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Psicologia e Medicina veterinária

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS-UNOPAR 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO BÁSICO EM PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
HÉLIO LEONARDO CUNHA ZANI 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA E MEDICINA VETERINÁRIA: Possíveis áreas de atuação em 
prevenção e promoção de saúde mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA 
2019 
 
 
HÉLIO LEONARDO CUNHA ZANI 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA E MEDICINA VETERINÁRIA: Possíveis áreas de atuação em 
prevenção e promoção de saúde mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA 
2019 
Relatório de Estágio Básico apresentado 
como requisito para a aprovação na 
disciplina de Estágio Básico III no curso 
de Psicologia(Bacharelado) pela 
Universidade Pitágoras-Unopar. 
Orientadora: Fernanda Barutta Pieri 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família, aos veterinários e veterinárias que me 
acompanharam ao longo deste um ano e meio e a todos os profissionais de saúde 
que se doam diariamente para o bem do próximo. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradeço pela conclusão deste trabalho ao apoio constante de meus pais e do 
restante da minha família, que sempre acreditou em meus sonhos e em meu potencial. 
 Gostaria também de agradecer à minha orientadora Fernanda Barutta Pieri, 
sem a qual este trabalho não se concretizaria, pelas incontáveis horas de supervisão 
e pelas orientações mais que valiosas. 
 À professora Mariana, do curso de Medicina Veterinária e à Médica Veterinária 
Thaís Medeiros que abriram portas que tornaram possíveis a execução deste trabalho. 
 Aos meus professores, que sempre se dedicaram à minha formação, por todas 
as aulas, textos e trabalhos que me fizeram chegar até aqui. 
 Aos meus colegas de classe e, principalmente, os de supervisão, que 
partilharam suas vivências e ouviram por um ano e meio as minhas. 
 E finalmente agradeço a meus amigos, que acreditaram em mim e aguentaram 
todas as reclamações nas semanas antes de prazos de entrega de trabalhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quis custodiet ipsos custodes?” 
(Quem guardará os Guardiões?) 
(Juvenal) 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 7 
2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................. 9 
2.1 RELAÇÕES HUMANO-ANIMAL ............................................................ 9 
2.2 RELAÇÕES MÉDICO VETERINÁRIO - TUTOR .............................. 10 
2.3 FORMAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO ...................................... 12 
2.4 CONCEITUAÇÃO DE SAÚDE MENTAL .......................................... 13 
2.5 MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE MENTAL ................................ 14 
3 METODOLOGIA ..................................................................................... 17 
4 CONCLUSÃO ......................................................................................... 19 
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 20 
6 APÊNDICE A – CARTAZ DE INTERVENÇÃO DE SAÚDE MENTAL EM 
VETERINÁRIOS ....................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
A dependência do homem em relação a outras espécies é historicamente 
conceituada. Hart (1985) descreve a relação passando de predatória para a 
domesticação com o passar do tempo (apud GIUMELLI; SANTOS, 2016). 
Existem algumas hipóteses sobre o início das relações humano – animal como 
as conhecemos hoje. Uma delas refere-se à domesticação de cães ou lobos para o 
auxílio em transporte e caça a mais de 100 mil anos atrás (URICHUK; ANDERSON, 
2003 apud MUÑOZ, 2014). 
Atualmente, uma grande quantidade de pessoas possui animais de estimação. 
Uma pesquisa de mercado realizada pelo SPC em parceria com a Confederação 
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) entrevistou mais de 700 indivíduos de 
diferentes capitais brasileiras e destes 76% dos entrevistados relataram ser donos de 
algum animal de estimação (SPC; CNDL, 2017). 
Com os animais de estimação ganhando cada vez maior destaque na dinâmica 
intrafamiliar (CARVALHO, 2012) e a enorme quantidade de animais de estimação no 
território de nosso país – em 2004 estimava-se 27 milhões de cães e 11 milhões de 
gatos (ALMEIDA, 2009 apud FARACO et al) – é preciso que a psicologia enquanto 
ciência volte seus olhos para este evento. 
Por um lado existem os benefícios à saúde que as relações entre humanos e 
animais trazem, como exemplo é possível apresentar a Terapia Assistida por 
Animais(TAA), que começou a ser utilizada desde o século XVIII para o tratamento de 
pacientes com distúrbios articulares (DEPAUW, 1984 apud MACHADO, 2008; 
MUÑOZ, 2014). 
Por outro é necessário observar como esta crescente estima pelos animais de 
companhia afeta aqueles responsáveis pela saúde dos mesmos: os médicos 
veterinários. 
Os “médicos-veterinários são vistos como profissionais benevolentes, que 
cuidam de animais doentes e oferecem suporte aos clientes” (OLLHOF; MENEGATTI; 
AMORIM, 2019) e, tendo em conta a crescente importância que os animais de 
companhia têm adquirido é possível imaginar a responsabilidade que é conferida 
veterinários, que muitas vezes não têm o preparo necessário para lidar com estas 
demandas. 
Na formação dos médicos veterinários nos dias atuais, apesar das mais 
diversas mudanças que a sua proposta tenha sofrido, assim como todos os outros 
8 
 
