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Trading system modelo quantitativo

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2 
Tiago Missaka (CNPI-T) 
Analista técnico 
Economista formado pela UNESP, iniciou na Bolsa de Valores há mais de 10 anos. 
Sua trajetória profissional passou desde a assessoria de investimentos, mesa 
institucional, docência em Análise Técnica, até Análise e Consultoria de 
Investimentos. Atualmente como Analista CNPI-T, dedica-se a P&D de novos 
modelos quantitativos à sua sala de trades ao vivo, para ajudar pessoas como 
você a gerar riqueza com seus investimentos. 
Sobre os autores 
3 
Renato Falcão 
CEO da Omega Invest 
“ Investidor desde 2007, especialista em análise gráfica por Ondas de Elliot e 
Fibonacci e Otimização de Modelos quantitativos. Já ministrou aulas sobre estes 
temas para mais de 5 mil alunos em todo o Brasil. Sócio Diretor da Omega Invest, 
é responsável pela área de Alocação Estratégica da empresa.“ 
Sobre os autores 
4 
INTRODUÇÃO AO MUNDO QUANTITATIVO 
5 
Fatos sobre o mundo quanitativo 
O investimento em mercados financeiros através de 
algoritmos e robôs de investimento é uma realidade 
comum à maior parte das economias desenvolvidas em 
que existem mercados de ações e títulos devidamente 
amadurecidos. Para se ter idéia, nos EUA, em que 85% das 
pessoas físicas investem suas economias no mercado de 
ações, os algoritmos já são responsáveis por mais de 70% 
do volume total de transações. No Brasil, ainda é inferior a 
10% a participação de algoritmos no volume total de 
operações. 
 
