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LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

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LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO 
PROF. ME. MARCO ANTÔNIO SENA DE SOUZA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Simone Barbosa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................4
1. HISTÓRIA E CONCEITUAÇÃO DA LOGÍSTICA ........................................................................................................5
1.1 IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA ...............................................................................................................................5
1.1.1 A LOGÍSTICA E O COMÉRCIO ELETRÔNICO .......................................................................................................8
1.2 HISTÓRIA E CONCEITUAÇÃO DA LOGÍSTICA ......................................................................................................9
1.2.1 UM POUCO DE HISTÓRIA DA LOGÍSTICA ......................................................................................................... 12
1.2.2 LOGÍSTICA NA CONTEMPORANEIDADE .......................................................................................................... 15
2. A LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................... 16
2.1 LOGÍSTICA OUTBOUND E INBOUND .................................................................................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................22
BASES CONCEITUAIS SOBRE A LOGÍSTICA 
E DISTRIBUIÇÃO
PROF. ME. MARCO ANTÔNIO SENA DE SOUZA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO 
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INTRODUÇÃO
 
Entre os dias 21 e 31 de maio de 2018, uma greve da categoria dos caminhoneiros 
conseguiu paralisar por 11 dias a economia brasileira, impactando a distribuição de vários 
tipos de produtos e serviços em todo o território nacional, causando, por decorrência, 
prejuízos consideráveis nos mais diferentes setores produtivos. Também outra brutal redução 
de operações comerciais se iniciou em todo território brasileiro. Tal medida fora decretada 
por vários governadores em meados do mês de março de 2020 como uma das medidas de 
enfrentamento da epidemia do coronavírus, em seus respectivos Estados. Dentre as várias lições 
aprendidas com esses eventos, de fato, ele conseguiu fazer com que as autoridades e a sociedade 
em geral constatassem a falta de um olhar preocupado com os problemas do transporte. Mais 
recentemente, o temor em relação ao coronavírus impactou o setor de turismo de muitos 
países, cancelamento de megaeventos, viagens de negócios, comprometimento da logística de 
abastecimento de cadeias de suprimentos dos países, dentre outros impactos relacionados à 
área. 
A discussão sobre a falta de produtos em ambos os casos demonstra um cenário onde os 
personagens desempenham um papel dentro do ambiente ainda desconhecido, que é a logística. 
A logística envolve uma série de ações, desde a aquisição de atacadistas e fornecedores até a 
fabricação, armazenamento e entrega aos clientes de produtos e matérias-primas. É imperativo 
que todo empresário tenha um forte entendimento de seus sistemas de logística para garantir 
que ele esteja maximizando os lucros e seja capaz de oferecer aos clientes a experiência mais 
positiva possível.
Assim, a gestão da logística leva em conta a ideia de que ela afeta as empresas a obter 
uma eficiência na relação fornecedor/cliente e, dessa forma, ajuda empresas a crescerem em 
seus mercados e vendas, e constroem fortes relações com seus clientes.
Nesse primeiro módulo, estudaremos o conceito e a evolução da logística, lembrando 
que você deve buscar alinhar a teoria e a prática para privilegiar o melhor aprendizado das 
principais ideias sobre o tema “logística”, que, por sua vez, devem resultar no conhecimento e 
desenvolvimento de um futuro profissional.
Bons estudos!!!
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1. HISTÓRIA E CONCEITUAÇÃO DA LOGÍSTICA
1.1 Importância da Logística
Concentre-se no fato de que você acabou de fazer a aquisição de um produto pela 
internet (comércio eletrônico). Para o momento, entenderemos que nada de excepcional há nessa 
operação, nem na operação de pagamento desse produto. Porém, vamos dar o destaque devido ao 
processo de como fazer esse produto chegar até você. Sejamos mais ambiciosos ainda e pensemos 
na situação desde o processo de obtenção da matéria-prima até a chegada do produto a suas 
mãos. Ao se perguntar sobre o porquê você faria isso, e arriscando fazê-lo, você simplesmente 
estará entrando no coração da logística. 
Em um primeiro momento, atenha-se ao fato de que há uma complexidade envolvida 
no processo de deslocar mercadorias, envolvendo, para isso, por exemplo, conhecimentos sobre 
gestão, economia, engenharia, geografia, e de várias ferramentas computacionais, para que todo 
o sistema de deslocamento não falhe, dado que há condicionantes como aspectos jurídicos 
envolvidos, bem como prazos estabelecidos. Que tal os desafios de como levar um rinoceronte-
negro da República Checa para a Tanzânia; aspargos frescos do Peru para as mesas de requintados 
restaurantes brasileiros; e que tal lidar com a logística humanitária em desastres naturais? Você 
terá de reunir grandes capacidades e habilidades para esses e para tantos outros eventos que 
envolvem uma complexidade na gestão logística.
O mundo contemporâneo é marcado pela agressividade concorrencial entre empresas, 
envolvendo muita criatividade em explorar novas oportunidades. No entanto, também há uma 
busca incessante e crescente em dar maior satisfação para empresas e clientes. Para isso, um serviço 
altamente valorizado e especializado será desenvolvido para gerar uma dinâmica distintiva na 
relação empresa/cliente. As mercadorias comercializadas terão de chegar a seus destinos, tendo 
sido asseguradas suas características e aspectos contratuais, lembrando que a concorrência aque 
nos referimos é global, e mais e mais empresas de variados portes ingressam nesse mercado. 
Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha, a Logística humanitária 
consiste em um conjunto de processos e sistemas envolvidos na mobilização 
de pessoas, recursos e conhecimento para ajudar comunidades vulneráveis, 
afetadas por desastres naturais ou emergências complexas. Ela busca à pronta 
resposta, visando a atender o maior número de pessoas, evitar falta e desperdício, 
organizar as diversas doações que são recebidas nesses casos e, principalmente, 
atuar dentro de um orçamento limitado.
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Por conta desse imenso mercado e o desenvolvimento de tecnologias, chegamos a um 
nível em que concorremos com produtos de outros países. E nisso lhe pergunto: será que você 
não tem nenhum produto de origem chinesa em sua residência? Sem nos darmos conta, estamos 
utilizando lápis de escrever de origem alemã, camisetas de origem cambojana e até mesmo cabelos 
naturais para aumento do comprimento e volume nos cabelos de homens e mulheres, e que foram 
importados pela Índia. A Suíça não possui clima para plantar cacau, mas seus chocolates estão 
presentes em vários Duty Frees nos mais variados aeroportos internacionais, inclusive no Brasil. 
A Alemanha também não produz café, mas possui várias marcas de cafés comercializadas no 
mercado internacional. Estando por lá, peça um Schwarzkaffee (café preto), mas, a menos que 
você seja um(a) degustador(a) profissional, não saberá se esse café é brasileiro ou colombiano. 
Também em Apucarana – PR, conhecida como terra do boné, as empresas têm de concorrer 
com os bonés de origem chinesa que, por sua vez, também estão disponíveis nas várias cidades 
brasileiras. Realidades como essas nos inspiram a muitas outras discussões, mas novamente nos 
indagamos: como esses produtos chegam até o consumidor? 
Por fim, sendo algo comum a todos nós, fazer compras em um supermercado nos estimula 
a pensar no quanto a logística é uma parte indispensável das empresas fornecedoras, conferindo 
a elas competitividade e economia de custos, mas isso se efetivamente houver profissionais 
capacitados. 
É por isso que estudar logística implica habilidades necessárias para um profissional 
que irão muito além da visão limitada de simples deslocamentos de produtos de uma localidade 
a outra. Envolverá o controle de estoque da cadeia de distribuição, a colaboração do sistema 
de compras no plano estratégico da empresa, gerenciamento de bens intrínsecos através dos 
processos de armazenagem, lista das metas a serem alcançadas observando os processos de 
expedição e transporte, tomada de decisões sobre aspectos específicos de logística, como por 
exemplo, logística de hospitais, logística reversa, logística inbound/onbound; gestão financeira e 
planejamento logístico nacional e internacional. Ufa!!! São muitos aspectos e esteja certo de que 
tem muito mais a se explorar. 
Observe, no entanto, que tudo na logística afeta os resultados empresariais. Isso inclui 
deterioração, custos de combustível, taxas de remessa, armazenamento e qualquer outra coisa 
envolvida no trânsito do produto ao seu cliente. Se você pode reduzir a deterioração do produto 
ou reduzir os custos de logística, economizará dinheiro e aumentará suas margens de lucro. 
A lógica é muito simples, mas não o será se não houver uma profissionalização nesse sentido. 
Para Pozo (2019), a grande importância da logística é gerar um valor comprador para o cliente 
e um valor estratégico para a empresa. Antecipando ou melhor compreendendo as demandas e 
expectativas dos clientes, a empresa consegue se posicionar estrategicamente tendo a logística 
como uma ferramenta ou uma finalidade organizacional. 
E como você pode compreender, a logística transcende aquela visão imediatista e 
equivocada de ser tão somente um instrumento de movimentação de mercadorias. Ela está ligada 
ao gerenciamento de estoques e equilíbrio entre oferta e a demanda por produtos, também está 
presente na relação entre países, respeitando suas leis e tratados, bem como está desenvolvendo 
seus serviços para atendimento dos mercados e da satisfação dos clientes.
