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Profº. Ms. Flawbert Farias Guedes Pinheiro
flawbert.farias@gmail.com
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
OBS.: Mesmo os isentos ou imunes devem prestar informações ao Fisco e 
cumprir obrigações tributárias acessórias previstas em lei.
OBS.: O Fisco, independentemente de autorização judicial, poderá 
examinar dados das instituições financeiras, inclusive referentes a contas 
de depósitos e aplicações financeiras, havendo processo administrativo ou 
procedimento fiscal em curso (art. 6º da LC 105/2001 e Decreto 
Regulamentar 3.724/2001).
CONCEITO
• Competência tributária é a aptidão para criar tributos, 
aumentar, parcelar, diminuir, isentar, perdoar tributos etc. 
Ou seja, nada mais é que atribuição para legislar sobre 
tributos. 
• A lei que cria o tributo deve descrever sua hipótese de 
incidência, seus sujeitos ativos e passivos, suas bases 
de cálculo e suas alíquotas.
• Quem possui competência tributária são os entes 
políticos, União, Estados, Distrito Federal e Municípios – 
trata-se de tarefa legislativa.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
• EXCLUSIVA.
• INCADUCÁVEL.
• DE EXERCÍCIO FACULTATIVO.
• INAMPLIÁVEL.
• IRRENUNCIÁVEL.
• INDELEGÁVEL.
 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA EXCLUSIVA
A competência tributária, atribuição dada pela CF/88 aos entes políticos para 
legislarem sobre tributos, é exclusiva dos Entes Políticos, isto é, só a União, 
os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal, podem legislar sobre 
tributos (instituir, majorar, diminuir, isentar, conceder anistia, fiscalizar, 
arrecadar etc.). Enfim, fazerem o que bem quiserem ou entenderem sobre 
tributos, desde que não infrinjam os limites de sua competência tributária. 
Assim, por exemplo, a competência que a União recebeu para instituir o 
Imposto de Renda exclui os demais órgãos tributantes de instituí-lo (Estado, 
Município e Distrito Federal).
Por capacidade tributária entenda-se a parcela da competência tributária referente 
à cobrança (arrecadação) e à fiscalização de tributos, que, embora, seja da 
competência privativa dos Entes Políticos, pode ser delegada para suas 
autarquias. EX.: A Contribuição Previdenciária de competência da União 
cobrada pelo INSS. 
A Constituição Federal/88 utilizou os critérios material e territorial de repartição de 
competências impositivas, descrevendo objetivamente fatos que poderão ser 
colocados na hipótese de incidência dos impostos a serem criados, como por 
exemplo, o fato de vender mercadorias, que foi inserido na hipótese de 
incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 
(critério material). Bem como, que as leis tributárias só poderão incidir sobre os 
fatos ocorridos no território de cada pessoa política (critério territorial).
INCADUCÁVEL
• A competência tributária, além de ser privativa, é incaducável, 
não está submetida a prazo para ser praticada.
 Exemplo: imposto sobre grande fortuna (artigo 153, inciso VII, da 
Constituição Federal) – a União poderá instituí-lo a qualquer 
momento.
• O não exercício da competência tributária, ainda que prolongado 
no tempo, não tem a propriedade de impedir que a pessoa 
política crie o tributo que lhe foi constitucionalmente deferido.
• O que caduca é a capacidade tributária ativa - o direito de exigir 
o tributo, que prescreve em cinco anos, conforme o disposto no 
artigo 174 do Código Tributário Nacional.
 DE EXERCÍCIO FACULTATIVO
 A pessoa política é livre para exercitar sua competência tributária. Isto 
é, é livre para criar ou não os tributos que a constituição lhe outorgou. 
 O não exercício da competência tributária não a transfere a outra ou 
outras pessoa(s) política(s), uma vez que ela não se trata de res 
nullius, sendo, pois, privativa de cada pessoa política (artigo 8.º do 
Código Tributário Nacional). 
 Há, entretanto, uma exceção à regra da facultatividade: a competência 
para criar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(ICMS) é obrigatória. 
INAMPLIÁVEL
• A entidade tributante não pode alargar a sua competência tributária.
IRRENUNCIÁVEL
• A competência tributária é irrenunciável porque a pessoa 
política não pode abrir mão por definitivo dessa atribuição.
• Uma lei que o fizesse estaria atentando contra o livre exercício 
da função legislativa. Seria, assim, inconstitucional.
INDELEGÁVEL
• A competência tributária é indelegável, pois a pessoa política 
não pode transferi-la a outra, nem mesmo por força de lei.
• As pessoas políticas tributam por delegação constitucional, 
portanto, não se pode transmitir o que se recebeu por 
delegação.
• Delegável é a capacidade tributária ativa, que consiste no 
direito de arrecadar o tributo (artigo 7.º do Código Tributário 
Nacional). Exemplo: a União cria o imposto sobre grandes 
fortunas e delega, por lei, o direito de cobrá-lo aos Estados-
membros.
 
