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Direito das Coisas II - Aula 01

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Direito das Coisas II – direitos reais
Se estuda o poder do homem sobre as coisa. Para o Direito a coisa é apropriável ou economicamente aproveitável.
Pode ser sobre:
Coisa própria: Algo que é meu, que me pertence. EX: propriedade (resolúvel, plena, limitada).
Plena: Tem todos os poderes da propriedade na mesma pessoa.
Limitada: Quando não tem todos os poderes.
Resolúvel: Quando sobre ela tem a condição resolutiva, que é um evento futuro e incerto, não sei se vai acontecer no futuro, porém se vier acontecer ocasionará a resolução do contrato. EX: Propriedade fiduciário: o credor tem a propriedade da coisa até que o devedor não pagar, assim que o fizer, o credor perde a posse dobem.
Coisa alheia: A coisa não é minha, é de alguém que è proprietário. EX: Usufruto.
Pode ser: Posse direta
 Fruição: quando estou usufruindo a coisa de outra pessoa. EX: enfiteuse, superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, penhor, hipoteca, anticrese, a concessão de uso especial para fins de moradia
Art. 1.225. São direitos reais (A propriedade não é plena)
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; 
Propriedade fiduciária. 
Posse indireta:
Garantia: Não usufruo do bem de outra pessoa, mas o bem dessa pessoa está sendo dado como garantia. EX: hipoteca, penhor, anticrese. O penhor comum e o penhor de títulos e direitos. E a anticrese, o credor ou a 3ª pessoa.
Características dos Direitos Reais:
Absolutismo: Não quer dizer que os direitos reais são absolutos, mas sim que esses direitos tem a questão da oponibilidade.
Efeitos:
Direito real: Erga omnes
Objeto: É uma coisa
Obrigacional: Interpartes
Objeto: 
	Direito Real
	Direito Obrigacional
	Efeito: erga omnes
	Interpartes
	Quanto ao objeto: É uma coisa, se algo de errado acontecer nesse negócio, posso brigar pela coisa
	 Não posso brigar pela coisa, mas brigo pela prestação. Se ocorrer algo errado converte e perdas e danos. Não posso brigar pela coisa pois não tinha direito real sobre ela.
	Quanto ao objeto: Independo da atividade de alguém, me satisfaço simplesmente tendo esse direito.
	Dependo da vontade do outro contratante. EX: Contrato de locação, o locador recebendo o valor e o locatário ficando com o imóvel:’
	Quanto ao exercício: Como regra, não tem prazo determinado
	Satisfazendo a obrigação acaba o contrato
2-Publicidade: Par situações obrigacionais
Como regra geral os direitos reais dependem de registro.
Escritura: É uma espécie do gênero título. O título no direito é um documento representativo de algo, onde a escritura é um deles. EX: Documento particular, sentença, termo administrativo. A mera existência de um título não garante o direito real sobre a coisa, precisa ter o registro e a escritura.
Constituição do direito real: Registro
Exceções: Alguns 
Nem tudo que vai a registro gera direito real. EX: A penhora pode ser registrada, mas não gera direito real.
3- Taxatividade:
Os direitos reais são taxativos, não é o art. 1225 que é taxativo. Só é direito reais o que a lei dizer que é.
Enfiteuse: Era um direito real. As enfiteuse não foram extintas, o que foi proibidas são as novas. Aquelas contidas no CC existem.
Renda: O CC de 16 também previa direito de renda, não foi coloca no novo código.
Superfície: Voltou no Estatuto da Cidade, por isso o código implantou também que foi ano depois do Estatuto da Cidade.
Promitente comprador: Lei 6766 -99, a lei do loteamento já previa, no CC também.
Propriedade fiduciária: Ela apareceu no decreto lei 911- 69, na lei 9514-97, e não previa no CC de 2002, mas em 2014 foi incluída como direito real, mas não foi incluída no artigo 1225 CC.
4- Direito de Sequela:
Faculdade ou direito de perseguir a coisa. Não importa quem seja o proprietário, o direito é meu. Regra geral: Não importa qual seja o direito real, mas o direito de dispor é do proprietário. 
Posse
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Teoria de Lhering: teoria objetiva. Preocupa-se com a exteriorização da coisa
Teoria de Savgni: teoria subjetiva. Precisa do Animus Domini. Depende da sua vontade se de ser sono.
A regra do CC é a teoria adotada é a objetiva. A subjetiva é usada na Usucapião.
A posse pode se desdobrar em direta e indireta:
A posse direta é de alguém que está realmente lá.
A posse indireta é quem transferiu para a direta, mas inda tem algo para exercer.
A posse pode ter vícios:
Subjetivos: Pode ser de boa-fé ou má-fé. Os vícios subjetivos não impedem a usucapião, salvo na ordinária. 
Objetivos: É quando a posse é violentada, precária ou clandestina. Pode usucapir quando acabar a clandestinidade ou a violência. De regra podem acabar a qualquer momento, ou após 1 ano e 1 dia. 
Na precária não existe tempo para cessar. 
Pode acontecer de o que era precário se tornar violenta, sendo violenta começa contar o prazo de 1 ano e 1 dia.
Detenção
Fâmulo da posse: Exerce a posse em nome de outra pessoa, sobre as ordem destas. EX: Caseiro. O flamulo está adicionando posse para mim, para depois eu usucapir.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.
