Buscar

LIVRO LOGÍSTICA DO AGRONEGÓCIO UNIASSELVI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 197 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 197 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 197 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2017
Logística do 
agronegócio
Prof. Pablo Rodrigo Bes Oliveira
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Pablo Rodrigo Bes Oliveira
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
658.71
O48lOliveira, Pablo Rodrigo Bes
 Logística do agronegócio / Pablo Rodrigo Bes Oliveira: 
UNIASSELVI, 2017.
 187 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0094-1
 
 1.Logística Empresarial.
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
apresentação
Queridos acadêmicos e acadêmicas, gostaria de comentar que este 
livro didático foi construído baseado nas obras clássicas que hoje tratam da 
Logística Empresarial e da Gestão das Cadeias de Abastecimento, escritas por 
autores nacionais e internacionais que se dedicam aos assuntos em questão.
De antemão, já chamamos a atenção para o fato das transformações 
ocorridas em nível mundial nas últimas décadas, sobretudo resultantes das 
mudanças econômicas, políticas e culturais propiciadas pela globalização. 
Mudanças estas que afetam sobremaneira a forma como vivemos, e 
incidem diretamente no modo como as empresas executam suas operações. 
Percebe-se um grande aumento nas exigências dos clientes, o que faz 
com que a concorrência se torne mais agressiva. As empresas, de modo 
geral, trabalhando com padrões de qualidade muito próximos umas das 
outras, necessitam aprimorar seus processos de forma a buscar vantagem 
competitiva, o que muitas vezes ocorre através da liderança em custos, ou 
seja, quanto menor for o custo em operações intermediárias envolvidas 
com o processo produtivo, e no decorrer de toda a cadeia de abastecimento 
utilizada, maior a vantagem frente aos concorrentes. Neste contexto, as 
atividades que envolvem o produto e serviço logísticos são imprescindíveis. 
Focando ainda mais nas atividades relacionadas ao agronegócio, percebemos 
que as operações que envolvem o transporte, armazenamento e distribuição 
dos produtos agrícolas, pecuários, agroindustriais e todos os que compõem o 
agronegócio, da mesma maneira apresentam as mesmas exigências.
Desta forma, nosso Livro Didático de Logística no Agronegócio foi 
estruturado em três unidades com as quais se acredita estar disponibilizando 
o conhecimento básico sobre a logística empresarial, tão necessária nas 
atividades organizacionais. Assim sendo, nossa primeira unidade irá 
contextualizar um pouco sobre o surgimento da logística, seu conceito e 
os principais processos que a envolvem, bem como as principais áreas de 
operação da mesma. 
Na segunda unidade veremos como a informação se faz importante 
para a logística, estudaremos seus principais sistemas de informação, 
discorreremos sobre o transporte e a logística reversa. 
Na terceira unidade iremos fechar nossos estudos sobre o assunto, 
conhecendo como a legislação/políticas públicas aplicadas ao agronegócio 
incidem sobre a logística e os impactos específicos dessa atividade no 
agronegócio. Nesta unidade final também iremos reforçar os conceitos que 
dizem respeito ao gerenciamento da cadeia de abastecimento, que abrange, 
normalmente, as atividades logísticas.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
Desejo a todos um ótimo aprendizado e que as teorias selecionadas, 
aliadas às nossas problematizações, bem como os esquemas, gráfico, tabelas, 
imagens, textos e leituras complementares possam estimular e proporcionar 
uma aprendizagem significativa a todos.
O autor.
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE I – A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL ...................................... 1
TÓPICO I – CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL ................................................. 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3
2 CONCEITUANDO A LOGÍSTICA ............................................................................................... 3
2.1 GERANDO VALOR LOGÍSTICO .............................................................................................. 8
2.2 O FUNCIONAMENTO DA LOGÍSTICA ................................................................................. 9
2.2.1 Processamento de pedidos ................................................................................................. 11
2.2.2 Estoques ................................................................................................................................ 11
2.2.3 Transportes ........................................................................................................................... 13
2.2.4 Armazenagem, manuseio de materiais e embalagem .................................................... 14
2.2.5 Projeto da Rede de Instalações ........................................................................................... 15
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 16
RESUMO DO TÓPICO 1 ..................................................................................................................... 20
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 21
TÓPICO 2 – O PRODUTO LOGÍSTICO ......................................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 CONHECENDO O PRODUTO LOGÍSTICO .............................................................................. 23
2.1 O CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS ...................................................................................... 26
2.2 CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS .................................................................................... 27
2.2.1 Quociente peso-volume ...................................................................................................... 28
2.2.2 Quociente valor-peso .......................................................................................................... 28
2.2.3 Substituibilidade ..................................................................................................................29
2.2.4 Características de risco ........................................................................................................ 29
2.3 EMBALAGEM DOS PRODUTOS .............................................................................................. 30
2.4 PRECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS ........................................................................................... 31
2.4.1 Precificação FOB .................................................................................................................. 31
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 35
RESUMO DO TÓPICO 2 ..................................................................................................................... 37
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 38
TÓPICO 3 – SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE 
 MATERIAIS .................................................................................................................... 39
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 39
2 CONTEXTUALIZANDO .................................................................................................................. 39
2.1 SUPRIMENTOS ............................................................................................................................. 40
2.1.1 Just in time ............................................................................................................................. 42
2.1.2 Aquisição de serviços de logística (terceirização) .......................................................... 43
2.1.3. Logística baseada no desempenho ................................................................................... 44
2.2 ARMAZENAGEM ........................................................................................................................ 44
2.2.1 Tipos de armazéns ou estoques ........................................................................................ 48
2.3 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ......................................................................................... 50
2.3.1 Equipamentos e tecnologia de armazenagem e movimentação .................................... 52
sumário
VIII
2.3.1.1 Sistemas Mecanizados ...................................................................................................... 53
2.3.1.2 Sistemas Semiautomatizados .......................................................................................... 58
2.3.1.3 Sistemas Automatizados .................................................................................................. 59
2.3.1.4 Sistemas Orientados pela Informação ........................................................................... 63
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 64
RESUMO DO TÓPICO 3 ..................................................................................................................... 66
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 67
UNIDADE 2 – APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS SOBRE OS SISTEMAS
 LOGÍSTICOS .............................................................................................................. 69
TÓPICO 1 – OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS ............................................. 71
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 71
2 CONCEITUANDO O SISTEMA DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS .................................. 71
2.1 ALIANDO A INFORMAÇÃO E AS ESTRATÉGIAS DO NEGÓCIO ................................... 72
2.2 CONCEITOS INICIAIS: DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO ............................ 75
2.3 O SISTEMA DE INFORMAÇÃO ................................................................................................ 77
2.4 OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICADOS À LOGÍSTICA ........................................ 78
2.4.1 O Sistema de Gerenciamento de Pedidos ......................................................................... 80
2.4.2 Sistema de Gerenciamento de Armazéns ......................................................................... 81
2.4.3 Sistema de Gerenciamento de Transportes ...................................................................... 85
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 88
RESUMO DO TÓPICO 1 ..................................................................................................................... 91
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 92
TÓPICO 2 – SISTEMAS DE TRANSPORTE E ADMINISTRAÇÃO DE TRÁFEGO ............. 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 93
2 A IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE PARA A LOGÍSTICA ............................................... 93
2.1 OS PARTICIPANTES DO TRANSPORTE ................................................................................. 95
2.2 OPÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES E SUAS CARACTERÍSTICAS ..................... 96
2.3 OS CINCO MODAIS LOGÍSTICOS BÁSICOS ......................................................................... 99
2.3.1 Ferroviário ............................................................................................................................ 99
2.3.2 Aéreo ...................................................................................................................................... 100