PODERES E ATRIBUTOS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
A Diferença entre Bitributação e Bis in Idem
Há apenas duas situações das quais a bitributação é 
permitida, enquanto o Bis In Idem é permitido pelo 
sistema constitucional desde que expressamente 
autorizado pela Carta Constitucional.
Bitributação ocorre quando dois entes da federação, 
por meio de suas pessoas jurídicas de direito público, 
tributam o mesmo contribuinte sobre o mesmo fato 
gerador. 
Por exemplo, isso ocorre quando dois municípios 
pretendem cobrar ISS sobre um mesmo serviço 
prestado.
A ilegitimidade nesse caso se dá pela 
inconstitucionalidade, em razão da violação de normas 
constitucionais sobre competência tributária. 
Entretanto, como existem exceções em tudo que rodeia nosso 
sistema tributário e nossa administração pública, há duas 
situações das quais a bitributação é permitida.
Primeiro, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá ser 
exigido imposto extraordinário, compreendido ou não em sua 
competência, conforme previsto no art. 154, II da Constituição 
Federal de 1988:
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Outro caso de possibilidade da tributação está mais ligado ao 
âmbito internacional. Ocorre nos casos em que um tributo é 
recolhido em um Estado, mas poderá também ser cobrado noutro. 
Por exemplo, o contribuinte recebe rendimento de um trabalho 
realizado em um determinado País e trabalha em outro país, 
poderá ser cobrado em sua renda em ambos os Países, claro que 
dependendo das regulações internas e externas, respeitando a 
soberania em cada nação.
Bitributação é diferente de outro fenômeno – que também pode gerar certa 
dúvida ao contribuinte: o Bis in idem, ou duas vezes sobre a mesma coisa. 
Esse fenômeno ocorre quando a pessoa jurídica de direito público tributa mais 
de uma vez o mesmo fato jurídico. 
Por exemplo, o fato de uma empresa auferir lucro dá margem à exigência de 
Imposto sobre a Renda, como também da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL), ambos os tributos de competência da União Federal.
Vale ressaltar que o Bis In Idem, é permitido pelo sistema constitucional desde 
que expressamente autorizado pela Carta Constitucional. Ou seja, a 
competência tributária precisa ser exercida dentro dos parâmetros 
constitucionalmente estabelecidos, respeitando ainda os princípios e as 
imunidades.
Como já observado, a competência tributária é matéria eminentemente 
constitucional, taxativa e exaustivamente prevista, de sorte que haverá conflito 
de competência na medida em que um ente político arvorar-se de competência 
alheia. 
Nesse sentido, reiterando a assertiva de que todas as competências tributárias 
são previstas na ConstituiçãoFederal, conclui-se que a pessoa política não 
pode usurpar competência tributária alheia, nem aquiescer que sua própria 
competência tributária venha a ser utilizada por outra pessoa política.
Obs.: Sempre que houver bitributação, ocorrerá violação ao dispositivo 
constitucional, e que pode ser coibido imediatamente por uma medida judicial.
 REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Repasse dos tributos arrecadados por um ente público a 
outro. Esse repasse pode ser parcial ou total.
Art. 157, I da CF/88 – Pertence aos Estados o produto da 
arrecadação do IR incidente na fonte sobre os rendimentos 
pagos por autarquias ou fundações públicas estaduais.
Art. 158, II da CF/88 – A União deve repassar para os 
Municípios 50% do ITR relativo aos imóveis neles situados.
Art. 158, III da CF/88 – O Estado deve repassar para os 
Municípios 50% do IPVA arrecadado em seus territórios.
Art. 160 e seu parágrafo único – Os recursos não podem 
ser retidos pelo ente público que deve repassá-los. Mas o 
repasse pode ser condicionado ao pagamento de créditos 
devidos ao repassante ou suas autarquias.
Está prevista no Art. 156 da CF. 
Os tributos que podem ser instituídos por eles são: 
• IPTU (Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial 
Urbana);
• ISS (Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza ); 
• ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de 
direitos a eles relativos);
• Contribuição para o custeio previdenciário de seus 
servidores públicos;
• Contribuição para o serviço de iluminaçãoo pública;
• Taxas; e 
• Contribuições de Melhoria.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DOS 
MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32 (omissis)
§ 1º - Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana 
a definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da 
existência de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos 
incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para 
distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 
(três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º - A lei municipal pode considerar urbanas as áreas 
urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos 
aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à 
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas 
definidas nos termos do parágrafo anterior.
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor 
venal do imóvel.
Parágrafo único. Na determinação da base de 
cálculo, não se considera o valor dos bens 
móveis mantidos, em caráter permanente ou 
temporário, no imóvel, para efeito de sua 
utilização, exploração, aformoseamento ou 
comodidade.
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário 
do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu 
possuidor a qualquer título.
Diferentemente do que ocorre com o ICMS, o ITBI é um imposto 
cumulativo, o que significa dizer que ele será cobrado a cada vez que se 
repetir a operação em que ele tiver incidência. O contribuinte desse imposto 
é o adquirente do imóvel.
OBS.: A Corte Superior, em alguns casos com votação unânime, tem decidido que o fato gerador 
do ISS é o local onde ocorre a efetiva prestação do serviço, e não onde está sediada a empresa.
O Município competente para a cobrança do ISS é aquele em cujo território se realizou o fato gerador, 
em atendimento ao princípio constitucional implícito que atribui àquele Município, o poder de tributar os 
serviços ocorridos em seu território.
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS ou ISSQN - está incluído na esfera de 
competência dos Municípios e do Distrito Federal. Tais entes, contudo, não têm o poder de exigir o ISS 
sobre todos e quaisquer serviços. Nomeadamente, não podem cobrá-lo sobre:
I) os serviços de comunicação e transporte intermunicipal ou interestadual, que são tributados pelo 
ICMS, conforme previsto no art. 155, II, da CF;
II) os serviços de industrialização, que sofrem a incidência do IPI sempre que a industrialização seja o 
elemento preponderante na operação econômica; e
III) os serviços não definidos em lei complementar.
A definição dos serviços tributáveis, a que se refere esse preceito constitucional, é tradicionalmente 
veiculada por uma lista de serviços anexa à lei que regula o ISS - hoje em dia, a LC 116/2003.
A jurisprudência do STF e do STJ firmou-se no sentido de que:
I) a inclusão do serviço em tal lista é um pressuposto à incidência do ISS, o que limita a autonomia 
tributária dos Municípios e do Distrito Federal, pois a lei complementar do ISS é editada pelo Congresso 
Nacional;
II) o rol da lista de serviços é taxativo, de modo que não se admite a tributação de serviços que não 
integram o rol.
OBS.: Logo, os serviços que não são referidos expressamente na lista anexa à LC 116/2003 não 
podem sujeitar-se à incidência do ISS, sob pena de ofensa ao princípio da estrita legalidade 
tributária.
ANEXO II 
Lista Anexa – Lista de Serviços. 
1 – Serviços de informática e congêneres. 
1.01 – Análise e desenvolvimento de sistemas. 4% 
1.02 – Programação. 4% 
1.03 – Processamento de dados e congêneres. 4% 
1.04 – Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos. 4% 
1.05 – Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação. 4% 
1.06 – Assessoria e consultoria em informática. 4% 
1.07 – Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de 
programas de computação e bancos de dados. 4% 
1.08 – Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. 4% 
2 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 
2.01 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 4% 
3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. 
3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. 4% 
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, 
quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, 
canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza. 5% 
3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, 
compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer 
natureza. 4% 
3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. 4% 
4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 
4.01 – Medicina e biomedicina. 2% 
 LEI Nº 6.822, de 30 de dezembro de 2009 – Prefeitura Municipal do Rio Grande do Sul 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DOS ESTADOS 
E DISTRITO FEDERAL
Está prevista no Art. 155 da CF.
Os tributos que podem ser instituídos por eles são: 
ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias e prestação de 
Serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicação; 
ITCMD (Imposto de Transmissão Causa mortis ou doação; 
IPVA (Imposto sobre a Propriedade de veículos automotores);
Contribuição para o custeio do regime previdenciário de 
seus servidores públicos; 
Taxas; e 
Contribuições de Melhoria.
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de 
bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil 
(enfiteuse) de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como 
definidos na lei civil;
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto 
os direitos reais de garantia;
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II.
Parágrafo único. Nas transmissõescausa mortis, ocorrem tantos fatos 
geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide 
sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior:
I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica 
em pagamento de capital nela subscrito;
II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica 
por outra ou com outra.
Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos 
alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, 
em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a 
que foram conferidos.
ENFITEUSE
É o instituto do Direito Civil mais amplo de todos os direitos reais, pois consiste 
na permissão dada ao proprietário de entregar a outrem todos os direitos sobre 
a coisa de tal forma que o terceiro que recebeu (enfiteuta) passe a ter o domínio 
útil da coisa mediante pagamento de uma pensão ou foro ao senhorio. Assim, 
pela enfiteuse o foreiro ou enfiteuta tem sobre a coisa alheia o direito de posse, 
uso, gozo e inclusive poderá alienar ou transmitir por herança, contudo com a 
eterna obrigação de pagar a pensão ao senhorio direto. 
A enfiteuse prestou relevantes serviços durante a época do Brasil Império com o 
preenchimento de terras inóspitas, incultivas e inexploradas, que eram 
entregues ao enfiteuta para dela cuidar e tirar todo o proveito. 
Ao foreiro são impostas duas obrigações, uma está no dever de pagar ao 
senhorio uma prestação anual, certa e invariável denominada foro, canon ou 
pensão; e a segunda obrigação está em dar ao proprietário o direito de 
preferência, toda vez que for alienar a enfiteuse. 
Se o senhorio não exercer a preferência terá direito ao laudêmio, ou seja, uma 
porcentagem sobre o negócio realizado, a qual poderá ser no mínimo de 2,5% 
sobre o valor da transação ou chegar até 100%. 
Porém, diante da possibilidade do laudêmio ser o valor integral do negócio, 
perde-se o interesse na venda e a enfiteuse acaba se resumindo numa 
transferência de geração em geração. Com o intuito de evitar essa cláusula 
abusiva no Código Civil de 2002 proibiu não só sua cobrança como força a 
extinção do instituto nos termos do dispositivo abaixo: 
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-
se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 
3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores. 
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso: 
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o 
valor das construções ou plantações; 
Assim, o CC/2002 não extinguiu as enfiteuses existentes, mas impossibilitou 
a instituição de novas. 
Nada disso se aplica às enfiteuses de terras públicas e de terrenos de 
marinha, que nos termos do parágrafo 2º do artigo 2.038 são regidas por lei 
especial. Portanto, sob as regras do Decreto Lei 9.760/46 o Poder Público 
continua podendo instituir enfiteuses de terras públicas e neste caso a 
prestação anual será de 0,6% sobre o valor atual do bem.
BENS IMÓVEIS
Bens imóveis por sua natureza: abrange o solo com sua superfície, os seus 
acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos 
pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. Tudo o mais que a ele adere deve 
ser classificado como imóvel por acessão.
Bens imóveis por acessão física artificial: inclui tudo aquilo que o homem 
incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os 
edifícios e construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, 
modificação, fratura ou dano.
Bens imóveis por acessão intelectual: são todas as coisas móveis que o 
proprietário do imóvel mantiver, intencionalmente, empregadas em sua 
exploração industrial, aformoseamento ou comodidade.
Direitos reais sobre imóveis diz respeito aos bens imóveis por determinação 
legal (usufruto, uso, habitação, enfiteuse, anticrese, servidão predial), 
inclusive o penhor agrícola e as ações que o asseguram; apólices da dívida 
pública oneradas com a cláusula de inaliebilidade, decorrente de doação ou 
de testamento; o direito à sucessão aberta, ainda que a herança só seja 
formada de bens móveis.
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica 
adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade 
imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
§1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo 
quando mais de 50% (cinquenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica 
adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à 
aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.
§2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou 
menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no 
parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da 
aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, 
nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa 
data.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando 
realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica 
alienante.
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos 
transmitidos.
Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados 
em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito 
de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que 
atendam à política nacional de habitação. 
Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à União, 
a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre o provento 
decorrente da mesma transmissão.
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel 
transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo 
que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no 
estrangeiro.
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na 
operação tributada, como dispuser a lei.
QUAL A DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA?
Nas transmissões causa mortis:
1- Inicial do processo contendo a relação de bens e herdeiros ou minuta do cartório contendo
a partilha dos bens ASSINADA por todos os herdeiros ou procurador (extrajudicial);
2- Cópia da Certidão de Óbito do falecido;
3- Cópia do CPF e RG do falecido;
4- Cópia da Certidão de Casamento do falecido (se casado);
5- Cópia do CPF e RG dos herdeiros, legatários, inventariantes e procuradores;
6- Relação discriminada dos bens móveis e imóveis com valor estimado ou cópia da
Declaração do Imposto de Renda do falecido e esposa (se casado);
7- Comprovante de propriedade dos bens transmitidos;
8- Extratos atualizados de conta corrente, poupança e aplicações financeiras;
9- Ficha dos imóveis urbanos e ITR dos imóveis rurais;
10- Balanço Patrimonial e Contrato Social com alterações, em caso de transmissão de cotas
ou ações de empresas;
11- Outros documentos constantes nos FORMULÀRIOS disponíveis na internet.
Nas transmissões por Doação:
1- Instrumento de Doação (Termo de Doação, Escritura Pública, Sentença Judicial, Minuta de
Escritura Pública);
2- Cópia do CPF e RG do doador (transmitente), do donatário (adquirentes) e procuradores;
Comprovante de propriedade do bem doado;
3- Se o bem doado for imóvel: Ficha dos imóveis urbanos e ITR dos imóveis rurais;
4- Se o bem doado for cotas ou ações: Balanço Patrimonial e Contrato Social com alterações;
OBS: A critério da SEFAZ-PE outros documentos poderão ser solicitados para a perfeita
identificação do fato gerador e correto lançamento do imposto devido.
QUAIS OS DOCUMENTOS PARA COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADE?
IMÓVEIS – Certidãoatualizada de propriedade e ônus emitida pelo Cartório do 
Registro de Imóveis da circunscrição correspondente e escritura de compra e venda 
ou promessa de compra e venda do imóvel;
VEÍCULOS – Certificado de Registro de Veículo expedido pelo DETRAN;
EMBARCAÇÔES – Registro da embarcação emitido pela Capitania dos Portos;
CONTA- CORRENTE BANCÁRIA E APLICAÇÕES FINANCEIRAS – Extrato de 
conta–corrente,de investimentos ou de poupança atualizado, emitido pela instituição 
bancária;
COTAS DE SOCIEDADE LIMITADA E AÇÕES DE SOCIEDADE ANÔNIMA – 
Contrato Social e última alteração com Certidão da Junta Comercial ou Certificado 
de Ação emitido pela companhia ou instituição financeira;
OUTROS TIPOS BENS (animais, rebanhos; objetos de arte, jóias, equipamentos, 
títulos de clubes etc.) – Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física do último 
exercício.
QUAL A ALÍQUOTA DO ICD?
As alíquotas do ICD são fixadas livremente pelos Estados, mas estes devem 
respeitar o limite máximo de 8% fixado pelo Senado Federal através da 
Resolução nº 9/1992.
Nos casos de transmissão "causa mortis", ou seja, em razão da MORTE: a 
alíquota será aquela vigente na data do óbito.
 