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É importante, também, observarmos que, por conta do desenvolvimento das operações das 
empresas na melhoria de seus processos e atividades, essas demandam um perfil de profissionais 
cujas atribuições são as seguintes para o atual profissional de logística: 
• Formação profissional e cursos de especialização na área em que deseja atuar. 
• Capacidade de interagir com os mais variados níveis hierárquicos das organizações. 
• Ser uma pessoa que saiba trabalhar em equipe. 
• Possuir proatividade, não esperando que seja cobrado pelas suas tarefas, e 
multifuncionalidade, adaptando-se a outras funções correlatas sempre que necessário. 
• Vontade de aprender e crescer, responsabilidade e, principalmente, cumplicidade com o 
trabalho e com a organização, fidelidade não à chefia, mas à empresa e seus objetivos. 
• Conhecimento de tecnologias da informação que proporcione maior performance e 
rendimento aos processos logísticos. 
• Possuir resiliência para ser capaz de vencer as dificuldades e obstáculos, por mais fortes 
e traumáticos que eles sejam. 
• Possuir inteligência emocional para ter a capacidade de manipular as emoções de forma 
que elas trabalhem a favor e o conduzam mais próximo de seus objetivos. 
• Saber onde se deseja chegar, sempre respeitando o próximo e a si mesmo.
De fato, as habilidades mais demandadas para a maioria das ocupações deve mudar com 
o advento da chamada Quarta Revolução Industrial, que corresponde à aplicação da robótica 
avançada, inteligência artificial e a automação dos processos. 
Vídeo comercial da Temp Log, intitulado Revolução Logística – veja 
os últimos 20 anos. Como item complementar, o vídeo traz um 
conceito aproximado ao conteúdo explicado até aqui, e que pode 
lhe descortinar uma nova visão sobre a logística. 
TEMP LOG. Revolução Logística – veja os últimos 20 anos, 2019. 1 
vídeo. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=7PalRl6Ld9k . Acesso em: 14 abr. 2020.
Logística 4.0, no sentido mais restrito, implica a criação de redes e a integração 
de processos logísticos dentro e fora das empresas comerciais e instalações 
de produção, até o controle descentralizado em tempo real das redes logísticas. 
As soluções incluem os sistemas ciberfísicos, que consistem em sistemas 
embarcados interconectados via redes de comunicação ou componentes como 
dispositivos com inteligência autônoma e recursos de tomada de decisão, como 
câmeras, detectores e carros autônomos. 
https://www.youtube.com/watch?v=7PalRl6Ld9k
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1.1.1 A logística e o comércio eletrônico
Estão se tornando muito comuns as compras em plataformas eletrônicas. Compras feitas 
na internet envolvem produtos de interesse e uma superplataforma de transações eletrônicas, mas 
se não houver meios de pagamento adequados aos clientes e um sistema de entrega satisfatório, 
o fracasso é iminente. Clientes que tenham uma boa experiência de compras em sites de vendas 
podem não se importar com a forma de como se fabrica o seu produto, mas com certeza o tem com 
o fato do prazo com que irão ter seus produtos entregues, sobretudo nas condições estabelecidas 
ou pactuadas. Portanto, esse é um grande problema para os fornecedores online. Quando sua 
logística não consegue preparar pedidos rapidamente para entrega, remessa ou entrega, o cliente 
fica esperando e provavelmente pode até estar comprando em outro site.
Melhorar a experiência do cliente pode ser conseguido através do processo de 
automatização de muitas etapas de quem trabalha nessas organizações, incluindo o controle de 
estoque,o controle da sanidade ou condições físicas do produto, ou ainda se o mesmo está de 
acordo com as especificações técnicas envolvidas. Também em relação aos clientes, é importante 
fornecer constantemente atualizações e feedback a eles, o que lhes dá uma sensação de maior 
confiança no serviço prestado (TURCHI, 2019). O envio de números de rastreamento de entrega 
para que esse cliente acompanhe em tempo real o pedido formulado faz parte da moderna 
prestação de serviço.
Importa lembrar que, segundo o Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90), 
o cliente comprador tem o direito de arrependimento em sua compra online no prazo de sete 
dias, em que esse passando a desistir da operação de compra não precisará explicar o motivo. 
Observe aqui o contexto que está relacionado à logística, dado que a devolução de compras feitas 
aos fornecedores dessa mercadoria envolverá uma operação cujo fluxo de etapas é invertido, ou 
seja, a mercadoria partirá do cliente em direção ao fornecedor. Percebe a dimensão que a logística 
começa a assumir?
De fato, a dedicação e o aperfeiçoamento de profissionais da logística são necessários para 
lidar com esses desafios também, pois, por exemplo, no momento em que você faz a leitura desse 
texto, um gigantesco número de operações de compra de produtos pelos sites está sendo feito 
ao redor do mundo. E a lógica permanece igual: as empresas estarão acionando seus processos 
produtivos no sentido de fazer chegar ao cliente o produto solicitado, no tempo certo e com as 
características certas. Por outro lado, conforme citado anteriormente, muitos serão aqueles que 
estarão desistindo da sua intenção de compra, exigindo novos esforços das empresas envolvidas 
com a logística para o retorno dos produtos aos fornecedores. 
 Da sua atuação no sistema de logístico de sua organização, um conjunto de atividades 
serão desenvolvidas para superar as barreiras no espaço e no tempo que possam ocorrer no 
período da Black Friday, ou no transporte e armazenamento dos veículos do circuito da Fórmula 
1, como também na movimentação dos 19.224 contêineres que cabem no maior navio do mundo. 
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Portanto, a logística vai lidar com o fluxo de armazenamento de mercadorias, como 
o desempenho de serviços, com terceirização, com o fluxo de informações dentro e fora das 
organizações nas mais diversas circunstâncias. 
1.2 História e Conceituação da Logística
Como dissemos preliminarmente, a logística pode ser definida como o conjunto de 
atividades e processos necessários para garantir a entrega da mercadoria ao seu cliente final. 
Envolve as atividades que garantem a entrega da mercadoria ao cliente, isto é, o processo de 
transporte de mercadorias do local de produção para o ponto em que o produto é comercializado 
ou entregue ao consumidor final. Mas ampliando a visão sobre esse importante segmento 
empresarial, e diante dos exemplos apresentados, veremos que a logística é um processo de 
coordenação e movimentação de recursos, como o de equipamentos, alimentos, líquidos 
(combustíveis, por exemplo), inventários, materiais de um local a outro onde se processará o 
armazenamento até o destino desejado desses itens. 
Um fluxo de materiais e informações percorre ao longo da cadeia de suprimentos (supply 
chain), funcionando como pontes entre fornecedores e clientes como veremos mais à frente. 
A Black Friday é uma das principais datas para os lojistas online em que, 
além de haver grande possibilidade de aumentar os rendimentos de micro e 
pequenas empresas, é uma época em que os Correios e transportadoras estão 
sobrecarregados, e os atrasos são frequentes. Segundo levantamento da Agência 
Brasil, em 2019, dos 1500 consumidores entrevistados no país, 76% entendem que 
essa é uma data de evento de preço, cuja atratividade pelo valor das mercadorias 
é um atributo reconhecido por 53% dos entrevistados, estando os homens (na 
média) dispostos, naquele ano, a gastar R$741,00 e as mulheres R$325,00.
Vamos fazer um fechamento desse tópico, lidando com a questão 
da terceirização dentro do e-commerce. Uma palestra voltada para 
lojistas do mercado digital com uma empreendedora que faz a 
ligação da evolução da logística com a nova tendência chamada 
Fulfillment. 
LOGÍSTICA FULFILLMENT. Fulfiment – a evolução logística, 2018. 
1 vídeo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mIpqwGOmQ0M . 
Acesso em: 14 abr. 2020.
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Tais afirmações apresentam clara relação com o conceito formulado pela principal 
entidade internacional que reúne profissionais na área da gestão logística de quase todos os 
setores da indústria, governo e universidades, que é o Council of Supply Chain Management 
Professional – “Conselho de profissionais de Supply Chain”, que diz que: a logística é o processo 
de planejar, implementar e controlar, eficientemente, o custo correto, o fluxo e armazenagem de 
matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a 
esta atividade, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos 
requisitos do cliente. 
Considerando o significado do termo “conceito” ser uma “ideia, juízo ou opinião”, podemos 
observar que o conceito apresentado nos traz muitas opções para outras reflexões. Por exemplo, 
os proprietários de empresas que não têm uma boa noção de logística geralmente lutam para 
entender por que o roubo, a deterioração e as perdas por movimentação de mercadorias são altas 
em relação aos números do estoque. O estoque no fundo é um recurso que não está efetivamente 
sendo utilizado, mas potencialmente pode gerar mais recursos financeiros à empresa. Em outra 
situação, se o proprietário de uma empresa sabe que deve levar dois dias para levar um produto 
de um lado do país a outro, mas está levando três, ele precisará enfrentar e corrigir o problema 
junto ao fornecedor ou mesmo substituí-lo por um novo (GIACOMELLI; PIRES, 2016).
