Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SEMÂNTICA Programa Geral de Componente Curricular - PGCC Prof. Ms. Alan Dantas Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão Departamento de Letras Vernáculas EMENTA Sentido e significado. Semântica formal ou lógica. Semântica estrutural. Semântica da enunciação. Semântica argumentativa. Introdução à teoria dos atos de fala. Análise semântica de textos. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN OBJETIVOS GERAL Compreender as bases conceituais da Semântica e sua aplicabilidade aos estudos em língua vernácula, a partir das abordagens, modelos e teorias explicativas do significado. ESPECÍFICOS ■ Explorar as relações entre sentido e significado no texto; ■ analisar as bases teóricas fundantes das perspectivas semânticas; ■ conhecer as diversas perspectivas semânticas e reconhecê-las através da análise de textos; ■ orientar o aluno na aplicação pedagógica dos conceitos que permeiam as diversas teorias semânticas estudadas. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN CONTEÚDO Unidade I: Texto, sentido e significado. 1. A construção de sentidos e significados no texto. 2. Histórico e bases conceituais da Semântica como disciplina dos processos interpretativos. 3. A semântica e suas relações com a Pragmática e a Semiótica. 4. O objeto da semântica e sua análise no livro didático de Língua Portuguesa da Educação Básica. Unidade II: Perspectivas semânticas. 1. Semântica formal e semântica estrutural. 2. Semântica da enunciação. 3. Semântica argumentativa. 4. Teoria dos atos de fala. Unidade III: Análise de textos sob as perspectivas semânticas. 1. Sentido e intencionalidade. 2. Sentido e ação: a performatividade. 3. Análise semântica de textos literários e não-literários. 4. A semântica na sala de aula da Educação Básica. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN METODOLOGIA ■ Exposição, análise e discussão de conteúdos. ■ Atividades teóricas e práticas em grupos e individuais. ■ Atividades de análise e aplicação pedagógica de caráter prático. ■ Análise de diferentes materiais de linguagem. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN AVALIAÇÃO ■ 1ª Avaliação: Prova escrita individual (Unidade 1) ■ 2ª Avaliação: Prova escrita individual (Unidade 2) ■ 3ª Avaliação: Produção de seminários e debates acerca das temáticas. (Unidade 3) ■ 4ª Avaliação: Prova escrita sobre os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos. Observação: As atividades terão resguardados, previamente, o roteiro e os critérios de avaliação. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN PRINCIPAIS REFERÊNCIAS GUIRAUD, Pierre. A semântica. Rio de Janeiro: DIFEL, 1980. ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincando com a gramática. São Paulo: Contexto, 2006. ILARI, Rodolfo; GERALDI, João Wanderley. Semântica. 10.ed. Série Princípios. São Paulo: Ática, 2004. MUSSALIN, Fernanda e BENTES, Anna Christina (orgs.) Introdução à linguística: domínios e fronteiras, vol. 2, 5.ed. São Paulo: Cortez, 2000. SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica? São Paulo: Brasiliense, 1989. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS E SIGNIFICADOS NO TEXTO Unidade 1 – Texto, sentido e significado Prof. Ms. Alan Dantas Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão Departamento de Letras Vernáculas Ai, palavras... Ai, palavras... Que estranha potência, a vossa! Todo o sentido da vida Principia à vossa porta. Cecília Meireles Qual o significado da vida? Qual o significado da sua ação? O que significa essa lágrima? Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN OBJETO DE ESTUDO DA SEMÂNTICA ■ Descrever o “significado” das palavras e das sentenças. Significado de “mesa” Significado de “mesa” Significado de “significado”. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN “Falta amor no mundo, mas falta também interpretação de texto.” ■ “O que atrapalha a semântica é ela depender de um conceito pré-teórico de ‘significado’.” (Putnam) ■ Responder a como é que atribuímos significado a uma cadeia de ruídos implica adotar um ponto de vista sobre a aquisição de conhecimento. ■ É o significado uma relação causal entre as palavras e as coisas? Será ele uma entidade mental? Ele pertence ao indivíduo ou à comunidade? ■ Como é possível o conhecimento? – LINGUAGEM E PRÁTICAS SOCIAIS. ■ Dilema: o que o autor quis dizer com isso? Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN AS VITRINES (Chico Buarque) Eu te vejo sumir por aí Te avisei que a cidade era um vão Dá tua mão, olha pra mim Não faz assim, não vá lá, não Os letreiros a te colorir Embaraçam a minha visão Eu te vi suspirar de aflição E sair da sessão frouxa de rir Já te vejo brincando gostando de ser Tua sombra a se multiplicar Nos teus olhos também posso ver As vitrines te vendo passar Na galeria, cada clarão É como um dia depois de outro dia Abrindo um salão Passas em exposição Passas sem ver teu vigia Catando a poesia Que entornas no chão Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN AS VÁRIAS SEMÂNTICAS Semântica Formal Semântica da Enunciação Semântica Cognitiva Estruturalismo Saussure Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN CONCEITOS DE SIGNIFICADO ■ Estruturalismo (Saussure) – unidade de diferença, isto é, o significado se dá numa estrutura de diferenças com relação a outros significados. ■ Semântica Formal – termo complexo que se compõe de duas partes: sentido e referência. ■ Semântica da Enunciação – resultado do jogo argumentativo criado na linguagem e por ela. (Somatório das contribuições em inúmeros fragmentos de discurso) ■ Semântica Cognitiva – superfície linguística de um conceito adquirido por meio de nossas manipulações sensório-motoras com o mundo. Significado e Emblema. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN SEMÂNTICA(S) Um astrônomo, um físico e um matemático estavam passando férias na Escócia. Olhando pela janela do trem, eles avistaram uma ovelha preta no meio do campo. “Que interessante”, observou o astrônomo, “na Escócia, todas as ovelhas são pretas”. Ao que o físico respondeu: “Não, nada disso! Algumas ovelhas escocesas são pretas”. O matemático olhou para cima em desespero e disse: “Na Escócia, existe pelo menos um campo, contendo pelo menos uma ovelha e pelo menos um lado dela é preto”. (Stewart) Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN Vídeo 1 Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN A força das palavras “Tenho uma imensa admiração por eles, os escultores das palavras, quem, com a arte sagrada de materializar a alma, enriquecem as outras pessoas sem guardar nada para si. [...] Com a nossa palavra, podemos reivindicar ou relações, outros compromissos, outras soluções. Podemos aceitar acordos comerciais não tão bons para nós, mas que sejam mais justos. Podemos buscar maiores investimentos solidários e menos rendimentos especulativos. Podemos oferecer mais diálogo e menos imposições pela força. Podemos, sobretudo, não nos resignar. Porque resignar-se é morrer um pouco, é não fazer uso da possibilidade de escolher, é aceitar o silêncio. A palavra, por sua vez, precede a ação, prepara o caminho, abre portas. Hoje devemos mais que nunca usar a voz para romper grilhões. Tenho a profunda convicção de que, quando falamos, estamos modificando o mundo. As grandes transformações da nossa história sempre foram anunciadas antes. Assim chegou o homem à Lua. Assim caiu o muro de Berlim, assim se acabou com o apartheid. Eu espero que assim desapareça também o terrorismo”. Ingrid Betancourt – política colombiana – 2008. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN O homem de chapéu saiu. ■ Semântica Formal: pressuposição de existência – um e apenas um indivíduo. ■ Semântica da Enunciação: Polifonia –várias vozes que dizem. ■ Semântica Cognitiva: Espaços mentais. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN Semântica Formal ■ As sentenças se estruturam logicamente. ■ Premissas e conclusão. ■ (1) Todo homem é mortal. João é homem. Logo, João é mortal. O raciocínio se garante apenas pelas relações que se estabelecem entre os termos, independentemente do que homem e mortal significam. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN ■ (2) Toda cachorro tem 4 patas. Isabela é uma cachorra. Isabela tem 4 patas. Relações lógicas (ou formais) – podemos representá-las por letras vazias de conteúdo, mas que descrevem as relações de sentido. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN Gottlob Frege (1848-1925) ■ Distinção entre sentido e referência. ■ O estudo científico do significado só é possível se diferenciarmos os seus diversos aspectos para reter neles apenas os que são objetivos. ■ Os aspectos subjetivos cabem à Psicologia. ■ O sentido é o que nos permite chegar a uma referência no mundo. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN ■ (3) A estrela da manhã é a estrela da manhã. Tautologia ■ (4) A estrela da manhã é a estrela da tarde. Verdade sintética ■ Uma mesma referência pode, pois, ser recuperada por meio de vários sentidos. ■ PERÍFRASES. ■ 3+3 é o mesmo que 10-4. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN ■ A verdade não está na linguagem, mas nos fatos do mundo. ■ A linguagem é apenas um instrumento que nos permite alcançar aquilo que há, a verdade ou a falsidade. ■ Para a Semântica Formal contemporânea, sentenças que falam de personagens fictícios carecem de valor de verdade. Uma sentença ficcional não pode ser cognitiva. Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN E na sala de aula? Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN PARA A PRÓXIMA AULA ■ Resenha do livro “História da Semântica: sujeito, sentido e gramática no Brasil” (Eduardo Guimarães) – Resenha de Tânia Flores Aiub (Revista Conexão Letras) Prof. Ms. Alan Dantas - DLV/UERN
Compartilhar