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AO JUIZADO DA _____VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE JOINVILLE - SANTA CATARINA FULANA DE TAL, brasileira, operadora de produção, casada, portadora da RG nº 000000 SSP/SC, e inscrita No CPF: 000000000, residente e domiciliada a Rua Venus , nº 00, bairro Adhemar Garcia, Joinville/SC, TEL: 047 0999999999, sem endereço eletrônico, vem através por intermédio de seu representante legal (mandato em anexo) propor, a Vossa Excelência, a presente: AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, PARTILHA DE BENS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS/REGULAÇÃO DE VISITAS em face de TOMAZ ROCHA, brasileiro, casado, técnico químico, casado em regime de comunhão parcial de bens, portador do CPF: 000.000.000-04, residente e domiciliado a Rua XXXXXXX, n.º 000, bairro Paranaguamirim, Joinville/SC, sem endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: I – DOS FATOS a) DA JUSTIÇA GRATUITA Mormente, Excelência, a Requerente requer que sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, nos termos do Art. 98 do NCPC, por ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, não estando em condições de demandar, sem sacrifício de sustento próprio e de seus filhos, motivo pelo qual, pede que lhe conceda os benefícios da justiça gratuita (documento anexo). b) DOS FATOS DO MATRIMONIO Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 Os nubentes contraíram matrimonio em 17 de dezembro de 2011, conforme a Certidão de Casamento nº 0000 01 55 1820 2 00072 224 000000 70, em regime de comunhão parcial de bens conforme consta a certidão de casamento, desta união sobreveio 01 (um) filho JOÃO ROCHA, nascido em 25 de maio de 2010. Durante o matrimonio o casal adquiriu um imóvel e um automóvel marca Logan Renault. O Imóvel está Registrado no CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS - 3ª CIRCUNSCRIÇÃO, matricula nº 00.719, que deve ser avaliado em momento oportuno, bem como o automóvel. Obsta que a Requerida esta residindo no imóvel do casal, e a Requerente reside com o filho menor na casa da avó paterna, decorrente de uma agressão por parte do Requerido, é o que se extrai no BO anexo. Não existindo mais condições para a manutenção do matrimonio, a Requerente decidiu pelo divórcio, uma vez que já esta de fato separada a mais de dois meses e ter sido agredida pelo Requerido por motivos banais. II - DO DIREITO a) DO DIVÓRCIO: Excelência, a Requerente não deseja mais pela manutenção do matrimonio, já está separada a mais de dois meses do Requerido, e encontra amparo no §6º do artigo 226 da CF/88. O Casamento civil pode ser dissolvido pelo divorcio, tal previsão esta prevista no § 6º do artigo 226 da CF/88. Art. 226. (...) § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 Também tem amparo no art. 1571 do Código Civil/02, estabelecendo que o casamento válido se dissolve pelo divórcio. Art. 1.571. (...) § 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio (...) Desta forma a Requerente encontra amparo tanto na CF/88, quanto no Código Civil para o pretendido em relação ao divorcio. b) DOS BENS – PARTILHA A requerente contraiu matrimonio com o Requerido pelo regime de comunhão parcial de bens, nos termos do art. 1640 do CC/02, sendo que tudo o que foi adquirido na Constância do casamento deve ser partilhado em frações iguais, sendo 50% para cada um dos divorciandos. Durante o tempo que perdurou a união, o casal conseguiu adquirir, por mútuo esforço, os seguintes bens móveis/imóveis a serem partilhados: a) 01 imóvel na Rua Velho, n.º 000, bairro Parana, Joinville/SC, matricula nº 13.000; b) 01 automóvel Renault Logan; Desse modo a Requerente solicita a Vossa Excelência que seja determinada a partilha dos bens acima mencionados, devendo cada parte ficar com 50% (cinquenta por cento). c) DOS FILHOS E DO REGIME DE VISITAÇÃO A requerente encontra amparo no artigo 1.583 do Código Civil de 2002, que prevê a guarda unilateral. Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 A Requerente exerce desde a ruptura do matrimonio a guarda de forma unilateral de fato, todavia, visando preservar os laços afetivos entre pai e filho, requer de pronto que se digne este Douto Juízo a homologar o acordo de guarda unilateral. Que o tribunal estipule em audiência de conciliação o regime de visitas que convier e fins de preservar o melhor interesse do menor. d) DOS ALIMENTOS A criação do filho do casal não deve recair somente sob a responsabilidade da genitora, especialmente porque a mesma não possui condições financeiras suficientes de proporcionar, todas as necessidades que o menor carece. Visto que, o filho menor encontra-se em fase de desenvolvimento e possui custos como alimentação, assistência médica, vestuário, educação e lazer, em média R$ 300,00 (trezentos reais), mensais de gastos. Dessa forma a Requerente solicita a título de alimentos o percentual de 30% do sobre o salário mínimo vigente, incidente em 13º salário, sobre o salário do Requerido, sendo reajustado de acordo com as necessidades que possam surgir. O dever alimentar dos pais está previsto expressamente no art. 227 e 229 da Constituição Federal de 1988. Art. 227. É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; (grifo nosso) Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 Mister se faz o destaque acerca da proteção constitucional que ora se ostenta, na particular em colocar as crianças a salvo de toda a forma de negligência. Neste segmento protecionista, o poder-dever familiar não se extingue em face de separação judicial, entendimento este colacionado nos termos do art. 1.703, do Código Civil, sobre o qual se transcreve in verbis: Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos. Não obstante, as evidências legais exploradas até então falarem por si só, merece realce a nota esclarecedora do renomado jurista Yussef Said Cahali, quando leciona nos