cursos de formação superior em um passado recente, ainda pode ser considerado 
que há um grande caminho a ser percorrido para que este processo de 
desenvolvimento de novos profissionais seja satisfatório, principalmente quando o 
assunto a ser tratado remete às habilidades e conhecimentos referentes à 
humanização do processo clínico que arremete não só os profissionais de saúde que 
lidam diretamente com humanos, mas também aqueles responsáveis por lidar com a 
saúde dos animais, tornando-os responsáveis, em parte, pela saúde dos tutores dos 
mesmos (LESNAU; SANTOS.2013). 
Devido a esta falta de formação, um grande número de médicos veterinários é 
acometido por transtornos mentais e muitas vezes pelo estigma social que é atribuído 
aos profissionais de saúde não é possível notar a necessidade que os mesmos têm 
de um suporte emocional adequado (OLLHOF; MENEGATTI; AMORIM, 2019). 
O objetivo do presente trabalho é avaliar os aspectos psicológicos das relações 
entre tutores e animais e companhia e como esta relação impacta emocionalmente e 
permeia a prática dos médicos veterinários desde a sua formação até a sua vivência 
clínica depois de formados, ressaltando possíveis campos de intervenção possíveis 
onde a psicologia como campo científico pode auxiliar com o intuito de proporcionar 
bem estar psíquico tanto para os médicos veterinários quanto para os tutores dos 
animais de estimação. 
No desenvolvimento é feita uma breve avaliação das relações entre humanos 
e animais para em seguida serem tratadas as relações dos médicos veterinários com 
os tutores de animais no período contemporâneo onde o vínculo entre estes é mais 
intenso e, por último, as consequências que esta nova responsabilidade aliada a 
outros diversos fatores causam nos profissionais de medicina veterinária. 
 Na metodologia são explicadas as intervenções realizadas no campo de 
estágio ao longo dos três semestres juntamente com relatos de caso desta mesmaintervenção. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 A relação entre o homem e os animais de estimação é historicamente 
conceituada, visto que desde os tempos pré-históricos há registros da domesticação 
de animais, tendo esta característica sido mantida até o tempo presente, se mantendo 
por sentimentos deveras peculiares (ALMEIDA et al, 2009). 
2.1 RELAÇÕES HUMANO-ANIMAL 
“Ultimamente, a relação entre homens e animais tem despertado cada vez mais 
interesse de diversas áreas[...]” (GARDEMANN et al, 2009) e a psicologia não é uma 
exceção. 
Esta relação apresenta-se como extremamente ambivalente, por um lado há 
um grande número de maus tratos aos animais domésticos, desde o espaço onde são 
mantidos, incluindo espaços extremamente pequenos, passando por problemas de 
higiene e o abandono até a violências físicas, como agressão de cães de rua ou o 
açoite de cavalos para a execução de trabalhos de tração ou velocidade (ALMEIDA et 
al, 2009 apud FRANCO 2001). 
 Já por um outro ponto de vista podemos observar o grande impacto positivo 
que os animais causam na vida dos seres humanos em diversos aspectos, ressaltados 
por Almeida et al(2009). Em termos comportamentais, onde os tutores dos animais 
utilizam-se do animal não só como companhia, mas com o intuito de causar-lhes 
pensamento reflexivo, em uma relação autêntica, sem hipocrisias, corporativismo ou 
mediocridade (apud ODENDALL, 2000), proporcionando assim uma verdadeira 
oportunidade para a mudança de comportamentos alvo. Em termos de saúde física, 
onde foi possível observar uma menor incidência de estresse e problemas cardíacos 
em indivíduos que convivem com animais de estimação e maiores chances de 
recuperação àqueles que já apresentaram algum problema relacionado (apud 
VICÁRIA, 2003). 
 Em uma pesquisa de mercado, o Serviço de Proteção ao Crédito, em conjunto 
com a Conferência Nacional de Dirigentes Lojistas (2017), revelou que, do total de 
entrevistados, 61,5% associam seus animais de estimação ao amor; 61,2% 
consideram os pets como um membro da família e 28% como um filho, revelando 
como as relações animal-humano estão se intensificando nos dias atuais. 
Nesta mesma pesquisa foi relatado que 32% ainda não sabem o que vão fazer 
quando seu animal morrer. A pesquisa se referia aos procedimentos funerários dos 
animais, no entanto o dado também nos mostra como alguns indivíduos evitam entrar 
10 
 