>70% 
<10% 
6 
Mas funciona mesmo? 
Para se ter uma idéia do potencial da utilização de algoritmos 
para orientar tomadas de decisão envolvendo risco, vamos 
utilizar o exemplo do fundo quantitativo Medallion, 
administrado pela gestora do bilionário americano James 
Simons desde 1988. O fundo, considerado como um dos 
melhores hedge funds da história, opera exclusivamente 
modelos quantitativos que se aproveitam de distorções de 
preços em ações, treasuries, câmbio, commodities e outros 
derivativos, apresentando média de retorno anual líquido 
superior a 30% desde sua fundação. O mesmo ultrapassou por 
muitos anos a performance de grandes nomes como o fundo 
Quantum , de George Soros, porém com um detalhe: sem nível 
significativo de correlação com os principais índices de ações 
norte-americanos. 
Jim Simons, um dos 100 mais ricos do mundo (Wikipedia) 
7 
O que são estratégias quantitativas? 
Trading system, modelo quantitativo e setup, são sinônimos que definem as 
estratégias de negociação em bolsa que possuem suas regras de entrada, projeção 
e saída (com ganho ou perda) 100% objetivas. Essas regras devem ser exatas, 
descritas de forma minunciosa, e podem ser definidas por qualquer critério 
quantificável que envolva preço, tempo, volume, indicadores, ou até mesmo fluxo 
de ordens. Basicamente, a pergunta a ser feita é se o conjunto de regras é objetivo 
ao ponto de ser possível “ensiná-las a uma máquina”, independente de seu desejo 
de automatizar ordens ou operar manualmente. Só é possível dizer que uma 
estratégia é de fato quantitativa se a descrição é suficientemente completa e 
objetiva de modo a jamais, diante de qualquer uma das infinitas variáveis de 
mercado às quais a estratégia poderia ser exposta, ser requerido o auxílio do juízo 
de valor do próprio trader para uma tomada de decisão. 
8 
Exemplo de uma estratégia 
Ainda sem fazer menção às definições de “melhor” ou “pior”, até porque 
isto dependeria de um conjunto verdadeiramente extenso de variáveis 
que veremos adiante, um exemplo bastante simples de modelo 
quantitativo é o cruzamento de duas médias móveis. Digamos que a 
nossa estratégia consista em efetuar compras na abertura seguinte a um 
fechamento em que uma média móvel de preços mais curta cruze para 
cima de uma mais longa (sinal de compra), e mantenha as posições de 
forma a acompanhar uma tendência que se desenvolva, até o momento 
em que houver um fechamento confirmando cruzamento na direção 
contrária (sinal de venda), ponto em que, não somente zeraremos a 
posição comprada, mas com a mesma quantidade de ações iniciaremos 
uma operação vendida a descoberto, em uma manobra conhecida como 
“virada de mão”. Você percebe que, por mais que seja muito simples, este 
é um setup, já que não é possível que duas pessoas com a mesma 
descrição entendam orientações diferentes da proposta? 
9 
Suponhamos agora um outro exemplo, no qual para 
definir nossas operações utilizemos o seguinte conjunto 
de regras: Se um fechamento for negativo em relação 
anterior, iremos comprar na abertura da barra seguinte 
e encerrar a posição ao seu fechamento, independente 
do resultado. Observa que, mesmo com um setup que 
só depende de preço e tempo, novamente não 
dependemos de variáveis externas para a tomada de 
decisão? 
Exemplo de uma estratégia 
10 
TRADING IDEAS: OPERANDO CONFORME A “PERSONALIDADE” DO ATIVO 
11 
Trading Ideas 
IFR 
RETRAÇÕES 
ZIGZAG 
Para ser rentável, uma estratégia deve capturar 
de movimentos das massas em sua origem, para 
então assumir posições favoráveis a estes, com 
um gerenciamento de risco que permita 
benefícios entre os erros e acertos. Para isto, 
devemos observar atentamente aos PADRÕES de 
movimentação dos preços de ação para ação. 
Cada papel negociado em bolsa têm uma 
determinada “personalidade”, expressa em 
diferentes unidades de tendência e ruído. Neste 
contexto, uma trading idea consiste em, após 
observação detalhada do comportamento dos 
preços do ativo, propor um conjunto inicial de 
regras que pareça coerente e adaptivo àquelas 
movimentações observadas. Este é um ponta-pé 
inicial do trabalho que, com o direcionamento 
adequado e melhores ferramentas, pode ser 
lapidado até atingir o Estado da Arte. Somente 
após algumas trading ideas, podemos partir para 
exercícios de avaliação e comparação de 
estratégias. Em outros termos, é possível dizer 
que são a “alma” de uma estratégia. 
12 
Por trás dos trading systems direcionais 
As três filosofias estratégicas 
Tendência 
Nesta árvore, todo o objetivo consiste em operar na direção da tendência sem limites de 
ganho quando grandes movimentos se estabelecerem. Em geral, captura o sinal de um 
rastreador de tendência (a exemplo de uma média móvel) e só irá se desfazer desta posição 
quando do sinal contrário, trabalhando com “viradas de mão”. 
Recuo à média 
Aqui, o conceito já é outro. O objetivo não é o de identificar o início dos chamados 
“movimentos bem-informados”, aqueles que dão início às tendências. O que esta escola 
busca explorar são os pontos em que as movimentações já deixaram de ser consistentes e 
passam a ser puro efeito-manada, tornando-se oportuna a adoção de posição contrária 
buscando a “normalização” dos preços. É comum o uso de osciladores de preço ou bandas 
para tal. 
Rompimentos 
Em meio ao contraste entre os mundos opostos das tendências e recuos à média, surge um 
modelo híbrido, muitas vezes comum a um maior leque de ativos operáveis. A operação de 
rompimentos nasce da idéia de comprar o rompimento de uma resistência a favor de uma 
tendência de alta, vender a perda de um suporte a favor de um rally de pânico, ou mesmo, 
operar o rompimento de um pivot de reversão de tendência. Aqui, o balizador é um indicador 
que defina topos e fundos de forma objetiva, ou mesmo acuse os chamados “candles 
guerrilha”, que se rompidos para um dos lados, tendem a desenvolver movimentações amplas 
e voláteis. 
13 
Gráficos para cada linha de estratégia 
Na expectativa de tornar a sua vida mais fácil, bem como mais 
claro o entendimento dos conceitos apresentados, separamos 3 
exemplos gráficos reais, para que se entenda o tipo de 
comportamento que abre oportunidade para cada aplicação 
estratégica. Oprimeiro deles será o exemplo de gráfico típico da 
operação de tendência: a série contínua do contrato futuro de 
Boi Gordo da BM&F, em time frame diário. 
14 
Exemplo de seguidor de tendência 
Diremos que a trading idea mais evidente, pelo menos até este momento, seria uma envolvendo filosofia 
seguidora de tendência pois: 
 