2.3.3 Rodoviário ............................................................................................................................ 102
2.3.4 Aquaviário ou hidroviário .................................................................................................. 103
2.3.5 Dutoviário ............................................................................................................................. 105
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 106
RESUMO DO TÓPICO 2 ..................................................................................................................... 109
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 110
TÓPICO 3 – A LOGÍSTICA REVERSA ............................................................................................ 111
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 111
2 CONCEITUANDO A LOGÍSTICA REVERSA ............................................................................ 111
2.1 SENSIBILIDADE ECOLÓGICA E A LOGÍSTICA REVERSA ................................................ 114
2.2 A LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO ...................................................................... 116
2.3 A LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-VENDA ............................................................................. 121
2.4 RETORNOS COMERCIAIS ......................................................................................................... 123
2.5 RETORNO POR GARANTIA/QUALIDADE........................................................................... 124
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 125
RESUMO DO TÓPICO 3 ..................................................................................................................... 127
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 128
IX
UNIDADE 3 – CADEIA DE SUPRIMENTOS, POLÍTICAS E INOVAÇÕES 
 LOGÍSTICAS ............................................................................................................. 129
TÓPICO 1 – A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ...................................................... 131
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 131
2 CONCEITUANDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................................................ 131
2.1 OBJETIVO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ......................................................................... 133
2.2 DECISÕES NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ........................................................................ 134
2.3 VISÕES SOBRE A CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................................................... 135
2.3.1 Ciclo de pedido do cliente ................................................................................................. 136
2.3.2 Ciclo de reabastecimento ................................................................................................... 137
2.3.3 Ciclo de fabricação .............................................................................................................. 138
2.3.4 Ciclo de suprimentos .......................................................................................................... 139
2.3.5 Visão push/pull da cadeia de suprimentos ....................................................................... 140
2.4 A CADEIA DE SUPRIMENTOS E AS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS ............................ 141
2.4.1 A Responsividade da cadeia de suprimentos ................................................................ 143
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 144
RESUMO DO TÓPICO 1 .................................................................................................................... 147
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 148
TÓPICO 2 – AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LOGÍSTICA ............................................... 149
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 149
2 O PLANO NACIONAL DE LOGÍSTICA E TRANSPORTE .................................................... 149
2.1 O SISTEMA NACIONAL DE VIAÇÃO ............................................................................. 151
2.2 O PLANO DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO – PAC .......................................... 157
2.3 POLÍTICAS DE INCENTIVO À EXPORTAÇÃO .............................................................. 161
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 165
RESUMO DO TÓPICO 2 .................................................................................................................... 167
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 168
TÓPICO 3 – INOVAÇÕES E IMPACTOS DA LOGÍSTICA NO AGRONEGÓCIO ............. 169
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 169
2 PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO ................................................................... 170
3 MODERNIZANDO O AGRONEGÓCIO .................................................................................... 173
4 INOVAÇÕES NA LOGÍSTICA DO AGRONEGÓCIO ............................................................ 174
4.1 A LOGÍSTICA COLABORATIVA .............................................................................................. 175
4.1.1 O transporte colaborativo .................................................................................................. 176
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 178
RESUMO DO TÓPICO 3 .................................................................................................................... 180
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 181
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 183
X
1
UNIDADE 1
A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA 
EMPRESARIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
• compreender os principais conceitos da logística, sua importância e rele-
vância para as empresas na atualidade;
• conhecer os principais produtos logísticos, suas características e particula-
ridades;
• compreender os fatores que envolvem o suprimento, a armazenagem e a 
movimentação de materiais no interior das empresas.
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três tópicos 
de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões e dicas 
que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um estão 
disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
TÓPICO 1 – CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
TÓPICO 2 – O PRODUTO LOGÍSTICO
TÓPICO 3 – SUPRIMENTO, ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE 
 MATERIAIS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
1 INTRODUÇÃO
Queridos acadêmicos e acadêmicas, estaremos explorando, nesta 
unidade, conceitos iniciais acerca da área da logística empresarial que, dentro do 
entendimento contemporâneo, se reveste de grande importância e aplicabilidade 
a todos os níveis/tipos de organizações, inclusive as relativas ao agronegócio.
Estes conceitos iniciais têm a finalidade de preparar o ambiente de 
aprendizagem para conceitos um pouco mais complexos, que virão em outras 
unidades deste livro didático, principalmente quando nos referirmos ao 
gerenciamento de cadeias de abastecimento e logística reversa.
A primeira ideia que gostaríamos de marcar é que as atividades logísticas, 
hoje, são vistas como essenciais para a otimização dos custos totais que as empresas 
possuem, sobretudo nas operações relacionadas à produção, armazenamento 
e distribuição de seus produtos. Logo, possuir uma logística eficaz significa 
diretamente maiores lucros para a organização, o que reforça a sua importância 
numa época de intensa competitividade no mercado.
A segunda ideia, tão importante quanto a primeira, é a de que as operações 
envolvidas na logística devem funcionar de forma integrada, ou seja, é necessário 
que o gestor consiga ter uma visão sistêmica de como todos os processos são 
interdependentes, e precisam ser organizados/planejados com esse olhar para 
que possam surtir efeito.
Desta forma, desejamos que todos possam ter um bom proveito e um 
aprendizado intenso por meio do estudo destes tópicos que selecionamos como 
mais apropriados para esta primeira unidade de estudos.
2 CONCEITUANDO A LOGÍSTICA
É importantecomeçarmos entendendo que já existiam, há muito tempo, 
processos semelhantes ao que hoje conhecemos como logística, remontando aos 
primórdios das civilizações antigas, aqui compreendendo o Egito, a Grécia, a China 
e a Mesopotâmia. Se começarmos a refletir sobre todas as áreas que aprendemos 
durante nossa vida escolarizada e também nas relações com inúmeros campos 
sociais em que nos envolvemos durante a vida, iremos identificar algumas 
conexões com alguns pontos que remetem ao conceito de logística.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
4
Citando somente alguns, podemos pensar sobre como foram construídas 
as pirâmides do Egito, como a grande muralha da China foi erguida, ou ainda, 
olhando por um viés religioso, temos na própria Bíblia relatos em que se 
evidenciam esforços de armazenagem de grãos e distribuição de alimentos em 
períodos de seca, não é mesmo?
Essa é a primeira provocação que gostaríamos de fazer antes ainda de 
entrar no conceito propriamente dito da logística como hoje é conhecida. Para 
complementar esta ideia, vamos conhecer o que nos diz Hara (2011, p. 13):
A logística já existia desde o início da civilização, tendo surtos de 
desenvolvimento na Idade Antiga, em especial no Egito, Grécia, China 
e Mesopotâmia. Fabulosas obras, tais quais as pirâmides do Egito 
e as muralhas da China, só para exemplificar, ainda trazem alguns 
enigmas não decifrados pelos experts, quanto à operacionalização dos 
processos construtivos.
 
Claro que a própria evolução do conceito de logística se deve ao 
acompanhamento das formas como a sociedade evolui e como as relações 
comerciais/empresariais vão se reconfigurando e se adaptando aos novos 
formatos sociais, sobretudo nos aspectos econômicos.
Para entendermos melhor como ocorre essa evolução e chegarmos ao 
conceito do que consideramos como logística atualmente, vamos acompanhar o 
que nos diz um dos grandes experts internacionais do assunto, Ronald H. Ballou, 
sobre os primórdios desta área:
Nas épocas mais antigas da História documentada da humanidade, 
as mercadorias mais necessárias não eram feitas perto dos lugares nos 
quais eram mais consumidas, nem estavam disponíveis nas épocas 
de maior procura. Alimentos e outras commodities eram espalhados 
pelas regiões mais distantes, sendo abundantes e acessíveis apenas em 
determinadas ocasiões do ano. Os povos mais antigos consumiam os 
produtos em seus lugares de origem ou os levavam para algum lugar 
profundo ou armazenando-os para utilização posterior. Contudo, 
devido à inexistência de sistemas desenvolvidos de transporte e 
armazenamento, o movimento das mercadorias limitava-se àquilo que 
a pessoa conseguia fazer por suas próprias forças, e os bens perecíveis 
só podiam permanecer guardados por prazos muito curtos. Todo esse 
limitado sistema de transporte-armazenagem normalmente obrigava 
as pessoas a viver perto das fontes de produção e as limitava ao 
consumo de uma escassa gama de mercadorias (BALLOU, 2006, p. 25).
 
Acompanhando as ideias do autor, podemos refletir que, ainda hoje, 
em meio à globalização e abertura do mercado internacional, existem algumas 
nações, sobretudo em desenvolvimento, que apresentam parte de suas populações 
vivendo quase que na totalidade daquilo que produzem em seus territórios.
