Poder Judiciário jamais poderá revogar um ato editado pela 
Administração, mas somente anulá-lo, quando for ilegal ou contrariar 
princípios gerais do Direito. Somente a própria Administração pode revogar os 
seus atos, pois essa possibilidade está relacionada diretamente à conveniência 
e à oportunidade; 
10. O poder disciplinar consiste na prerrogativa assegurada à Administração 
Pública de apurar infrações funcionais dos servidores públicos e demais 
pessoas submetidas à disciplina administrativa (a exemplo dos 
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concessionários e permissionários de serviços públicos), bem como aplicar 
penalidades após o respectivo processo administrativo, caso seja cabível e 
necessário; 
11. É válido destacar que os particulares que não possuem vínculo com a 
Administração não podem ser punidos com respaldo no poder disciplinar, pois 
não estão submetidosà sua disciplina punitiva. Sendo assim, caso o particular 
tenha sido alvo de penalidade aplicada pela Administração, sem possuir 
qualquer vínculo jurídico com a mesma, não se trata de exercício do poder 
disciplinar, mas, provavelmente, do poder de polícia; 
12. Segundo a teoria dos motivos determinantes, o motivo alegado pelo 
agente público no momento da edição do ato deve corresponder à realidade, 
tem que ser verdadeiro, pois, caso contrário, comprovando o interessado que o 
motivo informado não guarda qualquer relação com a edição do ato ou que 
simplesmente não existe, o ato deverá ser anulado pela própria 
Administração ou pelo Poder Judiciário; 
13. Todo e qualquer ato administrativo é presumivelmente legítimo, ou seja, 
considera-se editado em conformidade com a lei, alcançando todos os atos 
administrativos editados pela Administração, independentemente da espécie 
ou classificação; 
14. A presunção de legitimidade dos atos administrativos será sempre juris 
tantum (relativa), pois é assegurado ao interessado recorrer à 
Administração, ou mesmo ao Poder Judiciário, para que não seja obrigado 
a submeter-se aos efeitos do ato, quando for manifestamente ilegal; 
15. Nem sempre os atos administrativos irão gozar de autoexecutoriedade, a 
exemplo do que ocorre com as multas. Nesse caso, apesar da aplicação da 
multa ser decorrente do atributo da imperatividade, se o particular não 
efetuar o seu pagamento, a Administração somente poderá recebê-la se 
recorrer ao Poder Judiciário, não sendo possível exercer a prerrogativa da 
autoexecutoriedade; 
16. A anulação de um ato administrativo opera-se com efeitos retroativos 
(ex tunc), ou seja, o ato perde os seus efeitos desde o momento de sua 
edição (como se nunca tivesse existido), pois não origina direitos; 
17. Não podem ser revogados os atos já consumados, que exauriram seus 
efeitos; os atos vinculados; os atos que já geraram direitos adquiridos 
para os particulares; os atos que integram um procedimento e os 
denominados meros atos administrativos; 
18. O prazo que a Administração possui para anular os atos ilegais é de 05 
(cinco) anos. Ultrapassado esse prazo, considera-se que o ato foi tacitamente 
(automaticamente) convalidado, salvo comprovada má-fé do beneficiário. 
19. O princípio da vinculação ao instrumento convocatório, também chamado 
de princípio da vinculação ao edital, está previsto expressamente no artigo 41 
da Lei 8.666/93, ao afirmar que “a Administração não pode descumprir as 
normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”; 
20. Nos processos de licitação realizados pela Administração Pública, poderá 
ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e 
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para serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras. Além da 
margem de preferência “básica”, prevista no § 5º, art. 3º, da Lei 8.666/1993, 
a Administração Pública ainda poderá prever uma margem de preferência 
“adicional” para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de 
desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, desde que essas 
duas margens de preferência, quando somadas, não ultrapassem o montante 
de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e 
serviços estrangeiros; 
21. A alienação de bens imóveis incorporados ao patrimônio da 
Administração, mediante procedimentos judiciais ou dação em 
pagamento, poderá ocorrer através da modalidade concorrência ou leilão, 
caracterizando-se como uma exceção à regra de utilização da concorrência, 
prevista no § 3º, do artigo 23, da Lei 8.666/93; 
22. Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a 
tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência; 
23. A diferença básica entre dispensa e inexigibilidade de licitação está no 
fato de que, na dispensa, há possibilidade de competição que justifique a 
licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na 
competência discricionária da Administração. Nos casos de inexigibilidade, não 
há possibilidade de competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa 
que atenda às necessidades da Administração; a licitação é, portanto, inviável; 
24. O parágrafo único, artigo 60, da Lei 8.666/93, declara que é nulo e de 
nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não 
superior a R$ 4.000.00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento; 
25. Fundamentada a rescisão unilateral do contrato administrativo na 
existência de razões de interesse público ou na ocorrência de caso fortuito ou 
de força maior, sem que fique configurada culpa do contratado, será este 
ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo 
ainda direito à devolução de garantia, aos pagamentos devidos pela execução 
do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da 
desmobilização; 
26. O § 1º, artigo 65, da Lei 8.666/93, afirma que o contratado fica obrigado a 
aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou as supressões 
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por 
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma 
de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para 
os seus acréscimos; 
27. O art. 3º da Lei de Improbidade Administrativa é expresso ao afirmar que 
o seu texto não se restringe aos agentes públicos, alcançando também aquele 
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática 
do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou 
indireta. 
28. Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou 
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa 
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
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indisponibilidade dos bens do indiciado (art. 7º). A indisponibilidade recairá 
sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o 
acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
29. A prática do ato de improbidade administrativa pressupõe a existência de 
dolo ou de culpa, isto é, não existe responsabilidade objetiva em matéria de 
improbidade administrativa. A modalidade culposa é admitida somente na 
hipótese de prejuízo ao erário; nas demais modalidades há a necessidade da 
presença do dolo. 
30. Conforme preceitua a Lei 9.784/1999, a norma administrativa deve ser 
interpretada da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que 
se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. 
31. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento 
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda 
que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for 
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, 
jurídica ou territorial. 
32. Não podem ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo, 
a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência 
exclusiva do órgão ou autoridade. 
33. O prazo para a propositura do recurso administrativo é de dez dias, 
contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. Não 
confunda esse prazo com aquele que é concedido à autoridade que proferiu a 
decisão para reconsiderá-la, que é de cinco dias. 
34. Prevê o artigo 61 da Lei 9.784/99 que, salvo disposição legal em 
contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Isso quer dizer que a 
decisão proferida produzirá imediatamente todos os seus efeitos até a decisão 
final do recurso proposto. 
35. Em relação à responsabilidade civil do Estado, lembre-se de que no Brasil 
foi adotada a teoriado risco administrativo, que admite excludentes de 
responsabilidade, tais como a culpa exclusiva da vítima, o caso fortuito e força 
maior; 
36. As pessoas jurídicas de direito privado, desde que prestadoras de 
serviços públicos (como as concessionárias, por exemplo), respondem 
objetivamente pelos danos que seus agentes causarem aos usuários ou 
não-usuários do serviço prestado; 
37. A responsabilidade civil do Estado, em virtude de omissões que causaram 
danos aos particulares, é de natureza subjetiva, sendo necessária a 
comprovação do dolo e/ou culpa a fim de que o Estado seja obrigado a 
indenizar; 
38. A absolvição do servidor na esfera penal, por insuficiência de provas, 
não exclui a possibilidade de condenação na esfera administrativa em virtude 
de falta residual. 
39. A absolvição do servidor na esfera penal, por negativa de autoria ou 
inexistência do fato, obriga à absolvição do servidor também na esfera 
administrativa. 
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40. Em relação aos bens públicos (domínio público), tenha cuidado para 
não confundir as expressões “afetação” e “desafetação”. Se um bem está 
sendo utilizado para determinado fim público, seja diretamente pelo Estado, 
seja pelo uso dos indivíduos em geral, diz-se que está afetado a determinado 
fim público. Por exemplo: uma praça, como bem de uso comum do povo, se 
estiver tendo sua natural utilização será considerada um bem afetado ao fim 
público. O mesmo se dá com um ambulatório público: se no prédio estiver 
sendo atendida a população com o serviço de assistência médica e 
ambulatorial, estará ele também afetado a um fim público. Ao contrário, o bem 
se diz desafetado quando não está sendo usado para qualquer fim público. 
Por exemplo: uma área pertencente ao Município na qual não haja qualquer 
serviço administrativo é um bem desafetado de fim público. Uma viatura 
policial alocada ao depósito público como inservível igualmente se caracteriza 
como bem desafetado, já que não utilizado para a atividade administrativa 
normal; 
41. Como consequência do regime jurídico-administrativo, os bens públicos 
gozam de algumas características que os diferenciam dos bens privados: a 
inalienabilidade (ou alienabilidade condicionada), a 
impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a não-onerabilidade; 
42. Nos termos do artigo 175 da Constituição Federal, as concessões e 
permissões de serviços públicos sempre deverão ser precedidas de licitação. 