1. Há poucos cruzamentos entre média móvel de 9 períodos (curta) e de 20 períodos (longa) dentro da 
janela de um ano. Isto nos demonstra facilidade em sinalizar e manter uma tendência, pelo menos no 
histórico. 
2. O indicador de topos e fundos PIVOT MM aponta poucos momentos em que não há fundos nem 
descendentes nem ascendentes, mas sim afunilados. 
3. As bandas de Bollinger apontam, na maior parte do tempo, para uma mesma direção, com inclinação 
relevante (e não lateral ou em aberturas e fechamentos constantes) 
15 
Exemplo gráfico oportuno para trading idea de recuo à média 
Agora vejamos um exemplo que caminha para o extremo oposto. A ação de CCRO3, no gráfico diário, dentro 
da amostra da figura abaixo, representa sinais claramente contrastantes para elaboração de trading idea. 
16 
Exemplo de filosofia de recuo à média 
Diremos que a trading idea mais evidente, pelo menos até este momento, seria uma 
envolvendo filosofia de recuo à média pois: 
 
1. Há um maior número de cruzamentos entre média móvel de 9 períodos (curta) e de 
20 períodos (longa) ao ano. Isto nos demonstra dificuldade em sinalizar e manter uma 
tendência, pelo menos no histórico. Com isto, há muitos sinais “falsos”. 
2. O indicador de topos e fundos PIVOT MM aponta uma série de momentos em que não 
há fundos nem descendentes nem ascendentes, mas sim afunilados. 
3. As bandas de Bollinger apontam, na maior parte do tempo, para uma direção lateral 
ou em aberturas e fechamentos constantes, e não para uma mesma direção. 
4. É frequente a ocorrência de velas com pavios muito maiores do que os corpos. Isto 
nos apresenta maior nível de ruído. 
 
 
Assim sendo, é mais provável que, ao desenvolver 
movimentos voláteis, abra oportunidade de um 
posicionamento contrário aguardando seu retorno à média. 
17 
E quando o contraste não for tão radical? 
Existem, ainda, gráficos em que é alternada a presença 
de alguns fatores de cada filosofia. Por exemplo, um 
ativo que demonstre poucos cruzamentos de médias, 
as bandas ainda direcionais mas com maior frequência 
de “abertura de boca”, mas que tenha seu indicador 
pivot mm trazendo um maior número de 
lateralizações, e também alguns candles de elevada 
volatilidade. Neste caso, a trading idea mais sensata a 
projetar é a baseada em rompimentos. E é este o 
exemplo de PETR4, gráfico diário, abaixo. 
 