Também é uma questão de a logística optar por ter muito estoque disponível. São decisões 
que envolvem riscos, pois, se ocorrer um incêndio no armazém, perdas consideráveis podem 
ter efeitos em curto, médio e longo prazos na confiança do consumidor. Os pedidos existentes 
resultariam atrasos no cumprimento e novos pedidos não teriam continuidade. A base de clientes 
pode pensar que a empresa não poderá mais atender aos pedidos se o problema persistir por 
um período de tempo muito prolongado. Além disso, os custos de seguro e o tratamento de 
sinistros são por demais impactantes, pois muitas empresas têm um seguro insuficiente quando 
se trata de inventário (bens e materiais disponíveis em estoque). Outra realidade é a de que 
há muitos caminhões trafegando nesse país sem que a carga esteja segurada. Sabemos que há 
uma questão de custos associada, mas pense nos riscos envolvidos novamente. As empresas 
precisam ter fornecedores confiáveis para garantir que não precisem absorver os custos e riscos 
do armazenamento, mantendo sob seu controle o excesso de estoque de produtos. 
Para que você possa ir lidando com essas possibilidades, com tomadas variadas de decisão, 
precisamos que compreenda que, nesse contexto, teremos as operações logísticas mantidas pela 
execução de três atividades logísticas primárias, que são fundamentais ao processo logístico. 
Segundo Ballou (2001 apud BLOCK et al., 2017), essas são:
1. Transporte – responsável pela obtenção de mercadorias, movimentação de matérias-
primas e produtos para fornecedores e clientes, mas é responsável por 1/3 a 2/3 dos custos 
logísticos.
2. Estrutura e manutenção de estoques – responsável pela disponibilidade de produtos à 
demanda de clientes, exercendo efeito “amortecedor” entre oferta e demanda de produtos.
3. Processamento de pedidos – responsável pela dinâmica das atividades logísticas com o 
recebimentodo pedido, localização no estoque, armazenagem, separação e despacho desses itens 
aos clientes via transporte.
Demais atividades indispensáveis às atividades primárias são denominadas de atividades 
logísticas de apoio, que incluem atividades de manuseio de materiais, embalagem de proteção dos 
produtos, obtenção, programação de produtos e manutenção de informações.
Essas atividades ditas “primárias” não podem faltar, aliás, não há sentido ou propósito 
logístico sem elas. Elas ajudam no desenvolvimento dos objetivos logísticos, mas são apresentadas 
dessa forma para que, com esse entendimento, você elabore no ambiente de logística a estratégia 
pertinente a cada caso e que, notadamente, começa com o entendimento das atividades primárias, 
transcendendo imediatamente às atividades de apoio.
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Ainda que lhe sejam estimulantes os desafios a serem assumidos e que possam ser 
vislumbrados nos conceitos apresentados, vamos deixar mais interessantes, nessa parte 
introdutória, alguns outros problemas concretos que devem corroborar com suas análises e 
soluções eficazes, o que é esperado de você na qualidade de profissional dessa área. Vejamos:
• Desenvolvimento Tecnológico – no trânsito de mercadorias dentro de um armazém, pode 
ocorrer do uso de novas tecnologias. O custo da adaptação às novas tecnologias usadas 
na cadeia de suprimentos é alto, mas é um requisito para sobreviver no setor competitivo. 
Algumas dessas tecnologias incluem identificação por radiofrequência para código de 
barras e escaneamento (RFID), tecnologia de comunicação como intercâmbio eletrônico 
de dados (EDI), GPS e tecnologia de manuseio de materiais. Provavelmente, você já 
tenha ouvido falar de entregas utilizando drones nos Estados Unidos. É uma inovação 
que chegará em breve.
• Lógica reversa – é exigida por todos os negócios de comércio eletrônico. Como dissemos 
anteriormente, os clientes precisam de uma maneira de devolver os itens que compraram, 
caso estejam insatisfeitos, e esse processo precisa ser executado sem problemas. Uma 
estratégia de logística reversa pode ser desafiadora e dispendiosa, sem o suporte certo. 
Processar as devoluções de produtos em tempo hábil para satisfazer seus clientes pode 
incluir reembalar itens não utilizados para revenda ou pode incluir reformar itens a 
serem vendidos a um preço com desconto. Importa lembrar que a legislação ambiental do 
país é considerada uma das mais sofisticadas do mundo, porém atender a seus requisitos 
implica grande poder de visão. Aprofundaremos essa temática mais à frente.
• Infraestrutura das estradas e segurança – Uma coisa é você trafegar por uma rodovia 
como no trecho Campinas-SP a Jacareí (SP-065 e SP-340), considerada, na pesquisa 
CNT/2019 (23ª Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional do Transporte), a melhor 
rodovia do país nessa ligação, e que está entre aquelas de menor índice de violência no 
trânsito. Outra coisa é você interligar transportadores de carnes da região sul para a 
região norte, que chegam a percorrer mais de 3823 km ou mais de 66h no trecho São 
Paulo-Manaus. Muitos riscos estão associados, mas o destaque está na qualidade dos 
pavimentos asfálticos das estradas, sinalização, pontos de apoio, pontos de fiscalização 
presentes ao longo de uma rota.
No cenário atual de recuperação da economia global, a logística desempenha um papel 
fundamental na facilitação do comércio e, por extensão, na garantia do sucesso das operações 
comerciais. No entanto, mudanças nas demandas dos consumidores, modelos de negócios 
complexos, demandas crescentes dos clientes e tratamento específico para cada um, são apenas 
alguns dos principais fatores que caracterizam as relações de mercado com o gerenciamento 
de logística. Então, como o gerenciamento de logística pode personalizar um serviço 
convencionalmente padrão? Esse talvez seja o principal desafio que a indústria vem enfrentando 
nos últimos anos, dentre outros, aos quais você tem convite garantido para participar.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1.2.1 Um pouco de história da logística
Para compreendermos as origens da logística, temos de nos voltar para a Grécia antiga, 
onde a palavra “logos” tinha um significado de razão/proporção. Decorreu uma evolução com essa 
palavra, surgindo então o termo logistiki que podia ser traduzido essencialmente por organização 
financeira. Agora, estamos em uma França napoleônica, onde os meios comuns de absorção 
de palavras ocorrem. Agora, logistiki se torna loger, compreendido como alojamento, mas logo 
assumiu o significado de transporte, abastecimento e alojamento de tropas. Já na Inglaterra, o 
termo Logistics irá ter significado por volta do século XVII. 
Não se pretende aqui com essa explicação que você tenha de se prender a uma informação 
sobre a evolução propriamente da palavra logística, mas sim de que, originalmente, como um termo 
militar usado para descrever como a força militar obtinha, armazenava e movia equipamentos e 
suprimentos, ele evoluiu acompanhando a dinâmica das atividades militares, porém, adaptadas 
ao conceito empresarial. Portanto, e de fato, os primeiros “logísticos” foram oficiais militares 
gregos cujo trabalho era garantir que alimentos, armas e suprimentos médicos chegassem ao 
lugar certo, na hora certa sob um planejamento ajustado às necessidades do momento futuro.
 
A etimologia da palavra “logística”, cujo conceito apresentado anteriormente sobre o 
contexto de logística, versa sobre o gerenciamento do fluxo de coisas entre o ponto de origem e o 
consumo é feito para atender aos requisitos de consumidores ou corporações. Fixado o conceito, 
perceba, então, e volte seu olhar novamente para a importância da logística no mundo moderno. 
São muitos detalhes que fazem total diferença nos resultados das empresas, ou mesmo para você 
no seu cotidiano. Nas refeições que você faz, nos deslocamentos que você tem de fazer na sua 
cidade ou localidade, e até mesmo nas comunicações que você precisa estabelecer. 
Como sugestão de vídeo, poderemos apreciar a condição prática 
da logística na Primeira Guerra Mundial. Perceba a importância da 
logística avaliando as dificuldades das tropas portuguesas que não 
contaram com a eficiência logística como suporte de operações. 
DEFESA NACIONAL. Postal da Grande Guerra: partidas e logística. 
2017. 1 vídeo. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=QDVdL9Pnc7k .
Acesso em 12 mar.2020. 
Também é interessante avaliar uma parte da logística militar 
brasileira através da narrativa de um oficial que explana como é o 
funcionamento e peculiaridades da logística do exército. 
EXÉRCITO BRASILEIRO. A logística de uma operação militar. 2019. 
1 vídeo. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=sQkMmniIxLk . Acesso em: 12 
mar. 2020.
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O mundo “respira e transpira” logística. Para além dos itens responsáveis pela dinâmica 
da logística dos recursos, ela envolverá também a integração de produção, embalagem, segurança 
de transporte, manuseio de materiais e fluxo de informações, itens considerados atividades de 
apoio. No entanto, logístico é eminentemente um termo militar; portanto, as primeiras aplicações 
foram em áreas militares. A principal importância da palavra foi entendida e aplicada durante 
a Segunda Guerra Mundial e depois passou a ser vista e também aplicada como um assunto 
científico (GIACOMELLI; PIRES, 2016). 
