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DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL_NOVO

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DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Profa. Ana Cecília Rosário Ribeiro -UESPI
LEI 12.015-09. ANTES ERA CRIMES CONTRA OS COSTUMES. O que eu entendo por costume ? MORALIDADE SEXUAL PÚBLICA. ESTUPRO VIOLA MORALIDADE SEXUAL PÚBLICA. ORA QUEM É VÍTIMA? O ESTADO OU A PESSOA ESTUPRADA. COSTUME TRAZ A REFERÊNCIA DE ALGO LOCAL. 
ESTUPRO
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:           (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Se da conduta resulta morte:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos  
Art. 213. ESTUPRO. SUJEITOS.
Antes da Lei 12.015-2009 o estupro era entendido como BIPRÓPRIO (Sujeito passivo mulher e sujeito ativo homem). Estupro era só conjunção carnal então sujeito passivo era mulher e sujeito ativo homem.
Hoje é BICOMUM (qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou sujeito passivo). 
Obs. 1: Estupro praticado mediante conjunção carnal a heterossexualidade dos envolvidos é imprescindível. Atos diversos da conjunção carnal (sexo oral, p. ex) a heterossexualidade não é imprescindível.
SUJEITOS DO CRIME.
Obs. 2. Prostituta pode ser vítima. Não há exigência de especial qualidade da vítima pelo tipo penal.
Obs. 3. Estupro entre marido e mulher. E é estupro com pena majorada 226, II e lei maria da penha. Nelson Hungria dizia que era ERD. Agora legislador jogou por terra a tese de Hungria. Marido em relação a mulher é exercício regular de direito? Não. Hoje essa tese está ultrapassada. Machista. Débito conjugal não justifica o crime. Hoje é causa de aumento e violência doméstica tb. (art. 226, II, CP e art. 7, III da Lei 11.340-2006).
Obs. 4. Estupro coletivo. É causa de aumento e cada constrangimento é um crime de estupro.
Art. 213. ESTUPRO
Se o agente (SA) é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu por lei qualquer obrigação de cuidado, proteção ou vigilância a pena é (MAJORADA DE METADE. Art. 226, II) 
Vítima: 
A) menor de 18 e maior de 14 estupro qualificado (par. 1);
B) se menor de 14 anos, o delito é de 217-A do CP (estupro de vulnerável). Aboliu-se a presunção de violência.
CONDUTA. CONSTRANGIMENTO + ATOS DE LIBIDINAGEM
ESTUPRO = CONSTRANGIMENTO (VIOLÊNCIA FÍSICA OU GRAVE AMEAÇA)+ ATOS DE LIBIDINAGEM.
Não basta ameaça. Ela precisa ser grave. RESISTÊNCIA SÉRIA DA VÍTIMA. Se for só ameaça não é estupro, a depender do caso pode ser art. 215 (que não é HEDIONDO).
ATOS DE LIBIDINAGEM (SENTIDO AMPLO DADO PELA LEI 12015) = abrange CONJUNÇÃO CARNAL E OUTROS ATOS LIBIDINOSOS (violento, coagido, obrigado que atentem contra o bem jurídico dignidade sexual da mesma forma que a conjunção carnal: sexo anal, sexo oral,). Atenção com a ofensa do bem jurídico.
Art. 213. ESTUPRO
Outro ato libidinoso é expressão ampla (Sexo entre as pernas da vítima, sexo anal, beijo roubado ou beijo lascivo precisa ver o caso concreto para Sanches). Deve o julgador aquilatar se o ato feriu a DIGNIDADE SEXUAL DA VÍTIMA. 
STJ Resp 1.611.910-MT , 27.10.2016, pretendendo-se envolver lascivamente com uma adolescente de 15 anos, levou-a ao chão e imobilizando-a com o joelho “roubou-lhe” um beijo. Atenção que aqui o STJ não desconsiderou o caso concreto = não foi um simples beijo roubado. REGADO DE VIOLÊNCIA, MORDEU O LÁBIO DA VÍTIMA.