Como pode ver, 
tudo vai depender do papel que quisermos operar! 
18 
Exemplos de trading ideas de tendência 
Médias móveis 
Já vimos em exemplos anteriores de que se trata uma estratégia baseada em cruzamentos de 
médias móveis. Existem também os que consideram o cruzamento puro e simples do preço 
em relação a UMA média móvel, assim como os que consideram o cruzamento de 3 ou mais 
médias para confirmar entrada. Tudo isto terá impacto direto na frequência e no nível de 
acerto das operações, mas desde que os ganhos, quando do desenvolvimento de tendências, 
sejam ilimitados por gatilho, tendem a explorar adequadamente os ativos com 
comportamento gráfico sujeito a isto. 
IFR superando ou perdendo a linha de 50 
É isto mesmo, você não leu errado! O IFR, apesar de ser um indicador de oscilação 
tradicionalmente utilizado como sinalizador de oportunidades de recuo à média, quando da 
entrada ou saída das chamadas zonas de sobre-compra ou sobre-venda, serve de bom 
sinalizador de continuidade de uma tendência. Exemplo na próxima página... 
19 
No exemplo a seguir é possível observar todos os casos em que o IFR (janela inferior) superou 50, gerando sinal 
de compra (sinal “Ok”), e todas as vezes em que passou para baixo de 50 (sinal “X”), em ambos os casos 
gerando “virada de mão” da operação até então em aberto. As setas informam ponto de partida e fim, sendo 
verdes quando de lucro, e vermelhas quando de prejuízo. Neste exemplo , como o gráfico demonstou 
comportamento bastante tendencioso, apenas uma curta operação não teria sido lucrativa. 
20 
Exemplos de trading ideas de recuo à média 
IFR saindo de área “sobre” 
O IFR, como famoso “indicador pêndulo”, aponta quando o mercado está sem fôlego para 
prosseguir em uma determinada direção. Quando acima de 80, dizemos que está sobre-
comprado, ou seja, há pouco espaço para subir. Quando abaixo de 20, dizemos que está 
sobre-vendido. Na análise gráfica seria um erro, no entanto, apontar que que não há espaço 
algum, pois ele pode continuar seguindo a direção até se aproximar do 0 ou 100. Logo, existe 
a estratégia de, quando abaixo de 20, manter-se atento, para assim que sair da área “sobre”, 
abrir compra na abertura seguinte, a ser encerrada somente no retorno à área ou na linha de 
50. O oposto vale para vendas. Abrir vendas quando, uma vez acima de 80, torna abaixo, com 
objetivo na linha de 50, e zeragem assumindo perdas em caso de voltar para a área “sobre”. 
Para que não haja frequência muito baixa, recomenda-se o uso de IFR curto, como o IFR(5) 
por exemplo. 
Banda de Bollinger “sai fora-volta dentro” 
As Bandas de Bollinger têm por objetivo apontar quando o papel está apresentando uma 
oscilação em relação à própria média superior ao esperado em uma distribuição normal, o 
que se representa por um afastamento superior a dois desvios-padrão. Uma tradicional 
estratégia com o indicador consiste em abrir posição comprada quando o papel tem um 
fechamento que estoura a banda inferior e, em um próximo fechamento, retorna para dentro 
das bandas. Neste caso, é aberta operação com objetivo no recuo à média. O oposto vale para 
operações vendedoras. 
21 
No exemplo a seguir é possível observar todos os casos em que o IFR (janela inferior) desenvolveu seus sinais 
de compra e de venda pela regra de saída das áreas “sobre”. As setas informam ponto de partida e fim, sendo 
verdes quando de lucro, e vermelhas quando de prejuízo. Neste exemplo , como o gráfico demonstou 
comportamento bastante ruidoso, a maior parte das operações foi lucrativa, apesar de não ter tido um risco x 
retorno na prática favorável. 
22 
No exemplo a seguir é possível observar todos os casos em que as Bandas de Bollinger (pontilhadas em cinza) 
geraram seus sinais de compra e venda conforme a discrição, nas aberturas seguintes aos sinais de entrada, 
atingimento de alvo, ou saída com prejuízo. As setas informam ponto de partida e fim, sendo verdes quando 
de lucro, e vermelhas quando de prejuízo. Neste exemplo , como o gráfico demonstou comportamento 
bastante ruidoso, apenas uma curta operação não teria sido lucrativa. 
23 
Exemplos de trading ideas de rompimento 
Rompimentos pró-tendência e pivot 
O indicador proprietário Pivot MM tem o objetivo de identificar topos e fundos de forma 
objetiva, de acordo com o nível de volatilidade que se aplica ao mercado, para então calcular 
o que é ou não considerado como rally e o que é ou não considerado como mero ruído dentro 
da tendência. A estratégia básica consiste em operar um rompimento a favor da tendência, 
tomando a distância entre este rally e o último fundo marcado (no caso de uma operação 
comprada) e duas vezes esta mesma distância a partir do rompimento como ponto de stop 
gain. Quando se quebra uma sequência de topos e fundos em uma direção (exemplo: 
descendentes tornam-se ascendentes), efetua-se a compra no rompimento que causa o 
chamado pivot, com as mesmas regras de gain e loss. 
Rompimento de candle de guerrilha 
Um candle de guerrilha pode ser definido por qualquer critério que o defina como um candle 
pequeno em relação aos demaisda sequência anterior. A partir do momento em que é 
identificado, marcam-se a sua máxima e sua mínima, e para o lado que romper, gera-se uma 
operação compradora ou vendedora inicial, a qual poderá ter 1 ou mais viradas de mão no 
mesmo ponto. A efeito de exemplo, vamos dizer que o candle de guerrilha aparece quando é 
o menor dos últimos 3 e seu corpo é menor do que a soma dos pavios inferior e superior. 
Quando do estouro de uma de suas extremidades, alvo de 1x a distância entre as 
extremidades a favor do movimento e STOP na extremidade contrária com até uma virada de 
mão. 
24 
No exemplo a seguir é possível observar um caso de resistência rompia pró-tendência, a qual atingiu stop loss, 
e um segund caso de pivot de baixa, o qual atingiu stop gain da posição vendida a descoberto. 
25 
No exemplo a seguir é possível observar cinco ocorrências do referido candle guerrilha da descrição anterior. 
Destes, o primeiro foi acionado em compra e bateu o Gain. O segundo, abriu compra, foi stopado, virou mão e 
bateu gain na operação vendida. O terceiro abriu uma venda que atingiu gain. O quarto abriu primeiramente 
uma operação de compra, virou mão para venda, e encerrou ambas no prejuízo. O quinto abriu uma venda e 
atingiu gain logo na sequência. 
O objetivo deste exercício é cristalizar o encontro de padrões, e não substituir etapas de avaliação e backtest. 
26 
GERENCIAMENTO DE RISCO OBJETIVO 
27 
O manejo de risco também PRECISA ser objetivo 
Todo este processo de conversão de trading 
ideas em descrições teve o intuito de tornar 
objetivo o que, até então, poderia ser um 
conhecimento tácito e não explícito, e também 
discricionário ao invés de objetivo. O primeiro 
passo foi percorrido, no entanto, de nada vale ter 
um setup gerador de entradas objetivo, se não 
for possível quantificar o tamanho de posição da 
mesma forma. De acordo com o mundialmente 
famoso psicólogo e autor de best-sellers na área 
de análise gráfica e finanças comportamentais, 
Dr. Alexander Elder, o manejo de risco é mais 
importante do que todo o procedimento de 
análise. Somos obrigados a concordar, vez que a 
análise não tem uma capacidade que o manejo 
de risco possui: A de te fazer sobreviver no 
mercado a um período de estresse (perdas 
consecutivas) de sua estratégia. Sendo assim, o 
seu manejo de risco precisa estar estritamente 
alinhado com o tipo de trading idea, o ativo que 
se opera (se é mercado à vista, ou mercado 
futuro, vez que o futuro envolve alavancagem 
natural), além da definição de seu colchão de 
liquidez, coisa que somente o processo de 
avaliação e backtesting poderá definir com 
precisão. Iremos falar sobre duas formas 
bastante diferentes entre si, de definir tamanhos 
de posição: Capital fixo alocado e 
antimartingale. 
28 
Modelo de capital fixo alocado: 
Neste modelo, iremos sempre operar uma mesma quantidade de volume financeiro de ações por trade. No 
entanto, para evitar a “curva de ruína”, em que para recuperar uma perda de 50% é preciso rentabilizar 
100% de sua operação, utiliza-se um colchão de liquidez em dinheiro na conta. Este colchão de liquidez 
deve ser, no mínimo, compatível com o indicador de backtest Máximo Drawdown, que veremos na 
sequência. 
 
