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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO Fahrenheit 451 Paulo Evair Araújo Montenegro 14/06/2019 Autor Fahrenheit 451, escrito por Ray Bradbury autor de obras de romance e ficção especulativa do século XX, as suas obras mais famosas incluem Crônicas Marcianas (1950) e The Illustrated Man (1951). Muitas de suas obras foram adaptadas ao longo de sua carreira, tanto para o cinema, quanto para a televisão em mídia de quadrinhos. Vermos uma semelhança ao livro de 1984 de George Orwell, serve-se de elementos fantásticos, situando os acontecimentos num futuro próximo e discutindo o perigo do absolutismo do poder de um big brother, no caso de 1984, ou do terror temos bombeiros instauram ao serviço de um poder que centraliza as mentes através da hipnose pelas imagens fabricadas, no caso do texto de Bradbury. O que faz de Fahrenheit 451uma utopia, não é a proposta de uma nova linguagem, de um novo código universal que reaproxime as pessoas, é antes a forma como expõe um lugar de inverdade, a partir de um pressuposto que não está muito distante da nossa realidade. Contexto Esta obra de Bradbury é como uma crítica, referente à uma crescente e disfuncional sociedade americana. Foi escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, é um texto que condena, principalmente, a sociedade que ele está inserido, opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra, ou seja nesse época eles tinham como controle de massas as televisões que é o meio na qual é usado no livro para a manipulação do Governo as massas, sendo muito criticado na época por ser um livro que bate de frente e faz uma crítica a sociedade, o livro foi censurado em várias adaptações, sendo que depois de um certo, período de tempo, foi aceito pelas críticas que foram feitas duramente ao marketing da época pós-guerra, sendo que o livro hoje é considerado uma obra de arte influenciadora. O romance é, frequentemente, interpretado como sendo uma crítica à censura patrocinada pelo estado, mas Bradbury contestou essa interpretação. Ele disse em 2007, em uma entrevista, que o livro explora os efeitos da televisão e da mídia em massa na aprendizagem da literatura e na prática da leitura. Vale ressaltar, que as discussões acerca das políticas públicas de acesso ao livro e à lei ura, partem, em primeiro lugar, do real valor que o livro e a leitura têm, ou seja, o diferencial que ambos podem trazer para a formação individual e social do homem, o que é esclarecedor na história de Fahrenheit 451. A respeito dessa crítica, é indispensável citar uma frase de Monteiro Lobato, a qual afirma: ‘’ Um país se faz com homens e livros ”; No Livro Fahrenheit 451 de Ray Bradbury é uma obra de distopia. Onde o mundo contado no livro, se torna inimaginável, mas aos poucos percebemos que está bem próximo da nossa realidade atual. Análise Crítica Na história temos Montag – um bombeiro que ama o que faz, na história contada, a ordem natural das coisas foi invertida os bombeiros em vez de apagarem incêndios, eles os começam. As casas são aprova de fogo e os livros são inimigos que precisam ser eliminados, ou seja, queimados. O Governo fala que o livro traz infelicidade para aos cidadãos do bem. No livro temos uma sociedade que não se importa com as emoções, apenas vivem o momento, do chamado “agora”, um exemplo, é a internet, e as mídias sociais, não vermos mais pessoas julgando umas ou as outras, pois opiniões próprias já não existem, e sim um coletivo do bem maior, apenas buscando o prazer seja jovens jogando o carro sobre as pessoas por divertimento ou até mesmo queimando livros, ou em um cena épica onde vermos Montag, ajustando seu cão de caça mecânico para caçar animais em suas tocas, apenas pelo simples e grotesco prazer de assisti-los morrer. O fato é que uma vida sem livros deixou as pessoas sem base para criar ideias, sem assuntos para conversas, sem motivos para interagirem. O livro é dividido em três partes. A primeira parte é sobre o despertar da consciência de Montag que ao conhecer sua nova vizinha Clarisse – que pergunta coisas que faz com que as pessoas pensem, como uma simples folha que cai, até o simples jeito de andar e olhar para as coisas, ele se assusta por ser algo incomum (perguntar e pensar). Clarisse some tão rápido como apareceu, mas ao abrir os olhos para essa