em contato com os assuntos referentes a morte dos animais, que possuem uma 
expectativa de vida notoriamente menor que a dos humanos. 
Há, muitas vezes, uma relação parental entre tutor e animal, (LESNAU et al 
apud LANA; PASSOS, 2008) sendo este tratado como mais um membro humano da 
família, sendo-lhe atribuídas características até algumas vezes antropomórficas. 
Isto se deve ao fato de que esta relação permite que os indivíduos nela inseridos 
satisfaçam suas condições de adultos e crianças ao mesmo tempo visto que em dados 
momentos são os provedores das necessidades dos animais, cuidam dos mesmo e 
então brincam com eles – incluindo a utilização de vocalizações infantis – além de se 
sentirem protegidos em lugares escuros e estranhos, no caso dos cães principalmente 
(BECK; KATCHER, 1996 apud OLIVEIRA, 2013). 
Oliveira (2013, p.44) apresenta três níveis de apego que podem ser 
estabelecidos entre os animais de estimação e seus tutores, de acordo com o vínculo 
afetivo formado entre a díade, sendo eles: 
“1) apenas uma relação importante em que o proprietário não tem vínculo 
afetivo pelo animal; 2) carregada por um vínculo afetivo pelo animal; 3) de 
vínculo afetivo com características mais evidentes de apego por dois motivos: 
a) para o proprietário o animal é percebido com funções de figura de apego, 
conforta e traz segurança em momentos de crise; b) o proprietário enquanto 
cuidador tem a percepção pelo comportamento do animal de que é a sua 
figura de apego e sente-se necessário e amado.”(OLIVEIRA, 2013 p.44) 
As novas dinâmicas familiares contemplam, inclusive, sistemas onde um 
indivíduo mora apenas com um ou mais animais de estimação e, tendo em vista os 
vínculos estabelecidos entre estes, o processo de luto pode ser vivenciado de forma 
difícil e intenso de acordo com a relação que foi desenvolvida (GARDEMANN et al, 
2009; OLIVEIRA, 2013) 
Almeida (2015) relata também em suas pesquisas uma correlação entre o bem 
estar psicológico de tutores com problemas de comportamento de seus animais de 
companhia, ressaltando que as dificuldades referentes aos comportamentos dos pets 
era mais frequente em indivíduos com estresse ou depressão. 
2.2 RELAÇÕES MÉDICO VETERINÁRIO - TUTOR 
Tendo em vista estes elementos, é necessário analisar o papel que o médico 
veterinário assume em uma sociedade onde o vínculo entre o tutor e animal de 
companhia é tão intenso e real quanto com outro ser humano, sendo possível 
comparar os aspectos emocionais de sua atuação aos de um médico que lida com 
pacientes humanos, principalmente por conseguirmos enquadrar ambos em uma 
11 
 