Antes, porém, vários são os pontos na história que consolidam as posições teóricas práticas 
da importância da logística. De fato, a humanidade sempre necessitou transportar itens de um 
local para outro, e logo o desenvolvimento adveio na medida em que melhores equipamentos 
e recursos ajudavam a obter mais itens para mais locais com menores esforços. Os avanços na 
tecnologianos permitiram levar esses itens muito mais rápido e distante. 
Imagine a construção das pirâmides do Egito antigo há quase 5.000 anos. Ainda que não 
fosse conhecida como tal, a logística utilizada nessa extraordinária edificação desempenhou um 
papel imprescindível. Estima-se que egípcios trabalharam ao longo de 20 anos para erguer tais 
monumentos, entre corte de blocos que pesavam em média 2,5 toneladas, apesar de que foram 
encontradas pedras gigantes estimadas em até 80 toneladas. Apesar de haver rochas calcárias 
próximas a essas edificações, de fato, os registros demonstram que alguns blocos vinham de até 
800 quilômetros de distância do ponto onde seriam utilizados.
Na verdade, não há um consenso sobre como os blocos gigantes foram transportados, 
mas, de toda forma, tal complexidade encontrou uma solução brilhante de cunho logístico. A 
pirâmide de Gizé tem 146 metros de altura e pesa 6 milhões de toneladas, e explicações sobre 
como um nível de precisão foi obtido naquela época (entre 2700 a.C. e 2300 a.C.) contrasta com 
os meios de transportes que auxiliavam nessa façanha, mas que viriam com esse sucesso ditar 
aspectos na fundação do comércio internacional com o uso dos navios de remos gregos.
Agora, em um salto no tempo, imagine-se observando de perto o deslocamento das 
tropas de Alexandre o Grande, da Macedônia (356 a.C. a 323 a.C.). Imagine as campanhas junto 
a um exército de 35.000 homens que marchavam em média 32 quilômetros por dia, alcançando 
feitos como o percurso de 6.400 km do Egito à Pérsia e Índia sabendo que para isso um enorme 
suprimento logístico se faria necessário para essa empreitada. Como profissionais, deixaremos 
de lado as conquistas feitas, mas exaltaremos os feitos logísticos para um exército considerado 
o mais rápido em deslocamento para sua época. Também, outro feito anterior a Alexandre o 
Grande ocorreu em 481 a.C., no deslocamento das tropas de Xerxes na expedição de encontro 
aos gregos, onde cerca de 3.000 navios foram utilizados. Posterior a Alexandre o Grande, houve, 
em 218 a.C., a guerra entre Cartago e Roma (Segunda Guerra Púnica), onde o general Aníbal 
utilizou elefantes para o transporte de 60.000 homens e suprimentos na travessia dos Pirineus em 
direção à Itália. Um feito considerado extraordinário.
A trajetória humana está repleta de feitos similares a esses, mas vamos a mais um salto 
na história, e veremos que, por volta de 1500, já havia um serviço postal na Europa com tempos 
de trânsito para a entrega postal, estritamente definidos. Cartas eram entregues em lugares como 
Paris, cidades da Espanha e a corte imperial de Viena. Esse correio atingia seu destino com muito 
pouco atraso. Por volta de 1800, o uso prático do motor a vapor, a invenção de veículos, ferrovias 
e navios, bem como a descoberta de petróleo bruto inauguraram uma nova era econômica que 
gerou novas missões, ferramentas e oportunidades para a logística. Mas o destaque vai para 
as locomotivas inglesas e americanas que começaram a deslocar mercadorias e passageiros 
em meados das décadas de 1820 e 1830. As máquinas, com o passar do tempo, evoluíam e se 
adaptavam melhor às curvas e desenvolviam maior velocidade. Seguiram-se rapidamente outras 
inovações e, por volta de 1850, locomotivas inglesas e americanas eram exportadas para nações 
em desenvolvimento.
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A logística também foi um tópico de interesse de filósofos militares e historiadores, 
como o filósofo chinês Sun Tzu (545 a.C. a 470 a.C.), e Carl Von Clausewitz (1790 a 1831) que 
retrataram a arte da logística em seus trabalhos. Von Clausewitz, em seu renomado texto “Da 
Guerra (1832)”, refere-se à logística e a linhas de suprimento como centros de gravidade, ou alvos 
que, se destruídos, podem derrotar o inimigo sem o embate direto.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a logística militar foi o elo vital na rede que forneceu 
tropas com rações, armas e equipamentos. Com o início da Segunda Guerra Mundial, a logística 
foi aperfeiçoada, porém, em novembro de 1941, o front de guerra alemão cai, vitimando 250 mil 
soldados da Wehrmacht (forças armadas da Alemanha) devido à imprevidência do comando 
alemão totalmente despreparado para lidar com temperaturas na casa de 10 ºC. O despreparo 
logístico na frente oriental da Segunda Guerra Mundial, como exemplo, sofreu uma guinada total 
quando analisamos o conflito chamado Guerra do Golfo. Ali, contrário ao ocorrido das cercanias 
da cidade de Stalingrado (atual Rússia), tropas de uma coalisão lideradas pelos Estados Unidos, 
demonstraram haver um excelente planejamento logístico; centralização do comando logístico; 
apoio de bases em território Saudita, com boa infraestrutura e superioridade militar e tecnológica 
para atuar em território iraquiano. 
Como resultado, não há como negar que a logística ganhou um lugar de maior importância 
ainda também no mundo dos negócios. A inspiração na disciplina e precisão foi disseminada em 
várias atividades. A partir de então, muitos dos logísticos militares continuaram suas trajetórias 
como gerentes de logística. O trabalho deles era garantir que houvesse uma empresa de transporte 
eficiente cuidando de todas as entregas, tanto estrangeiras quanto domésticas, além dos níveis de 
estoque e armazenamento. A entrega é apenas uma parte da equação logística. De fato, pode não 
ser a parte mais importante. Afinal, o que importa se uma organização estruturar um transporte 
que garanta a pronta entrega se não tiver os produtos certos em estoque? Razões como essas 
justificam o porquê de as empresas começarem a investir em logística a partir da década de 1950. 
Além disso, as empresas estavam se globalizando e essas agora prescindiriam de sistemas que as 
ajudasse a fornecer bens e serviços de forma rápida e acessível a todos os pontos do globo.
Veja os aspectos de um projeto que dependeu de um grande 
esforço logístico e que teve a especificidade de atuar em um 
patrimônio ambiental da humanidade, que é a floresta amazônica. 
O projeto do gasoduto Urucu-Coari-Manaus foi outro feito inédito, 
pois foi desenvolvido em um local que não havia estradas ou 
portos para a condução de  equipes e material; não havia fontes 
de energia instaladas; não havia infraestrutura de alojamentos, alimentação e 
comunicações. Vejamos o que efetivamente foi esse esforço logístico. 
ANDRADE GUTIERREZ. Andrade Gutierrez – Coari-Manaus. 2014. 1 vídeo. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ju-aee3RXmg&pbjreload=10 . 
Acesso em: 12 mar. 2020. 
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1.2.2 Logística na contemporaneidade
É ao término da 2ª Guerra Mundial que empresas e negócios adotaram os fundamentos 
da logística e começaram a implementá-los nos processos comerciais, de forma mais específica 
por volta dos anos 60 e continua até a data de hoje, porém de forma inovadora e acelerada. Por 
volta de 1990, a logística dá uma especial atenção ao processo de distribuição. A resposta rápida 
e eficiente ao consumidor é agora possível pelo uso de tecnologias que foram desenvolvidas e 
aplicadas por muitos varejistas e empresas atacadistas. Através das ferramentas computacionais, 
os tempos de reação aos desenvolvimentos de mercados e ao fornecimento eficiente são uma 
realidade. Nesse período, as empresas começaram a exportar mais e, portanto, a transportar mais. 
A busca por inovações trouxe uma onda de concorrências nas empresas, e essa competição 
na era da globalização moldou a história da logística da maneira que é hoje. Outro aspecto 
interessante é o advento do container marítimo que impacta as condições de produção em quase 
todas as indústrias ao redor do mundo. É através dele e do comércio entre os países que novas 
regiões experimentam booms comerciais, contribuindo significativamente para a globalização.
Nesse período, a logística dará uma especial atenção ao processode distribuição. 
Conforme dito anteriormente, a resposta rápida e eficiente ao consumidor é agora possível pelo 
uso de tecnologias que foram desenvolvidas e aplicadas por varejistas e empresas atacadistas. 
Os tempos de reação aos desenvolvimentos do mercado e o estabelecimento de fornecimento 
eficiente são uma realidade, dado que, nesse período, as empresas começaram a exportar mais 
e, assim, a transportar mais. A busca por inovações trouxe uma onda de concorrências nas 
empresas, e essa competição na era da globalização moldou a história da logística da maneira 
que é hoje. 