Atos de violência ou clandestinidade
Atos de tolerância e permissão
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
Proteção possessória
Interditos possessórios: São as formas que posso proteger minha posse:
Ação de reintegração: Esbulho (perda)
Manutenção. Turbação (perde parcialmente a posse)
Posse nova de 1 ano e 1 dia, sendo possível liminar. 
Interditos proibitórios: Ameaça
Imissão na posse: quer ter posse, porque não teve ainda.
Propriedade
Usar: utilizar
Gozar: usufruir os frutos
Dispor: desfazer
Reaver: discutir a propriedade. Não é necessariamente pegar de volta 
Atributos principais
Exclusividade: Não pode ter dois proprietários da mesma coisa, mais pode ter compartilhamento da mesma propriedade. EX: Condomínio. 
Perpetuidade: Em regra é para sempre. Nem todos os direitos reais são para sempre, mas a propriedade sim. Normalmente os outros direitos reais acabam antes da propriedade.
Elasticidade: Ela pode transferir poderes para outro detentor de poderes. Quando acabar esses poderes, os mesmo são transferidos para mim. 
Propriedade fiduciária. – Alienação fiduciária. 
É uma espécie da propriedade resolúvel.
O devedor(fiduciante) transfere ao credor (fiduciário) a propriedade fiduciária por um bem e fica com a posse. O devedor não é mais o proprietário, mas sim o credor. 
O devedor tem direito real de aquisição
O credor tem direito a propriedade.
A posse direta permanece com o devedor
A posse indireta é do credor
Decreto Lei 911-69 – Bens fungíveis e infungíveis (móveis)
É limitado as instituições financeiras para serem credores. Se o devedor não paga, o credor pode valer-se da busca e apreensão da coisa. O requisito para isso é constituir em mora .Ex: Penhora. 
CC: os bens infungíveis (móveis)
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
A Lei 9514-97 – Imóveis – Execução – 
Registro de imóveis:
Intimação para pagar em 15 dias
Pagando o dinheiro é entregue ao credor e encerra o procedimento.
Em casso de não pagamento o registro de imóveis consolida apropriedade em nome do credor, sem a intervenção do Judiciário. Esse proprietário não pode ficar com o bem, e é obrigado a se desfazer do bem. A partir desse momento o credor pode retomar o bem do devedor.
AULA 02
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DOS IMÓVEIS
Não pagou: Registro de imóveis – Notificação para pagar em 15 dias-
Pagou: pagamento- Repasse ao credor> convalesce o contrato.
Não pagou: Consolidação da propriedade em nome do credor, ele não pode ficar com o bem, a partir de então tem 30 dias para fazer o leilão. O lance mínimo é o valor do imóvel. EX: O imóvel vale R$ 150 mil e a dívida é de R$ 100 mil, o valor mínimo do leilão vai ser de R$ 150 mil.
 Caso haja arrematação usa ao valor para pagar a dívida e as despesas da execução e o salso que sobra devolve para o devedor. Ou na 2ª hipóteses, o credor e o devedor devem formalizar essa venda por um contrato, art 108 CC.
A posse do imóvel por conta do comprador (imissão da posse).
Se o leilão não for bem sucedido, o lance mínimo o valor da dívida + despesa no segundo leilão que vai ocorrer em 15 dias após o primeiro. E neste leilão se der certo, o credor fica com o bem e o devedor fica sem nada.
A partir da consolidação poderia pedir a coisa de volta e cobrar aluguel.
Até a data do segundo leilão o devedor tem para adquiri a coisa de volta com preferência.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
Imóveis:
Registro do titulo: 
Art. 1.245 CC: Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
Na Sucessão causa mortis, a própria morte transfere a coisa. 
Títulos translativos: são documentos capazes de transferir uma propriedade: EX: Escritura pública, quando a lei permitir ou for abaixo de 30 salários mínimos pode se usar documento particular.
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. ANTES DO REGISTRO DO TITULO
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro (art,104 CF), e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. DEPOIS DO REGISTRO DO TITULO.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
2) Usucapião
É a posse + tempo. Também chamada de prescrição aquisitiva. 
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel.
Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. (Não é condição de eficácia ou de usucapião) 
A sentença declara um situação pré existente, não a usucapião.
É um modo originário de aquisição da propriedade. Rompe todos os vínculos 
anteriores.
	Forma
	Tempo
	Fundamento
	Metragem
Localização
	Justo Titulo e boa-fé
	Demais requisitos
	Extraordinária
	15 anos
10 anos
	Art. 1238 CC:
Art.197 e 198 CC)
Para. Único
	 ________
	-----------
	-----------
	Ordinária
	10 anos
	Art. 1242
	------------
	Sim
	
	Tabular
	5 anos
	Art.1242, p. único
	_-----------
	Sim
	Aquisição onerosa + registro cancelado.
	Especial Urbana ou Constitucional
MP participa
OBRIGATORIAMENTE
	5 anos
	1.240 CC
183 CF
9º Estatuto da Cidade. (Prevê de forma coletiva)
	250 mil (urbano)
	
	Não ter outro bem imóvel e nem ter se beneficiado em outras vezes.
	Especial rural Constitucional
	5 anos
	Art 191 CF
Art 1239 CC
	50 hectares rural
	
	Não ter outro imóvel; tornar produtível. 