 
*ANEXO ÚNICO
Alíquotas do ICD – a partir de 1º de janeiro de 2016 (art. 8º)
 
Para a transmissão de bens ou direitos em razão de DOAÇÃO: a 
alíquota é a vigente na data da doação.
 
 *ANEXO ÚNICO
Alíquotas do ICD – a partir de 1º de janeiro de 2016 (art. 8º)
 
 
VÁRIAS RAZÕES
•Uma delas é que o IPVA sucedeu a antiga Taxa Rodoviária Única (TRU), que se restringia a 
veículos automotores. 
•Outro motivo seria que barcos e aeronaves são registrados pelo Tribunal Marinho, pela 
Capitania dos Portos ou pelo Ministério da Aeronáutica, e não são licenciados nos municípios, 
como os carros. 
OBS.: Não incide sobre embarcações ou aeronaves. 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DA UNIÃO
Está prevista nos Arts.153 e 154 da CF. 
Os tributos que podem ser instituídos por ela são: II (Imposto de 
Importação), IE (Imposto de Exportação), IR (imposto de Renda), 
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), IOF (Imposto sobre 
Operações Financeiras, que incide sobre operações de crédito, de 
câmbio e seguro e operações relativas a títulos e valores 
mobiliários), ITR (Imposto territorial Rural), IGF (Imposto sobre 
grandes fortunas, ainda não regulamentado), Imposto 
Extraordinário (em caso de guerra), Empréstimo Compulsório, 
Impostos Residuais, Contribuições Especiais, Contribuição 
para o custeio do regime previdenciário de seus servidores 
públicos, Taxas e Contribuições de Melhoria.
OBS.: No tocante aos impostos de competência da União, além 
desses poderá a lei instituir outros, lembrando-se que esse evento 
se dá através de lei ordinária, excetuando-se o IGF, empréstimos 
compulsórios, impostos e contribuições residuais, que ocorrem 
mediante Lei Complementar.
Art. 153 (omissis)
(...)
§ 3º O imposto previsto no inciso IV (IPI): 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação com o montante cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. 
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital 
pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Bens de capital ou bens de produção são os equipamentos e 
instalações. Os bens ou serviços necessários para a produção de 
outros bens ou serviços, outros produtos para consumo. 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput (ITR): (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a 
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Portanto é um 
imposto seletivo - alíquota: de 0,03% a 20%, conforme a área do 
imóvel e o grau de utilização.
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o 
proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, 
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia 
fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento) 
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, 
sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" 
deste artigo (IOF), devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por 
cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
(Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; 
II - setenta por cento para o Município de origem. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos 
não previstos no artigo anterior, desde 
que sejam não-cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo 
próprios dos discriminados nesta 
Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra 
externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas 
as causas de sua criação.
IMPOSTOS FEDERAIS
• IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II)
- Competência: União (art. 153, I da CF/88).
- Fato gerador: Entrada no país de mercadoria a ele destinada (e não apenas de 
passagem). A formalização dá-se no desembaraço aduaneiro.
 OBS.: Território aduaneiro é a área onde pode ser exigido o tributo, ou seja, 
todo o território nacional. 
 A zona primária do território aduaneiro refere-se aos portos, aeroportos e 
outros locais alfandegários. 
 A zona secundária abrange o território restante. 
- Função extrafiscal: Instrumento regulador do comércio exterior. Não se sujeita, 
portanto ao princípio da anterioridade.
- Contribuinte: O importador ou quem a ele se equiparar, bem como o 
arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (art. 22 do CTN).
- Base de cálculo: 
 a) quando a alíquota for específica (tendo em vista o modo de medir o produto, por exemplo: 
imposto “x “ por quilo, por metro, por dúzia etc.), a base de cálculo será a unidade de medida 
adotada pela lei tributária ou 
 b) quando a alíquota for ad valorem (tendo em vista apenas o valor do bem - art. 20 do CTN), 
a base de cálculo será o preço do produto, ao tempo da importação.
 OBS.: 
 Suas alíquotas e bases de cálculo podem ser alteradas pelo Executivo, a fim de ajustá-lo aos 
objetivos da política cambial e do comércio exterior. (art. 153, §1º da CF/88 e art. 21 do CTN).
 Quando se tratar de produto aprendido ou abandonado, levado a leilão, a base de cálculo do 
imposto será o preço da arrematação.
 Cumulação de impostos - Na importação incidem 3 (três) impostos: II, ICMS e IPI (Calculado 
sobre a mercadoria + valores do II, taxas e encargos cambiais).
-
 
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de 
produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território 
nacional.
Art. 20. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei 
tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu 
similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições 
de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto 
no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, 
o preço da arrematação.
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotasou as bases de cálculo do imposto, a fim de 
ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Art. 22. Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
 IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - (IE)
- Competência: União (art. 153, II da CF/88)
- Fato gerador: Saída para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados (produtos 
importados, que foram beneficiados ou transformados no Brasil). A formalização se dá 
no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente (DL 
1.578/77, art. 1º , §1º).
- Função extrafiscaL: Instrumento regulador do comércio exterior. Não se sujeita, 
portanto ao princípio da anterioridade.
- Alíquota: 10%, podendo ser reduzida ao índice zero, ou aumentada até quatro vezes 
(art. 153, §1º da CF/88, art. 3º do DL 1.578/77).
 OBS.: Não incidem o ICMS e nem o IPI sobre as exportações de produtos ou serviços 
destinados ao exterior.
Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, 
de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do 
território nacional.
Art. 24. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, 
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre 
concorrência.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no 
porto ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre 
a operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no 
mercado internacional o custo do financiamento.
Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos 
no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro 
dos limites por ela estabelecidos.
Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, 
alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos 
da política cambial e do comércio exterior.
Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na 
forma da lei.
 IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS 
 DE QUALQUER NATUREZA - (IR)
-Competência: União (art. 153, II da CF/88)
-Fato gerador: O acréscimo patrimonial proporcionado pela aquisição de renda ou 
provento de qualquer natureza (aposentadorias, pensões, doações etc.).
 - Sujeito passivo : É a pessoa física ou jurídica que registra acréscimos em seu 
patrimônio (contribuinte) ou quem tem a obrigação de reter o imposto na fonte 
(responsável).
 
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de 
qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica 
ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação 
de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos 
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do 
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem 
e da forma de percepção. 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá 
as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de 
incidência do imposto referido neste artigo. 
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da 
renda ou dos proventos tributáveis.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 
43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos 
bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos 
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe 
caibam.
IMPOSTO SOBRE AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU 
RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS – (IOF)
- Competência: União (art. 153, V da CF/88).
- Função extrafiscaL: Instrumento regulador do comércio exterior. Não se sujeita, 
portanto ao princípio da anterioridade.
- Fato gerador: Incide sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas 
a títulos ou valores mobiliários e, também, sobre o ouro, quando definido por lei 
como ativo financeiro (art. 153, §5º da CF/88).
 Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e 
seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato 
gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do 
montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à 
disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda 
nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à 
disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou 
nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do 
documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, 
transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e 
reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título 
representativo de uma mesma operação de crédito.
Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o 
principal e os juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, 
recebido, entregue ou posto à disposição;
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores 
mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da 
cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites 
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de 
cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política 
monetária.
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na 
operação tributada, como dispuser a lei.
Art. 67. A receita líquida do imposto destina-se a formação de 
reservas monetárias, na forma da lei.
 IMPOSTO TERRITORIAL RURAL – (ITR)
- Competência: União (art. 153, VI da CF/88), que repassa 50% do valor arrecadado para os 
Municípios, relativamente aos imóveis neles situados (art. 158, II da CF/88).
- Fato gerador: Propriedade, domínio útil ou posse de terra fora da zona urbana, em 1º de janeiro 
de cada ano.
 OBS.: 
 Propriedade é a soma de todos os direitos que alguém detém sobre uma coisa (usar, gozar e 
dispor). 
 Domínio útil é um aspecto da propriedade, que pode ser destacado e entregue a outrem 
(usufrutuário, inquilino, depositário, que detém a coisa em nome alheio e não em nome próprio. 
Razão pela qual são meros detentores e não possuidores). 
 