Muitos brasileiros, por conta da pandemia do coronavírus, não puderam seguir 
rotinas de fazer suas compras em shoppings ou em lojas de rua, favorecendo o 
comércio eletrônico, que registrou um aumento de demanda ante a essa restrição. E 
muitos não puderam contar com suas encomendas vindas do exterior. Uma dúvida 
surge a partir daí: a logística doméstica é diferente da logística internacional? Pois 
bem, apesar de a logística doméstica ser feita dentro das fronteiras de um país, ela 
não é tão trabalhosa como a logística internacional que prescinde de processos 
aduaneiros e de burocracias no trânsito de mercadorias. Além da distância onde 
se opera, o tempo para todo o trâmite, desde o embarque até a liberação da carga 
em um porto seco conta muito e mesmo o modal transporte que se utiliza, em boa 
medida, é feito com contêineres. É importante saber que o Regulamento Aduaneiro 
não prevê concessões ou tolerâncias aos erros, por menor ou mais insignificante 
que for, sendo necessárias permissões da autoridade aduaneira, pagamentos de 
tributos às esferas federais e estaduais. Muitos profissionais estão atuando no 
comércio exterior, e, por conta disso, muitos têm trajetória de suas carreiras em 
outras nações.
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Surge, então, o gerenciamento da cadeia de suprimentos que é visto como uma 
consideração holística dos principais processos de negócios que se estendem dos fornecedores 
aos consumidores e que pode alimentar o desenvolvimento de mercados globais. Decorrente a 
isso, as organizações logo percebem que a logística pode aumentar ou diminuir sua participação 
no mercado, envolvendo muitas empresas e etapas para a gestão do produto do fornecedor 
ao cliente final. A gestão da cadeia de suprimentos ou Supply Chain será objeto de estudo em 
próximo módulo.
2. A LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO 
Como você pode perceber, muitas são as atividades presentes no gerenciamento da 
logística, nas quais, é normal envolver o gerenciamento de transporte inbound (de entrada), que é 
um processo de fazer o fluxo de matérias chegar do fornecedor até a unidade de processamento ou 
fábrica; e o transporte outbound (de saída), feito da unidade processadora ou fábrica em direção 
aos centros de distribuição (CDs), pontos de venda ou ao consumidor final. De várias formas e em 
vários graus, a logística fará os atendimentos aos clientes, influenciando direto ou indiretamente 
os pedidos de fornecimento e compras nas fábricas, o planejamento e programação da produção 
e a montagem que ocorrem dentro do gerenciamento da distribuição física. 
A distribuição física lida com a distribuição de produtos acabados de maneira a atender às 
necessidades e expectativas dos clientes ao menor custo possível, com a transferência do produto 
para o usuário final (GIACOMELLI; PIRES, 2016). É clara essa questão, mas o que está em jogo 
são os tipos de tarefas de logística que se aplicam àqueles que operam na última parte da cadeia 
de suprimentos. Não se esqueça de que o processo de distribuição começa quando um fornecedor 
recebe um pedido de um cliente.
Vamos às principais etapas:
1.Gestão de transporte – é aqui onde você aplicará seus conhecimentos na escolha do 
meio de transporte (modal) para o transporte da carga, observando se isto lhe levará a contratação 
de frota terceirizada ou de veículos próprios. De maneira prática, utilizaremos a comparação do 
preço do uso de caminhões (modal rodoviário) que é 1,7 vezes superior ao do ferroviário, mas 
devemos considerar a velocidade, a disponibilidade e a frequência de trens para determinados 
locais.
2. Avaliação e expedição de mercadorias - envolve a separação de mercadorias que pode 
ser feita de forma manual ou com o uso de coletores de dados, voz (Picking by voice) ou através do 
uso de níveis de automação que reduz o contato do operador com mercadoria. Em boa medida, 
o que está em jogo é a velocidade de disponibilidade da carga para transporte.
Não há como negar os impactos que a logística promove no meio 
social. Paulatinamente, as sociedades assimilam os propósitos 
vinculados a ela e conhecem sua importância. Assim, como leitura 
complementar, sugerimos a leitura de um texto que lhe ajudará a 
fixar vários conceitos. Acesse: 
OLIVEIRA, Luciel. Introdução à Logística. 2006. Disponível em: 
https://administradores.com.br/artigos/introducao-a-logistica.
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3. Administração de frete – o trabalho nessa etapa exige muita atenção e análise de 
mercado. É nessa etapa que o transporte de uma carga será feito mediante pagamento dos custos 
das empresas, tendo bases para cálculo diversas variáveis que são resolvidas, muitas vezes, pela 
presença de uma tabela de frete utilizada para cálculos pelas transportadoras e para conferência 
das faturas enviadas para pagamento por parte do embarcador. Envolve aspectos como peso, 
impostos, prazos de entregas, tipos de carga (fracionada? compacta?) etc.
4. Indicadores de desempenho – é por eles que você irá organizar melhor sua organização 
e irá fazer planejamentos, pois as métricas relevantes dos processos logísticos permitem tomadas 
de decisões ante a necessidade de previsão ou minimização de problemas. Os prazos cumpridos 
dentro do tempo previsto de entrega é um exemplo de indicador, além do número de incidentes 
como pedidos errados, mercadorias danificadas, custos de armazenagem, dentre outros. 
Como já é considerada uma ferramenta utilizada para separação 
de produtos por voz, é interessante você conhecer as atividades 
relacionadas à picking. Há vantagens de se utilizar o voice picking, 
aplicados em operações de envio de produtos ao varejo. Vamos ver 
isso no vídeo da Prática Logística. 
PRÁTICA LOGÍSTICA. Voice Picking. 2017. 1 vídeo. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=FvhPELZaom8 . Acesso em: 12 mar. 2020. 
Veja os principais tipos de fretes utilizados pelas empresas 
brasileiras que são os fretes CIF e FOB e que envolve a avaliação da 
qualidade do serviço, a reputação da empresa transportadora e as 
condições de pagamento, por exemplo. Vejamos isso no vídeo da 
Bluesoft ERP. 
BLUESOFT ERP. Diferença entre os fretes CIF e FOB. 2018. 1 vídeo. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=U_hWguVhmQQ. Acesso em: 
12 mar. 2020. 
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5. Roteirização ou planejamento de rotas – aqui o trabalho está relacionado à economia 
de consumo de recurso (como combustível, desgaste do veículo etc.) e de tempo, pois se deve 
levar em consideração, na sua tomada de decisão, o trânsito das vias, condições da infraestrutura 
de transporte, restrições como alturas máximas dos veículos e/ou das cargas, pedágios, riscos 
e segurança dispensada ao processo de transporte. Provavelmente, você já tenha feito o uso de 
aplicativos para smartphones baseados em navegação por satélite para localização e rotas como 
os populares Waze ou Google Maps, que são exemplos de menor porte dentre uma grande 
variedade de softwares disponíveis no mercado, mas que servem e complementam o propósito 
da roteirização. 
Muitas funções de negócios se enquadram na categoria de logística, como você viu até 
agora. No entanto, o conceito de logística geralmente pode serdividido em logística de entrada 
(INBOUND) e logística de saída (OUTBOUND). Vejamos do que se trata.
2.1 Logística Outbound e Inbound
Comecemos nosso assunto com um exemplo: a logística Inbound e Outbound de veículos 
acabados são gerenciadas separadamente em todo o mundo, oferecendo desafios distintos. Isso 
significa que a distribuição de veículos da fábrica para o revendedor é conhecida como logística 
Outbound ou logística de saída. 
A logística Inbound ou de entrada”, em contraste, compreende as operações logísticas entre 
os componentes fornecidos às montadoras de veículos, e representa uma parcela significativa 
do tempo de entrega total do pedido à entrega no setor automotivo (veja a Figura 1). Observe 
que o gerenciamento da logística está presente em todos os níveis de planejamento e execução: 
estratégico, operacional e tático. 
Figura 1 – Esquema gráfico da logística Inbound/Outbound. Fonte: O autor.
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É uma função de integração que coordena e também integra atividades de logística com 
outras funções, incluindo marketing, fabricação e vendas, finanças e tecnologia da informação. 
A partir do exemplo apresentado, vamos conhecer um pouco mais a logística Outbound (de 
saída). Essa logística requer infraestrutura em termos de equipamento de transporte, como navios 
e caminhões especialmente projetados, equipamentos especializados de manuseio, instalações 
portuárias, armazéns, centros de distribuição e assim por diante. Então, a logística de distribuição 
outbound na prática administrativa envolverá um esforço de tentar gerenciar sistematicamente 
um conjunto de atividades inter-relacionadas, que ocorrem antes da entrega final (NOGUEIRA, 
2018). Veja a Figura 2.
Figura 2 – Detalhamento da logística Outbound. Fonte: O autor.
Vale lembrar que o termo outbound significa saída; então poderemos considerar que a 
logística associada ao termo envolve todos os procedimentos que farão com que o cliente receba 
suas mercadorias. Ou seja, existem vários itens a serem compreendidos e administrados além dos 
acima mencionados, como: 
• Planejamento de rotas otimizadas.
• Embalagem.
• Endereçamento.
• Emissão de documentos e notas fiscais.
• Logística reversa.
• Distribuição e movimentação de cargas.
• Realocação de produtos para os centros de distribuição.
• Rastreamento das mercadorias.
• Contratação de transportadoras ou operadores logísticos.