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
5
Podemos destacar, rapidamente, outros movimentos históricos que 
acabam influenciando a logística, ou nos farão chegar ao entendimento do que 
a logística é hoje. Temos a influência das atividades militares, destacando a 2ª 
Grande Guerra Mundial e, mais recentemente, na década de 1990, com o advento 
da globalização, temos o que é considerado como o grande boom da logística 
integrada empresarial.
Ressaltamos que este conceito tão importante e potente hoje para o sucesso 
das organizações empresariais é um conceito recente, tendo em torno de duas 
décadas, sobretudo no Brasil. Antes disto, eram ensinados/aprendidos conceitos 
sobre estoques, materiais e transportes de forma isolada e, normalmente, de 
forma equivocada, a logística era associada somente ao transporte, o que sabemos 
hoje ser um grande erro, pois reduz em muito a grandiosidade de processos que 
envolvem a logística.
NOTA
Por globalização entendemos o fenômeno mundial que propicia mudanças 
em várias áreas nas nações mundiais, propondo a criação de blocos econômicos, quebra 
de barreiras comerciais, livre trânsito entre países, e traz consigo, fortemente enraizada, a 
ideia de que o desenvolvimento econômico erradicaria grandes problemas da humanidade, 
como a pobreza, fome ou distribuição de renda, o que na verdade não se efetivou. O fato, 
porém, a ser analisado, é que a globalização modifica a forma de como a sociedade vive 
e se relaciona com o mercado de trabalho, e proporciona, através do advento de novas 
tecnologias e da comunicação via web, um grande sucesso a muitas empresas que operam 
nacional e internacionalmente. 
O primeiro movimento que faremos para entender plenamente o conceito 
de logística diz respeito a pensar a empresa de forma integrada, ou seja, entender 
a gestão de algumas áreas, anteriormente analisadas de forma isolada, como: 
produção, estoques (e suas divisões), comercial, marketing, financeira, transportes 
etc., como pertencentes à mesma finalidade.
FIGURA 1 – GRANDES OBJETIVOS EMPRESARIAIS
FONTE: Adaptado de Bertaglia (2003)
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
6
Entendendo que a grande maioria das empresas busca o lucro como 
finalidade principal de seus negócios, fica evidente a importância de conhecer e 
investir na logística empresarial, pois através dela pode-se trabalhar na redução 
dos custos, tão perseguida pelos empresários.
Vamos acompanhar o esquema que representa a questão da visão 
integrada que deve ser perseguida através da logística empresarial. Tendo uma 
ideia do que significa uma empresa integrada, fica mais fácil entender a logística 
integrada.
FIGURA 2 – A EMPRESA INTEGRADA
FONTE: Adaptado de Bowersox et al. (2014)
Ao olharmos para a figura que trata do conceito de empresa integrada, 
percebemos que as operações do suprimento de insumos e matérias-primas para 
a produção, a própria manufatura (produção em si) e o atendimento ao cliente são 
atividades essenciais para o sucesso da empresa, e que se não forem consideradas 
de forma integrada podem, certamente, comprometer o negócio da empresa. 
Exemplificando, de nada adianta atender bem ao cliente, se na hora da entrega 
do produto isso não ocorra no prazo combinado, não é mesmo? Da mesma forma, 
de nada adianta atender bem, entregar no dia combinado e o produto chegar com 
defeito (não ter sido adequadamente produzido).
 
Desta forma, esperamos ter deixado claro que o estudo dos componentes 
que fazem parte da chamada cadeia logística, de forma separada, servem somente 
para efeito didático, uma vez que sua interação/integração é essencial dentro do 
chamado supply chain (cadeia de abastecimento), que conheceremos na próxima 
unidade de estudos.
Veremos agora alguns conceitos de logística:
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
7
Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do 
fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações 
relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o 
propósito de atender às exigências dos clientes (BALLOU, 2006, p. 27).
É interessante notar que este conceito considera o fluxo que se realiza 
desde as matérias-primas, elaboração/processamento/produção das mesmas, até 
o ponto onde serão consumidas. Entendendo o conceito desta maneira, iremos 
perceber que se trata de um processo que faz parte de algo maior, ou seja, faz parte 
da cadeia de suprimentos, porém não pode ser vista como o processo inteiro. O 
gerenciamento da cadeia de suprimentosirá mais além da logística, apresentando 
outras integrações importantes com áreas que na logística não se evidenciam.
Outros autores irão definir a logística posicionando-a como parte importante 
dentro da gestão de uma cadeia de suprimentos, conforme veremos a seguir:
Dentro da gestão da cadeia de suprimentos de uma empresa, logística 
é a função necessária para transportar e posicionar geograficamente 
o estoque. Dessa forma, a logística é um subconjunto de atividades e 
ocorre dentro do quadro mais abrangente da cadeia. Ela é o processo 
que cria valor pela gestão e pelo posicionamento do estoque e combina 
o gerenciamento de pedidos, do estoque, do transporte, do depósito, 
do manuseio de materiais e da embalagem, integrados por meio de 
uma rede de instalações (BOWERSOX et al., 2014, p. 4).
NOTA
Você sabe o que são materiais? O termo materiais envolve todos os insumos 
(que serão processados na empresa), bem como as matérias-primas utilizadas para atender 
às linhas de produção das organizações. O setor da Administração de Materiais tem 
fundamental importância na seleção de fornecedores e acompanhamento da qualidade e 
das especificações dos materiais que a empresa irá utilizar.
Dessa forma, parafraseando Hara (2011), poderíamos definir o escopo da 
logística como a gestão de materiais e mercadorias em repouso e em movimento, 
sendo sua missão dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no 
tempo certo e nas condições desejadas, com a maior contribuição possível de 
valores à empresa.
Finalizando nossa busca por uma conceituação inicial de logística, vamos 
acompanhar o que definiu Kotler (2002, p. 558): “o planejamento, a implementação 
e o controle dos fluxos físicos de materiais e de produtos finais entre os pontos de 
origem e os pontos de uso, com o objetivo de atender às exigências dos clientes e 
de lucrar com este atendimento”.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
8
2.1 GERANDO VALOR LOGÍSTICO
Entendemos que a logística, vista de forma integrada, é essencial para as 
organizações que desenvolvem suas atividades comerciais nos tempos atuais, 
altamente competitivos e que exigem constante aprimoramento de seus processos 
em busca de otimização de suas atividades, redução de custos e maximização de 
lucros. Dessa forma, uma logística bem conduzida pode agregar/gerar VALOR. 
Valor este dimensionado justamente pela busca da satisfação do cliente pelo menor 
custo total.
Podemos destacar que a logística tem sua importância e relevância, e 
conheceremos agora os itens que fazem parte dessa geração de valor:
• benefícios dos serviços;
• minimização de custos;
• geração de valor logístico. 
Benefícios dos serviços: seguindo a lógica da economia, em que as 
organizações empresariais estão vivenciando/praticando a busca pela redução de 
custos e maximização dos lucros frente aos seus concorrentes, a logística apresenta 
uma série de benefícios. Segundo Bowersox et al. (2014, p. 33), “no ambiente 
operacional de hoje, o fator limitador é econômico, e não tecnológico”. 
Pensando na citação dos autores, entendemos que, por exemplo, a empresa 
pode tomar decisões quanto ao local em que irá manter um estoque ou mesmo 
centro de distribuição de seus produtos, considerando a proximidade geográfica 
de seus clientes principais, mantendo-se em prontidão para realizar um entrega 
imediata, o que se constitui num diferencial atrativo perante os concorrentes. 
Outra estratégia possível de ser utilizada é a opção de consignar estoques dentro 
das próprias instalações do cliente, eliminando boa parte das operações logísticas.
A questão estratégica fundamental é como ter um desempenho melhor 
que o dos concorrentes, como uma boa relação custo-benefício. Se uma 
matéria-prima específica não estiver disponível no momento em que 
é necessária na produção, pode causar a paralisação de uma fábrica, 
resultando em um custo significativo, na perda de vendas potenciais 
e até na perda de negócios com um cliente importante. O impacto 
de tais falhas sobre o lucro pode ser expressivo. Em contrapartida, 
o impacto de um atraso inesperado de um ou dois dias na entrega 
de produtos para reposição de estoque pode ser mínimo ou mesmo 
insignificante em termos de impacto sobre o desempenho operacional 
total (BOWERSOX et al., 2014, p. 34).