única categoria de profissionais da saúde. 
A ideia de que as relações que os médicos veterinários estabelecem com os 
tutores dos animais de estimação que atendem não de diferencia da relação que 
médicos estabelecem com seus clientes/pacientes é corroborada por Abreu (2012) ao 
comparar a relação veterinário-cliente com as relações pediatra-pais. 
Por este motivo Oliveira (2013) relata que “lidar com o cliente humano [...] 
requer conhecimento do que o animal representa para este dono em particular” (p.70) 
e isto deve abranger desde o desenvolvimento de empatia ao longo da vida 
profissional ao mesmo tempo em que se identifica o grau de vínculo entre o tutor e o 
animal afim de estabelecer uma comunicação mais confiável (ABREU et al, 201w). 
A satisfação do cliente com o atendimento, de acordo com Abreu et al (2012), 
se baseia na as habilidades de relacionamento interpessoal do médico veterinário, 
abrangendo tanto os elementos verbais como os não verbais. 
É importante que o veterinário compreenda o cliente não apenas como um 
veículo que levou o animal até ali para receber seus cuidados, ele é um ser subjetivo, 
também acometido pelo sofrimento de presenciar o animal em um estado de doença, 
portanto tanto o médico quanto o tutor possuem um objetivo em comum e uma boa 
relação garante tanto o sucesso terapêutico do médico veterinário ao aplicar o 
tratamento quanto a redução da angústia e promoção de saúde mental do tutor 
(ABREU et al, 2012) 
Abreu e seus colaboradores (2012) ressaltam a comunicação como um dos 
fatores essenciais para garantir a adesão do tratamento por parte do cliente assim 
como a precisão do diagnóstico, pois uma má comunicação pode influenciar na forma 
em que o tutor transmite as informações para o profissional. 
Tais dados são corroborados por Moura (2017) em sua pesquisa onde 52,54% 
dos tutores entrevistados afirmaram que não seguiriam as recomendações dos 
médicos veterinários caso suas expectativas não fossem atendidas. 
Ainda nesta pesquisa foi revelada a grande importância que os tutores dão à 
relação estabelecida entre eles e os médicos veterinários. Entre 10 características, a 
segunda mais valorizada pelos donos de animais de estimação foi a atenção tanto ao 
pet quanto ao dono enquanto em quinto lugar encontrou-se a predileção à cortesia 
dos profissionais da medicina veterinária como um fator importante (MOURA, 2017). 
Moura (2017) ainda relata que os alunos durante a sua formação não 
receberam treinamento adequado nas habilidades de comunicação com tutores, 
12 
 
elementos corroborados por Lesnau (2013), o que levanta alguns questionamentos 
sobre a formação dos médicos veterinários. 
2.3 FORMAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO 
A forma de ensino nos cursos de Medicina Veterinária – o ensino vertical com 
o professor sendo vistocomo o detentor do conhecimento e não como um mediador 
do aprendizado – possibilita com que os alunos passem passivamente por seus anos 
de formação, criando dificuldades na articulação entre a práticas e os conhecimentos 
teóricos dos veterinários formados a partir desta metodologia de ensino (Nuto et al, 
2006 apud ABREU et al, 2012). 
 Apesar de uma mudança em todas as áreas da saúde, que visam 
principalmente humanizar o atendimento, abordando a condição saudável de um 
indivíduo como o seu bem estar físico, psicológico e social, a formação dos médicos 
veterinários ainda se apresenta bastante tecnicista, desconsiderando durante grande 
parte da graduação os aspectos emocionais e psicológicos, tanto dos próprios 
estudantes e profissionais como o preparo para lidar com a demanda emocional do 
tutores que atenderão no futuro(LESNAU, 2013 apud OLIVEIRA et Al 2010). 
 Lesnau(2013) aponta que também há um grande investimento na formação 
técnica dos médicos veterinários, porém há um grande déficit em sua formação 
humanizada, responsável por fornecer uma estrutura psicológica e emocional, 
auxiliando o estudante e o profissional da medicina veterinária a lidar com as 
demandas dos tutores de seus paciente e também as próprias demandas. 
Em uma entrevista ao Conselho Federal de Medicina Veterinária, o veterinário 
Rodrigo Rabelo atesta que “[...] na graduação devia haver disciplinas obrigatórias 
sobre ética, comunicação de más notícias, lidar com o luto e gestão de recursos 
humanos” (p.6). Atestando mais uma vez a necessidade da humanização da formação 
dos cursos de Medicina Veterinária pelo país. 
Esta formação também não contribui para a saúde mental dos próprios médicos 
veterinários que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde(OMS), são a 
profissão com a maior taxa de suicídios e se encontram no grupo de risco para o 
desenvolvimento de transtornos mentais como a depressão (2000). Por este motivo é 
importante trazer uma discussão sobre o que é considerado como saúde mental nos 
dias de hoje para então avaliarmos os fatores agravantes na realidade dos médicos 
veterinários. 
13 
 