Meio de execução: violência (emprego de força física que impeça a mulher de reagir) ou grave ameaça (violência moral: não vê alternativa a não ser ceder ao ato sexual)
Art. 213. ESTUPRO
ATO LIBIDINOSO E CONTATO FÍSICO: De acordo com a maioria da doutrina, não há necessidade de contato físico entre autor e a vítima, cometendo o crime o agente que, para satisfazer a sua lascívia, ordena que a vítima explore seu próprio corpo (masturbando-se) somente para contemplação. STJ DISPENSA O CONTATO FÍSICO. COLOCOU NO ESTUPRO A CONTEMPLAÇÃO LASCIVA. (a vítima é obrigada a explorar o próprio corpo.)
Stealthing (dissimulação – retirar preservativo durante o ato sexual). VER O CASO CONCRETO.
A) ato sexual consentido e condicionado ao uso de preservativo: durante o ato retira preservativo e a vítima resiste e ele insiste e usa de grave ameaça e violência. Tipifica-se como estupro.
B) ato sexual consentido e condicionado ao uso de preservativo: sorrateiramente retira o preservativo e continua até a sua finalização assim agindo sem que a vítima não perceba (FRAUDE). Art. 215 – O CRIME NÃO É HEDIONDO.
Art. 213. ESTUPRO. AQUI.
Observação 1: Conjunção carnal seguida de atos libidinosos (sexo oral p. ex) 1 ou 2 crimes? 
Antes da lei 12015: duas condutas (213 e 214 ainda que fosse no mesmo contexto praticado) conjunção carnal e atos libidinosos= Concurso material, não admitia continuidade delitiva pq estavam em tipo penais diferentes.
Depois da Lei 12.015-09 (hj 213 abrange antigo 213 e o 214)- Princípio da continuidade normativa típica (o conteúdo continua sendo crime apenas em tipo penal diferente). Não houve abolitio criminis do 214. Hoje a coisa mudou. Se pratica NO MESMO CONTEXTO FÁTICO conjunção carnal e atos libidinosos= REPERCUTE NO 59.
 Sanches e Rogério Greco defendem que o estupro passou a ser de conduta múltipla assim praticando mais de um núcleo no mesmo contexto fático não desnatura a unidade do crime (influenciando na fixação da pena base). 
Hoje: STJ admite continuidade delitiva entre as duas condutas tipificadas no art. 213 (conjunção carnal e atos libidinosos). SE CONTEXTOS FÁTICOS DIFERENTES. HÁ PLURALIDADE DE CRIMES.
Art. 213. ESTUPRO
S. 611. STF. (Juiz da execução aplica a lei mais benéfica após o trânsito em julgado) Se foi julgado antes de 2009, quando era a regra do concurso material lógico o juiz da execução vai precisar readequar a pena.
Hediondo: estupro tanto na forma simples quanto na forma qualificada.
ESTUPRO. QUALIFICADORAS.
§ 1o  Se da conduta (VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA) resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:           (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Precisa ser maior de 14 senão é estupro de vulnerável. 
Obviamente PRECISA saber que é menor de 18 anos. Evitar responsabilidade penal objetiva.
CONDUTA = VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA. Antes se a lesão grave resultava da grave ameaça não qualificava, hoje as duas qualificam.
ESTUPRO. QUALIFICADORAS.
§ 2o  Se da conduta ( ANTES FALAVA FATO) resulta morte:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos  .
Quando da conduta resulta morte. O resultado precisa resultar da violência ou da grave ameaça.
Antes dizia quando do fato (mesmo alheio a conduta= ERA regresso ao infinito, responsabilidade infinita e objetiva). Exemplo vítima fugindo do estuprador se jogava de um barranco e morria o estuprador respondia pelo estupro com a qualificadora da morte. Hoje não mais.
OS RESULTADOS QUALIFICADORES LESÃO GRAVE E MORTE PRECISAM SER CULPOSOS. QUALIFICADORAS PRETERDOLOSAS OU PRETERINTENCIONAIS. 
ATENÇÃO se ele quer ou aceita o resultado morte ele vai responder por estupro em concurso com homicídio (OS DOIS VÃO A JÚRI). CRIME CONEXO AO CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA VAI A JÚRI.
ART. 214- REVOGADO
O que antes estava no 214 foi incorporado no 213.
Violação sexual mediante fraude. ART. 215.