O benefício dos serviços alia-se à busca pelo desempenho operacional 
das empresas, procurando minimizar falhas no processo logístico e garantir a 
confiabilidade e qualidade da logística prestada/desenvolvida.
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
9
Minimização de custos: a ideia da geração de valor através da logística 
relaciona-se à evolução dos conceitos de gestão de custos no interior das 
organizações, entendendo que sua otimização incide diretamente numa melhor 
composição do custo total da atividade produtiva. Bowersox et al. (2014, p. 35) 
comenta que “a prática administrativa predominante, reforçada pelo contábil e 
financeiro, era concentrar-se em alcançar o menor custo possível para cada função 
individual da logística, com pouca ou nenhuma atenção aos trade-offs do custo 
total integrado”. 
Os administradores focavam-se em minimizar custos funcionais isolados, 
por exemplo, o de transporte, imaginando que assim iriam conseguir custos 
combinados mais baixos no futuro, o que, porém, não ocorria. Com a utilização 
do conceito de custo total, todos os custos funcionais são mapeados e suas inter-
relações também, o que garante mais eficácia na sua diminuição.
“No entanto, a implementação do processo logístico eficaz continua sendo 
um desafio no século XXI. Diversas práticas antigas de contabilidade, ainda em 
uso, constituem barreiras à implementação completa de soluções logísticas de 
custo total” (BOWERSOX et al., 2014, p. 35).
Geração de valor logístico: a chave para alcançar a liderança logística pode 
ser entendida seguindo a combinação dos elementos da figura abaixo:
FIGURA 3 – EM BUSCA DA LIDERANÇA LOGÍSTICA
FONTE: Adaptado de Bowersox et al. (2014)
Da imagem acima podemos estabelecer, claramente, que quando a 
empresa consegue aliar este compromisso com o cliente, com uma estrutura de 
custos exata, é onde ocorre a proposição do valor logístico. Esta deve ser a meta 
de todas as organizações nos tempos atuais.
2.2 O FUNCIONAMENTO DA LOGÍSTICA
Dentro da ideia que trabalhamos anteriormente, em que a logística deve 
operar de forma integrada no contexto da gestão da cadeia de suprimentos, iremos 
entender agora como ela funciona, quais são os principais processos envolvidos e 
como se articulam e mantêm suas relações.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
10
FIGURA 4 – O INTER-RELACIONAMENTO DAS ÁREAS DA LOGÍSTICA
FONTE: Adaptado de Bowersox et al. (2014)
Vamos agora nos deter em conhecer as principais características que 
compõe cada uma dessas áreas da chamada logística empresarial.
A logística existe para transportar e posicionar estoques com o 
objetivo de conquistar benefícios relacionados ao tempo, ao local 
e à propriedade desejados pelo menor custo total. O estoque tem 
valor limitado até que esteja posicionado no momento e no local 
certos para apoiar a transferência de propriedade ou a criação de 
valor agregado. Se uma empresa não satisfaz consistentemente 
aos requisitos de tempo e de local, ela não tem nada para vender 
(BOWERSOX et al., 2014, p. 36).
Veremos que para cumprir com as várias áreas e operações em que a 
logística se encarrega, iremos analisá-la, dividindo em cinco as áreas do trabalho: 
1 - processamento de pedidos;
2 - estoques;
3 - transportes;
4 - armazenamento, manuseio de materiais e embalagens, e;
5 - rede de instalações.
Mais uma vez reforçamos a ideia de que estas cinco áreas devem ser vistas 
operando de forma integrada e inter-relacionada para o cumprimento de suas 
atividades, conformevisualizamos na imagem a seguir:
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
11
2.2.1 Processamento de pedidos
As informações são essenciais para as operações logísticas e é no 
processamento dos pedidos que essa necessidade de qualidade na informação 
se evidencia com maior importância. Segundo Bowersox et al. (2014, p. 36), o 
benefício do rápido fluxo de informações está diretamente relacionado ao 
equilíbrio do trabalho. “Logo, não faz muito sentido uma empresa acumular 
pedidos em um escritório de vendas local durante uma semana, enviá-los ao 
escritório regional, processar os pedidos em lote, designá-los a um depósito de 
distribuição e depois enviá-los por frete aéreo para obter uma entrega rápida”. É 
preciso maximizar esse processamento, minimizando etapas, que correspondem 
a tempo e favorecem a finalidade do negócio.
Por outro lado, a comunicação via internet de pedidos diretamente do 
cliente, combinada com transporte mais lento e menos dispendioso 
da terra, pode gerar um serviço de entrega mais rápido e constante 
por um custo total mais baixo. O objetivo principal é equilibrar os 
componentes do sistema logístico (BOWERSOX et al., 2014, p. 37).
A citação dos autores destaca um aspecto importante da sociedade atual, 
que é a comunicação via rede, disponibilizada através da internet, que da mesma 
forma como afeta nossas vidas pessoais, também é altamente utilizada nos 
processos empresariais.
Como vimos até aqui, as solicitações dos clientes, transmitidas através 
de seus pedidos, são muito importantes. Normalmente a administração dessas 
solicitações segue um fluxo, como o da figura abaixo:
FIGURA 5 – FLUXO DO PROCESSAMENTO DE PEDIDOS
FONTE: Adaptado de Bowersox et al. (2014)
A imagem demonstra que o fluxo do processamento de um pedido vai muito 
além da simples venda realizada, compreendendo também a entrega e as ações 
financeiras que compõem o faturamento desta venda e a cobrança necessária.
2.2.2 Estoques
A quantidade/necessidade de estoques de uma empresa está diretamente 
relacionada à rede de instalações que esta possui e ao nível de serviço que se deseja 
para este cliente. Não é comum uma empresa estocar todos os seus possíveis 
produtos a serem vendidos junto a cada unidade de comercialização, pois isso 
aumentaria em muito o custo de tal operação.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
12
FIGURA 6 – REGRA DE PARETO
FONTE: O autor
Sobre esta regra ou Lei de Pareto, associada à área da logística, vamos 
acompanhar as ideias de Bowersox et al. (2014, p. 38):
A maioria das empresas passa por uma variação substancial no volume 
e na lucratividade das diversas linhas de produtos. Se nenhuma 
restrição for aplicada, uma empresa pode descobrir que menos de 20% 
de todos os produtos comercializados são responsáveis por mais de 
80% do lucro total. Embora a regra conhecida como regra dos 80/20 – 
ou Princípio de Pareto – seja comum nos negócios, os administradores 
devem evitar tais resultados implementando estratégias de estoque 
baseadas na classificação ABC.
O objetivo de uma estratégia de estoques é conseguir o desejado 
serviço ao cliente com o mínimo de comprometimento do estoque. O 
excesso de estoque pode compensar deficiências no projeto básico de 
um sistema logístico, mas acabará resultando num custo logístico mais 
alto que o necessário (BOWERSOX et al., 2014, p. 37).
Também, ao falarmos de estoque, a máxima é que estoques desnecessários 
representam aumento nos custos operacionais, o que deve ser evitado. Deve-
se buscar a satisfação das expectativas dos clientes com o mínimo de tempo de 
estocagem, neste caso. É importante que conheçamos, neste momento, a regra ou 
Princípio de Pareto, que também pode ser aplicada aos estoques. 
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
13
NOTA
Segundo Bertaglia (2003), uma das técnicas de administração dos estoques é 
conhecida por ABC e consiste em separar os itens do estoque em três classes A, B e C. Onde 
os itens classificados como A referem-se aos produtos vistos como mais importantes, uma 
vez que consomem um volume bastante alto de capital, exigindo maior atenção por parte 
da administração e no controle do estoque em relação a estimativas e perdas em qualquer 
etapa da cadeia de abastecimento, seja transporte, produção ou armazenagem. Já os itens 
B recebem atenção média, com enfoque rotineiro. Os itens classificados como C recebem 
um esforço pequeno no momento das estimativas. No entanto, itens estratégicos, mesmo 
que classificados como C, devem receber maior cuidado. Nesse caso, uma boa alternativa 
é manter ou elevar o estoque de segurança. Um exemplo seriam os componentes que, 
mesmo com valor inferior aos classificados como A ou B, são capazes de parar a produção e 
ocasionar atrasos nas entregas.