	Familiar
	2 anos
	Art. 1240 A CC
	250 mil hectares
	--------
	Dividir com o ex + abandono de lar (Abando de lar é ir embora sem ajudar a família). Ex cônjuge é quando é separado, mas não de fato.
Súmula 237 STF 
O usucapião pode ser argüido em defesa.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. (15 anos)
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. (10 anos)
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade dívida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
PROCEDIMENTOS
Judicial: Não tem procedimento especial.
No Estatuto da Cidade pede pra Especial Urbana seguir o procedimento sumário. (Não existe mais).
Competência: No local da coisa
Partes: Autor é o possuidor atual e o réu é o proprietário. 
MP: Na Especial Constitucional Urbana o MP participa obrigatoriamente, nos outros casos não porque ele é fiscal urbano.
Confrontantes: São chamados para o processo, mas não são partes. Exceto se impugnarem.
Editais: Tendo ou não proprietário, deve ser chamado por edital
Fazenda Pública: Deve-se notificar a Fazenda Pública, mas não é mais obrigatório. Só no CPC de 73 era obrigatório.
EXTRAJUDICIAL
Art 216 A
Lei 6.015-73
Registro de imóveis: Exige presença obrigatória de um advogado
Art. 216-A da LEI 6015-73:  Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com:
Planta: é o desenho 
Memorial descritivo: Explicar por escrito a planta   
Deve estar assinados por todos que tem direito sobre o imóvel. Se não tiver assinatura o Cartório notifica. Manifestou discordância vai pro judiciário.
II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes.
§ 2o Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes, o titular será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar consentimento expresso em quinze dias, interpretado o silêncio como concordância.
I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e de seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias, aplicando-se o disposto no art. 384 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código deProcesso Civil)
Ata notarial atestando o tempo de posse
ACESSÕES: São acréscimos
Naturais: Ilhas, avulsão, aluvião, abandono de álveo (Por sentença)
Artificiais: Plantações ou construções.
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
I - por formação de ilhas;
II - por aluvião: Quando restos vão as margens
III - por avulsão: Pedaço fica avulso e vai para outro lado. Sempre alguém perde e outro ganha. Quem perde tem direito de indenização, pode pedir em 1 ano.
IV - por abandono de álveo;
V - por plantações ou construções: Feitas em cima do imóvel são partes do imóvel. 
Condomínio: 
Comuns: Quando dois ou mais proprietários dividem a propriedade, tudo é parte comum. Art 1314 CC.
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear (dispor)a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Edilício: Sempre que tiver uma construção.
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos. 
§ 1o  As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio.  
Partes comuns são inalienáveis e as exclusivas são alienáveis. 
Condomínio horizontal vai pra cima.
Garagem: 
Parte comum: é inalienável.
Parte exclusiva + matricula autônoma: Uma matricula para cada.
 (Súmula 469 STJ) : Essa matricula pode ser penhorada mesmo se a matricula não for bem de família. 
Parte exclusiva+ matricula conjunta com o apartamento: 
Laje:
Art. 1.510-A.  O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou inferior de sua construção a fim de que o titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo.    
Construção base foi construída no solo e serve de base para outras. Para que outra pessoa mantenha uma unidade distinta da base. A laje de cima e de baixo pode ser usada. Ceder a parte superior, chamada de ascendente e a parte inferior, chamada de descendentes. 
Manter:
Concreção: Construir
Cisão: Manter o que já está construído.
O único direito real além da propriedade que tem matricula própria. 
É possível existir novas lajes sobre as superfícies da Laje, cada uma vai ser uma matricula. 
Posturas edilícias: Lajes de imóveis públicos. Seria possível o usucapião da laje. Cada laje vai arcar com seus impostos.
Dipor: direito de preferência reciproco. Se o dono da construção quiser bem vai ter que oferecer pra laje. Depois para o ascendente e para a próxima unidade.
Vender sem o direito de preferência:
 Art. 504 CC: Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
Se não for reconstruída em 5 anos a laje base, a laje de cima tem o direito de construir e adquirir a propriedade disso, 
Formas de aquisição:
Contrato (art.108)
Testamento
Usucapião
Sentença
Termo administrativo dentro da Regularização Fundiária
A Laje que está junto com a laje básica que não é bem de família, pode ser penhorada. Mas a laje base não pode ser penhorada porque é bem de família. 
 
Vizinhança: 
Uso anormal da propriedade (3S). Segurança, saúde e sossego. 
Quando quero que alguém pare de fazer algo, é a ação de obrigação de não fazer. Pode pedir a multa diária, chamada também de astreinte. 
Quando há interesse público envolvido pode.
– Passagem forçada.
Quem não tiver acesso a via pública ou acesso for insuficiente pode constranger o vizinho a te dar passagem, gerando o poder de indenização.
Art. 1.285. CC: O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário. (SERVIDÃO LEGAL)
Situação de necessidade, não de comodidade.
Instituição: É ato pelo qual se institui o condomínio, serve para dizer que aquilo agora é um condomínio. Pode ser feito por testamento, escritura ou documento particular. É um documento que diz que essa construção é um condomínio e vai ser dividido em partes. Vai ser registrada e vai virar várias matriculas, pois a instituição vai ser divida
Convenção: Feita a instituição você é obrigado a fazer a convenção, que é lei interna do condomínio. Quer dizer como a vida dentro do condomínio vai ser regulada. É feita uma convenção com as regras para viver dentro do condomínio. 