Art. 215.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livremanifestação de vontade da vítima:            (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Tutela-se dignidade sexual da vítima lesada MEDIANTE FRAUDE DO AGENTE.
NÃO É HEDIONDO SEQUER EQUIPARADO. AQUI NÃO HÁ EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA.
Parágrafo único.  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.  
Art. 215- Violação sexual mediante fraude
Conduta: Pune-se o estelionato sexual (SEM EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA) pratica ato de libidinagem (conjunção carnal ou ato diverso de natureza libidinosa) mediante FRAUDE. 
O que é fraude? Um irmão gêmeo se passando pelo outro no dia da lua de mel ou em outra festividade e a namorada, esposa não percebe, o irmão gêmeo é autor do art. 215. Simulação de casamento caracteriza a fraude. TEMOR REVERENCIAL (receio de desagravar uma pessoa que devemos desobediência)é outro meio que impede a manifestação de vontade livre. Promessa de namoro não caracteriza fraude
Atenção!!!!! Essa fraude NÃO PODE ANULAR A CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA DA VÍTIMA (COMO O USO DE PSICOTRÓPICOS). SE USAR DROGAS É ESTUPRO DE VULNERÁVEL. Não impediu ou dificultou, mas sim anulou a sua manifestação de vontade retirando sua capacidade de resistência é estupro de vulnerável.
Art. 215- Violação sexual mediante fraude
Para Luis Régis Prado: “Tome-se como exemplo a mulher que, num baile de máscara, no decorrer da festividade, após separar-se momentaneamente do marido, dirige-se a outra pessoa, pensando tratar-se do seu cônjuge e, objetivando agradá-lo, convida-o para irem ao motel, sendo que a terceira pessoa, aproveitando-se da situação, não só aceita o convite, como sugere que o ato sexual seja realizado também de máscara e na penumbra.”
Exemplo difícil de acontecer.
Art. 215- Violação sexual mediante fraude
Crime comum: pode ser aplicado por qualquer pessoa.
Art. 226, II: Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II). CAUSA DE AUMENTO.
Art. 217-A (estupro de vulnerável): menor de 14 anos.
Importunação sexual   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). TIPO NOVO.
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) DOLO ESPECÍFICO.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). MAIOR QUE 4 ANOS NÃO ADMITE FIANÇA PELO DELEGADO NO APF (CPP).
CONTRA ALGUÉM – SE DIRECIONA A PESSOA ESPECÍFICA. SE NÃO FOR DIRECIONADO A PESSOA ESPECÍFICA PODE SER ATO OBSCENO. 
SUJEITO NO ÔNIBUS SE MASTURBOU EM DIREÇÃO A UMA MULHER E EJACULOU NO PESCOÇO DELA. 
Importunação sexual   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). TIPO NOVO.
SE TEM ANUÊNCIA. Quem pode consentir? (maior de 14 anos pode anuir com o sexo)- NÃO HÁ CRIME. ÓBVIO.
ATO LIBIDINOSO: TOQUES, BEIJOS NÃO AUTORIZADOS, ENCOXADA, SARRADA
TOQUE DE EXAME DE MAMA – NÃO É CRIME PQ NÃO TEM O DOLO ESPECÍFICO.
EXCITAR O SUJEITO OU A TERCEIRO.
HÁ SUBSIDIARIEDADE EXPRESSA. Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) DOLO ESPECÍFICO.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave
Importunação sexual   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). TIPO NOVO.
Substitui a Contravenção Penal da Importunação ofensiva ao pudor aplicava-se lei 9099 – era conduzido a delegacia- fatos ganhavam a imprensa e passava sensação de impunidade para a sociedade.
Continuidade típico normativa – substituição do tipo da importunação ofensiva ao pudor pela importunação sexual. Não houve abolitio criminis mas é claro que como a pena é mais grave não se aplica aos fatos pretéritos.
Aplicação da SCP
Admite-se tentativa (é crime material), mas na prática é difícil. 
SA: qq pessoa (homem ou mulher)
SP: pessoa determinada ; se indeterminada é ato obsceno (se masturbou em público para pessoas indeterminadas art. 233).
Importunação sexual   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). TIPO NOVO.
Não pode haver violência ou grave ameaça, se existir é o delito de estupro.
Se menor de 14 anos a vítima temos o estupro de vulnerável.