 Todas essas áreas devem ser gerenciadas para que eles possam interagir entre si para 
fornecer o nível de serviços que o cliente exige e a um custo que a empresa possa pagar. Após 
isso, você pode se perguntar: mas o que eu teria de ganhos com essas atividades? Um conjunto de 
benefícios da logística outbound se apresenta a seguir: 
• Obtenção de maior giro de estoque – o que evita o excesso e falta de produtos.
• Melhora da qualidade das remessas e atendimento ao cliente.
• Redução de prazos de entrega.
• Fidelização de clientes.
• Controlar com maior eficácia a logística até o consumidor.
https://dclogisticsbrasil.com/entenda-por-que-o-servico-de-rastreamento-de-carga-e-fundamental/
https://dclogisticsbrasil.com/como-otimizar-o-prazo-de-entrega-sem-aumentar-o-custo-logistico/
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Em contraste, a logística inbound, com significado de “entrada”, e, no caso, a entrada 
de componentes para a produção, envolverá assim as atividades relacionadas à aquisição, 
armazenamento e entrega de matérias-primas e peças ao departamento de produtos ou serviços. 
É parte integrante das operações, para uma empresa envolvida em negócios de manufatura, 
o que segue: 
Figura 3 – Detalhamento da logística Inbound. Fonte: O autor.
Em termos mais simples, essa logística de entrada é uma atividade fundamental, que 
se concentra na compra e agendamento da entrada de materiais, ferramentas e bens finais 
disponibilizados pelos fornecedores à unidade de produção, armazém ou loja de varejo. 
Não é incomum ainda nos dias de hoje vermos empresas que não dão importância a ela, 
por pura negligência, e não por excesso de zelo, mas imagine se a matéria-prima necessária a seu 
processo produtivo não chegasse nos prazos estabelecidos. Pense agora que isso ocorreu com vários 
segmentos da indústria mundial, em especial com os importadores de produtos da China, quando 
houve a paralisação da produção nas empresas chinesas para conter a pandemia do coronavírus. 
Em nosso país, houve a necessidade de se realizarem férias coletivas em várias empresas, o que 
foi anunciado aos respectivos sindicatos das categorias. Mas, em épocas anteriores, já ocorreram 
fatos similares, como crises de abastecimento de alimentos, de medicamentos e a própria crise 
do petróleo ocorrida no Brasil entre os anos 1973 e 1974, quando o preço do petróleo importado 
aumentou 400%. Outra ideia sobre a inbound se dá quando uma rede varejista de eletrônicos e 
móveis precisa recompor seus estoques após o período compreendido entre a Black Friday e as 
festas natalinas. 
Desde a etapa de negociação e compra junto às fábricas, além da entrega dos produtos 
nos centros de distribuição (CD), esse acompanhamento é feito pela logística inbound. Como um 
ponto positivo, haverá a possibilidade de se analisar os custos do frete em suas várias modalidades. 
Sendo assim, façamos uma comparação da logística inbound e a outbound. Todas as etapas 
de gerenciamento realizadas na logística outbound devem ser observadas na inbound. 
Bases de 
comparação INBOUND OUTBOUND
Conceito O fluxo de matéria-prima e peças, dos fornecedores à fábrica.
 Movimento de saída dos produtos acaba-
dos, da empresa ao cliente final.
Foca em Implantação de recursos e maté-rias-primas, dentro da fábrica.
 Movimenta produtos acabados ou pro-
dutos da empresa para o cliente final.
Interação Entre fornecedores e empresas. Entre empresas e consumidores.
Quadro1 – Diferenças entre as logísticas Inbound e Outbound. Fonte: Ballou (2006 apud SIKILERO et al., 2014).
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Você faz, portanto, o gerenciamento distinto desses processos por conta de a gestão de 
prazos na entrega serem diferentes (entrega na empresa e para o cliente), dadas as distâncias 
envolvidas em um caso e em outro; os seus custos e suas estratégias de redução se dão também de 
forma diferente, além das especificidades encontradas em cada um dos processos. 
No entanto, esses processos devem trabalhar de forma controlada e integrada para o 
sucesso da gestão logística da organização.
Por ser importante o conhecimento das melhores práticas dos 
processos logísticos de distribuição, sugerimos a leitura de um 
artigo que fará uma abordagem sobre o gerenciamento logístico 
em todo o canal de distribuição de bananas, tendo um estudo de 
caso como pano de fundo desse estudo. Acesse: 
NUNES, M. G. C. et al. Análise dos serviços logísticos de distribuição 
de bananas: um estudo de caso na empresa sítio Barreiras. Id on Line. Revista 
Multidisciplinar e de Psicologia, v. 12, n. 41, p. 266-293, 2018. Disponível em: 
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/1220 .
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O papel da logística tem impactado muitos executivos de diversas organizações por ser 
essa uma atividade da qual todas as organizações do meio comercial necessita. Ter o produto certo 
para o lugar certo pelo menor custo se traduz numa sequência de ideias nas quais os profissionais 
do setor da logística de sucesso devem investir toda sua criatividade para o cumprimento de cada 
um desses aspectos, porém, sabendo da complexidade que cada um enseja, e o esforço criativo 
que deverá investir nas questões mais complexas da logística.
Por serem atividades que envolvem umadose de complexidade e ainda que essencial para 
as empresas, a logística envolve uma síntese de muitos conceitos, princípios e métodos de alguns 
dos campos mais tradicionais como o de marketing, produção, prestação de serviços e transporte, 
e também das disciplinas mais variadas como as de matemática e economia, direito etc.
No ambiente atual de profundas adaptações ou de reconfigurações de funcionamento das 
empresas pós-pandemia, mais e mais empresas tendem a examinar, reestruturar e reposicionar 
suas operações para obter vantagem competitiva e, nesse intento, a logística pode desempenhar 
um papel vital na integração e diferenciação para produzir uma vantagem competitiva desejada. 
Esses aspectos incluem também o transporte, estoque, processamento, compra, armazenamento, 
tratamento, embalagem, padrões diferenciados de atendimento ao cliente. 
Pode-se observar que o conceito de logística é baseado na visão total do sistema em 
materiais e mercadorias, desde as principais fontes até os consumidores ou usuários. Além 
disso, também é responsável por obrigar um gestor ou administrador a pensar em termos de 
gerenciamento de sistemas, em vez de participar apenas de uma parte.
O estudo dos aspectos da Logística deve trazer benefícios em transporte mais rápido 
e barato, garantindo que os consumidores serão atendidos conforme preconizado no seu 
atendimento, pois isso estimula a demanda. No entanto, o principal desafio é lidar com um 
consumidor mais exigente e que não quer esperar muito pelos produtos adquiridos por ele. 
Portanto, as empresas precisam tentar implementar estratégias de distribuição baseada em suas 
prioridades competitivas e circunstâncias para atingir o nível desejável de desempenho.
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................24
1. CADEIA LOGÍSTICA ..................................................................................................................................................25
1.1 AS ESTRUTURAS DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E O SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) ...................27
1.2 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS/SUPPLY CHAIN ...............................................................33
2 TERMINOLOGIA LOGÍSTICA ....................................................................................................................................35
3 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE LOGÍSTICA: AQUISIÇÃO E LOCAÇÃO .....................................................40
4 ADMINISTRAÇÃO DE SUPRIMENTOS: INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA ......................................................................44
4.1 PLANEJAMENTO DO SUPPLY CHAIN ................................................................................................................... 51
4.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SUPPLY CHAIN ............................................................................................53
4.3 EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS INTEGRADOS DE LOGÍSTICA ......................................................56
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................58
ASPECTOS DA CADEIA LOGÍSTICA 
PROF. ME. MARCO ANTÔNIO SENA DE SOUZA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO 
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INTRODUÇÃO
 Dentre as várias eras pelas quais a humanidade passa, considerando o seu processo de 
permanente evolução, muitas transformações ocorreram em caráter gradual e notadamente em 
contraposição a diversos aspectos de períodos históricos. Chegamos aos dias de hoje marcados 
pela necessidade de informações e de uso de tecnologias, que, de certa maneira, traduzem-se 
na moeda corrente (moeda de troca), ou mesmo em um ente de grande valor para a sociedade, 
estando esse valor arraigado ao comportamento da população e dos mercados. 
Deixamos para trás uma época movida pelo carvão e pelo vapor, de relações de trabalho 
rígidas, modelos de produção industrial como taylorismo e o fordismo, para passarmos a 
processos automatizados, otimizados e descentralizados. 
Essa valorização da informação e da tecnologia nos faz estar 24 horas próximos do centro 
da ação ou mesmo participando dela, graças, em boa medida, ao advento da internet. Pudemos 
acompanhar fatos recentes em tempo real, como as manifestações populares em diversos países, a 
exemplo de Chile (outubro de 2019), um presidente boliviano renunciar por meio do Twitter (10 
de novembro de 2019), e nossos olhos e mentes ficaram presos à gigantesca quarentena imposta a 
uma parte do território chinês (23 de janeiro de 2020); além de acompanhar em um final de tarde 
a deflagração de uma guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia (09 de abril de 
2020). Ou seja, o “mundo está mais acelerado” e temos uma necessidade pelo imediatismo; coisa 
que só a Era da Informação, também chamada de Era Tecnológica ou Era Digital, proporciona-
nos através do uso dos microprocessadores, computadores pessoais, fibra ótica, dentre outros; 
e nesse contexto em que também os mercados têm mudado, onde o que era uma concorrência 
feita de empresa para empresa passa agora a uma concorrência feita entre cadeias produtivas ou 
redes de organizações. A cadeia produtiva ou supply chain incluirá a relação entre empresas, seus 
fornecedores e clientes, e não apenas a relação em específico com os seus fornecedores. 