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Desde a aprovação está valendo, dois terços é coro mínimo de aprovação. Para valer contra terceiros, a convenção deve ser registrada em Cartório de Registro de Imóveis. 
Condomínio Edilício não é Pessoa Jurídica, mas ele pode ter responsabilidade civil. 
Incorporação: Não são todos os condomínios que tem. É obrigatória quer vender as unidades antes de estrem prontas, é comprar a planta. É a incorporação que resolve construir algo. Quem propões fazer a venda sem a incorporação é contravenção penal. 
LEI 4591-64 
Para virar Edifício Edílico é preciso ter Instituição e Convenção, a Incorporação só é necessário se tiver a intenção de vender.
Condomínio:
Lote: Art. 1.358-A.  Pode haver, em terrenos, partes designadas de lotes que são propriedade exclusiva e partes que são propriedade comum dos condôminos.                        
Pode haver em lotes áreas comuns e exclusivas. 
No Loteamento fechado as ruas são da prefeitura, mas nos lotes as ruas são de espaço comum. 
Condomínio Urbano Simples: Lei 13.465- 76
Para individualização o condomínio de uso comum. Continua tendo a parte comum e a parte privativa. São construções apartada. É um terreno com duas casas, é dividido pra dizer a parte que é minha e a aquela que é da outra pessoa. 
PASSAGEM DE TUBOS
Servidão legal.
Não há a necessidade de o imóvel estar encravado. A diferença é o custo por onde passam os cabos e os tubos. Por onde for menos oneroso.
Passagem: Sem acesso à via pública ou acesso insuficiente. Passa pelo vizinho que è mais fácil e proporciona o acesso. MAIS FACIL ACESSO
Tubos e cabos: Independente de acesso avia pública. O vizinho que com menos onerosidade proporciona o acesso. MAIS BARATO
ENFITEUSE/ EMPRAZAMENTO/ AFLORAMENTO
Ultratividade da norma: 1916 – ultratividade, pois ainda produz efeitos.
Entre particulares é proibido a constituição de novos enfiteuses. Mas as que existem continuam produzindo efeitos vigentes no código de 2016. 
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores.
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre ovalor das construções ou plantações;
II - constituir subenfiteuse.
§ 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial.
O que é?
Na enfiteuse, o proprietário chama-se senhorio, transfere o uso e gozo do imóvel a uma terceira pessoa que vai se chamar de enfiteuse ou foreiro que passa a ter a posse direta e o senhorio com a posse indireta. Esse direito real é um contrato perpetuo, esse é o motivo que foi proibido a nova constituição, pois é como a escravidão. Obrigatoriamente é perpetuo e se não fosse estabelecido prazo perderia a perpetuidade e passaria a se chamar arrendamento. 
A finalidade é construir ou plantar
Foreiro é o nome da prestação que obrigatoriamente deve ser paga ao foro ao senhorio, é oneroso. 
É uma obrigação propte rem. 
Ambos os direitos do senhorio ou foreiro são transmissíveis inter vivos ou causa mortis. Se algum deles morrerem vai passar para seus herdeiros. Se de interesse de um dos dois, pode doar, vender..
Assim como na laje, seja um ou outro querendo vender o bem, há direito de preferência para o outro. Cada um vai vender o direito que tem. O foreio pode vender porque o bem é dele, ele só pode transmitir o domínio.
Há direito de preferencia me execução judicial, nesse caso se ocorrer a penhora me face de um, o outro vai ser intimado. 
VENDER:
Se não der o direito de preferência o outro tem o prazo de 6 meses para depositar o dinheiro judicialmente. 
Se oferece ao senhorio e ele aceita ocorre a consolidação da propriedade e acaba a efiteuse.
Se oferece ao senhorio e ele não aceita, mas é obrigado a pagar uma indenização pelo não aceite do senhorio. Essa indenização é chamada de laudêmio (5%) e após o pagamento posso vender para outra pessoa. Se não vender não vai pagar o laudêmio. 
É proibido cobrar laudêmios e constituir enfiteuse novas em caso de particulares.
O enfiteute constrói uma nova enfiteuse e passar adiante, chamado de subenfiteuta, é proibido também.
Condomínio de enfiteuse:
Mais de um enfiteuse titular é obrigatório a nomeação de um cabecel (sindico), e esse cabecel era o único responsável perante o proprietário. 
Formas de extinção:
Desapropriação: Indenização repartida
Comisso: Em caso de deixar de pagar 3 foros anuais, è aplicado uma penalidade no qual executa e pega de volta.
Resgate: O foreiro após 10 anos pagando direitinho, se pagar o laudêmio e pagar mais 10 foros pega a enfiteuse de volta.
Falecimento do enfiteuta sem herdeiro: 
Enfiteuses Públicos
Terrenos de marinha: 33 metros contados da maré media em direção ao continente (para dentro) pertence a União. 
Sumula 496 STJ:
‘’Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União.’’
SUPERFÍCIE
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão. REGRA: QUE SEJA SOMENTE A SUPERFICIE NÃO O SUBSOLO
O proprietário vai ceder a superfície do seu imóvel para terceiro chamado de superficiário. 