Art. 225 CP: Ação penal pública incondicionada.
Atenção fiança e continuidade típico normativa.
 Assédio sexual  . Art. 216-A
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.                (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
        Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.              (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001). ADMITE SCP
Delito pluriofensivo. Protege a liberdade sexual, mas também a liberdade no exercício do trabalho.
Núcleo é constranger. Importunar. Insistir de forma inoportuna ou constrangedora. 
CRIME BIPRÓPRIO (EXIGE QUALIDADE ESPECIAL DO SUJEITOS ATIVO E PASSIVO): SÓ PODE SER PRATICADO POR SUPERIOR HIERÁRQUICO OU ASCENDENTE EM RELAÇÃO DE EMPREGO, CARGO OU FUNÇÃO.
Assédio sexual  . Art. 216-A
Admite que seja praticado por autor em face de vítima do mesmo sexo? Sim. Como não há restrição no tipo penal é possível.
DIVERGÊNCIA: É HABITUAL ? Para Sanches e Rodolfo Pamplona exige habitualidade. Quando eu digo que é necessário habitualidade quer dizer que exige mais de uma ação.
Se vc entende que é habitual = precisa de reiteração e a tentativa não é possível. Se vc. entende que não é habitual (prevalece esse entendimento) não precisa de reiteração, se consuma com um único ato e é possível a tentativa.
Parágrafo único. (VETADO)               (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
        § 2o  A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). 	ATECNIA LEGISLATIVA. SEM PARÁGRAFO 1. NÃO ADMITE SCP SE A VÍTIMA FOR MENOR DE 18 ANOS. 
Assédio sexual  . Art. 216-A
Relação professor e aluno. DOUTRINA DIVERGENTE. Não é assédio sexual para a doutrina majoritária, pois falta a relação de superioridade hierárquica ou relação de ascendência decorrente de cargo, emprego ou função (essa relação é entre professor e faculdade). Acha-se decisões isoladas reconhecendo o assédio sexual entre professor e aluno (pq entende que há ascendência entre professor e aluno). STJ entende que o professor pratica ato de improbidade administrativa.
Para Sanches, se não há essa relação de subalternação pode se amoldar ao art. 146 (constrangimento ilegal) ou art. 61 LCP (DL 3688-41) (importunação ofensiva ao pudor).
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Sedução         Art. 217 -            (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Estupro de vulnerável                (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217-A.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  (VETADO)               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Estupro de vulnerável    
Essa vulnerabilidade é ABSOLUTA OU RELATIVA? 
VULNERABILIDADE EM RAZÃO DA IDADE É ABSOLUTA POUCO IMPORTA SE O MENOR DE 14 ANOS CONSENTIU OU ERAMNAMORADOS. STJ E STF.
VULNERABILIDADE EM RAZÃO ENFERMIDADE, DEFICIENCIA MENTAL OU QUALQUER OUTRA CAUSA É RELATIVA= PARA SANCHES IMPORTA A CONDIÇÃO DA VÍTIMA E DEMONSTRAÇÃO DE SUA INCAPACIDADE DE DISCERNIMENTO PARA A PRÁTICA DO ATO. ( EX. PESSOA PORTADORA DE SÍNDROME DE DOWN- COLOCAR PESSOA COM DEFICIENCIA MENTAL EM TOTAL ESCANTEIO – INTERDIÇÃO É PARA FINS PATRIMONIAIS APENAS). AQUI OS TRIBUNAIS NÃO FECHARAM AINDA, MAS CONTA EM FAVOR DE SANCHES O ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
Estupro de vulnerável
Conhecimento da autor sobre a vulnerabilidade da vítima. Idade da vítima deve ser conhecida pelo réu, pois se ignorada haverá erro de tipo (excludente do crime) art. 20 CP. Salvo se utilizou na execução do delito violência ou grave ameaça vai responder por estupro e se utilizou fraude por violação sexual mediante fraude.
O CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL É PUNIDO A TÍTULO DE DOLO.
Quanto a condição de enfermidade e doença mental deve essa condição ser aparente.