Modelo Antimartingale: 
Modelo com uma série de benefícios, no entanto, somente aplicável a operações em que se tem 
conhecimento do ponto de stop da operação ANTES da entrada no trade, o que não ocorre em sistemas 
seguidores de tendência e alguns de volatilidade. 
Basicamente, determina-se um capital-base para o manejo de risco. Em seguida, é selecionado um valor 
em percentual deste capital que será exposto ao risco por operação, valor este que irá definir a quantidade 
de títulos a operar. Por exemplo, se tenho R$100.000,00, meu percentual de exposição é 1%, e a distância 
entre entrada e stop de uma operação, em preço, é de R$2,00, a quantidade de ações a operar será de 500 
títulos. É um modelo que traz como principal vantagem a possibilidade de reduzir prejuízos financeiros 
após uma sequência de perdas e aumentar exposição ao risco quando está ganhando, uma condição 
psicologicamente confortável para muitos. Isto porque, caso você tenha, por exemplo, uma perda de 
R$5.000,00, seu limite de risco não será mais de 1% sobre R$100.000,00, mas sim sobre R$95.000,00. O 
mesmo é válido quando recuperamos o capital e começamos a operar em campo positivo. Com capital a 
R$110.000,00, seu manejo de risco irá automaticamente arriscar 1% sobre este valor atualizado, 
possibilitando o efeito de juros compostos na curva de capital. 
29 
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA - BACKTEST 
30 
Não é por ser objetiva que necessariamente será rentável 
Não basta construir uma estratégia objetiva. Ela precisa, comprovadamente, vir de um bom histórico de 
aplicação, que dê respaldo estatístico para que a mesma torne-se parte integrante do portfolio de 
estratégias. E é neste sentido que torna-se imprescindível o procedimento de backtesting, que consiste no 
processo de avaliação de uma estratégia através de sua aplicação em momentos passados, sendo 
utilizado para validar a eficiência de um setup com base em preço, tempo e/ou volume, dados em que os 
valores fechados demonstram elevada verossimilhança em relação à aplicação prática. 
 