Também tem as finalidades de plantar e construir.
Não tem prazo máximo, mas por analogia a hipoteca o máximo de tempo era 30 anos. 
Gratuita ou onerosa:
Se for onerosa pode ser à vista ou parcelado. Se chama de Cânon Solarium.
Também é transmissível inter vivos ou causa mortis; hipoteca ou direito de preferência. 
Por mais que tenha o direito de preferência, o código não diz nada sobre o não aceite. Mas segundo a Jornada de Direito Civil nº 510:
510) Ao superficiário que não foi previamente notificado pelo proprietário para exercer o direito de preferência previsto no art. 1.373 do CC é assegurado o direito de, no prazo de seis meses, contado do registro da alienação, adjudicar para si o bem mediante depósito do preço.
Art. 1.372. CC: O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros.
Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pela concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela transferência.
Durante a superfície as benfeitorias pertencem ao superficiário, terminou a superfície passa para o proprietário, em regra sem direito a indenização.
Extinção:
Termino do prazo:
Dar destinação diversa ao contrato.
Não pagar o Cânion Solarium; desapropriação e ruina da coisa: Não estão no Código, mas são causa de extinção.
Art 21 do Estatuto da Cidade:
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis.
CC 2002: Determinado; não pode usar o subsolo; paga todos os tributos
EC 2001: Indeterminado; pode usar o subsolo; paga sobre a propriedade superficiário e proporcionalmente o teto.
§ 1o O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística.
§ 2o A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa
§ 3o O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo.
§ 4o O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do contrato respectivo.
§ 5o Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros
Qual dos dois usar?
Aplicar o CC por ser lei posterior;
Aplicar o Estatuto da Cidade porque é lei especial;
É a adotada utilizar o CC ou o Ec, mas em situações diferentes. Em caso de política pública de desenvolvimento, usar o Ec. Não sendo essa situação, usar o CC.
	SUPERFICIE
	ENFITEUSE
	Plantar ou construir
	=
	Escritura pública
	Art. 102
	Transmitido inter vivos e causa mortis e Direito de preferencia
	=
	Proibido
	Laudêmio
	Gratuito ou oneroso
	Apensas oneroso
	Cânon Solarium
	Foro anual
	Prazo determinado ou indeterminado. CC ou EC
	Perpetuo 
	Regra não, podendo o contrato prever
	Benfeitoria não indenizatória 
	Aqui não existe a figura do Cabecel
	Existe a figura do Cabecel
	Não tem resgate
	Tem resgate
	Imóvel
	Imóvel
	Tributos
	Tributos
PROVA-
1-A) Para entrar com busca e apreensão é necessário que comprove a mora do inadimplemento, com base no art. 3 do Decreto lei 911-69.
B) Pode ser comprovada por Carta Registrada, com AR
2- Discorra sobre a constituição e a extinção da laje.
A convenção para construir e a cisão para manter. A extinção art. 1510-E, a ruina da construção base, exceto se não construído em 5 anos.
3- Diferencie escritura pública e registro, discorrendo, necessariamente, sobre quando é necessário um ou o outro.
Escritura: Não constitui propriedade, é gênero título. Após levada a título gera direito real.
Registro: Da publicidade aos lotes
Art.108 e 1245CC (quando é necessário um ou outro)
4- Por que o condomínio de lotes não poderia ser realizado por meio de condomínio edilício¿
Porque o condomínio é edificações e lotes se trata de terrenos.
5- Pode o devedor fiduciário de um bem móvel readquirir o bem de volta ap´`os a consolidação da propriedade em nome do credor fiduciante, dado o não pagamento no prazo de notificação enviada pelo oficio de Registro de Imóveis¿ 
Art.27 da Lei 9014.
6- Sobre a execução de alienação fiduciária sobre bens imóveis, discorra: os leilões são uma obrigação ou faculdade do credor¿ Que prazo o credor possui pra realizar os leilões¿ Que valor pode ser exigido como mínimo em cada um dos leilões¿
Obrigação, o credor não pode ficar com o bem dado em garantia. 30 dias para o primeiro leilão e 15 para o segundo. O primeiroleilão o valor mínimo do bem, e o segundo o valor das despesas+ valor do imóvel.
7- O que é cânon ou solarium¿ 
Pagamento da superfície.
8- É possível a cobrança de laudêmio na superfície¿ Fundamente na legislação.
Não, Art.1.372
______________________________________________________________________
SERVIÇÕES (1.378 e ss)
O sentido de servir é o mesmo que escravidão.
É a relação de direito real entre imóveis, no qual um vai servir o outro. O imóvel que serve se chama de serviente e o que recebe o benefício vai se chamar de dominante. Este servir como regra da o direito de uso e de gozo.
A servidão mais conhecida é a de passagem, que tolera que o imóvel dominante passe por ia. 
O imóvel dominante vai ter acréscimo do valor patrimonial. O serviente sofre restrições no seu imóvel, reduzindo o valor do seu imóvel. 
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Devem ter proprietários diferentes e ter dois imóveis. Se tiver o mesmo proprietário nos dois leva a extinção da servidão. Não a obrigação de serem vizinhos. 
Diferente dos outros direitos, a servidão não pode ser objeto de negócio jurídico posterior, não posso dar em garantia a servidão, penhorar, não se negocia a servidão, não pode doar a servidão. Não se pode negociar só a servidão, porque o imóvel vai junto.