Estupro de vulnerável
§ 3o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:            (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). PRETERDOLOSO
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4o  Se da conduta resulta morte:              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). PRETERDOLOSO
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.           (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Estupro de vulnerável
§ 5º  As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Havia mta. discussão sobre o tipo penal do art. 217, se havia estupro de vulnerável na hipótese de ser menina até mesmo prostituída.
Com a nova redação essa discussão cái por terra. S. 593 é transformada previsão legal (presunção legal e absoluta) não há discussão nem espaço para isso, que a menina ou rapaz menor de 14 anos mesmo prostituída , não tem capacidade de consentir para o ato sexual. PRESUNÇÃO ABSOLUTA LEGAL
Corrupção de menores . Lenocínio contra menor vulnerável). NÃO É CRIME HEDIONDO. PUNE O MEDIADOR.
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia – só ficar nua para o consumidor olhar (APENAS)- (NÃO PODE IMPLICAR ATOS DE LIBIDINAGEM: ato libidinoso ou conjunção carnal) de outrem:           (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.               (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Conduta punida: Mediação de menor vulnerável para satisfazer a lascívia de outrem.
TUTELA A DIGNIDADE SEXUAL DO VULNERÁVEL MENOR DE 14 ANOS.
Personagens: SA= Mediador (quem induz o menor), vítima (menor de 14 anos), destinatário do ato (consumidor que quer satisfazer a sua lascívia). Triângulo. 218 pune apenas o mediador (Lenão, termo técnico do mediador).
Corrupção de menores . Lenocínio contra menor vulnerável).
Atenção1! O ato que o menor é induzido a praticar não pode consistir em ato libidinoso ou conjunção carnal, pois ocorrendo a prática desses haverá estupro de vulnerável.
Atenção 2! Corrupção de menores limita-se a práticas sexuais contemplativas (despir-se, vestir-se com fantasias).
Atenção 3!Induzir menor de 14 anos a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso para satisfação da lascívia – ART. 218-A “Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: ”.
Corrupção de menores 
O consumidor não responde por esse crime (art. 218),.
OUTRA QUESTÃO. Mas se o ato induzido culmina em atos de libidinagem (induz menor de 14 anos a praticar sexo oral) o consumidor responde por estupro de vulnerável (217-A), aquele que induziu responde por qual crime? Responde por participação no 217-A SE VC INDUZ MENOR DE 14 ANOS A PRATICAR ATOS DE LIBIDINAGEM. LENÃO VAI RESPONDER COMO PARTÍCIPE DE 217-A 8 A 15 ANOS E É HEDIONDO. ROGÉRIO GRECO, BITENCOURT E SANCHES. MINHA.
X
NUCCI se a satisfação da lascívia for atos de libidinagem só o consumidor responde pelo 217-A. o MEDIADOR PELO 218. Exceção pluralista a teoria monista. Penas muitos distintas. 
Parágrafo único.  (VETADO).            (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:          (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009
Induzir menor de 14 anos a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem. Não inclui vulneráveis por enfermidade, pcd...
Vítima deve ser menor de 14 anos não importando o sexo. O legislador não incluiu no polo passivo enfermos e deficientes mentais.
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) – 218-A
2 condutas:
Praticar na presença da vítima conjunção carnal ou outro ato libidinoso; (aqui o agente não interfere na vontade do menor, mas aproveita-se da sua presença para praticar o ato sexual).
Induzindo a vítima a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso (o agente faz nascer na criança ou no adolescente a ideia de presenciar ato de libidinagem).
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) – 218-A
Conhecimento da autor sobre a vulnerabilidade da vítima. Idade da vítima deve ser conhecida pelo réu, pois se ignorada haverá erro de tipo (excludente do crime) art. 20 CP
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.                 (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
ESTÁ NO ROL DOS CRIMES HEDIONDOS EM TODAS AS SUAS FORMAS.
SP: HOMEM OU MULHER menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento. 
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.                 (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)
A prostituta pode ser vítima desse crime quando impedida de deixar a prostituição
6 ações nucleares: 1. submeter; 2. induzir;3. atrair; 4. facilitá-la; 5. impedir que abandone a prostituição; 6. dificultar que abandone a prostituição.
Quem pratica e também proprietário (gerente ou responsável pelo estabelecimento) está no parágrafo 2= aqui há equiparação de condutas.