2.2.3 Transportes
Hoje é comum que todas as empresas, grandes ou pequenas, possuam 
algum gestor responsável pelo transporte, uma vez que, segundo Bowersox et 
al. (2014, p. 39), “o transporte é uma área essencial da logística, responsável pela 
movimentação e por posicionar geograficamente o estoque das empresas”.
Dentro da logística podemos destacar três fatores fundamentais para o 
bom desempenho dos transportes:
FIGURA 7 – FATORES PARA O BOM DESEMPENHO DOS TRANSPORTES
FONTE: Adaptado de Bowersox et al. (2014)
Nós teremos oportunidade de nos aprofundar na Unidade 2, deste livro 
didático, sobre as especificidades que envolvem o transporte e seus inúmeros 
fatores envolvidos que se referem aos custos, velocidade e consistência/
composição das cargas e fretes.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
14
Segundo Bowersox et al. (2014, p. 39), “o custo do transporte é o 
pagamento entre duas localizações geográficas e as despesas de manter o estoque 
em trânsito. Já a velocidade do transporte é o tempo necessário para completar 
uma movimentação específica”. A velocidade e o custo se relacionam de duas 
maneiras: primeiro, empresas que transportam mais rapidamente podem 
cobrar um preço mais alto pelo transporte, e em segundo, quanto mais rápido 
o serviço de transporte, menor o tempo do produto armazenado em estoque. Já 
a consistência do transporte se remete às variações durante as movimentações, 
refletindo na confiabilidade expressa pelas empresas que executam o serviço. 
“Quando o transporte não é consistente, é necessário fazer estoques de segurança 
para se proteger contra interrupções dos serviços, o que irá impactar diretamente 
nos estoques do comprador e do vendedor” (BOWERSOX et al., 2014, p. 39).
Dentro do complexo sistema logístico deve-se perseguir o equilíbrio entre 
o custo do transporte e a qualidade do serviço prestado, o que é influenciado pelo 
modal escolhido, que pode ser mais lento ou mais rápido, com maior ou menor custo.
NOTA
Você sabe o que é um modal? Chamamos de modal um método ou forma 
de transporte básico utilizado para o transporte de cargas. Os cinco modais básicos de 
transporte são: ferroviário, rodoviário, hidroviário, dutoviário e aéreo. Cada um deles possui 
suas particularidades, vantagens e desvantagens, e repercutem diretamente no custo da 
atividade logística.
2.2.4 Armazenagem, manuseio de materiais e embalagem
O armazenamento, o manuseio de materiais e a embalagem são 
parte integrante da solução operacional da logística, porém não têm o status 
independente das demais áreas que vimos anteriormente, pois são partes que 
integram outras áreas da logística.
Por exemplo, o estoque normalmente precisa ser armazenado em 
momentos específicos ao longo do processo logístico. Veículos de 
transporte exigem o manuseio do material para uma carga e descarga 
eficiente. Por fim, os produtos são manuseados com mais eficiência 
quando embalados em caixas para transporte ou outros tipos de 
carregamentos (BOWERSOX et al., 2014, p. 40).
 
Da mesma forma,dentro dos depósitos, o manuseio de materiais é 
importante. Produtos são recebidos, movimentados, armazenados, classificados 
e montados para atender aos requisitos que foram pedidos pelos clientes.
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
15
Segundo Bowersox et al. (2014, p. 40), “quando integrados de maneira 
eficaz às operações logísticas de uma empresa, o armazenamento, o manuseio de 
materiais e as embalagens facilitam a velocidade e a facilidade geral do fluxo dos 
produtos pelo sistema logístico”.
2.2.5 Projeto da Rede de Instalações
Na lógica de análise das operações de negócios contemporânea, o 
número, tamanho e a relação geográfica das instalações utilizadas pelas empresas 
para atenderem as suas operações é essencial para o sucesso dos seus negócios, 
independentemente do segmento a que possamos nos referir. Otimizar o uso dos 
espaços se faz essencial para as organizações.
Dessa forma, “o projeto de rede de instalações é uma importante 
responsabilidade da administração logística, visto que a estrutura de 
instalações de uma empresa é usada para enviar produtos e materiais 
aos clientes. Instalações logísticas típicas são fábricas, depósitos, 
operações de cross-docking e lojas (BOWERSOX et al., 2014, p. 41).
O projeto de uma rede de instalações deve conter as informações de quantidade 
e localização das instalações necessárias ao trabalho logístico; o que e quanto será 
estocado em cada local destes; quais clientes serão atendidos nestes locais.
O projeto de uma rede de instalações logísticas exige uma análise 
cuidadosa da variação geográfica [...]. A importância de se modificar 
continuamente a rede de instalações para se ajustar às alterações 
nas infraestruturas de demanda e oferta não pode ser ignorada. Os 
requisitos de variedade de produtos, de clientes, de fornecedores 
e de produção estão em constante mudança em um ambiente 
competitivo dinâmico. A escolha de uma rede de localização superior 
pode representar um passo significativo em direção à conquista de 
vantagem competitiva (BOWERSOX et al., 2014, p. 41).
E como vantagem competitiva se traduz em maior número de negócios, 
logo, maiores lucros, é a lógica perseguida no ambiente empresarial.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
16
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA – Conceitos básicos
Luciel Henrique de Oliveira 
Poucas áreas de estudo têm um impacto tão significante no padrão de vida 
da sociedade como a logística. Praticamente todas as áreas da atividade humana 
são afetadas, direta ou indiretamente, pelo processo logístico. Tente imaginar uma 
campanha publicitária de vários milhões de dólares e, quando o comprador vai 
procurar o produto, ele não o encontra na loja. Como seria possível comprar uma 
camisa de seda feita na China em uma loja em São Paulo? Por que um quilo de 
tomate é tão barato no campo e custa tão caro no supermercado? Qual deve ser a 
embalagem ideal para um iogurte? E para uma bijuteria? Por que o transporte de carga 
aérea, muito mais cara que os outros modais, está tendo um crescimento tão grande 
no Brasil e no mundo? As dúvidas e perguntas acima, assim como muitas outras, 
exemplificam a influência da logística no nosso dia a dia, e por isso é tão importante 
o nosso entendimento do processo logístico. Algumas pessoas costumam alegar que 
a logística é importante apenas nas operações industriais, caindo de importância 
nas operações comerciais e tornando-se pouco importante na área de prestação de 
serviços. Para esta última afirmação podemos analisar, por exemplo, a operação de 
um banco tradicional. Normalmente costumamos concentrar a nossa atenção na 
prestação de serviços em si e esquecemos que os equipamentos e instalações têm que 
ser armazenados e transportados; os formulários, talões de cheques, documentos, 
dinheiro (papel-moeda) também, e assim por diante. Com a globalização da economia, 
a logística ganhou uma maior importância numa escala global. Na economia mundial, 
sistemas logísticos eficientes formam a base para o comércio e a manutenção do padrão 
de vida na maioria dos países. Custos logísticos são um fator-chave para estimular 
o comércio. O comércio entre países e regiões de um mesmo país é frequentemente 
determinado pelo fato de que diferenças nos custos de produção podem mais do que 
compensar os custos logísticos necessários para o transporte entre regiões. Enquanto 
os Estados Unidos, o Japão e os membros da Comunidade Econômica Europeia 
gozam de alto padrão de vida e trocam mercadorias livremente devido à eficiência 
de seus sistemas logísticos, muitas porções do mundo, como as partes do Sudoeste 
Asiático, África, China e América do Sul, ainda apresentam sistemas de transporte e 
armazenagem inadequados para apoiar um comércio extensivo. Por isso, estes povos 
são forçados a uma autossuficiência localizada e um padrão de vida relativamente 
baixo. Uma diferença crítica entre essas duas situações é o ponto no qual se situa 
o desenvolvimento de seus sistemas logísticos. Quanto mais sofisticado for o seu 
desenvolvimento e quanto mais baratas forem suas movimentações e armazenagens, 
mais livre será a troca de mercadorias e maior será a especialização do trabalho. Se 
analisarmos, por exemplo, a malha rodoviária brasileira, que cobre precariamente 
apenas parte da região central, a região sul e litorânea do Brasil e verificarmos as 
diferenças de padrão de vida entre as regiões melhores supridas em termos logísticos 
e as outras, podemos entender facilmente esta afirmação. 