 Posse é a detenção de uma coisa em nome próprio (usucapião, que é um modo originário de 
aquisição da propriedade).
- Seletividade: O ITR é um imposto seletivo, com alíquotas fixadas de modo a desestimular a 
manutenção de propriedades improdutivas, nãoincidindo sobre pequenas glebas rurais, 
definidas em lei, quando as explore, só ou com a família, e o proprietário que não possua outro 
imóvel (art. 153, §4º da CF/88 - Imunidade).
 OBS.: A Lei 9.393/96 definiu como pequenas glebas rurais, de um modo geral, as que tenham 
área igual ou inferior a 30 há, ou 100ha na Amazônia Ocidental e Pantanal, ou 50 há no 
Polígono das secas da Amazônia Oriental. (AC, PA, AM etc.). 
- Isenção: Dispensa por força de lei. A Lei nº 9.393/96 estabelece algumas 
isenções, como no caso de imóvel rural compreendido em programa de reforma 
agrária, dentro das condições que menciona.
- Alíquota: De 0,03% a 20%, conforme a área do imóvel e o grau de utilização.
 LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
• PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
• VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS (Arts. 5º, II; 
150 a 152 da CF/88)
• IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
• POR TODO CONJUNTO DE REGRAS 
ADEQUADAS A CADA MATÉRIA
 VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
 (...)
 
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios:
 I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
 II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se 
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em 
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, 
títulos ou direitos;
 III - cobrar tributos:
 a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
 b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou; (não se aplica aos tributos previstos 
nos arts. 148, I (empréstimo compulsório), 153, I (II), II (IE), IV 
(IPI) e V (IOF); e 154, II (impostos extraordinários) da CF/88)
 c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto 
na alínea b; (não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I 
(empréstimo compulsório), 153, I (II), II (IE), III (IR) e V (IOF); e 
154, II (impostos extraordinários), nem à fixação da base de 
cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III (IPVA), e 156, I 
(IPTU) da CF/88).
 IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
 V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou 
bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela 
utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
 VI - instituir impostos sobre (IMUNIDADES):
 a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
 b) templos de qualquer culto;
 c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei;
OBS.: Assistência Social, de acordo com o art. 203 da CF é política 
social destinada a prestar, gratuitamente, proteção à família, 
maternidade, infância, adolescência, velhice e aos deficientes 
físicos.
 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
(...)
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", 
compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, 
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas 
mencionadas.
(...)
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
Sendo uma limitação constitucional ao poder de tributar do Estado, 
a imunidade gera um bloqueio, um escudo que impede que surja a 
obrigação ex lege, que se perfaça uma relação tributária entre a 
entidade imune e o ente tributante, ou seja, a imunidade impede e 
limita o poder de tributar conferido ao Estado pela Constituição da 
República.
O art. 146, II, da CF, previu que cabe à lei complementar regular 
as limitações constitucionais ao poder de tributar.
Imunidade relativa a Instituições de Assistência Social
A matéria é de ordem pública, devendo a assistência social ser 
fomentada pelo Estado, com a finalidade de atingir a todos os cidadãos. 
Assim, o constituinte no art. 195, § 7º da Carta, acrescenta que são 
isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam as exigências 
estabelecidas em lei (Art. 14, CTN).
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à 
observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas 
rendas, a qualquer título; (Redação dada pela LC nº 104, de 2001) 
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção 
dos seus objetivos institucionais; 
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do 
artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do 
benefício. 
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são 
exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos 
institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos 
respectivos estatutos ou atos constitutivos. 
Com o objetivo de impedir abusos de forma por parte do cidadão, 
o STF editou a súmula 730, que deixa claro que mesmo a iniciativa 
privada pode gozar da imunidade desde que esteja presente o 
ideal constitucional qual seja de auxiliar o cidadão ao lado do 
Estado.
Súmula 730 - A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CONFERIDA 
INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS 
LUCRATIVOS PELO ART. 150, VI, "C", DA CONSTITUIÇÃO, 
SOMENTE ALCANÇA AS ENTIDADES FECHADAS DE 
PREVIDÊNCIA SOCIAL PRIVADA SE NÃO HOUVER 
CONTRIBUIÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS. 
Resta claro, pois, que para se caracterizar como assistência social 
a prestação deve ser gratuita, não abrangendo as entidades 
mantidas por colaborações de seus associados.
Enfim, toda entidade beneficente, que não tenha finalidade de 
lucro, e que preste um serviço gratuito aos necessitados, goza de 
imunidade. Não há necessidade que a entidade apresente 
balanços negativos para se beneficiar da imunidade, mas se 
houver lucro, ele deve ser reinvestido na finalidade essencial da 
instituição.
A certificação das entidades beneficentes de assistência social e a isenção de 
contribuições para a seguridade social serão concedidas às pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de 
assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência 
social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto na Lei 12.101/2009. 
 
As entidades deverão obedecer ao princípio da universalidade do atendimento, sendo 
vedado dirigir suas atividades exclusivamente a seus associados ou a categoria 
profissional.
A entidade beneficente certificada fará jus à isenção do pagamento das contribuições 
de que tratam os arts. 22 e 23 da Lei 8.212/1991, desde que atenda, cumulativamente, 
aos seguintes requisitos: 
I - Não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração, 
vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das 
competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos 
constitutivos; 
II- Aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, 
na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais; 
III - Apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos 
aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de 
regularidade do FGTS; 
IV - Mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, 
bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com 
as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade; 
V - Não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas 
do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto; 
VI - Conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data da 
emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos 
e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da 
situação patrimonial; 
VII - Cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária; 
VIII - Apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas 
por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de 
Contabilidade quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite fixado 
pela LC 123/2006. 
OBS.: A isenção não se estende a entidade com personalidade jurídica 
própria constituída e mantida pela entidade à qual a isenção foi 
concedida.
Constatado o descumprimento pela entidade dos requisitos indicados 
acima, a fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil lavrará o 
auto de infração relativo ao período correspondente e relatará os fatos 
que demonstram o não atendimento de tais requisitos para o gozo da 
isenção.
As entidades isentas deverão manter, em local visível ao público, placa indicativa 
contendo informações sobre a sua condição de beneficente e sobre sua área de 
atuação.
O direito à isenção abrange as seguintes contribuições:
I – 20% (vinte por cento), destinadas à Previdência Social, incidentes sobre o total das 
remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos 
segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais (autônomos) 
que prestem serviços à entidade; 
II – 1%, 2% ou 3% destinadas ao financiamento de aposentadorias especiais e de 
benefícios decorrentes dos riscos ambientais do trabalho, incidentes sobre o total das 
remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos 
segurados empregados e trabalhadores avulsos que prestem serviços à entidade; 
III – 15% (quinze por cento), destinadas à Previdência Social, incidentes sobre o valor 
bruto da nota fiscal ou fatura de serviços prestados por cooperados por intermédio de 
cooperativas de trabalho; 
IV – contribuição incidente sobre o lucro líquido (CSLL), destinada à seguridade social; 
V – COFINS incidente sobre o faturamento, destinada à seguridade social; 
VI – PIS/Pasep incidente sobre a receita bruta, destinada à seguridade social.
Contribuições Não Abrangidas pela Isenção 
 