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.          (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.                 (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)
§ 2o  Incorre nas mesmas penas:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;          (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) CONSUMIDOR. CLIENTE DO CAFETÃO.
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidasno caput deste artigo.              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) NÃO DESCREVE A CONDUTA DO GERENTE.
§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO, ESTUPRO DE VULNERÁVEL OU QUE FAÇA APOLOGIA A AS PRÁTICA OU CENA DE SEXO OU PORNOGRAFIA
Art. 218-C.  Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável (Só quer se referir a deficiente mental ou por substancia psicotrópica pq se menor 241 ou 241- a do eca) ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia:  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO, ESTUPRO DE VULNERÁVEL OU QUE FAÇA APOLOGIA A AS PRÁTICA OU CENA DE SEXO OU PORNOGRAFIA
QQ MEIO: ELETRÔNICO (PODE SER ATÉ WHATS APP) OU NÃO ELETRÔNICO.
RECEBER A FOTOGRAFIA E FICAR OLHANDO DEPOIS, NÃO É CRIME
241 e 241-A do ECA CASO SEJA O VULNERÁVEL MENOR. SE FOR MAIOR É 218 C, MAIOR ENFERMO MENTAL. 241 –B ECA inclui armazenar.
Compartilhar cena de sexo, fotos (vasar Nudes inclui) sem o consentimento da vítima.
NÃO É HEDIONDO
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO, ESTUPRO DE VULNERÁVEL OU QUE FAÇA APOLOGIA A AS PRÁTICA OU CENA DE SEXO OU PORNOGRAFIA
Aumento de pena   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
§ 1º  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação.   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) (revanche pornográfica). Antes era uma injúria
Exclusão de ilicitude   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
§ 2º  Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). É possível divulgar em cena jornalística o crime. Não precisaria nem dizer que é excludente de ilicitude - por ausência de dolo.
REVOGADOS
CAPÍTULO III
DO RAPTO
        Rapto violento ou mediante fraude
        Art. 219 -            (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
        Rapto consensual
        Art. 220 -             (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
        Diminuição de pena
        Art. 221 -              (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
        Concurso de rapto e outro crime
        Art. 222 -              (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
DISPOSIÇÕES COMUNS
Ação penal
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública incondicionada.  (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
ESTUPRO , ESTUPRO DE VULNERÁVEL . LEI PENAL E PROCESSUAL- NORMA HÍBRIDA NÃO PODE RETROAGIR PARA PREJUDICÁ-LO.
APLICABILIDADE DA S. 608 STF ESTUPRO MEDIANTE VIOLÊNCIA REAL= AÇÃO PENAL É PÚBLICA INCONDICIONADA. PERDEU A RAZÃO DE EXISTIR. AGORA É INCONDICIONADA COM OU SEM VIOLÊNCIA.
VÍTIMA TEMPORARIAMENTE DESACORDADA HAVIA DIVERGÊNCIA DA 5 E 6 TURMA DO STJ. PARA A 6 T ERA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO. PARA A 5 ERA INCONDICIONADA. AGORA É TUDO INCONDICIONADA POR FORÇA DE LEI.
 AUMENTO DE PENA. Art. 226. A pena é aumentada:               (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)  
 I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;          (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005). DEMAIS DELITOS SEXUAIS MENOS ESTUPRO
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
III -   (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado:   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
 Estupro coletivo   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes;   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) PARA COMPATIBILIZAR COM O INCISO I AQUI É SÓ PARA ESTUPRO
 Estupro corretivo   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) b) para controlar o comportamento social (SOCIAL) ou sexual da vítima
ESTUPRO CORRETIVO FORÇAR MULHER HOMOSEXUAL A PRATICAR SEXO COM UM HOMEM OU VICE VERSA.. VÍTIMAS FORA DO PADRÃO SEXUAL HOMEM MULHER
ESTUPRO CORRETIVO
Rogério Sanches explica com maestria o tema:
“Já a majorante do estupro corretivo abrange, em regra, crimes contra mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais, no qual o abusador quer “corrigir” a orientação sexual ou o gênero da vítima. A violação tem requintes de crueldade e é motivada por ódio e preconceito, justificando a nova causa de aumento. A violência é usada como um castigo pela negação da mulher à masculinidade do homem. Uma espécie doentia de ‘cura’ por meio do ato sexual à força. A característica desta forma criminosa é a pregação do agressor ao violentar a vítima.