2.4 CONCEITUAÇÃO DE SAÚDE MENTAL 
 Historicamente, a saúde mental era vista como um desligamento do 
racionalismo cartesiano, que partia do indivíduo, ocasionando neste a perda de sua 
razão a saúde mental e era tratada utilizando-se a “lógica manicomial” a partir do 
método de isolamento social, paradigma que começou a ser quebrado a partir da 
década de 60 nos Estados Unidos (AMARANTE, 2015), em um ambiente pós-guerra 
onde começava a se questionar o modelo de saúde biomédico vigente (apud 
SCHNEIDER, 2015). 
A antítese a este movimento surgia das críticas aos hospitais psiquiátricos e as 
tentativas de descentralizar o tratamento da doença mental dos hospitais e estende-
los ao ambiente comunitário e também com a desinstitucionalização (BASAGLIA, 
1985), visando promover mudanças na própria cultura excludente instaurada. No 
exterior estes movimentos incluíam sugestões de novos modelos de tratamento, 
críticas epistemológicas (apud Leone, 2000) e até o desmonte de hospitais 
psiquiátricos na Itália (apud SCHNEIDER, 2015). 
No Brasil o movimento começa na década de 80 com a Reforma Psiquiátrica 
Brasileira, um movimento de luta antimanicomial que agrupava todos seus aspectos 
legais, teóricos e técnicos (TENÓRIO, 2002 apud SCHNEIDER, 2015). 
Através destes movimentos, o foco principiou a ser a doença em si, tendo sido 
alterado para os fatores determinantes da saúde, através de métodos preventivos, 
identificando determinantes sociais em saúde o que culminou no embasamento 
teórico para a prevenção em saúde mental atual (SCHNEIDER, 2015). 
O surgimento desta Psiquiatria Preventiva proporcionou o surgimento de 
equipes multidisciplinares de atenção à saúde mental (CAPLAN, 1980), atenção 
psiquiátrica voltada a intervenções comunitárias, leitos em hospitais gerais, lares, 
grupos terapêuticos entre outros métodos (AMARANTE, 2007) assim como a proposta 
de uma nova visão do indivíduo como sendo um ser biopsicossocial, amparado pela 
Organização Mundial de Saúde(OMS) (apud SCHNEIDER, 2015). 
Já que os médicos veterinários possuem um bem-estar psicológicos em níveis 
alarmantemente baixos (JOHNSON et al, 2005 apud OLLHOF; MENEGATTI; 
AMORIM, 2019) é preciso entender quais são os fatores causadores para este caso. 
Partindo destes conceitos de determinantes sociais e a nova visão de saúde 
proposta, é estabelecido que todas as doenças mentais sejam prevenidas, “porém, 
para que isso ocorra, é preciso detectá-las precocemente” (SCHNEIDER, 2015 p.39). 
14 
 
2.5 MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE MENTAL 
 Bartram(2016) relata que os médicos veterinários têm quatro vezes mais 
chances de cometerem suicídio do que a população normal e duas vezes mais do que 
profissionais de saúde de outras áreas. O autor propõe diversas causas para tal fato, 
sendo estas: o acesso a meios letais de suicídio, o contato próximo com a morte 
através da eutanásia, que devido a supracitada próxima relação estabelecida entre 
humanos e animais de companhia adquiriu nos dias atuais representa um grande peso 
para o profissional, exposição ao grande número de suicídios de colegas de profissão, 
aspectos da história individual de cada indivíduo, transtornos psiquiátricos 
concomitantes, estressores do ambiente de trabalho e o estigma que as doenças 
mentais possuem em nossa sociedade contemporânea, tornando necessária uma 
discussão sobre o conceito de saúde mental na atualidade. 
 Partindo deste pressuposto e dos elementos citados por Bartram e aliando-os 
aos estudos de Rocha(2016), podemos concluir que dois dos transtornos que mais 
assolam os médicos veterinários são o Burnout e a Fadiga por Compaixão ou estresse 
pós traumático secundário. 
 Rabelo & Sanches (2011) definem a síndrome de Burnout por uma “condição 
de sofrimento psíquico relacionada ao trabalho” apresentando sintomas tais como: 
 “[...]fadiga constante, dor muscular em região cervical e lombar, 
distúrbios do sono, cefaleia, gastrite, queda de imunidade, transtornos 
cardiovasculares, disfunções sexuais, alterações menstruais, falta de 
concentração, alteração de memória, baixa autoestima e desânimo” (apud, 
ROCHA, 2016, p.4). 
Apesar de a Síndrome de Burnout se referir ao estresse organizacional, ou seja, 
no ambiente de trabalho, seus sintomas não afetam apenas a vida profissional dos 
indivíduos, mas também a sua vida pessoal (LLOYD, 2017). 
A identificação da Síndrome de Burnout pode ser expressa em três pontos 
centrais: a despersonalização, a falta de realização profissional e a exaustão 
emocional (WILL, 2018 apud OLLHOF; MENEGATTI; AMORIM, 2019). 
Enquanto o Burnout tem a sua etiologia traçada aos elementos do ambiente de 
trabalho, a Fadiga por Compaixão advém diretamente do testemunho e a necessidade 
de um indivíduo de aliviar o sofrimento de outrem e é expresso em um cansaço físico, 
mental e psicológico (LLOYD, 2017; ROCHA, 2016). 
 Ao longo do estudo das doenças mentais e das diversas edições do DSM, 
houve grandes mudanças no que tange o diagnóstico do estresse pós-traumático, 
15 
 
