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Relatório Final - Gerenciamento de Custos - Problema 01

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO FINAL – SITUAÇÃO PROBLEMA Nº
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Conceitos
	Apresentação/Debate
	Relatório Final
	
	
Definição do problema, questões de pesquisa e planejamento da pesquisa
A recente aquisição da Empresa Chica da Silva Ltda. e a ausência de um sistema de gerenciamento de custos na mesma causou um susto ao novo proprietário. Assim, foi estipulado que se levantasse alguns dados sobre as ultimas atividades e que, através dos conhecimentos de gerenciamento de custos, se definissem alguns custos e despesas do processo para elaboração do DRE e do Balanço Patrimonial. Diante disso, define-se o problema: “como proceder com os dados levantados através do gerenciamento de custos?”.
Conceitos Relevantes
2.1 Custo X Despesa
Segundo Leone (2011), os termos “custo”, “gasto” e “despesa” são comumente confundidos e, portanto, deve-se fazer a distinção clara. De acordo com Crepaldi (2002), custos são gastos (sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação de ativos (exemplo: consumo de matéria prima ou pagamento de salários), já as despesas são gastos que provocam a redução do patrimônio (exemplo: impostos, comissões de vendas). Gastos é o termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa. 
De acordo com Bornia (2010), o objetivo básico da contabilidade de custos é a avaliação de estoques, portanto é necessária que o sistema de custos trabalhe integrado á contabilidade financeira. Ainda para o autor, ao realizar a determinação dos custos dos produtos, estes são padronizados e regulamentados pela legislação e por princípios contábeis, os quais indicam critérios aceitáveis para a alocação de custos aos produtos.
2.2 Custos Diretos
Custos diretos são os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mão de obra ou de máquina, quantidade de força consumida etc.). De maneira geral, associam-se a produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida. Mais resumidamente eles são os custos que podemos apropriar diretamente aos produtos, e variam com a quantidade produzida. Ex: Material Direto (MD) e Mão de Obra Direta (MOD).
Crepaldi (2002) afirma que o Material Direto é o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto e que se torne parte integrante dele. Ex: matéria prima, material secundário, embalagens. A Matéria Prima é o principal material que entra na composição do produto final. O Material Secundário é o material direto, de caráter secundário, não é o componente básico na composição do produto, mas é perfeitamente identificável ao produto, ex: parafusos na mesa de madeira, botão nas roupas. Embalagens são materiais utilizados para embalagem do produto ou seu acondicionamento para remessa
 Ela sofre transformação no processo de fabricação. O Custo de material é obtido pela seguinte fórmula.
MD = EI + C – EF; onde EI (estoque inicial), C (compras líquidas) e EF (estoque final).
Mão de obra Direta como afirma Crepaldi (2002), é o custo de qualquer trabalho humano diretamente identificável e mensurável com o produto. Ex: salários, inclusive os encargos sociais dos empregados que trabalham diretamente na produção. É a mão de obra empregada na transformação do material direto em produto acabado.
De acordo com Crepaldi (2002), a diferença entre Mão de obra direta e Indireta Se um operário opera uma máquina, na qual é produzida um tipo de produto de cada vez, esse operário será considerado mão de obra direta – MOD. Um operário que opera uma máquina, na qual são fabricados vários produtos. Se conseguirmos medir o tempo de produção de cada produto por meio de controle, então a mão de obra é direta, se não conseguirmos e tivermos que nos utilizar de qualquer critério de rateio para apropriar a mão de obra aos produtos, então ela será mão de obra indireta – MOI. Os custos também podem ser encarados como indiretos.
2.3 Custos Indiretos
De acordo com Crepaldi (2002), os Custos Indiretos são aqueles que não podemos identificar diretamente com os produtos e são necessários os rateios para fazer a apropriação. A soma dos Custos Indiretos é chama de Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Se uma empresa fabrica apenas um único produto, todos os custos são considerados diretos em relação a esse produto, portanto, não havendo custos indiretos.