Os meios de comunicação indicam casos em que os agressores chegam a incitar a “penetração corretiva” em grupos das redes sociais e sites na internet (o que, isoladamente, pode caracterizar o crime do art. 218-C – apologia ou induzimento à prática do estupro – caso sejam veiculados fotografias ou registros audiovisuais).” (Lei 13.718/18: Introduz modificações nos crimes contra a dignidade sexual. Disponível em: http://meusitejuridico.com.br/2018/09/25/lei-13-71818-introduz-modificacoes-nos-crimes-contra-dignidade-sexual/. Acesso em 02/10/2018).
Infelizmente são cada vez mais comuns esses abomináveis casos havendo relatos de lésbicas que foram estupradas por homens que diziam agora você “vai aprender aprender a gostar de homem” ou “agora você vira mulher de verdade” (https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2017/11/02/vai-virar-mulher-de-verdade-estupro-corretivo-vitimiza-mulheres-lesbicas.htm)
Mediação para servir a lascívia de outrem
AQUI
 Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
        Pena - reclusão, de um a três anos.
        § 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:                 (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
        Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
        § 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.
        § 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Mediação para servir a lascívia de outrem
Alguém: pessoa determinada
Crime comum: pode ser praticado por qualquer pessoa.
Mediação: pressupõe triângulo. O consumidor não é o coautor.
Lascívia (sensualidade, libidinagem – conjunção carnal ou outras práticas sexuais, luxúria).
Ação penal incondicionada.
241-D ECA caso seja criança = incide o princípio da especialidade
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual               (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 228.  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:            (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.                   (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pune-se o favorecimento(exploração) da prostituição de adulto = 228.
Exploração da prostituição de adolescentes = art. 218-B.
A prostituta pode ser vítima do delito, caso seja impedida de entrar na prostituição.
Desnecessário o fim de lucro.
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual               (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:               (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.                 (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Casa de prostituição. ESTABELECIMENTO PARA EXPLORAÇÃO SEXUAL.
Art. 229.  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:                  (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
O que está reprovado aqui não é o sexo, mas a sua exploração.
SA: qualquer pessoa pode praticar o crime inclusive o proprietário, gerente e locador do imóvel.
SP: for menor de 18 anos o crime é o do artigo 218-B, par. 2, II, do CP.
RUFIANISMO. Art. 230 – “Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça”: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Especial proteção aqueles que se dedicam ao meretrício (por si só não é crime) e em razão disso são explorados.
SP: rufião (rufiã). Rufianismo ativo obtém vantagem proveniente diretamente dos lucros auferidos pela prostitua (sociedade empresarial). 
RUFIANISMO
§ 1o  Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:                (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.               (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima:           (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.   
Promoção de migração ilegal
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro:        Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.        Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
§ 1º  Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente em país estrangeiro.       Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
§ 2º  A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se:        Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
I - o crime é cometido com violência; ou        Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
II - a vítima é submetida a condição desumana ou degradante.        Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
§ 3º  A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações conexas.         Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017   Vigência
ESCRITO OU OBJETO OBSCENO (ART. 234) X 	ATO OBSCENO( ART. 233)
AQUI
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
        Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
        I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;
        II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;
        III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
Atenção art. 240, ECA.
Ato obsceno
        Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, (acessível a qq pessoa ruas, praças) ou aberto (cinemas, teatros restaurantes, frequentado por número indeterminado de pessoas) ou exposto ao público (não é aberto ao público mas quem está de fora percebe o que acontece dentro):
        Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa
Não é dirigido a pessoa determinada.
Pudor público e pudor individual.
Ato obsceno: varia de acordo com os costumes; tem significado relativo.
Se praticado propositalmente na presença de menor de 14 anos = 218- A.
AUMENTO DE PENA
Art. 234-A.  Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:                (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
          I – (VETADO);               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II – (VETADO);              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta gravidez;     (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente transmite à vítima doença sexualmente
 transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência.   (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 234-B.  Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça.               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 234-C.  (VETADO).                (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Vítima pessoa com deficiência e estupro de vulnerável
Uma das hipóteses de estupro de vulnerável ocorre quando a conjunção carnal ou ato libidinoso diverso é praticado com pessoa que, “por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato” (art. 217-A, § 1º do CP).