anteriormente estabelecendo que apenas as vítimas de traumas pudessem 
desenvolver os sintomas descritos, tendo este aspecto sido alterado em sua quinta 
edição, trazendo a esta categoria indivíduos que presenciaram “algum evento 
traumático ocorrido com familiares, amigos próximos, ou por quem é frequentemente 
exposto a detalhes aversivos de eventos traumáticos.” (FIGLEY apud CASTRO, 
2018). 
Por este motivo a Fadiga por Compaixão apresenta os mesmos sintomas que 
o Estresse Pós Traumático Secundário (ROCHA, 2016), que podem incluir: 
recordações ou sonhos intrusivos, angustiantes e recorrentes relacionadas ao(s) 
evento(s) traumático(s), flashbacks dissociativos, sofrimento psicológico intenso eprolongado e/ou reações fisiológicas intensas por exposição a eventos internos ou 
externos relacionado ao(s) trauma(s), alterações de humor – surtos de raiva, 
problemas de confiança em si e nos outros, por exemplo – distúrbios no sono, perda 
de interesse em atividades (APA, 2014). 
 Apesar de semelhantes, os transtornos se diferem principalmente em sua 
origem tendo o Burnout seu foco em exposição excessiva a elementos estressores no 
ambiente de trabalho e o distúrbio pós traumático secundário depende principalmente 
de uma predisposição relacionada a traços de personalidade mais ligados a empatia 
e altruísmo nos indivíduos, podendo ocorrer sintomas após uma única exposição a 
um evento estressante relacionado ao distúrbio (ROCHA, 2016). 
No Brasil, Rabelo(2019) observa que os dois transtornos andam em conjunto, 
onde “há um alto grau de esgotamento emocional associado a um bom nível de 
realização e baixa despersonalização, indicando um cruzamento entre fadiga por 
compaixão e Burnout.” (p.6) 
No Brasil, apesar de ainda faltarem estudos representativos, é indicado como o 
país da América Latina com a maior prevalência de transtornos mentais (SIQUEIRA, 
2010 apud ABREU et al, 2015), este fato aliado a propensão de médicos veterinários 
a desenvolverem transtornos como o Burnout e a Fadiga por Compaixão, faz com que 
seja necessário tanto um trabalho de prevenção como de promoção da saúde mental 
deste grupo, visto que os transtornos emocionais “representam um elevado custo 
emocional, tanto para a pessoa quanto para familiares e cuidadores” 
(MIHALOPOULOS et al, 2011 apud ABREU et al, 2015). 
 Além das causas já citadas acima, há também uma grande diferenciação entre 
os médicos veterinários e o restante dos profissionais de saúde: a eutanásia. O 
16 
 