	Não tem direito de preferência na servidão, porque se oferecer a outro, extingue-se a servidão. São autônomos. Pode ser imóveis públicos. 
	
	Servidão Convencional
	Servidão Legal
	Servidão Administrativa
	Servidão ambiental
	Direito das coisas
	Direito de Vizinhança
	Direito Administrativo
	Dto. Ambiental
	Título + Registro
	Decorre de lei
	Decreto de utilidade ou necessidade pública. O registro não constitui direito, só publicidade.
	Depende de Título+ registro.
	Comodidade ou utilidade das partes
	Necessidade:
Passagem forçada
Passagem de cabos ou tubos se muito oneroso.
	Necessidade ou utilidade pública. EX: Passagem de fiação.
	Faculdade do proprietário de conservar a vegetação do seu imóvel. 
	Onerosa ou gratuita
	Indenização
	Indenização
	Não se aplica.
	2 ou mais imóveis de proprietários diferentes.
	2 ou mais imóveis de proprietários diferentes.
	Apenas o serviente
	Um imóvel
	
	
	
	
CLASSIFICAÇÕES DAS SERVIDÕES
Exercício: 
Positivas: Quando o serviente vai tolerar uma atitude do dominante. EX: Passagem.
Negativas: Uma asserção das partes, a tolerância gera atos negativos. EX: Não construir, não fazer nada. 
Continuidade:
Continua: depende da atividade humana constante sobre o bem. Uma vez constituída não depende de atividade humana.
Descontinua: depende de atividade humana sobre o bem para que cumpra sua finalidade
Aparência ou visibilidade
Pode ser:
Aparente: Consegue ver a servidão no imóvel. 
Não aparente: Só sabe se tem a servidão se olhar os documentos do imóvel. 
Formas de constituição:
Voluntario ou contratual: Depende de os dois quererem a servidão. Segue a regra do art. 108 CC.
Unilateral: É por testamento, e está no caput do art. 1378 CC:
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Usucapião: Usucapião especifico para a servidão. É usucapido o direito de servidão, não a faixa de terreno.
Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242(usucapião ordinária) autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.
Judicial: Existe um procedimento especial chamado de demarcação: Demarcação é quando não se sabe mais os limites do teu imóvel. Em sentença judicial é possível instituir servidões.
EXTINÇÃO: 
Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada.
Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor.
Salvo nas desapropriações que é uma aquisição originaria, não importa o registro. Só se extingue perante terceiros depois de averbada o registro. Entre as partes pode ser cancelada antes do registro.
Se tiver hipoteca no dominante e constou servidão, se quiser cancelar a servidão que constitui antes da hipoteca, depende do credor concordar. Porque a servidão acresce o preço da garantia da hipoteca e ajuda a valorizar o imóvel, se tirar a servidão vai diminuir a garantia do imóvel.
Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
É um direito potestativo do serviente.
I - quando o titular houver renunciado a sua servidão;(dominante)
II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão;
III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão.(comprar a servidão)
Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção: 
Diretamente no Registo de Imóveis, não passa pelo Judiciário
I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa;
II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso;
III - pelo não uso, durante dez anos contínuos.
EXERCICIO DAS SERVIDÕES
	Art. 1.380. O dono de uma servidão pode fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso, e, se a servidão pertencer a mais de um prédio, serão as despesas rateadas entre os respectivos donos.
Dominante -> Serviente (contrato, pode ser o serviente a pagar)
REGRA- Dominante que paga as despesas da servidão
EXCEÇÃO: Serviente (contrato)
Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante.
Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe-á custear as obras
Se a obrigação couber ao serviente e ele não quiser pagar, ele pode abandonar a propriedade em favor do dominante. A penalidade é que o do dominante passa a ser proprietário do imóvel. E terá que pagar as despesas. 
Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente.
Qualquer um dos dois pode alterar o lugar da servidão, se quiser alterar vai ter que pagar. 
Mas o serviente não pode prejudicar o dominante. Se o dominante quiser mudar não pode prejudicar o serviente e terá que aumentar sua utilidade. 
Art. 1385: § 2o Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa.
Servidão de passagem para transitar veículos.
Se fazer uma servidão com capacidade para passar um caminhão pode passar um carro também. Mas se fizer para passar um carro o caminhão não pode passar.
Se fiz para agravar menos, se agravar mais, como no caso do caminhão, ai não pode passar.
§ 3o Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso.
Depois de convencionado o serviente é obrigado a aceitar mediante indenização.
Servidão forçadaem face da indústria, cultura. 
Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro.
Caso eu dívida os imóveis, a servidão vai seguir as partes divididas. A exceção é se umas das partes geradas tiver motivo para não passar a servidão.
PROTEÇÃO PROCESSUAL
Ações possessórias normais são cabíveis aqui, o dominante tem direito a entrar com a ação das manutenção, reintegração, interditos proibitórios. 
Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não aparentes, salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou daqueles de quem este o houve.
As servidões se aplicam as possessórias, mas as servidões não aparentes, como regra não se aplicam. Exceção: só podem entrar com as possessórias se tiverem títulos constituinte entre eles. 
Ação negatória: Serviente para alegar inexistência de uma servidão.