O backtesting nos retornará o resultado final da sequência de trades, bem como a evolução da curva de 
capital em forma gráfica. No entanto, mais importante do que isto é a capacidade analítica que nos 
fornece dos indicadores de capacidade de geração de resultados, mensuração de riscos e comparação de 
benefícios. Vamos a eles! 
31 
Slippage e custos operacionais 
Tenha cuidado! 
Um dos maiores erros de traders que operam 
através de estratégias é o de não contabilizar 
custos operacionais e slippage em sua curva de 
capital. A incidência destes pode mudar uma curva 
de capital da água para o vinho, em especial 
quando estamos falando sobre high frequency 
trading ou afins. 
 
Custos operacionais: Custos “vísíveis” nos 
relatórios operacionais como notas de corretagem 
e extratos. Incluem-se nesta lista os custos de 
corretagem, emolumentos, taxa de liquidação, 
outros bovespa, custo com aluguel de ações (BTC), 
tarifa de termo, quando aplicável, etc. 
 
Slipage: Curso da distorção por entrada à 
mercado. É uma espécie de custo “invisível” que 
inviabiliza grande parte dos modelos de Day Trade 
no Brasil. Ignorá-lo pode levar a perdas 
irreversíveis. 
32 
Indicadores da capacidade de geração de resultado 
Nível de acerto 
50% 60% 70% 75% 80% 
Um dos primeiros indicadores de performance 
que a maioria dos traders conhece na prática. O 
nível de acerto consiste em uma métrica muito 
importante. Tê-lo em níveis baixos nas estratégias 
de recuo à média pode ser um grande risco, 
enquanto tê-lo elevado em estratégias 
seguidoras de tendência é praticamente 
impossível. 
Consiste na representação percentual, com base 
na amostra, de quantas operações realmente 
atingiram o objetivo de lucro proposto (Stop 
Gain), frente ao total de operações. 
 
33 
Pay/Off Ratio 
O Pay/Off Ratio representa a relação risco versus 
retorno na prática. É calculado como sendo igual à 
média de lucro por operação encerrada no positivo, 
dividido pela média de prejuízo por operação 
encerrada no negativo. 
 