constante contado com a morte dos animais, aliado à nova significação dos pets nos 
dias atuais coloca um novo peso sobre os ombros dos veterinários (FRANK, 2017). 
 Um dos principais aspectos a serem ressaltados referente à inaptidão 
emocional que muitas vezes acomete o médico veterinário é a morte e o luto, elemento 
bastante presente em uma profissão que lida com animais com expectativas de vida 
bastante inferiores à média dos seres humanos e, de acordo com Starzewski et al. 
(2005), “quando se treina para curar e salvar vidas, o profissional sente-se angustiado 
ao reconhecer que a sua profissão o obriga a conviver com a morte” (apud LESNAU, 
2013). 
 O sentimento de impotência que pode muitas vezes acometer estes 
profissionais e estudantes são referidos por Lana e Passos (2008) com um evento que 
eventualmente acomete a todos os profissionais da área da saúde. Entretanto, a 
natureza inescapável do sentimento deveria ser precedida por um preparo psicológico 
(apud LESNAU, 2013), ainda em grande falta nas ementas de formação, e não pelo 
sentimento de fatalismo que muitas vezes acomete os profissionais de saúde, que se 
distanciam cada vez mais de seus paciente, transformando um trabalho em que a 
empatia e o cuidado do outro é tão necessário em algo automatizado. 
 Apesar de não haver uma conscientização geral referente ao desenvolvimento 
de transtornos mentais decorrente dos aspectos emocionalmente negativos de 
profissionais de saúde, responsáveis pelos cuidados de outros, existem sérias 
consequências não apenas para o indivíduo em questão, mas para seus familiares, 
amigos próximos e até mesmo seus pares no ambiente de trabalho (STAMN, 2010). 
 É importante também ressaltar que realizar uma avaliação de tais aspectos se 
prova bastante complexo, visto que além de considerar os aspectos do ambiente de 
trabalho, considera as características individuais do indivíduo (STAMN, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3 METODOLOGIA 
 Partindo do pressuposto que uma grande parcela dos Médicos Veterinários do 
Brasil é acometida por algum tipo de transtorno psicológico, assim como os estudantes 
universitários do mesmo curso, o presente trabalho tem o propósito de atuar de forma 
tanto preventiva como visando a promoção da saúde mental deste grupo específico 
assim como fornecer um suporte aos tutores em situações de doença grave, crônica 
ou luto no enfrentamento destas situações 
Para tanto a atuação junto à Clínica Escola de Medicina Veterinária da 
Unversidade Pitágoras-Unopar e à clínica veterinária particular Clinovet onde foi 
realizado o estágio baseou-se no acolhimento do sofrimento dos tutores em casos de 
morte e doença crônica ou grave, conscientizando-os a respeito do processo de 
eutanásia e ajudando-os a lidar com o processo de adoecimento de seus animais 
assim como intervenções visando a saúde mental do médico veterinário. Nestas 
últimas incluíram-se conversas sobre saúde mental – incluindo fatores de risco para 
os transtornos com maior incidência nesta categoria de profissionais, as supracitadas 
Síndrome de Burnout e a Fadiga por Compaixão – assim como a aplicação de técnicas 
de relaxamento – em casos de alunos com elevados níveis de estresse em situações 
de pré-cirurgia da Clínica Escola de Medicina Veterinária. 
O caráter pontual das atuações do estagiário de psicologia no campo de estágio 
e também o teor de sua prática – a adaptação e também o enfrentamento da situação 
de crise na qual os indivíduos estão inseridos – se assemelha grandemente com as 
práticas de um Psicólogo Hospitalar (CANTARELLI, 2009 p.139). 
Cantarelli (2009 p. 138) aponta que um psicólogo hospitalar atua ativamente 
através da “preparação do paciente para procedimentos[...], auxílio ao enfrentamento 
da doença e seu tratamento”. Estes procedimentos se mostraram os mais eficazes 
também na atuação do estagiário de Psicologia junto aos tutores. 
Já em relação aos médicos veterinários, onde a atuação pôde ser mais 
longitudinal as intervenções basearam-se na psicoeducação referente a temas que 
aparecem constantemente em sua rotina profissional. 
Ao fim do período de intervenção foi elaborado um cartaz com recomendações 
aos médicos veterinários (Apêndice 1) com orientações referentes à prevenção e 
promoção de sua saúde mental. Dentre as informações incluídas no cartaz constam 
maneiras de identificar sintomas tanto da Síndrome de Burnout como a da Fadiga por 
compaixão, algumas orientações sobre o estabelecimento de vínculo com os tutores 
18 
 