A isenção atinge as contribuições devidas pela empresa (itens I a VI acima), mas não 
abrange as contribuições devidas pelos segurados que prestam serviços como 
empregados, trabalhadores avulsos, empresários, trabalhadores autônomos ou 
equiparados.
 
Assim, cabe à entidade beneficente de assistência social reter os descontos devidos da 
contribuição previdenciária destes segurados (de acordo com o que estabelece a 
legislação), a qual deverá ser recolhida para a Previdência Social.
Da Concessão e do Cancelamento
A análise e decisão dos requerimentos de concessão ou de renovação dos certificados 
das entidades beneficentes de assistência social serão apreciadas no âmbito dos 
seguintes Ministérios:
I - da Saúde, quanto às entidades da área de saúde; 
II - da Educação, quanto às entidades educacionais; e 
III - do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, quanto às entidades de assistência 
social. 
A entidade interessada na certificação deverá apresentar, juntamente 
com o requerimento, todos os documentos necessários à 
comprovação dos requisitos de que trata esta Lei, na forma do 
regulamento. 
A entidade que atue em mais de uma das áreas especificadas acima 
deverá requerer a certificação e sua renovação no Ministério 
responsável pela área de atuação preponderante da entidade. 
Considera-se área de atuação preponderante aquela definida como 
atividade econômica principal no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica do Ministério da Fazenda. 
A certificação da entidade permanecerá válida até a data da decisão 
sobre o requerimento de renovação tempestivamente apresentado.
O requerimento de renovação da certificação deverá ser protocolado 
com antecedência mínima de 6 (seis) meses do termo final de sua 
validade.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – EXCLUSÃO PELA 
IMUNIDADE
A entidade de assistência social que goza de tal imunidade, 
preenchidos os requisitos do art. 14 do CTN, não pode ser tributada 
ou responsabilizada pelas dívidas tributárias de terceiros. Sua 
atuação tem caráter complementar à atuação estatal, que é prover 
os indivíduos dos direitos fundamentais e sócias previstos na 
Constituição.
A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco já se manifestou 
no sentido da inexistência de responsabilidade tributária perante 
norma imunizante. Vejamos:
“Parecer PFE nº 100/2003
EMENTA: Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – 
IPVA. Responsabilidade tributária por
sucessão. Pessoa jurídica de Direito Público – Estado do Paraná. 
Imunidade recíproca. O adjudicante de veículo automotor é 
responsável tributário por sucessão relativamente ao pagamento do 
IPVA devido nos anos anteriores - Inteligência do inciso I, do art. 
131 c/c o art. 124 do CTN e Lei Estadual nº 10.849/92. 
Inexigibilidade do imposto em face da imunidade recíproca.
(...)
É, portanto, o adquirente do veículo, a qualquer 
título, responsável pelo IPVA, taxa de 
licenciamento, taxa de bombeiros, seguro 
obrigatório e taxa de manutenção e conservação 
das vias públicas.
Ocorre que, no caso em exame, o adquirente do 
veículo é o Estado do Paraná, pessoa jurídica de 
direito público imune aos impostos incidentes 
sobre a propriedade de bens. Dessarte, em face 
da excepcionalidade do sujeito passivo, incide a 
regra imunizante, sendo indevida a cobrança 
perpetrada pelo Estado de Pernambuco, 
devendo ser o débito de IPVA cancelado, ainda 
que referentes a exercícios anteriores, cobrados 
por força de responsabilidade tributária.
É que a imunidade afasta a sujeição passiva, 
seja na qualidade de contribuinte, seja na de 
responsável tributário, ainda que por força de 
lei.”
A imunidade é uma hipótese de não incidência constitucionalmente 
qualificada. Vale dizer: a CF impede que a lei de tributação inclua 
certos fatos na hipótese de incidência de impostos (impõe uma regra 
negativa de competência). Só há imunidade, em regra, quanto aos 
impostos. Excepcionalmente, porém, no art. 5º, XXXIV, LXXVI e 
LXXVII, da CF está prevista a imunidade de taxas em relação ao 
direito de petição e certidão, ao registro de nascimento e à certidão 
de óbito para os reconhecidamente pobres e para as ações de 
habeas corpus e habeas data. No art. 149, § 2º, I, há imunidade da 
CIDE e outras contribuições sociais em relação às receitas 
decorrentes de exportação, enquanto no art. 85 do ADCT há 
imunidades quanto à CPMF - está última, já extinta.
Imunidade dos templos de qualquer culto
A imunidade protege o patrimônio, a renda e os serviços relacionados 
com as finalidades essenciais do templo. Assim, não pode incidir 
imposto sobre os templos de qualquer culto (a imunidade não 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias nem o 
pagamento de taxas, contribuições de melhoriae outros tributos) 
sobre o imóvel que sirva para a realização de atividade religiosa 
(igreja, casa paroquial, convento etc.), sobre as rendas decorrentes 
das contribuições dos fiéis e sobre os serviços prestados pela 
entidade.
ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
A isenção tributária, como a incidência, decorre de lei. É o próprio 
poder público competente para exigir tributo que tem o poder de 
isentar. Assim, como corolário dos princípios da legalidade e da 
anterioridade, a Isenção Tributária tal qual ocorre com a incidência 
também decorrerá de lei específica, não sendo aceita a concessão de 
isenção feita através de ato infralegal. Nessa senda, o mesmo Poder 
Público competente para ordenar também o é para isentar.
Rege o CTN, in verbis:
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, e sempre 
decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos 
para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o 
prazo de sua duração. (...)
Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função 
de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, 
a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício 
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os 
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o 
patrimônio ou a renda: 
(...)
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei 
dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e 
observado o disposto no artigo 178 .
É a isenção um caso de exclusão do crédito tributário, 
dispensa o pagamento, mas como regra não exclui o 
cumprimento das obrigações acessórias (artigo 175, 
inciso I, do CTN). 
A maioria dos doutrinadores entendem que a isenção 
não impede o nascimento da obrigação tributária, mas, 
tão-somente, impede o aparecimento do crédito 
tributário, que corresponderia à obrigação surgida. 
Na isenção a obrigação tributária surge, mas a lei 
dispensa o pagamento do tributo. É assim, a isenção, 
algo excepcional que se localiza no campo da 
incidência tributária, ou seja, houve o fato gerador do 
tributo, porém a lei determina que o contribuinte deixe 
de arcar com a respectiva obrigação tributária.
É entendimento da doutrina majoritária que a isenção não impede o 
surgimento da obrigação tributária, porém evita que o crédito 
tributário seja constituído, visto que o momento de sua ocorrência é 
anterior ao lançamento, inibindo-o. Em outras palavras, a obrigação 
tributária surge, mas, a lei dispensa o pagamento do tributo. Há, 
portanto, o fato gerador do tributo, não obstante a lei determine que o 
contribuinte deixe de arcar com a devida obrigação tributária. 
Consistindo assim em uma exceção criada por lei à regra jurídica da 
tributação.
Importante também ressaltar que de acordo com o art. 177 do CTN, 
salvo disposição em contrário, a isenção não se estende aos tributos 
criados após a sua concessão, nem às contribuições de melhoria ou 
às taxas, posto que estes constituem tributos retributivos/ 
contraprestacionais (aqueles que só podem ser cobrados se o Estado 
prestar ao contribuinte ou deixar à sua disposição serviço público 
específico e divisível relacionado aos seus respectivos fatos 
geradores).
Como exemplo prático do instituto ora estudado, podem ser citadas: a 
isenção de IOF, bem como as de Imposto de Renda e IPI - para os 
deficientes físicos adquirirem veículos adaptados ou adaptá-los às 
suas necessidades especiais.
RESUMINDO: A imunidade e a isenção
Como se pode observar, a imunidade é instituto de 
sede constitucional enquanto a isenção revela-se 
como dispensa legal, no campo da tributação. Dai 
se insta que, no campo do tributo, a imunidade é 
uma forma de não incidência constitucionalmente 