	Seguindo o pensamento do mesmo autor, o rateio é um recurso utilizado para a distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual o CIF será dividido. A escolha da base utilizada deve ser feita em função do recurso mais utilizado na produção.
	Para Crepaldi (2002), as empresas estão divididas em Departamentos. Departamento é a unidade mínima administrativa na qual existe um responsável. Uma fábrica é departamentalizada em dois grupos: departamentos produtivos (promovem algum tipo de modificação sobre o produto); departamentos de serviços (onde geralmente não passam os produtos e suas funções são basicamente prestarem serviços aos demais departamentos produtivos). 
	Os centros de custos, de acordo com Crepaldi (2002), é a unidade mínima de acumulação de custos. É um recurso utilizado pela Contabilidade quando ela quer acumular custos de forma diferente de como é feita a departamentalização da empresa. Para fazer o acompanhamento do custo de cada produto durante o mês, é necessário estimar os CIFs, porque os custos indiretos departamentais somente serão conhecidos após o encerramento do período, assim como as quantidades de produtos efetivamente elaboradas. 
	Seguindo as mesmas ideias de Crepaldi (2002), a taxa predeterminada é obtida estimando-se previamente os custos de um período. Como os CIFs diferem em níveis de operação, é necessário estabelecer os níveis de operação em relação aos quais os custos indiretos de fabricação devem ser predeterminados. Esse nível de atividades é expresso em termos de um índice (h/MOD ou h/MO). O total estimado dos CIFs é calculado em relação a esse nível. A taxa predeterminada, que será usada para aplicar os CIFs aos produtos elaborados, é achada dividindo-se os custos estimados em relação ao nível estimado das operações. Conforme ocorrer a produção real, a taxa do CIF será aplicada à produção, dando origem ao CIFA (Custos Indiretos de Fabricação Aplicados).
CIF real > CIF aplicado = subavaliação; variação desfavorável
CIF real < CIF aplicado = superavaliação; variação favorável
2.4 Custo Produto Vendido
O custo do produto vendido (CPV), segundo Crepaldi (2002), é equivalente à “soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos em certo período”. Seu cálculo se dá pela soma dos Materiais Diretos (MD), Mão de Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Esse cálculo, no entanto precisa ser ajustado à variação de estoque de produtos em processo e produtos acabados. Para tal, utilizamos os seguintes cálculos:
Custo de Produção (CP): CP = MD + MOD + CIF
Custo de Produtos Acabados (CPA): CPA = EIPP + CP – EFPP
Custo de Produtos Vendidos (CPV): CPV = EIPA + CPA – EFPA
Onde:
MD: Materiais diretos;
MOD: Mão de obra direta;
CIF: Custos indiretos de fabricação;
EIPP: Estoque inicial de produtos em processo;
EFPP: Estoque final de produtos em processo;
EIPA: Estoque inicial de produtos acabados;
EFPA: Estoque final de produtos acabados.
2.5 Custo Unitário de Produção e Gasto Pleno Unitário
	O custo unitário de produção é dado pelo custo de produção sobre a quantidade produzida. Já o gasto pleno unitário, é equivalente ao custo de produção, somado às despesas, divido pela quantidade produzida.
2.6 Demonstração de Resultado do Exercício
Após realizadas todas as operações deve-se apresentar os dados de forma legível e compreensível. De acordo com MARTINS (2010) o formato-padrão oficial para publicação do custo de produtos é tido conformeo exemplo:
Vendas
$ 14.400
(-) Custos dos Produtos Vendidos $9.000
Matéria-prima $4.500
Mão de obra $1.500
Energia Elétrica $1.500
Custo de produção no período $15.000
(-) Estoque final de produtos acabados ($3.000) ($12.000)
Lucro Bruto $2.400
.
.
.
Etc.
Soluções Propostas
Analisados os conceitos sobre gerenciamento de custos, foram avaliados os dados apresentados de forma mais eficiente, assim se tornou possível definir o que se pede, tal como: 
- Classificar e separar custos indiretos e despesas. (ANEXO A)
- Calcular o consumo de matéria-prima. (ANEXO B)	
- Calcular o tempo e custo MOD de cada produto. (ANEXO C)
- Calculas os CIFs de cada produto. (ANEXO D)
- Calcular o custo de produção do três produtos. (ANEXO E)
- Calcular o custo unitário de produção e o gasto pleno unitário de produção de cada produto. (ANEXO F)
- Determinar o estoque final de produto acabado para cada um dos três produtos, sabendo que o estoque final representa respectivamente 40%, 20% e 15% da produção. (ANEXO G)
- Elaborar o DRE. (ANEXO H)
- Elaborar o balanço patrimonial. (ANEXO I)				
Referências Bibliográficas
S.A. CREPALDI. Cursos Básico de Contabilidade de Custo. 2ed. Editora: Atlas. São Paulo, 2002.
 
