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Febres Hemorrágicas
No Brasil, as febres hemorrágicas de maior importância são:
• Etiologia viral
o Dengue hemorrágica/síndrome de choque do dengue (DMF/DSS)
o Febre amarela (FA)
o Síndrome pulmonar e cardiovascular por hantavírus (SPCVH)
• Etiologia bacteriana
o Leptospirose
o Febre maculosa brasileira
o Doença meningocócica
o Febre purpúrica do Brasil
• Etiologia protozoário
o Malária
Dengue
AE: DEN 1, DEN 2, DEN 3, DEN 4 → qualquer sorotipo pode causar doença grave!!!
QC: 
Febre
Dor de cabeça
Mialgia
Artralgia
Dor retro-orbital
Fraqueza
Exantema (20-30%)
Prurido
-87% dos casos são assintomáticos
-Quadro inespecífico no começo
Exame Físico:
•Anamnese: busca ativa de local de sangramento
• Dados vitais
o PA
o FC
o Temperatura
• Estado geral
• Hidratação
• Perfusão
• Prova do laço
o Medir PA e insuflar o manguito até o valor da PAM (PAs + PAd /2)
o Manter durante 5min em adultos e 3min em crianças
o Desinsuflar o manguito e desenhar um quadrado com 2,5cm no local de maior concentração de petéquias. Contar o número de petéquias.
▪ Prova do laço positiva
❖ 20 ou mais petéquias em adultos
❖ 10 ou mais em crianças
Diagnóstico:
Até o 5o dia
• Teste rápido NS1, isolamento viral e PCR
Após 6o dia
• Sorologia ELISA IgM (se NS1 negativo ou não colhido)
• Teste rápido IgG/IgM (15min)
A febre costuma diminuir ou desaparecer entre o 3o e o 7o dia da doença → período crítico!!!
Exames laboratoriais:
• Hemograma
o Obrigatório com prova do laço positiva e sinais de alerta
o Classifica e monitora evolução
o Reforça suspeita de dengue
• Dosagem albumina e proteína sérica
• US abdominal
o Ascite? Derrame pleural?
• Perfil hepático
o Aumento discreto AST e ALT
o Bilirrubinas normais
• Perfil renal
Fatores de risco para casos graves: 
• Re-infecções subsequentes
• Doença crônica
• Idade > 65 anos e < 2 anos
• Gestante
• Diabetes/doenças crônicas
• Hipertensão arterial
• Doença crônica
• Obesidade
Sinais de alerta:
-A maioria dos sinais de alarme é resultante do aumento da permeabilidade vascular, a qual marca o início do deterioramento clínico do paciente e sua possível evolução para o choque por extravasamento de plasma.
• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua
• Vômitos persistentes
• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
• Hipotensão postural e/ou lipotimia
• Hepatomegalia maior que 2cm abaixo do rebordo costal
• Sangramento de mucosa
• Letargia e/ou irritabilidade
• Aumento progressivo do hematócrito
Dengue – avaliação da gravidade:
Tratamento:
• Grupo A (dengue clássica)
o Hidratação oral (60-80ml/kg/dia)
o Sintomáticos (paracetamol)
o Monitoramento de sinais de alerta
o Orientação familiar
• Grupo B (qualquer sangramento)
o Hidratação oral/EV (60-80ml/kg/dia)
o Hemograma urgência
o Repetir hemograma após hidratação. Se hemograma normal, retorno em 24h
o Orientações quanto aos sinais de alerta (escrever e entregar)
• Grupo C (sinais de alerta)
o Internação: hidratação EV (soro fisiológico, ringer)
▪ Adulto 25ml/kg em 4 horas, repetir até 3x.
▪ Criança 20ml/kg/h repetir até 3x
o Monitorar sobrecarga
o Reavaliação/hemograma cada 4hrs
• Grupo D (sinais de choque)
o Hidratação EV imediata inicial
▪ Soro fisiológico 0,9% 20ml/kg em até 20min. Repetir até 3 vezes se necessário!
o Monitorar sobrecarga/adequar volume
o Tratamento do choque
DD: Zika, Chikungunya
O CHOQUE É O QUE MATA NA DENGUE
Febre Amarela
AE: Família flaviridae e gênero flavivírus
Transmissão: 
-Vetores (ciclo silvestre)
o Mosquitos do gênero Haemagogus e Sobethes são os mais importantes na América Latina. No Brasil,
as espécies Haemagogus janthinomys e H. leucocalaenus na copa das árvores.
-Vetores (ciclo urbano)
o Aedes aegypti
Epidemiologia:
-Áreas endêmicas no norte do Brasil.
-Incidência de forma irregular: endêmica na região amazônica e epidêmica nos locais de baixa cobertura vacinal.
-2008/2009 -> nova definição de área endêmica (SP e RS)
Manifestações clínicas:
-Incubação: 1-6 dias
-Evolução bifásica – início abrupto → Remissão: poucas horas a 1 dia!
• Febre
• Calafrios
• Cefaleia
• Mialgia
• Prostração
• Náuseas e vômitos
• Sinal de Faget – febre associada a bradicardia
-Fase toxêmica:
• Volta a febre, vômitos e diarreia (borra de café)
• Insuficiência hepato-renal: icterícia, proteinúria e albuminúria
• Manifestações hemorrágicas: mucosas (epistaxe, otorragia), TGI (hematoquezia, melena)
• SNC: rebaixamento do nível de consciência
• Sinal de Faget: dissociação entre temperatura corporal e frequência cardíaca (febre e bradicardia)
-Óbito: 7o e 8o dia -> letalidade de 50%
Tratamento:
• Antivirais – sem eficácia comprovada
• Suporte – UTI
• Reposição volêmica com cristaloides (dependendo da PVC)
• Diálise
• Bloqueio de H2, IBP (inibidor de bomba protônica) – evitar hemorragias gástricas
• Reposição de fatores de coagulação
Febre Maculosa Brasileira
AE: Rickettsia rickettsii
Transmissão: da picada de carrapatos infectados do gênero Amblyomma.
Epidemiologia: 
-Dois principais ciclos de circulação de R. rickettsii no Brasil
-Alterações ambientais facilitando o ciclo da doença (plantação de cana de açúcar)
-Homem – hospedeiro acidental
QC:
-Exantema maculopapular após 3-5 dias de febre (tardio). Pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias.
-Procurar exantemas em palmas das mãos, pés, tornozelos e punhos.
-Hemorragia conjuntival
-Mialgia
-Hepatoesplenomegalia
-Edema pré-tibial
DD: Leptospirose, arboviroses
Tratamento na suspeita:
• Doxiciclina (preferência)
o Adultos -> 100mg 12/12h 7 dias (+3) VO ou EV
o Crianças < 45kg -> 2,2mg/kg 12/12h, VO ou EV
Ou
• Cloranfenicol
o Adultos -> 500mg 6/6hrs VO 7 dias (+3)
o Graves -> 1g 6/6h EV + 500mg 6/6 por 7 dias
o Crianças -> 100mg/kg/dia 7 dias
• Tratamento precoce
• Ambulatorial ou hospitalar
Diagnóstico:
• Sorologia – imunofluorescência indireta (2 amostras)
o Aumento de titulação 4 vezes entre fase aguda e convalescência
o Óbitos – somente 1 amostra titulação de Ac IgM e IgG
• Microscopia fluorescente em câmara escura – cocobacilos
• PCR real time – de amostras de soro, coágulo, sangue, tecidos
• Isolamento de Rickettsia – inoculação em cultura celular
• Imuno-histoquímica em tecidos (fragmento de vísceras, pele)

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