qualificada, enquanto a isenção é possibilidade 
normativa de dispensa legalmente qualificada.
Para o STF, o que se inibe na isenção é o 
lançamento do tributo, tendo ocorrido fato gerador 
e nascido o liame jurídico-obrigacional. Na 
imunidade, não ha que se falar em relação jurídico-
tributária, uma vez que a norma imunizadora está 
fora do campo de incidência do tributo sobre 
determinados fatos, situações ou pessoas.
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território 
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação 
a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento 
de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômicos entre as diferentes regiões do País;
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a 
remuneração e os proventos dos respectivos agentes 
públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas 
obrigações e para seus agentes;
III - instituir isenções de tributos da competência dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e 
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino.
EXERCÍCIO: Entidade assistencial importa bem destinado a seu 
laboratório de pesquisas, bem como equipamento de informática, 
destinado a revenda. Tais bens são imunes ao imposto de 
importação, ICMS e IPI? Adquire ainda, no mercado interno, 
ambulância destinada ao atendimento de pessoas carentes. Alega 
ser contribuinte de fato do ICMS e IPI incidentes sobre a operação e 
que, em face da sua condição de entidade imune, não estaria sujeita 
a oneração por tais impostos. Procede a alegação da entidade? 
Resposta:
A imunidade das entidades sociais é condicionada, ou seja, só as 
instituições sem fins lucrativos é que terão direito à imunidade, razão pela 
qual os bens por elas adquiridos deverão ser destinados ao atendimento 
de suas finalidades essenciais. Assim:
Bem destinado ao seu laboratório de pesquisa, atendem à sua finalidade 
essencial, estão, portanto imunes à incidência do II, ICMS e do IPI.
Equipamento de informática destinado à revenda não condiz com a sua 
finalidade essencial, portanto, devem incidir os já citados tributos sobre 
os mesmos.
No que se refere a compra da ambulância, assiste razão à entidade 
assistencial.
• ESTRITA LEGALIDADE (OU RESERVA LEGAL) – ART. 150, I DA 
CF/88
 Tributo só pode ser criado ou aumentado por força de lei
 Medida Provisória (?)
 Tem-se entendido que as obrigações fiscais acessórias podem ser 
exigidas por simples medidas administrativas, como decretos e portarias. 
Ex.: Exibição de papéis e livros.
• ANTERIORIDADE– ART. 150, III, “b”, DA CF/88
 A lei que cria ou aumenta tributo só vale a partir do dia 1º de janeiro do 
ano seguinte ao de sua publicação, salvo exceções expressas.
• IRRETROATIVIDADE – ART. 150, III, “a”, DA CF/88
 Só se admite a retroatividade benéfica ou quando a lei nova for 
meramente explicativa (Art. 106 do CTN).
• ISONOMIA – ART. 150, II, DA CF/88
 A lei em princípio não deve dar tratamento desigual a 
contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
• CAPACIDADE CONTRIBUTIVA – ART. 145, §1º DA CF/88
 O tributo deve ser cobrado de acordo com a capacidade de 
cada um. Faz parte da isonomia, também, tratar os desiguais de 
modo desigual.
Os cidadãos devem contribuir para a manutenção do Estado, para que 
este possa atingir os seus fins, devendo esta contribuição operar-se na 
medida do possível, na proporção de suas respectivas capacidades. 
Portanto, deve ser aferida a capacidade subjetiva do contribuinte, a real 
aptidão de determinada pessoa para recolher ao Fisco.
Segundo José Maurício Conti: "O princípio da capacidade contributiva é 
aplicável a todas as espécies tributárias. No tocante aos impostos, o 
princípio é aplicável em toda a sua extensãoe efetividade. Já no caso 
dos tributos vinculados, é aplicável restritivamente, devendo ser 
respeitados apenas os limites que lhe dão os contornos inferior e 
superior, vedando a tributação do mínimo vital e a imposição tributária 
que tenha efeitos confiscatórios.
• VEDAÇÃO DE EFEITOS CONFISCATÓRIOS – ART. 
150, IV DA CF/88
 O tributo deve ser razoável, não podendo ser tão 
oneroso que chegue a representar um verdadeiro 
confisco.
• IMUNIDADE RECÍPROCA – ART. 150, VI, “a”, DA 
CF/88
 A União, os Estados, o DF e os Municípios não podem 
instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou o serviço, 
uns dos outros.
CONTI, José Maurício Conti. Princípios da capacidade contributiva e 
da progressividade. Dialética 1996, p. 65. In: PAULSEN, Leandro. 
Direito tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e 
da jurisprudência. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora; 
ESMAFE, 2011. p. 48
OBS.: A imunidade tributária recíproca não se aplica ao Imposto 
sobre Produtos Industrializados, pois o contribuinte desse imposto é 
o industrial ou o produtor, neste sentido o RE 371243 / RS, 
Julgamento pelo STF em 01/02/2011, in verbis:
RE 371243 / RS - RIO GRANDE DO SUL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA
Julgamento: 01/02/2011
Publicação
DJe-034 DIVULG 18/02/2011 PUBLIC 21/02/2011
Partes
RECTE.(S): MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO
ADV.(A/S): OLIVO SANTIN
RECDO.(A/S): UNIÃO
PROC.(A/S)(ES): PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA 
NACIONAL
Decisão
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE 
PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI. IMUNIDADE: 
INEXISTÊNCIA. SÚMULA N. 591 DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
Relatório
1. Recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da 
Constituição da República, contra o seguinte julgado do Tribunal Regional 
Federal da 4ª Região: 
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPI. IMUNIDADE RECÍPROCA. CF/88 ART. 150, 
INC. VI, ALÍNEA 'A'. MUNICÍPIO. AQUISIÇÃO DE BENS PARA ATIVO IMOBILIZADO E 
PARA USO E CONSUMO. INVIABILIDADE. 
1. Na aquisição, pelo município, de bens industrializados para integração ao ativo 
imobilizado ou para uso e consumo nas atividades típicas cometidas às 
municipalidades, inocorre a imunidade recíproca, de que trata o art. 150-VI-'a' da CF/88, 
porque quem promove as saídas os produtos industrializados são empresas privadas 
(pessoas jurídicas de direito privado) e tal imunidade é viável apenas entre pessoas 
jurídicas de direito público. 
2. A imunidade constitucional de que são titulares os órgãos do Poder Público da União, 
dos Estados e do Municípios, atualmente prevista no artigo 150-VI-a da CF, refere-se 
apenas ao patrimônio, à renda e aos serviços e exclui o nascimento da obrigação 
tributária principal relativa a esses impostos. Mas não do IPI porque este, além de ser 
devido por pessoas jurídicas de direito privado no caso, é um imposto sobre a produção 
e circulação de produtos. 
3. Apelação e remessa oficial improvidas” (fl. 262).
2. O Recorrente alega que teria sido contrariado o art. 150, inc. VI, alínea a, da 
Constituição da República. Sustenta que é “inconstitucional a exigência de IPI 
quando o Município recorrente adquire, no mercado interno ou externo, quaisquer 
produtos industrializados destinados a compor o seu patrimônio, ou destinados ao 
seu uso e consumo, afetado à prestação de serviços públicos de sua competência” 
(fl. 275).
3. O Subprocurador-Geral da República opinou pelo não provimento do recurso 
extraordinário, nos termos seguintes: 
“Constitucional. Tributário. IPI. Imunidade. O Imposto sobre Produtos Industrializados 
incide sobre a venda de mercadorias a comprador beneficiário da imunidade fiscal 
(Súmula 591). Decisão acorde com a jurisprudência do Pretório Excelso. Parecer 
recomendando se segue seguimento ao recurso extraordinário, interposto com amparo 
na alínea 'a', do permissivo constitucional (art. 102, III)” (fl. 313). 
Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.
4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.
5. A imunidade tributária recíproca não se aplica ao Imposto sobre Produtos 
Industrializados, pois o contribuinte desse imposto é o industrial ou o produtor. O 
município não realiza o fato gerador desse tributo, razão pela qual não há que se 
falar em contrariedade ao disposto no art. 150, inc. VI, alínea a, da Constituição da 
República. Este Supremo Tribunal assentou que “a imunidade ou a isenção 
tributária do comprador não se estende ao produtor, contribuinte do Imposto sobre 
Produtos Industrializados” (Súmula n. 591 do Supremo Tribunal Federal).
Nesse sentido:
 
“IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. NÃO AFASTA A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO 
SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS EM RELAÇÃO A BENS ADQUIRIDOS 
POR PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO, PORQUE ESTRANHAS ESTAS 
A RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA QUE SE FORMA ENTRE O PODER
TRIBUTANTE E O RESPONSÁVEL LEGAL PELO RECOLHIMENTO DO TRIBUTO. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO” (RE 72.863, Rel. Min. 
Octávio Gallotti, Primeira Turma, DJ 14.4.1972).
 
E:
 
“IMUNIDADE FISCAL RECÍPROCA. NÃO TEM APLICAÇÃO, NA COBRANÇA DO 
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. O CONTRIBUINTE DE IURE E 
O INDUSTRIAL OU PRODUTOR. NÃO E POSSÍVEL OPOR A REALIDADE 
ECONÔMICA A FORMA JURÍDICA, PARA EXCLUIR UMA OBRIGAÇÃO FISCAL 
PRECISAMENTE DEFINIDA EM LEI. O CONTRIBUINTE DE FATO É ESTRANHO A 
RELAÇÃO TRIBUTÁRIA E NÃO PODE, ALEGAR, A SEU FAVOR, A IMUNIDADE 
RECÍPROCA” (RE 71.300, Rel. Min. Adalício Nogueira, Segunda Turma, DJ 
30.4.1971).
No mesmo sentido: 
RE 346.281, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 18.5.2006.
Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.
6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do 
Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo 
Tribunal Federal).
Publique-se.
Brasília, 1º de fevereiro de 2011.
Ministra Relatora: CÁRMEN LÚCIA
 
Legislação
 
LEG-FED CF ANO-1988
 ART-00102 INC-00003 LET-A ART-00150
 INC-00006 LET-A
 CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LEG-FED LEI-005869 ANO-1973
 ART-00557 "CAPUT"
 CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
LEG-FED RGI ANO-1980
 ART-00021 PAR-00001
 RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
LEG-FED SUMSTF-000591
 SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
 
Observação
 
Legislação feita por:(NRC).
• IMUNIDADE DE TRÁFEGO – ART. 150, V, DA 
CF/88 e ART. 9º, III DO CTN
 Não se permite a cobrança pela simples 
travessia de fronteiras estaduais ou municipais. 
• UNIFORMIDADE NACIONAL – ART. 151, I DA 
CF/88
 O tributo da União deve ser igual em todo o 
território nacional, sem distinção entre os 
Estados. Ex.: IR.
• VEDAÇÃO DE DESTINAÇÃO EM RAZÃO DE 
PROCEDÊNCIA OU DESTINO – ART. 152 DA 
CF/88
 É vedado aos Estados, ao DF e aos 
Municípios estabelecerem diferença tributária 
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em 
razão de sua procedência ou destino.
• NÃO-CUMULATIVIDADE – ARTS. 153, §3º, II; 155, 
§2º, I; e 154, I, DA CF/88
 Compensa-se o tributo que for devido em cada 
operação com o montante cobrado nas anteriores. 
Não é um princípio geral. Aplica-se ao IPI, ICMS e 
em eventuais impostos a serem criados pela União, 
na sua competência residual. 
 Na apuração contábil do IPI e do ICMS, o imposto 
a ser pago deve ser lançado como débito, e o que já 
foi pago nas operações anteriores é lançados como 
crédito. A diferença entre esses débitos e créditos é o 
que efetivamente deve ser recolhido em determinado 
período.
• TIPICIDADE – ART. 152 DA CF/88
 O tributo só incide no caso de fato ou situação 
típica, ou seja, de fato ou situação previamente 
descrita em lei.
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