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
17
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA
Existem algumas versões para a origem da palavra logística: alguns autores 
afirmam que ela é originária da palavra francesa “loger”, que significa “acomodar”, 
“alojar”, enquanto que outros autores afirmam que é derivada do grego “logos” 
(razão), que significa “a arte de calcular” ou “manutenção de detalhes de uma 
operação”. A palavra logística é utilizada na área militar para representar a aquisição, 
manutenção, transporte de materiais, facilidades e pessoal, enquanto que na área 
comercial é usada para expressar o planejamento e a gestão dos serviços relativos a 
documentação, manuseio, armazenagem e transferência dos bens, objetos de uma 
operação de comércio nacional ou internacional. No passado, o comércio e a literatura 
acadêmica deram à logística uma grande variedade de nomes, tais como: Distribuição 
Física, Gerenciamento de Materiais, Engenharia de Distribuição, Gerenciamento 
Logístico de Materiais, Logística Empresarial, Gerenciamento de Cadeia de 
Distribuição, Logística de Distribuição, Logística Industrial, Logística de Marketing, 
Logística de Transporte. De um modo ou outro, todos os nomes acima essencialmente 
significam a mesma coisa: o gerenciamento do fluxo de materiais do ponto de 
origem ao ponto de consumo. Segundo o Counsil of Logistics Management, entidade 
que agrega milhares de associados nos Estados Unidos e outros milhares em todo 
o mundo, a palavra logística pode ser definida como sendo: o processo de planejar, 
implementar e controlar eficientemente o custo correto, o fluxo e armazenagem de 
matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações 
relativas a essas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com 
o propósito de atender aos requisitos do cliente. 
EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS
As empresas vêm executando logística há vários séculos. Os fenícios sabiam 
muito bem que um produto barato em um lugar podia ser vendido mais caro 
em outro lugar onde era necessário e escasso, isto é, conheciam empiricamente o 
conceito de valor agregado, de tempo e de lugar. Tradicionalmente, logística é a 
área da administração que cuida do transporte e armazenamento das mercadorias. 
Logística é definida como sendo o conjunto de Planejamento, Operação e Controle 
do Fluxode Materiais, Mercadorias, Serviços e Informações da Empresa, integrando 
e racionalizando as funções sistêmicas desde a Produção até a Entrega, assegurando 
vantagens competitivas na Cadeia de abastecimento e a consequente satisfação 
dos clientes. A Atividade Logística é regida pelos Fatores de Direcionamento 
(Logistic Drivers) para níveis maiores de Complexidade Operacional, por exemplo, 
histórico de demanda dos produtos ou serviços, histórico da frequência dos 
pedidos, histórico das quantidades por pedido, custos envolvidos na operação, 
tempo de entrega (lead-time), pedido mínimo, rupturas de abastecimento, prazos 
de entrega, períodos promocionais e frequência de sazonalidades, políticas de 
estoque (evitando faltas ou excessos), planejamento da produção, políticas de 
fretes, políticas de gestão dos pedidos (orders), análise dos modelos de canais de 
distribuição, entre outros. Em linhas gerais, pode-se dizer que a Logística está 
presente em todas as atividades de uma organização. A Logística começa pela 
necessidade do cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de produção 
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
18
e entrega. As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo 
passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, 
redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, 
disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade 
na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo 
com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas 
ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios (exemplo: 
Resposta Eficiente ao Consumidor - Efficient Consumer Response), entre outros. Isto 
tem feito a área de logística ser muito mais valorizada e criar interfaces com outras 
áreas, como Marketing, Finanças e Estratégia. 
ATIVIDADES PRIMÁRIAS DA LOGÍSTICA
Identifica aquelas atividades que são de importância primária para o 
atingimento dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço. Estas atividades são: 
Transportes, Manutenção de estoques, Processamento de pedidos. Essas atividades 
são consideradas primárias porque ou elas contribuem com a maior parcela dos 
custos total ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa 
logística. Transportes, para a maioria das firmas, é a atividade mais importante, 
simplesmente porque ela é a mais visível e também porque é essencial. Nenhuma 
firma pode operar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas 
ou de seus produtos acabados. “Transportes” refere-se aos vários métodos para 
se movimentar produtos. A administração da atividade de transporte geralmente 
envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da 
capacidade dos veículos. 
MANUTENÇÃO DE ESTOQUES
Muitas vezes, não é possível entregar o produto ao cliente assim que acaba 
sua fabricação. Da mesma forma, não é possível receber todos os suprimentos no 
exato momento em que eles são necessários na produção, embora muito se tenha feito 
dentro dos conceitos de “just in time”. A armazenagem torna-se necessária quando, 
por alguma razão, temos que guardar uma matéria-prima, componente ou produto 
acabado até a sua utilização. Os estoques agem então como amortecedores entre a 
oferta e a demanda. A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços 
dos custos logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade-chave 
da logística. Enquanto o transporte adiciona valor de lugar ao produto, o estoque 
agrega valor de tempo. Para agregar este valor, o estoque deve ser posicionado 
próximo aos consumidores ou aos pontos de manufatura. A administração de 
estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto possível, ao mesmo tempo 
em que provê a disponibilidade desejada pelos clientes. Os custos de processamentos 
de pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de transporte ou 
de manutenção de estoques. Contudo, o processamento de pedidos é uma atividade 
logística primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em 
termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É também uma 
atividade primária que inicializa a movimentação de produtos e a entrega de serviços. 
TÓPICO 1 | CONHECENDO A LOGÍSTICA EMPRESARIAL
19
ATIVIDADES DE APOIO À LOGÍSTICA
Apesar de transportes, manutenção de estoques e processamento de 
pedidos serem os principais ingredientes que contribuem para a disponibilidade 
e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades que apoiam 
essas atividades primárias. São elas: Armazenagem, Movimentação de materiais, 
Embalagens de transporte, Suprimentos, Programação da produção e Manuseio 
de informações. 
FONTE: Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/introducao-a-
logistica/11946/>. Acesso em: 22 jun. 2017.
20
Neste tópico, você viu que: 
• Já existiam atividades semelhantes à logística desde a época das civilizações 
mais antigas do mundo.
• A logística vem a sofrer influência também das atividades militares, com 
destaque para a 2ª Grande Guerra Mundial, onde estudos sobre a movimentação 
de tropas e materiais bélicos fica evidente.
• A globalização, da mesma forma, ao incrementar as atividades comerciais, 
propondo a eliminação ou diminuição de barreiras entre os países ou blocos 
econômicos, irá acirrar a concorrência das empresas, que agora enxergam na 
logística uma forma de diminuição de seus custos e aumento, consequentemente, 
de seus lucros. Com o advento da globalização, devemos destacar que as 
novas tecnologias da informação serão muito importantes para as atividades 
logísticas.
• As principais áreas da logística são o processamento de pedidos, gerenciamento 
de estoques, armazenamento, manuseio de materiais e o projeto de redes de 
instalações, que devem ser vistas de forma integrada e inter-relacionada para 
que apresentem sua maior eficácia.
• O gerenciamento de estoques é muito importante, uma vez que estoque de 
produtos prontos, parado, sem terem sido vendidos, representa custo em sua 
manutenção. Logo, quanto menor o estoque para atender às necessidades do 
cliente, melhor.
• As empresas devem considerar, ao planejar suas redes de operações 
logísticas, o tamanho de sua estrutura geral, número de unidades que serão 
atendidas, extensão territorial de seus produtos dentro do mercado, vias de 
acesso, posicionamento da concorrência, entre outros aspectos relacionados 
ao atendimento aos clientes em tempo hábil, para que possam prestar um 
atendimento mais eficaz.
RESUMO DO TÓPICO 1
21
Caro acadêmico! Para fixar melhor o conteúdo estudado, vamos 
exercitar um pouco. Leia as questões a seguir e responda-as em seu livro 
didático. Bom trabalho!