LEONE, George Sebastião Guerra, Custos: planejamento e implantação. 3ed. Editora: Atlas. São Paulo, 2011
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos.10ed.Editora: Atlas. São Paulo, 2010
ANEXO A
	Custos Diretos:
	Custos Indiretos:
	Despesas:
	Mão de Obra Direta
	Mão de Obra Indireta
	Despesas de energia
	
	Depreciação - equipamento produção
	Aluguel do escritório de administração
	
	Materiais diversos consumidos na fábrica
	Despesas administrativas
	
	
	Despesas com materiais de escritório
	
	
	Depreciação - equipamento entrega
	
	
	Despesas Financeiras
ANEXO B
	
	Valor Unitario
	Quantidade (Kg)
	Preço com ICMS
	Preço - ICMS
	1° Compra
	 R$ 92,00 
	64000
	 R$ 5.888.000,00 
	 R$4.416.000,00 
	2° Compra
	 R$ 93,33 
	75000
	 R$ 6.999.750,00 
	 R$5.249.812,50 
	3° Compra
	 R$ 102,00 
	76000
	 R$ 7.752.000,00 
	 R$5.814.000,00 
	TOTAL
	 
	215000
	 R$ 20.639.750,00 
	 R$15.479.812,50 
	ICMS 
	25%
	
	
	
	
	
	
	
	
	Custo Médio Móvel (Preço sem ICMS total. Qtde Total):
	
	
	
	
	 R$ 72,00 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Produto
	Quantidade (Kg)
	Material Direto (MD)
	
	
	A
	50000
	 R$3.600.000,00
	
	
	B
	30000
	 R$2.160.000,00 
	
	
	C
	20000
	 R$1.440.000,00 
	
	
ANEXO C
	Produtos
	Quantidade (Kg)
	Produção/hora
	Tempo MOD de produção (horas)
	Custo MOD de produção
	A
	50000
	1
	50000
	 R$ 1.875.000,00 
	B
	30000
	0,5
	60000
	 R$ 2.250.000,00 
	C
	20000
	0,4
	50000
	 R$ 1.875.000,00 
	TOTAL
	100000
	
	160000
	 R$ 6.000.000,00 
ANEXO D
	Produtos
	MOI + materiais diversos
	Depreciação
	CIF de cada Produto
	A
	 R$ 3.500.000,00 
	 R$ 62.500,00 
	 R$ 3.562.500,00 
	B
	 R$ 2.100.000,00 
	 R$ 75.000,00 
	 R$ 2.175.000,00 
	C
	 R$ 1.400.000,00 
	 R$ 62.500,00 
	 R$ 1.462.500,00 
	TOTAL
	 R$ 7.000.000,00 
	 R$ 200.000,00 
	 R$ 7.200.000,00 
	
	
	
	
	Obs: MOI e materiais diversos rateados por matéria prima consumida. Depreciação rateada por tempo de MOD.
	