dos animais – visto que não há muito ensino ou treinamento sobre tal elemento 
durante a formação desses profissionais (LESNAU; SANTOS, 2013) – assim como 
algumas medidas de profilaxia para evitar a incidência destes transtornos nos médicos 
veterinários. 
No cartaz foi inserido um dado da OMS (2000) referente à taxa de suicídio dos 
médicos veterinários afim de indicar a necessidade de intervenções psicológicas no 
ambiente da medicina veterinária 
Para fornecer as informações outras do cartaz foram utilizados principalmente 
os conteúdos produzidor por Frank (2018), relatando comportamentos da Síndrome 
de Burnout, tendo sido selecionados os mais relatados pelos médicos veterinários e 
estudantes ao longo das intervenções no campo de estágio, sendo estas: Dificuldade 
em se concentrar, falta de cuidado com os animais, falta de paciência com os clientes, 
alterações de humor, falta de confiança e conflitos na equipe, má disposição, dores 
de cabeça e insônia. 
Também foi inserida no cartaz uma técnica de relaxamento adaptada de 
Marques (2016) que consiste em uma respiração compassada. Na bibliografia 
recomenda-se respirar em uma contagem até 6, no entanto foi realizada uma 
alteração com uma contagem até 4, incluindo duas contagens – uma com os pulmões 
cheio de ar e uma com os pulmões vazios. 
As informações sobre a Fadiga por Compaixão foram retiradas dos trabalhos 
de Rocha (2016), aliando-se a alguns conceitos de Frank (2018), dando foco não a 
parte técnica presente no DSM, mas em sintomas observáveis afim de aumentar aconsciência dos médicos veterinários referente a este transtorno pouco divulgado no 
Brasil. 
Os indicativos de profilaxia também foram retirados com base nos trabalhos de 
Frank (2018) no que se refere à relação com os colegas de trabalho e comportamentos 
de autocuidado. Já as informações referentes à relação tutor-veterinário foram 
baseadas nos trabalhos de Moura (2017). 
O cartaz condensou todas as práticas realizadas com médicos veterinários ao 
longo dos 3 semestres de intervenção e, por conseguinte, concluiu a intervenção 
neste campo. 
 
 
19 
 
4 CONCLUSÃO 
 Podemos concluir, portanto, que as relações entre humanos e animais de 
companhia se intensificaram nos tempos contemporâneos – elemento que foi 
constatado durante a prática do campo de estágio – e que estas novas dinâmicas 
relacionais adicionaram uma nova faceta de responsabilidades aos responsáveis 
pelos cuidados e pela saúde dos pets, os médicos veterinários. 
 Além deste novo elemento existem inúmeros fatores estressores que podem 
contribuir para o malefício da saúde mental não só dos médicos veterinários mas 
também dos estudantes universitários que um dia ingressarão em tal profissão, dentre 
eles a má remuneração e a presente convivência com temas como a morte e a 
eutanásia. 
 Atestou-se também o déficit que existe na formação integral do conceito de 
saúde nas graduações do curso de medicina veterinária e apesar das mudanças 
recentes nas ementas e propostas dos cursos há que se trilhar um longo caminho até 
que esta consiga proporcionar a seus alunos uma construção horizontal do ideal de 
saúde, técnico, ético e também humanizado. 
 A presença de um psicólogo neste meio também comprova-se importante, pois 
este sendo um profissional responsável por prezar pelo bem estar psíquico dos 
indivíduos, pode ser um diferencial tanto durante a formação dos profissionais da 
medicina veterinária quanto nos locais de atuação em si, auxiliando no tratamento 
com os tutores em momentos difíceis, capacitando os profissionais e zelando pela 
saúde mental de seu ambiente de trabalho acima de tudo. 
Conclui-se através desta linha de raciocínio que a intervenção do psicólogo no 
âmbito da medicina veterinária pode se dar da mesma maneira que a inserção de um 
psicólogo em um ambiente de hospitais humanos, pois as questões que permeiam os 
dois ambientes são extremamente semelhantes, assim como as relações entre 
médico-pacientes e veterinários-tutores. 
 O presente trabalho apresenta, portanto, como objetivo último, comprovar a 
utilidade e eficiência da psicologia como uma ciência que busca promover saúde 
mental e todos os âmbitos nos quais se insere através de intervenções pontuais e 
embasadas e a necessidade de maior desenvolvimento teórico, técnico e prático que 
normatize esta prática afim de atingir os objetivos desejados com maior eficiência. 
20 
 
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6 APÊNDICE A – CARTAZ DE INTERVENÇÃO DE SAÚDE MENTAL EM 
VETERINÁRIOS

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