1 A Logística apresenta algumas características bem específicas que compõem 
o seu conceito. Analise as afirmativas a seguir:
I. O advento da globalização, na década de 1990, é considerado como o grande 
boom da logística.
II. Nunca houve nenhum tipo de atividade logística nas civilizações antigas.
III. O planejamento, a implementação e o controle dos fluxos físicos de 
materiais e de produtos finais entre os pontos de origem e os pontos de uso, 
com o objetivo de atender às exigências dos clientes e de lucrar com este 
atendimento, é um dos conceitos da Logística.
IV. Não existe a necessidade de entender a logística de forma integrada.
V. O transporte não faz parte das atividades logísticas.
É correto o que se afirma em:
 a) As assertivas I e III apenas. 
b) As assertivas I, II, III e V apenas.
c) As assertivas I, II e III apenas. 
d) As assertivas I e V apenas. 
e) A assertiva I apenas.
2 Explique o que significa a expressão “gerar valor logístico”.
AUTOATIVIDADE
22
23TÓPICO 2
O PRODUTO LOGÍSTICO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caros alunos! Neste tópico iremos explorar o que chamamos de produto 
logístico. Este produto envolve as operações logísticas e também os serviços sobre 
os quais elas se referem. Conhecer o que compõe o produto logístico é essencial para 
que as organizações possam melhor gerir o mesmo e adequar suas estruturas para 
um melhor atendimento de seus clientes. Também é essencial para o relacionamento 
estabelecido entre os fornecedores e empresas parceiras nos processos de entrega/
distribuição dos produtos que compõem o mix das empresas.
Os produtos possuem características particulares, que irão variar muito de 
organização a organização, principalmente em relação ao seu ciclo de vida, peso, 
densidade, necessidade de cuidados especiais de armazenamento e transporte, 
que repercutem diretamente sobre os serviços logísticos. Logo, o chamado produto 
logístico envolve desde as características deste mix de produtos comercializados 
pela empresa, até os serviços próprios ou terceirizados, que se encarregarão de 
seu manuseio, armazenagem e transporte.
Sendo assim, iremos estudar neste tópico muitos dos aspectos que 
se relacionam com os produtos e serviços relativos às atividades logísticas 
empresariais, e que, se bem administrados, podem garantir uma eficácia 
nos negócios. Dentro do agronegócio, sobremaneira, também destacamos a 
importância destes cuidados relacionados aos produtos, uma vez que podemos 
ter questões como a perecibilidade e a própria sazonalidade, que repercutirão 
diretamente nestas operações. Vamos imaginar, por exemplo, o transporte 
de flores pelo Brasil afora, que necessita, na maioria das vezes, de um veículo 
refrigerado para esta finalidade. Estas questões compõem o planejamento das 
operações logísticas e devem ser dimensionadas.
2 CONHECENDO O PRODUTO LOGÍSTICO
O produto deve ser o centro do foco num projeto de sistema logístico, pois 
é ele que irá gerar receitas para a empresa. 
Na mesma proporção em que as características do produto forem 
sendo moldadas e readaptadas com a consequente melhoria de 
posicionamento no mercado, se estará então criando uma vantagem 
competitiva. Os clientes reagirão a isso dando preferência ao público-
alvo de todas essas atenções (BALLOU, 2006, p. 73).
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
24
Mas como podemos definir produto?
Segundo Juran (1989 apud BALLOU, 2006, p.73), ”um produto é o fruto, 
ou resultado, de qualquer atividade ou processo. O produto é composto por uma 
parte tangível e outra intangível, que juntas completam a oferta total de produtos 
de uma empresa”. Na parte física (tangível) se encontram as características como 
peso, volume e durabilidade. Já na intangível da oferta de produtos podemos 
considerar o suporte pós-vendas, a reputação da empresa, a comunicação destinada 
a proporcionar informação correta e atualizada (por exemplo, rastreamento de 
uma encomenda). Nesta lógica, a oferta total de produtos de uma empresa pode 
ser definida como um misto de características físicas e de serviços.
FIGURA 8 – O PRODUTO LOGÍSTICO
FONTE: O autor
A imagem representa como o produto logístico se configura, no somatório 
dos produtos de fato manufaturados/produzidos, e compõe o mix das empresas, 
somado aos serviços necessários ao seu armazenamento, transporte e distribuição 
dentro da cadeia de abastecimento da organização.
Os produtos podem ser classificados para facilitar as operações logísticas, 
sendo a forma mais tradicional de classificação aquela que os divide entre 
produtos de consumo e produtos industriais.
Os produtos de consumo são aqueles dirigidos diretamente aos usuários 
finais. Segundo Ballou (2006, p. 74), “os especialistas em marketing há muito tempo 
entenderam as diferenças básicas no comportamento dos clientes que os levam a 
optar entre diferentes bens e serviços, e também entre os locais que os vendem”. 
Os especialistas em marketing normalmente têm utilizado uma classificação 
dos produtos de consumo em outras três divisões: produtos de conveniência, 
produtos de concorrência e especialidades.
Acompanhe a tabela abaixo e entenda as diferenças e particularidades de 
cada uma dessas classificações:
TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
25
QUADRO 1 – CLASSIFICANDO OS PRODUTOS DE CONSUMO
Produtos de Conveniência Produtos de Concorrência Especialidades
São bens e serviços 
adquiridos rotineiramente.
Bens e serviços onde o 
consumidor pesquisa e 
compara antes da compra.
São aqueles que o cliente se 
dispõe a fazer sacrifícios e 
inclusive esperar o tempo 
necessário para fazer a compra.
São adquiridos com 
frequência.
É levado em conta a 
localização, preços e 
qualidade antes da compra.
Existe uma forte relação e 
insistência sobre a marca.
Não são feitas grandes 
comparações para sua 
compra.
Somente é realizada a 
compra após cuidadosa 
deliberação.
Os custos da distribuição física 
são menores que as demais 
categorias de produtos.
Dependem de ampla 
distribuição e pontos de 
venda.
O número dos pontos de 
estocagem é menor do 
que os de conveniência. A 
distribuição não precisa ser 
tão ampla.
A distribuição é menos exigida 
que os de conveniência e 
concorrência.
Exemplos: serviços bancários, 
cigarros e inúmeros produtos 
alimentícios.
Exemplos: automóveis, 
roupas de alta costura, 
móveis residenciais e 
planos de saúde.
Exemplos: desde raridades 
culinárias até automóveis sob 
encomenda e consultorias 
especializadas em gestão.
FONTE: Adaptada de Ballou (2006)
Além desta classificação que analisamos no quadro acima, comparando 
os produtos prontos entre conveniência, concorrência e especialidades, temos 
também os produtos industriais, definidos por Ballou (2006, p. 75) como:
Já os produtos e serviços industriais são aqueles dirigidos para 
indivíduos ou organizações que deles fazem uso na elaboração de 
outros bens ou serviços. É uma classificação muito diferente da de 
produtos de consumo. Como são vendedores que normalmente 
procuram os compradores, não seria aqui relevante uma classificação 
baseada em padrões de compra, ou escolha.
Os produtos industriais seguem outras regras para sua classificação, 
que relaciona-se com o momento de sua entrada no processo produtivo. 
Assim, existem produtos que farão parte do produto final, como matérias-
primas e componentes; aqueles usados no processo de fabricação, instalações 
e equipamentos; e os que não entram diretamente no processo de fabricação, 
como serviços de negócios e suprimentos.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
26
2.1 O CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS
O ciclo de vida dos produtos é outra referência amplamente utilizada 
pelos gestores ao operarem dentro dos mercados em que atuam. Sabemos que 
os produtos não geram imediatamente o seu maior volume de vendas tão logo 
são lançados no mercado, e que sua comercialização oscila durante o período, 
apresentando inúmeros picos de venda.
Podemos imaginar o ciclo de vida de um produto observando a figura 
abaixo:
FIGURA 9 – CICLO DE VIDA DO PRODUTO
FONTE: Disponível em: <http://marketingfuturo.com/ciclo-de-vida-do-
produto-introducao-crescimento-maturidade-declinio/>. Acesso em: 23 jun. 
2017.