Em um exemplo prático, podemos dizer que: Uma 
estratégia que acerta 30% dos trades, mas quando 
ganha, proporciona lucros em média 5 vezes maior 
do que o saldo de cada operação encerrada no 
prejuízo, apesar do nível de acerto baixo, é muito 
atrativa na prática devido ao seu Pay/Off de 5 x 1. 
 
Este é um dos indicadores mais importantes, pois é 
o que tem mais espaço para ser otimizado, na busca 
pela melhor rentabilidade, em especial nas 
estratégias de rompimento. 
 
Indicadoresda capacidade de geração de resultado 
34 
Suponhamos que da bateria de testes de duas 
trading ideas, obtivemos os seguintes resultados: 
 
Estratégia 1 com 90% de acerto Pay off de 5 x 1 
Estratégia 2 com 50% acerto Pay off de 1,5 x 1 
 
Qual é a melhor estratégia? 
Se você respondeu que é a Estratégia 1, de fato a 
este momento não é possível dizer se você está 
certo. Isto porque com as informações fornecidas 
não temos como chegar, ao final das contas, em 
uma métrica real de benefício. Isto porque de nada 
adiantam os números da Estratégia 1, se a mesma 
nos gerar 1 sinal a cada 2 anos, enquanto a 
Estratégia 2, com seus números um pouco mais 
discretos, poderia ser uma verdadeira máquina de 
fazer dinheiro, caso produzisse mais de uma 
operação por semana. É aí que entra a frequência, 
como um indicador da velocidade de evolução da 
curva de capital. 
Frequência 
Indicadores da capacidade de geração de resultado 
35 
Notou que esta página está em cor diferente das demais? Pois é, foi proposital! De nada adianta olharmos para 
nível de acerto, pay/off ou frequência de forma isolada. Precisamos encontrar uma forma de analisar a resultante 
dos três itens, e o indicador “expectativa por trade” está aí para nos ajudar neste objetivo. 
A expectativa por trade é calculada como sendo: 
[Nível de acerto x média de ganho por operação encerrada no positivo + Nível de erro x média de perda por 
operação encerrada no negativo] 
Para os exemplos da página anterior, simulando que a média de perda por operação encerrada no negativo de 
ambas é de R$1.000,00, temos: 
 
Estratégia 1: 
 E(x)= 90% x (R$5.000)+ 10% x (-R$1.000) 
 E(x)= R$4.500,00 - R$100,00 
 E(x)= +R$4.400,00 
 
Estratégia 2: 
 E(x)= 50% x (R$1.500,00) + 50% x (-R$1.000) 
 E(x)= R$750,00 – R$500,00. 
 E(x)= +R$250,00 
 
Veja que o motivo de calcularmos a expectativa por trade, é a possibilidade de conciliarmos este indicador com a 
performance para conhecer a “esperança matemática no período”. Mantendoo os exemplos da página anterior, se 
na Estratégia 1, temos 1 sinal a cada 2 anos, nossa esperança matemática ao longo dos 12 meses é de R$4.400,00. 
Pode não ser ruim, mas vamos agora calcular a esperança da Estratégia 2: Sendo uma operação por semana, e 
sendo 104 semanas na janela de 24 meses, encontramos para esta estratégia, mesmo com piores números de 
Pay/Off e Nível de acerto, uma expectativa de lucro de R$26.000,00 ao final do período. Por este motivo, fica 
claro que a Estratégia 2 ganha de longe no quesito “capacidade de resultados”. 
Consolidando os indicadores vistos até então 
 Expectativa por trade 
36 
Máximo Drawdown 
2008 2015 
Medida de risco: Obtido nas análises de underwater, o máximo drawdownconsiste no máximo decaimento na curva de 
capital antes da superação de um topo (limite de ganhos) anterior. Pode ser expresso em valores percentuais ou 
financeiros. Útil para determinação de viabilidade do modelo e para determinação de modelos de manejo de risco de 
capital fixo alocado , bem como para o controle sobre o comportamento de risco da estratégia e adequação da 
dosagem no contexto de uma alocação. 
 
