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FUNDAÇÕES – Aula 10 Curso: Engenharia Civil Profª Esp. Laíza Mendonça Costa laizamendoncacosta@gmail.com 1Aula 10 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 01: CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE FUNDAÇÕES FUNDAÇÕES DIRETAS ANÁLISE E DISMENSIONAMENTO DE BLOCOS ANÁLISE E DISMENSIONAMENTO DE SAPATAS (ISOLADAS, ASSOCIADAS, CONTÍNUAS E EM DIVISAS), VIGAS DE EQUILÍBRIO; RUPTURA EXTERNA E INTERNA DE FUNDAÇÕES DIRETAS; FUNDAÇÕES PROFUNDAS ESTACAS (MADEIRA, AÇO E CONCRETO), ESTACAS ESCAVADAS, ESTACA RAIZ E MICROESTACA. TUBULÕES. 2Aula 10 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 02: CAIXÕES; BLOCOS DE COROAMENTO; ESTACAS INCLINADAS; DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS EM ESTACAS E TUBULÕES; CÁLCULO ESTRUTURAL DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS, CONTROLE E EXECUÇÃO E PROVAS DE CARGA; ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO: MUROS DE PESO EM CONCRETO, MUROS EM BALANÇO, TERRA ARMADA, PRANCHADAS EM BALANÇO E ESTRONCADAS, PAREDES DIAFRAGMA E CORTINAS ATIRANTADAS; ANÁLISE DOS ESFORÇOS E CÁLCULO ESTRUTURAL DE ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO. 3Aula 10 4Aula 10 CAIXÕES São elementos de fundação profunda de forma prismática, concretado na superfície do terreno e instalado por escavação interna. Podem ter ou não base alargada e serem executados com ou sem ar comprimido. 5Aula 10 BLOCOS DE COROAMENTO 6Aula 10 BLOCOS DE COROAMENTO 7Aula 10 BLOCOS DE COROAMENTO Quando as estacas são adotadas, como solução nas fundações, faz-se necessário a construção de outro elemento estrutural: o bloco de coroamento (bloco sobre estacas). Grande parte dos autores definem os blocos como elementos maciços de concreto armado que solidarizam uma ou um grupo de estacas, distribuindo para elas as cargas provenientes da superestrutura. A NBR 6122/2010 conceitua os blocos em “[...] estruturas de volume usadas para transmitir às estacas e aos tubulões as cargas de fundação [...]”. 8Aula 10 BLOCOS DE COROAMENTO As quantidades de estacas, em um bloco de coroamento, dependem basicamente das suas capacidades de carga e das ações provenientes da superestrutura. Deste modo, para um determinado carregamento, após a definição do tipo mais adequado para a fundação, o projetista poderá optar por poucas estacas de maior capacidade de carga ou um maior número dessas com menores resistências. Existindo essa possibilidade de escolha é conveniente estudar a opção que poderá gerar economia para a obra. 9Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS A NBR 6118/2014 conceitua os blocos como estruturas de volume usadas para transmitir às estacas e aos tubulões as cargas de fundação, podendo ser classificados como rígidos ou flexíveis. Por critério análogo ao definido para as sapatas, quando se verifica a expressão a seguir, nas duas direções, o bloco é considerado rígido. Caso contrário, o bloco é considerado flexível: h ≥ (A − a) ⁄ 3 • h é a altura do bloco; • A é a dimensão do bloco em uma determinada direção; • a é a dimensão do pilar na mesma direção. 10Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS • No Brasil, o método das bielas é largamente utilizado no dimensionamento de blocos rígidos sobre estacas, por definir bem a distribuição dos esforços pelos tirantes e ter um amplo suporte experimental. • O método consiste em admitir no interior do bloco uma treliça espacial composta por barras tracionadas e comprimidas, as quais são ligadas por meio de nós: as barras tracionadas da treliça ficam situadas no plano médio das armaduras, que é horizontal e se localiza logo acima do plano de arrasamento das estacas; as barras comprimidas, chamadas de bielas, são inclinadas e definidas a partir da interseção do eixo das estacas com o plano médio das armaduras até um ponto definido na região nodal do pilar. O dimensionamento é dado no cálculo da força de tração, que define a área necessária da armadura, e na verificação das tensões de compressão nas bielas, calculadas nas seções situadas junto ao pilar e à estaca. 11Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS • Quanto ao número de estacas por blocos, ele pode ser obtido pelo número inteiro igual ou imediatamente superior ao resultado fracionado da divisão entre a carga do pilar e a carga admissível da peça. Esse cálculo é válido quando o centro de carga coincidir com o centro do estaqueamento e se no bloco forem usadas estacas do mesmo tipo e do mesmo diâmetro. • A disposição das estacas deve ser feita sempre que possível de modo a conduzir blocos de menor volume. Grande parte dos autores adotam espaçamentos entre os eixos das estacas de dois e meio (2,5) vezes o diâmetro para pré-moldadas e três (3) vezes se forem moldadas in loco. 12Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS Dimensão mínima contada do centro da estaca à face externa do bloco 13Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS Bloco sobre uma estaca A armadura não precisa ser calculada, uma vez que a transmissão de carga é direta para a estaca. A armadura consiste em estribos horizontais e verticais. De um modo geral, é recomendado que os blocos sobre uma estaca sejam ligados por cintas aos blocos vizinhos em, pelo menos, duas direções aproximadamente ortogonais. 14Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS Bloco sobre duas estacas Para o projeto de blocos sobre duas estacas considera-se o esquema de forças internas, conforme representado na Figura: 15Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS a) Determinação da força de tração T = [ P ∙ (2 ∙ e − a) ] / 8 ∙ d Valor da força T calculado pela expressão acima deve ser majorado em 15%, pois concluiu-se que a expressão determinada pelo polígono de forças não era a favor da segurança. b) Recomendações para a altura útil do bloco: O ângulo de inclinação entre o tirante e as bielas deve estar compreendido entre os ângulos abaixo: 45º ≤ φ ≤ 55º logo, 0,5 ∙ (e − a/2 ≤ d ≤ 0,714 ∙ (e − a/2) 16Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS c) Verificações Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar: P / (Ap ∙ sen²φ) ≤ 0,85 ∙ fck Onde, Ap é a área do pilar. Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca: P / (2 . Ae ∙ sen²φ) ≤ 0,85 ∙ fck Onde, Ae é a área da estaca. d) Cálculo da área de aço Asw = 1,61 ∙ T/fyk 17Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS 7.3. Bloco sobre três estacas Para o projeto de blocos sobre três estacas considera-se o esquema de forças internas mostrado na Figura 6: 18Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS a) Determinação da força de tração Tx = P ∙ (e ∙ √3 − 0,9 ∙ a) / 9 ∙ d b) Recomendações para a altura útil do bloco 0,577 ∙ (e − 0,52 ∙ a) ≤ d ≤ 0,825 ∙ (e − 0,52 ∙ a) c) Verificações Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar: P / (Ap ∙ sen²φ) ≤ 1,06 ∙ fck Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca: P / (3 . Ae ∙ sen²φ) ≤ 1,06 ∙ fck 19Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS d) Cálculo da área de aço e esquema de armadura No caso do bloco sobre três estacas pode-se ter arranjos de armadura segundo as medianas, os lados ou em malhas. Os blocos com distribuição de barras, segundo os lados, apresentam menor número de fissuras e menor área de armadura, este modo é a opção escolhida neste estudo. Sua área de aço é calculada pela expressão abaixo: Asw = 1,61 ∙ (T’x/ fyk) , ondeT′x = √3 / 3 ∙ Tx 20Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS 7.4. Bloco sobre quatro estacas O bloco sobre quatro estacas pode ser armado segundo as diagonais, os lados e em malha, a última opção foi a adotada neste estudo por apresentar bom desempenho com relação à fissuração. O funcionamento estrutural do bloco com quatro estacas está representado na Figura 7: 21Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS a) Determinação da força de tração T = P ∙ (2 . e − a) / 8 ∙ d b) Recomendações para a altura útil do bloco 0,707 ∙ (e− a/2) ≤ d ≤ 1,00 ∙ (e − a/2) c) Verificações Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar: P / (Ap ∙ sen²φ) ≤ 1,275 ∙ fck Tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca: P / (4 . Ae ∙ sen²φ) ≤ 1,275 ∙ fck 22Aula 10 BLOCOS SOBRE ESTACAS d) Cálculo da área de aço Asw = 1,61 ∙ (T/ fyk) 7.5. Armaduras complementares Para os estribos horizontais será considerado Ash = 1 ⁄ 8 ∙ As em cada face.
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