ocasião, Montag começa a perceber outros pontos horríveis da realidade em que vive. As pessoas e os animais se tornaram máquinas (quase literalmente – a mulher dele sofre uma overdose de remédio para dormir e os paramédicos trocam o sangue dela. Na própria cama. Enquanto ele vê. Simples assim. Mas o auge dessa parte é a cena que leva a uma conversa sincera (até demais) entre Montag e seu Capitão: ao checarem uma denúncia anônima, os bombeiros descobrem uma senhora que guardava diversos livros e prefere morrer queimada com seus livros do que se entregar para a polícia. Montag não apenas pega um livro escondido como se sente muito mal com a decisão da senhora e tenta ajudá-la (duas coisas proibidas). Na manhã seguinte, ele acorda com a saúde muito ruim e decide que vai abandonar o emprego. Em uma parte do livro o Capitão Beatty vem procurá-lo e faz um dos melhores discursos, durante o livro: “A escolaridade é abreviada, a disciplina relaxada, as filosofias, as histórias, as línguas são abolidas, gramática e ortografia pouco a pouco negligenciadas, e, por fim, quase totalmente ignoradas. A vida é imediata, o emprego é que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas? ” Durante o livro vermos, que o governo facilitou essa ação de queimar os livros, mas foram as pessoas que decidiram deixar de ler. Deixando os livros de lado e dando mais atenção a tv. Fazendo as pessoas conversarem pouco entre si. Enquanto você se recupera da primeira parte, a segunda começa com força total. Durante uma conversa como Capitão, sua esposa ver um de seus livros, ele ainda tentar esconderem uma cena hilária, mas ela acaba descobrindo, Montag está confuso sobre as novas experiências de pensamento que lhe renderam na primeira parte, e com isso conta a mulher que anda a roubar livros que deveriam ser queimados, inclusive uma Bíblia. (Totalmente proibido pelo governo no contexto). E agora queria entender o que significava o conteúdo das palavras. Durante a segunda parte temos Montag tentando se esquivar do governo, e conversando com Faber um ex-professor que agora estava desempregado. E Montag, assumindo sua identidade dupla. Na terceira parte, estou tentando ao máximo não contar spoilers, Montag encontra um grupo de homens que vivem à margem da sociedade – são ex-professores, filósofos, estudiosos que perderam qualquer tipo de função nessa sociedade hiper- regrada e não pensante. Mas a forma que eles escolheram de honrar suas devidas profissões foi memorizando livros que consideram importantes. Cada um memorizou um livro e Montag percebe que há muitos outros como eles. Para salvar os pensamentos, as ideias, essas pessoas se tornaram portadores e contadores de histórias. A escrita é ótima, clara e objetiva, com algumas partes bem descritivas que acabam sendo um pouco chatinhas, o Autor desenvolve a cada frase um talento que envolve o leitor até o último ponto final. O conceito da história pode até parecer um pouco exagerado para o ano da publicação em 1953, mas nos dias de hoje não estamos tão distantes dessa realidade. O que tornou as pessoas a adquirir as informações que são dadas, sem pensar em analisar o tanto de informações que temos. O livro é diferente dos outros pois vamos acompanhando o personagem em sua descoberta e abrimos os nossos olhos junto com ele. Mais do que na busca do prazer e da felicidade pela exploração doconsumo, Fahrenheit 451focaliza-se na condição humana, na génese do conhecimento, na formação de uma consciência individual e social capaz de alertar o leitor para assim imperfeições do presente que transformou a máxima do ver para crer no leitor o motivo do querer ver. Nesta perspectiva, o temor do presente já não são as guerras, é antes adrenalina provocada pela eventual transmissão direta na CNN dos jogos de guerra. O livro é recomendado para pessoas quem amam o conhecimento e tem interesse a novas perspectivas de ponto de vista. Aumentando assim seu conhecimento sobre o seu ser na era moderna e no futuro como indivíduo. Referências file:///C:/Users/paulom/Downloads/587-Texto%20do%20artigo-3010-1-10-20180705.pdf Livro: Tradução: Cid Knipel Prefácio: Manuel da Costa Pinto Autor: Ray Bradbury Editora: Biblioteca Azul Páginas: 215 Ano: 2012 (originalmente em 1953) Personagens: ° Guy Montag é o bombeiro protagonista da história.
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