ANEXO E
	Produtos
	MD
	MOD
	CIF
	Custo de Produção (CP)
	A
	 R$3.600.000,00
	 R$1.875.000,00 
	 R$ 3.562.500,00 
	 R$9.037.500,00 
	B
	 R$2.160.000,00 
	 R$2.250.000,00 
	 R$ 2.175.000,00 
	 R$6.585.000,00 
	C
	 R$1.440.000,00 
	 R$1.875.000,00 
	 R$ 1.462.500,00 
	 R$4.777.500,00 
ANEXO F
	Produtos
	Custo de Produção (CP)
	Quantidade (Kg)
	Custo unitário de produção
	Despesas
	Gasto pleno unitário de produção
	A
	 R$9.037.500,00 
	50000
	 R$180,75 
	 R$1.310.000,00 
	 R$206,95 
	B
	 R$6.585.000,00 
	30000
	 R$219,50 
	 R$786.000,00 
	 R$245,70 
	C
	 R$4.777.500,00 
	20000
	 R$238,87 
	 R$524.000,00 
	 R$265,07 
	TOTAL
	 
	100000
	 
	 R$ 2.620.000,00 
	 
ANEXO G
	Produtos
	Custo de Produção (CP)
	%
	Estoque Final Produto Acabado
	Custo Produto Vendido (CPV)
	A
	 R$9.037.500,00 
	40%
	 R$3.615.000,00 
	 R$5.422.500,00 
	B
	 R$6.585.000,00 
	20%
	 R$1.317.000,00 
	 R$5.268.000,00 
	C
	 R$4.777.500,00 
	15%
	 R$716.625,00
	 R$4.060.875,00 
ANEXO H
	Empresa Chica da Silva LTDA.
	Demonstração de Resultado do Exercicio (DRE)
	Receita Operacional Bruta
	 R$ 15.500.000,00 
	(-)ICMS a recolher
	 R$ - 
	(=) Receita Operacional Líquida
	 R$ 15.500.000,00 
	(-) CPV
	 
	(-) CPV A
	 R$5.422.500,00 
	(-) CPV B
	 R$ 5.268.000,00 
	(-) CPV C
	 R$ 4.060.875,00 
	(=) Margem Operacional Bruta
	 R$ 748.625,00 
	(-)Despesas de energia
	 R$ 200.000,00 
	(-) Despesas de Aluguel
	 R$ 20.000,00 
	(-) Despesas Adm
	 R$ 1.800.000,00 
	(-)Despesas materiais escritório
	 R$ 240.000,00 
	(-) Despesas Financeira
	 R$ 260.000,00 
	(-) Despesa depreciação eq.entrega
	 R$ 100.000,00 
	(=) Lucro Líquido
	-R$ 1.871.375,00 
ANEXO I
	Balanço Patrimonial
	ATIVO
	PASSIVO
	Ativo Circulante
	 R$ 19.898.625,00 
	Passivo Circulante
	 R$ 3.080.000,00 
	Caixa
	 R$ 1.500.000,00 
	ICMS a recolher
	 R$ 1.050.000,00 
	Banco conta Movimento
	 R$ 1.000.000,00 
	Fornecedores a pagar
	 R$ 2.000.000,00 
	Duplicatas a Receber
	 R$ 2.420.000,00 
	Emprestimo Bancário Curto prazo
	 R$ 30.000,00 
	ICMS a recuperar
	 R$ 1.050.000,00 
	 
	 
	Estoque de MP
	 R$ 8.280.000,00 
	 
	 
	Estoque de Produto Acabado
	 R$ 5.648.625,00 
	 
	 
	 
	 
	não circulante
	 R$ 4.000.000,00 
	 
	 
	Emprestimo de longo prazo
	 R$ 4.000.000,00 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	não circulante
	 R$ 1.740.000,00 
	Patrimonio Líquido
	 R$ 14.558.625,00 
	Equipamento de entrega
	 R$ 1.000.000,00 
	Capital
	 R$ 15.400.000,00 
	Veículos Setor Administrativo
	 R$ 50.000,00 
	Reserva de Capital
	 R$ 1.030.000,00 
	Equipamento de Produção
	 R$ 1.000.000,00 
	(-)Prejuízo Líquido
	 R$ 1.871.375,00 
	(-)Depreciação Acumulada equipamento de entrega
	 R$ 100.000,00 
	 
	 
	(-)Depreciação Acumulada de veículos da adm
	 R$ 10.000,00 
	 
	 
	(-)Depreciação Acumulada equipamento de produção
	 R$ 200.000,00 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL
	 R$ 21.638.625,00 
	TOTAL
	 R$ 21.638.625,00

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