Não existem exceções a essa regra e a modalidade licitatória utilizada nas 
concessões será obrigatoriamente a concorrência; 
43. A concessão de serviço público é sempre ajustada por prazo certo. Não 
existe concessão por prazo indeterminado. Entretanto, durante a vigência 
do contrato, podem ocorrer certos acontecimentos ensejadores de sua 
extinção. Nesse caso, retornam ao poder concedente todos os bens 
reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário, bem como 
ocorrerá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, 
procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários; 
44. O artigo 37 da Lei 8.987/95 considera encampação a retomada do serviço 
pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse 
público superveniente, mediante lei autorizativa específica e após prévio 
pagamento da indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens 
reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados 
com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido; 
45. Não confunda desconcentração e descentralização. A primeira nada 
mais é que a distribuição interna de competências dentro de uma mesma 
pessoa jurídica, ou seja, a criação de órgãos públicos que fazem parte de uma 
estrutura hierarquizada, criada com o objetivo de tornar mais eficiente a 
execução das finalidades administrativas previstas em lei. A segunda ocorre 
quando a União, DF, Estados ou Municípios desempenham algumas de suas 
funções por meio de outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe a 
existência de duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a entidade que 
executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição; 
46. As principais características dos órgãos públicos, que estão presentes na 
maioria deles (não em todos), são: integram a estrutura de uma pessoa 
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jurídica; não possuem personalidade jurídica; são resultado da 
desconcentração; alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e 
financeira; podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de 
gestão com outros órgãos ou com pessoas jurídicas (CF, art. 37, § 8º.); não 
tem capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram; 
alguns tem capacidade processual para a defesa em juízo de suas 
prerrogativas funcionais e não possuem patrimônio próprio. 
47. A partir de agosto de 2007, voltou a vigorar, pelo menos em caráter 
provisório, o denominado “regime jurídico único”. Desse modo, a União, as 
autarquias e as fundações públicas federais de direito público estão proibidas 
de contratar agentes administrativos pelo regime celetista, já que devem 
prevalecer os efeitos da medida cautelar (liminar) proferida pelo STF na ADI 
2135-4 e que suspendeu a alteração promovida no texto original do art. 39 da 
Constituição Federal. 
48. Todas as questões de prova que afirmarem que os estrangeiros estão 
proibidos de ocupar cargos públicos no Brasil devem ser consideradas 
incorretas. Apesar de se tratar de exceção, o § 3º, artigo 5º, da Lei 8.112/90, 
assegura essa possibilidade; 
49. No julgamento da Reclamação 6650, o Supremo Tribunal Federal declarou 
que a contratação de parentes para cargos políticos (Ministros, 
Secretários de Estado e Secretários municipais, por exemplo) não viola a 
Constituição Federal, pois são cargos que devem ser providos por pessoas de 
extrema confiança da autoridade nomeante. Nesses termos, o Prefeito de um 
Município pode nomear sua mãe para ocupar o cargo de Secretária Municipal 
da Fazenda, mas não pode nomear a irmã para ocupar o cargo de Gerente do 
Posto de Saúde “X”, pois este não é considerado cargo político e sim um cargo 
administrativo. 
50. Atualmente, deve ser adotado o entendimento de que o prazo do estágio 
probatório no âmbito da Administração Pública Federal, assim como no Distrito 
Federal, é de 3 (três) anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL – PEDRO IVO 
Futuro(a) Aprovado(a), 
Com base nas últimas provas e na “lógica” da banca, vamos analisar cada 
tópico do edital de Direito Penal: 
 
11 –– AA LLEEII PPEENNAALL NNOO TTEEMMPPOO EE NNOO EESSPPAAÇÇOO 
 
Este primeiro ponto do edital não vem sendo muito exigido em provas, 
entretanto a maioria das vezes em que o tema é cobrado o CESPE testa o 
candidato quanto aos conceitos de tempo e lugar do crime. 
Lembre-se que o Código Penal adota para o tempo do crime a teoria da 
ATIVIDADE, segundo a qual se considera praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Diferentemente, para o lugar do crime adota-se a teoria da UBIQUIDADE e, 
assim, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou 
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado. 
Outra questão recorrente em prova diz respeito à retroatividade da lei penal 
mais benéfica, principalmente no que tange aos crimes permanentes e 
continuados. Neste ponto, é importante lembrar-se do preceituado pela 
importantíssima súmula 711 do STF que dispõe: 
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior

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