Vamos, nesta unidade, compreender melhor como esse processo “fornecedor-cliente” liga 
desde organizações produtoras de matérias-primas até o ponto de consumo de produtos finais, 
compreendendo seus aspectos concorrenciais que ainda estão em aperfeiçoamento nas cadeias 
logísticas.
Bons estudos!!!
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1. CADEIA LOGÍSTICA
Um tópico importante no estudo da Logística é a compreensão do que seja a cadeia 
logística. A cadeia logística ou cadeia de suprimentos, ou ainda o Supply Chain, são termos 
sinônimos e, portanto, equivalentes. Porém, existem três pontos importantes que estão inseridos 
nesse termo, que são:
• Logística de suprimento: é a logística necessária para levar a matéria-prima até o 
fornecedor que desenvolverá os primeiros passos com esse item, incluindo, por exemplo, 
o uso de estoque de matérias-primas. Aqui, são envolvidos itens como suprimentos, 
transporte, armazenagem e planejamento e controle de estoques. 
• Logística de Produção: aqui as matérias-primas são processadas, resultando produtos 
semiacabados ou acabados, havendo a necessidade de aplicação de planejamento e 
controle de estoques e da produção, estocagem, embalagem e planejamento dos recursos 
de distribuição.
• Logística de Distribuição: como vimos no módulo 1, essa logística inclui uma ampla gama 
de atividades voltadas em obter uma distribuição e movimentação eficientes de produtos 
acabados. Isso leva as mercadorias do final de uma linha de produção para alcançar os 
consumidores. 
Decorre que há um equívoco quando se diz que esses termos são formas intercambiáveis 
e que não há diferenças práticas entre a cadeia de suprimentos e logística. Temos uma polêmica 
entre autores que argumentam que a cadeia de suprimento é o mesmo que a logística, com 
argumentações pertinentes daqueles que concordam e daqueles que não concordam. Para o 
desenvolvimento de nossos trabalhos e baseados no módulo anterior, frisamos que a logística 
faz parte do gerenciamento da cadeia de suprimentos, havendo relações claras com os processos 
de gerenciar compras, manuseio de materiais, embalagem, transporte, controle de estoque, 
armazenamento, estabelecendo uma dinâmica de movimentação e posicionamento de produtos, 
desenvolvendo um papel em termos de sincronizaçãoda cadeia de suprimentos. Não se esqueça 
de que a atividade logística tem por intenção primeira garantir que o produto solicitado estará 
no momento e local certo, com a qualidade e o preço certo. Podemos observar essas atividades 
através de duas subcategorias tratadas na Unidade 1: a logística inbound e a logística outbound.
Com a evolução da concorrência empresarial mundial, há uma migração dessa 
concorrência para patamares mais arrojados, cujo cenário é o de fronteiras comerciais se 
liquefazendo, distâncias sendo reduzidas pela sofisticação dos meios de transporte e aproximação 
de fornecedores e clientes, fazendo com que relações muito mais estreitas fossem desenvolvidas 
desde as empresas fornecedoras de matérias-primas até os PDV´S (pontos de vendas). De outra 
forma, podemos entender que uma estratégia para um ambiente de negócios foi criada onde se 
faz necessário delimitar o mercado, a rede de distribuição, o processo de produção e a atividade de 
compra, resultando na prestação do melhor serviço a um custo total menor, através de processos 
de negócios que integram empresas. Portanto, o conceito de gerenciamento da cadeia logística de 
abastecimento ou, em inglês, Supply Chain Management, segundo RICE (2015), em publicação 
pela ASCM – Association for Suplly Chain Management/Associação para Gerenciamento da Cadeia 
de Suprimentos, uma outra importante associação global para profissionais de gerenciamento da 
cadeia de suprimentos pode ser compreendida como: o design, planejamento, execução, controle 
e monitoramento das atividades da cadeia de suprimentos com o objetivo de criar valor líquido, 
construir uma infraestrutura competitiva, alavancar a logística mundial, sincronizar a oferta com 
a demanda e medir o desempenho globalmente.
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Existem muitas definições sobre gerenciamento da cadeia de suprimentos havendo 
elementos comuns nelas, porém, da mesma forma, existem muitos elementos incluídos em 
algumas outras definições. O objetivo perseguido é que qualquer uma das empresas da cadeia - 
intermediários, varejistas, fornecedores - podem acessar os dados necessários para se tomar as 
melhores decisões para justamente aumentar o atendimento ao cliente. 
Sem dúvida, quando as necessidades e suprimentos são sincronizados, todos os agentes 
do canal de logística vencem; os clientes obtêm o produto desejado mais cedo, os atacadistas 
e varejistas vendem os produtos recém-armazenados, os fabricantes fazem melhor uso de sua 
capacidade e os custos gerais diminuem como também há um aumento da satisfação no sistema 
como um todo. 
Figura 1 – Cadeia de suprimentos (Supply Chain) típica. Fonte: O autor.
Na verdade, isso seria a condição ótima de trabalho, mas raramente acontece em ambientes 
de alta concorrência. 
Mediante o exposto, é interessante você ver essa questão de uma 
forma mais prática, observando as nuances que existem entre 
cadeias de diferentes produtos através do vídeo Agronegócio 
brasileiro e as cadeias produtivas. Após assisti-lo, você poderá ter 
condições de pensar nas variáveis que podem, de certa maneira, 
dificultar o pleno funcionamento dessas cadeias. Mas vamos ao 
vídeo. SCOT CONSULTORIA. Agronegócio brasileiro e as cadeias produtivas. 
2013. 1 vídeo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1rlN2nanUCE . 
Acesso em: 18 abr. 2020.
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Para a colaboração entre empresas para conectar fornecedores, clientes e outros parceiros, 
como um meio de aumentar a eficiência e produzir valor para o consumidor final, são necessárias 
muitas decisões estratégicas dentro de uma estrutura operacional. 
1.1 As Estruturas dos Canais de Distribuição e o Supply Chain Management 
(SCM)
Para melhor compreensão sobre os aspectos práticos do supply chain management, 
há necessidade do conhecimento sobre canais de distribuição. Canais de distribuição são as 
maneiras pelas quais bens e serviços são disponibilizados para uso dos consumidores. Todas as 
mercadorias passam por canais de distribuição, e seu marketing dependerá da maneira como 
suas mercadorias são distribuídas. A rota que o produto leva da produção para o consumidor é 
importante porque um profissional de marketing deve decidir qual rota ou canal é melhor para 
seu produto específico.
Assim, temos canais muito simples como é um canal direto, no qual o consumidor solicita 
diretamente ao produtor e o produtor envia a mercadoria ao consumidor. A internet e o comércio 
eletrônico popularizaram a distribuição direta.
Figura 2 – Cadeia Direta. Fonte: O autor.
Canais de distribuição indireta trazem outros participantes. Um produtor pode vender 
seus produtos a um atacadista, que os vende a um varejista, o qual os vende ao consumidor.
Figura 3 – Cadeia Estendida. Fonte: O autor.
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Dependendo do que está sendo vendido, esses canais podem ser curtos ou longos (Figura 
4). 
A implementação do gerenciamento da cadeia de suprimentos/supply chain envolve 
identificar os membros com os quais é fundamental fazer uma ligação, quais processos precisam 
ser conectados a cada um desses membros e qual o nível de integração a se aplicar a cada link de 
processo (PASSOS, 2016).
Figura 4 – Cadeia Final. Fonte: O autor.
As empresas também podem usar o termo “canais” para se referirem a diferentes maneiras 
de fazer a conexão de vendas com o consumidor - em lojas de varejo, por exemplo, ou através de 
telemarketing ou de pedidos através de um website. As compras são feitas pelo fabricante, pelo 
varejista e, em seguida, o vendedor vende a mercadoria ao consumidor. Esse canal é usado por 
fabricantes especializados na produção de produtos para compras. As companhias com quem 
uma empresa focal interage são os membros da cadeia de suprimentos/supply chain desde o 
ponto de origem até o ponto de consumo.
As organizações de sucesso desenvolvem parcerias eficazes e respeitosas entre as equipes 
de marketing e da cadeia de suprimentos. Quando a equipe da cadeia de suprimentos entende a 
dinâmica do mercado e os pontos de flexibilidade em produtos e preços, eles podem otimizar o 
processo de distribuição. Também, quando o marketing tem o benefício de um gerenciamento 
eficaz da cadeia de suprimentos - que está analisando e otimizando a distribuição dentro e fora 
dos canais de marketing -, maior valor é entregue aos clientes. Portanto, numa estrutura de 
canal direto, como fabricantes de computadores têm feito em nosso país, o controle da função 
marketing é de extremo interesse, mas, associado a isso, está o custo de distribuição que tende a 
ser maior, dependendo a indústria, portanto, de um grande volume de vendas para que consiga 
competir com outras marcas.