Na figura acima podemos considerar a introdução do produto no mercado 
como sinônimo de seu lançamento. “As vendas não estão no seu nível elevado porque 
a aceitação do produto ainda não é generalizada. A estratégia típica de distribuição 
física é cautelosa, com os estoques restritos a um número relativamente pequeno de 
locais. A disponibilidade do produto é limitada” (BALLOU, 2006, p. 75).
Comparando as demais fases, podemos perceber como a relação com os 
sistemas logísticos vai se reconfigurando, visando acompanhar as novas fases e 
atender às exigênciasespecíficas de cada uma delas. Ou seja, sendo o produto bem 
aceito pelo mercado, entra em crescimento de suas vendas, o que pode acontecer 
de forma muito rápida, exigindo um planejamento em termos logísticos, pois 
os produtos comercializados precisam ser entregues e não se pode perder este 
timing do processo comercial. 
Porém, muitas vezes, não possuindo um bom sistema de informações na 
empresa, estes registros relativos às vendas acabam se perdendo, o que poderia 
ser utilizado para planejamentos futuros. Sobre esta questão, vamos acompanhar 
a reflexão de Ballou (2006, p. 75) sobre o assunto:
TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
27
É comum não se dispor de um histórico de vendas pelo qual orientar 
o melhor nível de estocagem em determinados pontos, muito menos 
o número de locais de estocagem a serem utilizados. A distribuição 
fica frequentemente na dependência da opinião e sob controle da 
administração neste estágio de expansão. Contudo, a disponibilidade 
do produto vai também aumentando rapidamente numa ampla área 
geográfica para corresponder ao interesse do cliente pelos produtos.
Da afirmação acima, percebemos ainda mais a importância e correlação 
da logística com as fases que correspondem ao ciclo de vida dos produtos que a 
empresa comercializa e expõe ao mercado. O estágio de crescimento de alguns 
produtos é bem rápido e logo segue o seu período de maturação, onde o aumento 
das vendas pode mostrar-se lento e atingir o seu pico. Nesta fase, a produção 
já consegue mensurar com maior exatidão o que deverá produzir e em que 
quantidades para atender às necessidades dos seus clientes.
Referindo-se ao último estágio do ciclo de vida do produto, o declínio, 
Ballou (2006, p. 76) comenta que:
Um dia o volume de vendas diminui para a maioria dos produtos, 
como resultado de avanços tecnológicos, da concorrência ou do 
esgotamento do interesse dos clientes. A fim de manter uma 
distribuição eficiente, surge a necessidade do ajustamento dos padrões 
de movimentação do produto e alocação de estoques. O número de 
pontos de estocagem provavelmente terá uma redução, com o número 
de locais de estocagem tornando-se menor, porém, mais centralizados.
É muito comum, dentro do ambiente organizacional, que os produtos 
cheguem a um declínio de suas vendas, até mesmo ao momento em que seja 
decidida a sua retirada do mix de produtos que compõe a empresa. Dentro desta 
lógica de declínio nas vendas, também os estoques e a movimentação de cargas 
(fretes) devem ser ajustados.
2.2 CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS
As características dos produtos que possuem maior influência direta sobre 
a logística e suas estratégias são as relacionadas aos seus atributos naturais: peso, 
volume, valor, perecibilidade, inflamabilidade e substituibilidade. “Quando 
observadas em combinações variadas, essas características são um indicativo da 
necessidade de armazenagem, estocagem, transporte, manuseio do material e 
processamento dos pedidos” (BALLOU, 2006, p. 79).
Vamos analisar estes atributos dividindo-os em quatro categorias: 
quociente peso-volume, quociente valor-peso, substituibilidade e características 
de risco.
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL
28
2.2.1 Quociente peso-volume
O quociente peso-volume relaciona-se diretamente aos custos de 
transporte e armazenagem.
Produtos que são densos, isto é, que têm alto quociente peso-volume 
(por exemplo, aço laminado, materiais de impressão e alimentos 
enlatados), mostram uma boa utilização do equipamento de transporte 
e instalações de armazenagem, com ambos os custos tendendo a ser 
baixos. Contudo, para produtos de baixa densidade (por exemplo, 
bolas de praia infladas, barcos, batatas fritas e abajures), o volume de 
capacidade do equipamento de transporte é totalmente utilizado antes 
que se atinja o limite de peso transportável. Da mesma forma, os custos 
de manuseio e de espaço, baseados no peso, tendem a ser elevados em 
relação ao preço de venda dos produtos (BALLOU, 2006, p. 80).
Então, podemos concluir que à medida que a densidade do produto 
aumenta, tanto os custos de armazenagem quanto os de transporte tendem 
a diminuir no percentual do preço de venda. Vamos imaginar no setor do 
agronegócio, por exemplo, o transporte e movimentação de grãos em comparação 
com o algodão e suas repercussões em relação ao peso e densidade das cargas e 
espaços de estocagem necessários.
2.2.2 Quociente valor-peso
O valor financeiro da movimentação e armazenagem dos produtos 
também é importante ao medir os custos desta armazenagem. É uma tendência 
lógica que as organizações não pretendam estocar produtos com alto valor-peso.
Produtos com baixo quociente valor-peso (por exemplo, carvão, 
minério de ferro, bauxita e areia) têm também custos baixos de 
armazenagem, mas custos elevados de movimentação em termos de 
percentagem dos seus preços de venda. Os custos de movimentação 
de estoque são computados como uma fração do valor do produto. 
Baixo valor do produto significa baixo custo de armazenagem, uma 
vez que o custo de movimentação do estoque é o fator dominante 
dos custos de armazenagem. Os custos de transporte, no entanto, são 
diretamente relacionados ao peso. Quando o valor do produto é baixo, 
os custos de transporte representam alta proporção do preço de venda 
(BALLOU, 2006, p. 80).
Podemos concluir, a partir da explicação acima, que produtos que 
apresentarem um alto quociente valor-peso (equipamentos eletrônicos, joias, 
instrumentos musicais) funcionam ao contrário, com altos custos de armazenagem 
e menores custos em seu transporte. Logo, as empresas procuram minimizar os 
estoques de produtos com alto valor-peso.
TÓPICO 2 | O PRODUTO LOGÍSTICO
29
2.2.3 Substituibilidade
Produtos são considerados altamente substituíveis quando os clientes 
podem facilmente estabelecer comparações entre as empresas concorrentes e 
optar facilmente entre as marcas oferecidas. Ou seja, conforme Ballou (2006, p. 81), 
“o cliente muito facilmente se disporá a comprar uma marca secundária quando 
não houver disponibilidade imediata daquela que é a sua primeira escolha”. A 
substituibilidade é muito percebida nos produtos do varejo, e sobretudo na área 
da alimentação, onde existe a incidência de produtos oriundos do agronegócio. 
Este fator é percebido na existência de inúmeras marcas ofertadas com produtos 
muito semelhantes no interior de grandes redes de supermercados.
O profissional de logística não tem, em grande parte, controle sobre a 
substituibilidade de um produto, mas, apesar de tudo, deve sempre 
planejar sua distribuição com altos graus de substituibilidade. Esta 
pode ser vista em termos de perdas de venda para o fornecedor. Em 
altos índices, ela normalmente significa maior possibilidade de que 
o cliente venha a optar por um produto concorrente, o que acarreta 
prejuízos para o fornecedor. O profissional de logística normalmente 
enfrenta a questão da perda de vendas lançando mão de opções de 
transporte e/ou armazenagem (BALLOU, 2006, p. 81).
Podemos afirmar que, ao melhorar o transporte, as empresas podem 
reduzir as perdas em vendas, neste caso, uma vez que o produto se torna mais 
acessível ao cliente.
2.2.4 Características de risco
Segundo Ballou (2006, p. 82), “as características de risco do produto 
são, entre outras: perecibilidade, inflamabilidade, valor, tendência a explodir 
e facilidade de ser roubado”. Quando um produto qualquer mostra alto 
risco em qualquer um destes itens, irão se impor algumas restrições sobre o 
sistema de distribuição, o que eleva os custos de transporte e armazenagem, 
consequentemente.
Estas características que podem gerar danos e prejuízos para as empresas 
repercutirão diretamente no sucesso ou fracasso das operações logísticas. Vamos 
tomar, como exemplo, os custos que estão associados à estocagem de tintas e 
solventes

Outros materiais