seguintes verbetes: Existem duas modalidade de encargos legais a que se sujeitam os genitores em relação aos filhos: o dever de sustento e a obrigação alimentar. [...] O dever de sustento diz respeito ao filho menor, e vincula-se ao pátrio poder (leia-se: poder familiar). [...] A obrigação alimentar não se vincula ao pátrio poder, mas a relação de parentesco, representando uma obrigação mais ampla, que tem como causa jurídica o vínculo ascendente-descendente[1]. Ante o exposto, depreende-se oportuno o presente pleito de condenação do requerido ao pagamento de pensão alimentícia para que a menor possa subsistir com o mínimo de dignidade, assegurando-lhe os direitos oriundos do direito maior, qual seja, o direito à vida. Na mesma linha, o artigo 1.634, I, do Código Civil de 2002 dispõe que a criaçãoe a educação dos filhos menores competem aos pais. Este dever de sustento, criação e educação também é previsto no art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 De acordo com o § 1º do art. 1.694 do Código Civil de 2002, os requisitos para a concessão dos alimentos são a necessidade do alimentando e a capacidade do alimentante. “Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. Determina o art. 1.695 do Código Civil de 2002: “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.” Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.” VI – TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA a) Alimentos Provisórios Nesta oportunidade, necessária se faz a fixação da pensão alimentícia devida pelo demandado, já que não é razoável admitir que as despesas vitais dos filhos sejam suportadas, exclusivamente, pela genitora, que ora representa as crianças neste pleito. Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo promover o sustento dos filhos na pendência da lide. Tal pedido encontra-se previsto no art. 4º da Lei n.º 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos, senão vejamos: Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. A Requerente roga pela prudente decisão de Vossa Excelência, no que tange a concessão da fixação de alimentos provisórios, uma vez que é operária e recebe pouco amis de um salário mínimo mensalmente. Como também estão presentes a necessidade urgente do menor em sua subsistência bem como diversas necessidades peculiares as de uma criança, encontrando amparo no artigo 300 e seguintes do CPC. “Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia”. Destarte, em razão do genitor, desde o nascimento sua filha não alimentar a sua filha e não dar satisfação com relação ao sustento dela, requer-se a Vossa Excelência a fixação de alimentos avoengos provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente mensais, incidente sobre 13º salário, a serem depositados na conta corrente da Caixa Econômica Federal ag: 00000 conta 001 00.000-9, para satisfação das necessidades básicas do filho do Requerido nos termos desta exordial. III – DOS PEDIDOS EX POSITIS, é a presente para requerer a Vossa Excelência que se digne em: 1. Conceder à requerente os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art 98 e 99 do CPC; Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 2. Que Vossa Excelência determine: 2.1) A fixação de ALIMENTOS PROVISÓRIOS, na proporção de percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente mensais, incidente sobre 13º salário, a serem depositados na conta corrente da Caixa Econômica Federal ag: 3830 conta 001 00.600-9, a ser pago até o dia 10 de cada mês. 2.2) a DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO, enviando para o Cartório Escrivania de Paz oficio fins de averbar o divorcio, e alteração do nome da Requerente que voltara a usar o nome de solteira, “JULIETA TOMAZ”; 2.3) Determinar a PARTILHA DO BENS do casal, cabendo para cada um dos divorciandos o percentual de 50% da venda dos bens móveis e bens imóveis, devendo serem avaliados todos os bens; 2.4) Que Vossa Excelência decrete a GUARDA UNILATERAL e favor da Requerente, uma vez que o menor já se encontra sob seus cuidados, e ainda que este digno tribunal estipule em audiência de conciliação o regime de visitas que melhor convier aos melhores interesses do filho do casal; 3) A CITAÇÃO do Requerido, sob pena de decretação da revelia, para que tome ciência da ação, assim como da decisão interlocutória de fixação dos alimentos provisórios, notificando-a, ainda, da audiência de que trata o art. 5º da Lei 5.478/68; 4) A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para que acompanhe os atos e procedimentos dessa ação, como também para que se manifeste sobre os mesmos caso deseje; 5) JULGAR procedente o feito por sentença, decretando a condenação do Requerido a prestar ALIMENTOS DEFINITIVOS à Requerente, surtindo a referida decisão seus legais e jurídicos efeitos, no quantum e na forma aqui pleiteados; Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 6) DECIDIR pela condenação do demandado no pagamento das verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação; 7) A designação de audiência de conciliação, nos termos do CPC; 8) Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, notadamente, depoimento pessoal, sob pena de CONFISSÃO, juntada ulterior de documentos, bem como, quaisquer outras providências que V. Exa. julgue necessária à perfeita resolução do feito; Dá à causa o valor de R$ R$ 1.000,00 (Um mil reais). Nestes termos pede deferimento. Joinville-SC, 03 de julho de 2019. _________________________ XXXXXXXXXXXXXXXX OAB\SC 00000000 Rua Pastor Abu, s/nº – Centro, Rua Ministro Collor de Melo, CEP 89.000-000 AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, PARTILHA DE BENS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS/REGULAÇÃO DE VISITAS I – DOS FATOS a) DA JUSTIÇA GRATUITA II - DO DIREITO a) DO DIVÓRCIO: b) DOS BENS – PARTILHA c) DOS FILHOS E DO REGIME DE VISITAÇÃO d) DOS ALIMENTOS
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