Em um exemplo prático, uma estratégia ter um máximo drawdown de 10% significa que se o trader iniciasse suas 
operações (com uma carga de azar um pouco além da conta) no momento em que o máximo de ganho da estratégia 
cessa, e é dado o início ao pior momento de perdas, teria chegado a acumular perda de 10% em algum momento 
durante o percurso da estratégia, para só depois recuperar. 
 Indicador de mensuração de risco 
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Gostamos de utilizar dois indicadores de comparação de benefícios quando o assunto é comparar 
estratégias: 
 
• Recovery factor: Mede a capacidade de recuperação de prejuízos de uma estratégia. Calculado como 
[resultado financeiro do backtest / máximo drawdown ]. 
• Vantagens: Promove uma leitura da probabilidade de ocorrência de um período de perdas como 
o máximo drawdown, com base na amostra. Deve ser dito que estamos falando de 
probabilidades, e que na prática, nada impede que o limite de máximo drawdown seja, inclusive, 
superado. 
• Desvantagem: Se a estratégia é sustentável a longo-prazo, naturalmente espera-se que quanto 
maior a base de dados testada, maior será o resultado, e mais próximo do obtido inicial será o 
máximo drawdown. Em sendo estas premissas verdadeiras, uma estratégia mais antiga, mas que 
eventualmente não esteja passando por seus melhores dias em uma janela mais curta, ganhará 
de uma estratégia com base de dados mais curta. 
 Indicador de comparação de benefícios 
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O segundo indicador é o: 
 
• Retorno anualizado / máximo drawdown: O próprio nome já é sugestivo quanto à base de cálculo. O 
retorno anualizado pode ser obtido multiplicando-se a expectativa por trades pelo número de 
ocorrências médio observado em janelas de 12 meses. Assim o fazendo, encontraremos um índice em 
que, o maior número positivo obtido representará a melhor estratégia dentre o rol de elencáveis. 
• Vantagens: Leitura com menor viés do tamanho da amostra. 
• Desvantagens: Temos como inconsistência que o tamanho da amostra ainda se faz presente, mas 
de uma forma indireta, no máximo drawdown. Pode ser assumido que um máximo drawdown de 
20 anos é mais representativo do que um obtido em 2 anos. Esta é uma característica que este 
indicador simplesmente não enxerga. 
 Indicador de comparação de benefícios 
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ETAPAS FINAIS 
40 
Otimização 
50% 
40% 
80% 
60% 
A B C D 
Diferentes parâmetros para as mesmas estratégias podem gerar 
grandes diferenças nas estatísticas finais. O poder de otimizar os 
parâmetros é o que confere a possibilidade de “capturar” a 
essência do papel operado. 
Parametrize! 
Uma das vantagens de robôs e planilhas de backtest é a 
possibilidade de simular em tempo hábil, diferentes 
parâmetros de Alvo, Stop Loss, Breakeven, Trailling 
Stops, Stop por tempo e horários de negociação. 
Cuidado com o Overfitting 
Se sua otimização só for efetiva em uma “fatia” da base 
histórica ou reduzir consideravelmente a frequência (filtros), 
você pode correr o risco de esta “melhora” na verdade ser 
consequência de um “alinhamento de planetas”. 
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O processo de construção 
de estratégias 
Idéia e descrição 
Primeiro teste 
Aumento e compreensão 
Otimização + Walk Forward 
Operação real 
Tudo começa com uma trade idea 
discricionária, para depois 
descrevermos o que é de fato o 
padrão 
Surge um primeiro teste de 
conceito, manual, em base 
de poucos meses ou 
papéis. 
É hora de aumentar os testes! A 
automação torna-se fundamental. 
Automatizar te dá capacidade de otimizar 
parâmetros. Vá em frente, mas cuidado 
com o Overfitting. 
Nada te dará mais sensação de 
controle do que começar a 
testar seu conceito na prática. 
Comece no DEMO, até 
entender o backoffice 
envolvido 
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