Ação Confessória: Cabe ao dominante para afirmar a existência de uma servidão. 
USUFRUTO
Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
Nu-proprietário (dispor e reaver) ____ coisa____ Usufrutuário (usar e gozar).
Se aplica a móveis e a imóveis, e qualquer tipo de bem. No usufruto existe duas partes com direito sobre a coisa, o nu- proprietário e o usufrutuário. É nu-proprietário (não tem mais utilidade para o bem) que vai dispor e reaver o bem.
Os usufrutuário podem gozar e usar a coisa, mas é o nu-proprietário que pode vender. Não precisa de concordância ou anuência do usufrutuário e não tem direito de preferência. Se vender o bem, a outra pessoa fica com o usufruto. O bem é livre para ser vendido.
O direito do usufruto é personalíssimo, ou seja, é intransmissível, se eu falecer o usufruto não vai para meus herdeiros, Inter vivos ou causa mortis é intransmissíveis. Em caso de divórcio não tem como partilhar o usufruto, porque não se transmite. 
É impenhorável o direito, mas os frutos não são impenhoráveis. 
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso.
Não se pode transferir o usufruto por alienação, mas seu exercício pode ser cedido por título gratuito ou oneroso. S eu sou usufrutuário não posso transferir para outrem, o que posso fazer é ceder o exercício a título gratuito ou oneroso, mas continuo a ser usufrutuário. EX: Comodato, aluguel, arrendamento. 
LEI 8.245-81, art. 7: - LOCAÇÃO
Art. 7º Nos casos de extinção de usufruto ou de fideicomisso, a locação celebrada pelo usufrutuário ou fiduciário poderá ser denunciada (acabada) , com o prazo de trinta dias para a desocupação, salvo se tiver havido aquiescência escrita do nu- proprietário ou do fideicomissário, ou se a propriedade estiver consolidada em mãos do usufrutuário ou do fiduciário.
Usufrutuário, Locador e Locatário
Se a relação for com o locatário, acabou a locação e o usufrutuário dá o prazo de 30 dias para o bem ser desocupado pelo locatário. 
Parágrafo único. A denúncia deverá ser exercitada no prazo de noventa dias contados da extinção do fideicomisso ou da averbação da extinção do usufruto, presumindo - se, após esse prazo, a concordância na manutenção da locação.
O Nu- proprietário tem 90 dia para tomar uma atitude, e depois que tomar ciência disso, ai sim o locatário tem 30 dias para desocupar o imóvel. 
O usufrutuário fez o contrato e o nu-proprietário não participou, o nu- proprietário pode denunciar. 
CLASSIFICAÇÃO DO USUFRUTO
Objeto: 
Próprio: Quando for bem infungíveis e inconsumíveis. Ao final do usufruto deve-se devolver a mesma coisa. EX: Terra, imóvel. 
Improprio: Fungível ou consumível. Ex: Posso substituir por mesma espécie e qualidade. Ao final do usufruto devolve o que sobrou. E substitui o que falta para devolver. Conta corrente, quando eu comecei tinha 30 mil, quando terminei tinha 15 mil, devolve os 15 mil e se o restante não for possível substituir pela mesma coisa, indeniza. 
EXTENSÃO: O usufruto pode ser universal quando é no patrimônio inteiro ou particular quando for sob um bem especifico. 
Universal: Herança
Particular: Sobre um veículo x, uma casa y. 
Em qualquer um dos casos, pode ser:
Pleno: Não a limitação de uso e gozo. Presume-se
Restrito: Eu restrinjo a utilização do bem a determinada coisa. Deve ser expresso. Ex: restrito a plantações e não a pecuária. 
CONSTITUIÇÃO
Voluntaria: escritura pública + registro se for imóvel
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
+
Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Alienação ou instituição: O proprietário institui o usufruto para um 3º e após isso ele passa a ser o nu-proprietário. Transfere o uso e o gozo.
Detenção ou reserva: O proprietário transfere a nua- propriedade para um 3º, e passa a ser usufrutuário. Transfere o dispor e o reaver. 
No caso dos pais que querem doar o bem para os filhos.
DIREITOS E DEVERES DO USUFRUTUARIO
Posse Direta:
Pode-se valer das ações possessórias e da Imissão da Posse. 
Frutos
Tem direito aos frutos:
Art. 1.395. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dívidas.
Parágrafo único. Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos.
Títulos de credito:
Usufruto sobre uma nota promissória, uma cédula de dinheiro. Os frutos são os juros. O usufrutuário tem direito de se apropriar dos juros de correção. Tem direito de cobrar e executar esses títulos de credito. O principal aplica novos títulos
Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.
Parágrafo único. Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, também sem compensação das despesas.
b) Naturais: Não importa quem plantou. Em regra, pertence a quem for colher. Se começou hoje o usufruto e já tinha a plantação, os furtos pertencem ao usufrutuário, mas se ele plantou e morreu, os frutos pertencem ao proprietário. 
Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.
Animais: As crias são furtos dos animais, que pertencem ao usufrutuário.
Ex: No começo do usufruto tinha 20 vacas, as crias são usufrutuarias. Mas se as vacas morrerem, as crias tem que ser usadas para compensar o número de vacas que morreram. E o restante das crias podem ser usadas para o que quiser.
Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.
Civis:
A quem tinha o direito de usufruir da coisa na data de seu vencimento.