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Mediante o exposto, tomemos agora o exemplo de um produto: um pacote de café moído. 
Temos o café, um invólucro plástico laminado e à prova de umidade. Esse pacote está em um 
supermercado ou em uma loja especializada (boutique de café). Supomos que o valor praticado 
na venda desse produto seja 5,00 Mixuco$ (moeda local). Quanto seria o ganho com a venda desse 
produto? Não faltarão pessoas que reagirão com o famoso “depende”. Mas independentemente da 
resposta em termos da indagação, haverá ainda muitos outros que dirão que os lucros serão em 
torno de 3,50 a 4,00 Mixuco$. Se isso for verdade, muitos estariam vendendo café e vivendo uma 
“vida de ostentação” em nosso país.
Trata-se de um conceito equivocado, simplista e até muito comum que consumidores 
incautos têm. O custo de um produto não equivale ao custo de seus materiais, e, no nosso caso, 
devemos pensar nos processos de aquisição de cada um dos itens que estarão no produto final 
que é o pacote de1kg de café moído tipo premium. 
Também teremos de pensar nas caixas para transporte, filme plástico, estrados ou pallets 
para armazenar as caixas, uma empilhadeira (elétrica, a gás, à gasolina). Para transportar os 
pallets com as caixas, precisaremos de um operador de empilhadeira para colocar as caixas no 
caminhão, daí precisaremos de um motorista, combustível, veículo, seguro do veículo e da carga, 
um galpão de armazenagem e as instalações industriais para o empacotamento. O café cultivado 
e colhido, bem como a energia utilizada nas máquinas de empacotamento não serão fornecidos 
gratuitamente, ainda que se tenha a propriedade particular para explorar o cultivo. À medida 
que as etapas para esse pacote chegar até o ponto de venda, mais pessoas, materiais e processos 
vão se agregando à proposta de venda desse produto. E quem terá o trabalho de fazer com que 
essas etapas ocorreram sem falhas, ao menor custo, ao menor esforço? Isso mesmo, um gestor 
de Supply Chain. Vejamos uma cadeia de suprimento e tire outras conclusões do que é o Supply 
Chain. 
Figura 5 – Exemplo do Supply Chain. Fonte: Oliver Wyman (2017).
Conheça os principais canais de distribuição que podem melhor 
atender a um varejista, o que deve lhe permitir conectar aspectos 
mercadológicos e aspectos logísticos. Acesse o vídeo. 
GRUPO ENOVA. 12 Canais de vendas e distribuição. 2016. 1 vídeo. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VylGQ7uP4Co . 
Acesso em: 14 abr. 2020.
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Note dois aspectos nesse pequeno modelo que nos auxilia a entender as explicações até 
aqui apresentadas. Já havíamos falado dos fluxos logísticos, mas note que o fluxo de materiais se 
movimenta em um sentido (em direção ao cliente final), diferentemente do fluxo de informações 
(em direção aos fornecedores). A lógica do fluxo do produto é inequívoca, ressaltando que 
os esforços para atender os prazos para que sejam cada vez menores têm sido demandados e 
aumentados pelos consumidores finais. Por outro lado, o volume de informações que seguem do 
cliente para o fornecedor versa sobre itens como a qualidade dos produtos, nível da demanda, 
informações sobre a distribuição, sobre a produção, taxa de retorno de produtos, dados financeiros, 
dentre outras informações. 
Vejamos as características dos entes de uma cadeia de suprimento/supply chain:
• Fornecedores/Produtores – empresas que exploram ou criam as matérias-primas ou 
ativos intangíveis (softwares, projetos etc.).
• Distribuidores – patrocinam e sustentam a relação de fornecedores/produtores de 
matérias-primas aos atacadistas e varejistas.
• Atacadistas/Varejistas – estando mais próximo do consumidor final, lidam com a demanda 
desses, armazenam estoques e comercializam tais produtos e serviços.
• Cliente final – empresas ou mesmo os consumidores que adquirem ou utilizam o produto 
ou serviço. 
É importante gerenciar o fluxo de informações na cadeia, e para se fazer isso, uma 
das maneiras é fazer a medição de performance dos processos logísticos, como: 
nível de estocagem, trocas, descartes e outros processos logísticos. É comum o 
uso de KPIs (Key Performance Indicator – Indicador chave de performance, ou na 
prática, indicador de desempenho de processo) de logística que se utiliza para 
comparar inclusive sua posição com os concorrentes e o que pode ser alterado 
para trazer um impulso positivo aos índices de satisfação do cliente e manter os 
custos sob controle. Eles são responsáveis por responder questões comerciais 
relacionadas à porcentagem de clientes cujos prazos de entrega prometidos são 
perdidos, a pedidos que chegaram danificados por mês, a pedido errado, a pedidos 
que aguardaram longos períodos de tempo para receber seu pedido, dentre outros.
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Outra observação é de que entes da cadeia têm uma relação logística uns com os outros 
de tal forma que os atacadistas e varejistas são clientes da distribuição/transporte que, por sua 
vez, é cliente do distribuidor, que é cliente dos fornecedores/produtores de matéria-prima (Veja 
as Figuras 6 e 7). Cada um dos entes da cadeia desempenha papel específico, existindo, portanto, 
as seguintes categorias:
Figura 6 – Relações do Supply chain. Fonte: O autor.
Mediante o exposto, imagine que o produtor de café premium da cadeia de suprimentos/
supply chain se prepara, através de um conjunto de estratégias, para se voltar totalmente para o 
mercado internacional, projetando um crescimento de 10% no ano e que, por uma gigantesca 
coincidência, um grupo de varejistas que compra com esse fornecedor tem a intenção de crescer 
20% no mesmo período em que o principal fornecedor está mudando seu foco de atuação no 
mercado. 
Embora os tamanhos e os sistemas de produção sejam distintos (de uma fábrica e de um 
varejista), é certo que uma das hipóteses aqui implícitas é a de que pode não haver mercadorias 
suficientes para abastecer um mercado. Você, então, estará no coração do supply chain. 
Vamos agora ver de outra forma essa cadeia, sob o prisma do fluxo financeiro, observando 
a Figura 7 que nos mostrará que as transações financeiras que ocorrem ao longo da cadeia 
identificam haver no sistema uma só entrada financeira (o dinheiro pago pelo usuário pelo 
produto final) e várias saídas: os custos operacionais e lucros de todos dependem do “pagante” da 
cadeia de suprimentos.
Figura 7 - Cadeia de suprimentos simples. Fonte: Corrêa (2019).
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Segundo Corrêa (2019), o preço pago pelo cliente final (usuário) inclui o somatório 
de todo o custo operacional e de todo o lucro obtido por todos os nós da cadeia. Portanto, há 
necessidade de que a cadeia seja competitiva para que os entes ineficientes não acabem por 
onerar os produtos com preços mais altos ao cliente final, ou em margens de lucro menores, ou 
ambos, com consequentes níveis piores de competitividade da cadeia como um todo (CORRÊA, 
2019). Assim, a comunicação e o relacionamento mais próximos dos entes da cadeia, permitindo 
o compartilhamento de metas e projeções, otimiza processos e custos. Dá-se aqui a visão de que 
cada um desses entes é uma engrenagem que trabalha para atender a demanda do mercado. Se 
o mercado dá sinais de que há espaço para aumentar vendas e, portanto, de crescimento, todas 
as engrenagens (entes da cadeia) agem juntas para aumentar a oferta e atender às demandas. Ao 
contrário, ou ocorrendo uma retração no consumo (em um mercado), novamente as engrenagens 
trabalharão no sentido de equilibrar essa oferta. O conhecimento das necessidades de uns e de 
outros entes permite cruzar crises com condições mais estruturadas. Entenda que isso não tem 
relação com uma formação de uma espécie de “cartel”, pois cada ente tem consciência comercial 
de seu papel na cadeia de suprimentos e se adapta de acordo com seus interesses, não havendo ou 
não se evitando uma concorrência mútua que é necessária, e tão pouco afasta competidores dos 
valores pragmáticos do mercado, dado a necessidade de cumprir os objetivos que cada membro 
da cadeia de suprimento tem em satisfazer suas intenções. E é nesse contexto que também 
compreendemos como se forma o preço de venda final e a importância dessa harmonia.
Portanto, não é uma tarefa fácil de sincronizar e integrar muitas áreas das empresas 
pertencentes à cadeia de suprimentos com a finalidade de promover uma sinergia de suas 
atividades dentro de uma cadeia. Mas, ainda que em estado embrionário, estamos caminhando 
para isso, principalmente pela disseminação e uso de plataformas de tecnologia da informação. 
Os contratos de longo prazo e previsões muito mais estáveis hoje, por conta do avanço 
tecnológico, fazem com que as demandas sejam trabalhadas quase que instantaneamente. As 
empresas estão se conscientizando

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