Desse modo, uma das vítimas do estupro de vulnerável é a pessoa com deficiência que não tenha discernimento.
Em tais casos, penso que não deve ser aplicada essa nova causa de aumento de pena do art. 234-A, IV, do CP. Isso porque haveria aí um bis in idem considerando que, com outras palavras, o fato de a vítima ser pessoa com deficiência é uma das elementares do tipo do art. 217-A, § 1º do CP.
  
TÍTULO VII - DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO
 Bigamia
 Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
 § 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
 § 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.    
Sujeito ativo somente a pessoa casada. Crime próprio.
Concurso necessário: demanda duas pessoas para a sua execução.
Régis Prado entende que as testemunhas que afirmam a inexistência desse crime é partícipe.
Casamento anterior (mesmo que nulo ou anulável) a lei não exige casamento válido para a existência da bigamia.
APPública incondicionada.
Prazo prescricional a partir da data que o fato se tornou conhecido.
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento	X conhecimento PRÉVIO DE IMPEDIMENTO
        Art. 236							ART. 237
 - Contrair casamento, induzindoem erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:  Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
        Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
- Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta:
        Pena - detenção, de três meses a um ano.
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento	X conhecimento PRÉVIO DE IMPEDIMENTO
        Art. 236							ART. 237
Tutela-se o casamento e regular organização da família.
Não há condição especial do sujeito, podendo inclusive um enganar o outro.
INDUZIR ERRO ESSENCIAL OU OCULTAR IMPEDIMENTO
CONSUMA-SE COM O CASAMENTO.
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA.
Tutela-se o casamento e regular organização da família.
Qualquer pessoa que contraia casamento conhecendo a existência de impedimento absoluto. (causa nulidade absoluta): linha reta, adotantes... (1521, I a VII)
Consuma-se com a celebração após assentimento dos nubentes.
Simulação de autoridade para celebração de casamento x Simulação de casamento
Simulação de autoridade para celebração de casamento
 Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento: Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
Busca-se aqui tutelar também a segurança jurídica além do casamento e organização familiar.
SA: qq pessoa inclusive o funcionário público. Segundo o CC é anulável devido a boa-fé dos contraentes. Admite convalidação.
Art. 1550, VI casamento realizado por autoridade incompetente é anulável – há possibilidade de convalidação diante da boa fé dos nubentes caso tenha havido o registro. A convalidação não faz desaparecer o crime. ATENÇÃO.
PARA A CONSUMAÇÃO NÃO PRECISA celebração do matrimônio, basta atribuir-se autoridade. É possível a tentativa.
Simulação de casamento
Art. 239 - Simular casamento mediante engano de outra pessoa:
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
238						239
Somente o Estado pode determinar a autoridade competente para celebrar o casamento
239- sujeito ativo é um dos nubentes para Fragoso
Sujeito passivo será o Estado e também o nubente de boa fé.
É necessário que a ação enganosa ludibrie alguém diretamente interessado na celebração do matrimônio.
 Adultério
        Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO
Registro de nascimento inexistente
Art. 241 - Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
    
Assentamento de pessoa que não foi concebida.
A consumação ocorre com a inscrição do nascimento inexistente no registro civil. É possível a tentativa quando emite a falsa declaração de nascimento que não é registrada por circunstâncias alheias a vontade.
    Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido
        Art. 242 - Dar parto alheio como próprio (mulher); registrar como seu o filho de outrem (adoção à brasileira); ocultar recém-nascido ou substituí-lo (p. ex. ocultar neonato para evitar que figure como herdeiro), suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil : (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981) (ELEMENTO SUBJETIVO DO INJUSTO EXIGIDO PARA AS 2 ÚLTIMAS FIGURAS). DAR PARTO ALHEIO COMO PRÓPRIO SÓ EXIGE O DOLO.
        Pena - reclusão, de dois a seis anos. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
        Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)
        Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981). PERDÃO JUDICIAL.
       
 Sonegação de estado de filiação
        Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil:
        Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Atenção o abandono em local que não seja os descritos no art. Pode caracterizar abandono de incapaz ou abandono de recém nascido.

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