EX: Um fruto civil, o aluguel, valor do alugar é de quem tinha direito de usufruir. Se instituído o usufruto antes da data do vencimento do aluguel, data 06-08, o valor pertence ao proprietário. Após essa data pertence ao usufrutuário. Se tiver parcelas atrasadas, essas pertencem ao usufrutuário. 
Art. 1.399. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário.
Usoe utilização:
Não pode mudar a destinação da coisa sem autorização do proprietário. 
Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do seguro.
§ 1o Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele resultante contra o segurador.
§ 2o Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da indenização do seguro.
Art. 1.408. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, não será este obrigado a reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o proprietário reconstruir à sua custa o prédio; mas se a indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-se-á o usufruto.
Reconstituição do usufrutuário:
Feito em caso de destruição se pagar o seguro
O usufrutuário tem esse direito se pagar o seguro
DEVERES DO USUFRUTUARIO
Inventarias e caução
Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.
Parágrafo único. Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada.
Art. 1.401. O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução, a entregar ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas de administração, entre as quais se incluirá a quantia fixada pelo juiz como remuneração do administrador
Despesas ordinárias: usufrutuário
Luz, água, IPTU, pagamento do condomínio 
As extra (proprietário): Que não é habitual. Capital do condomínio, pintar o prédio. 
Preservar e devolver a coisa
Regra: desgaste natural não paga, ex: Desgaste da pintura, não é obrigado a pintar
Ciência
Dar ciência ao proprietário do que acontecer. Em caso de qualquer ocorrência. 
Art. 1.406. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
Seguro
Pagar o seguro.
EXTINÇÃO DO USUFRUTO
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
A renúncia se for sobre imóveis, utiliza-se o art. 108 CC. 
E a morte o usufruto acaba. Nos dois casos se o usufruto for constituído por mais de uma pessoa, e caso de renúncia ou morte, extingue a parte de quem renunciou ou morreu. 
EXCEÇÃO: Morte + direito de acrescer (art. 411)
II - pelo termo de sua duração;
Feito por prazo determinado, depois do prazo acabou o usufruto.
Prazo indeterminado: É chamado de usufruto vitalício, para toda vida. 
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
Extinção da PJ ou 30 anos: 30 anos é o máximo de tempo, pode extinguir antes. 
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
Fim do motivo: Acabou motivo pelo qual tinha o usufruto, deve ser expresso. 
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;
Pago o seguro não extingue. 
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
Quando o usufrutuário não cuida da coisa, não conserva a coisa.
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
ART. 725, 6 CPC: Regra, quando não foi o inciso I, II e 6 não precisa ir ao judiciário para fazer o procedimento de jurisdição voluntaria, os outros precisam
I - emancipação;
II - sub-rogação
VI - extinção de usufruto, quando não decorrer da morte do usufrutuário, do termo da sua duração ou da consolidação, e de fideicomisso, quando decorrer de renúncia ou quando ocorrer antes do evento que caracterizar a condição resolutória;
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente
EXEÇÃO do art. 1410, I CC
Direito de Acrescer: Direito da parte de alguém somar com a parte de outra pessoa. 
Nesse caso exige uma clausula expressa quando for constituído esse direito. 
	DOAÇÃO
	Existe o direito de acrescer quando doa para um casal
	Legal: É tudo do cônjuge. Decorre de lei
	USUFRUTO
	Duas ou mais pessoas não precisam ser casal.
	Cláusula expressa: Não decorre de lei. EX: Joao e Maria, o bem é dos dois, 50% para cada um. Se um dos dois morreram, o outro terá direito só a 50%. 
	SUCESSÕES
	2 ou mais herdeiros
	Lei: Caso um deles não puder ou não quiser, a parte vai acrescentar par ao outro.
USO
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.
O nu-proprietário usa e goza dos frutos, mas só o suficiente para seu sustento e da sua família, o resto dos frutos é do proprietário.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
As pessoas essenciais para a manutenção da família. Não pode o uso de PJ.
Sumula: 193 STJ
«O direito de uso de linha telefônica pode ser adquirido por usucapião.»
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto
HABILITAÇÃO
Usufruto – Uso - Habitação
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia (imóvel) o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la.
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto
LEGAL:
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Cônjuge sobrevivente (viúvo): 
Companheiro também
Qualquer regime de bens
Recebe algo ou não na partilha
Tem direito de permanecer na residência da família desde que seja o único, independentemente de como foi a partilha. Os filhos também tem direito de permanecer.
CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO
Art. 1.225, XI e XII
CONCESSÃO: MP. 2.220-2001
Art. 1:fins de moradia
Requisitos do Art. 1240 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
 + IMÓVEL PÚBLICO = Direito de Moradia
Os 5 anos devem ser anteriores a 22-10-2016
Direito Protestativo, um ato vinculado (obrigatório) do Poder Público. 
Termo administrativo
Sentença contida
MEDIDA PROVISÓRIA No 2.220, DE 4 DE SETEMBRO DE 2001.Art. 9o É facultado ao poder público competente conceder autorização de uso àquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas para fins comerciais. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017)
Direito real de Uso
Fins comerciais, facultativo e não proíbe de ter outro imóvel. 
Art. 1o  Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.   (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017)
Fins de moradia
Ato vinculado, fins de moradia.

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