Buscar

Resumo - ARBOVIROSES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@claimafra – Infectologia med UFOB 
São um grupo de doenças causadas por 
famílias distintas de vírus.
SINAIS INDICATIVOS DE GRAVIDADE: 
Choque circulatório, disfunção do SNC, 
insuficiência renal aguda, Insuficiência 
respiratória aguda, insuficiência hepática 
aguda. 
CARACTERÍSTICAS COMUM: 
Todos vírus de RNA 
Sobrevivência dependente de 
reservatórios naturais (animais ou insetos). 
Os vírus são geograficamente restritos a 
áreas dos reservatórios animais. 
Infecção humana dependente do 
contato com reservatórios animais. 
Alguns vírus podem ser transmitidos entre 
humanos. 
Surtos ocorrem esporadicamente e não 
podem ser previstos. 
Não há tratamento curativo para a 
maioria. 
VÍRUS 
Flaviviridae: dengue, zika e febre amarela 
Anaviridae: Junin vírus – FH argentina, 
machupo vírus – FH boliviano, ganarito 
vírus – FH venezuelana, sabiá – FH 
brasileira. 
Filoviridae: Ebola, marbug. 
Flavivirus: cerca de 60 espécies  30 pode 
causar doenças em humanos. 
Doença sistêmica, com espectro clínico 
amplo, comportamento dinâmico e com 
evolução difícil de prever. 
Inespecificidade da apresentação clínica 
 isso dificulta o diagnóstico. 
Pode-se dividir em três fases: 
1. Febril 
2. Crítica 
3. Recuperação 
EPIDEMIOLOGIA 
A dengue é um problema de saúde 
pública mundial. 
TRANSMISSÃO 
Vírus do gênero flavivirus com 4 sorotipos. 
É transmitido pelo mosquito Aedes 
aegypti – apresenta suceptibilidade e 
capacidade de se tornar infectado pelo 
vírus, além de possuir competência para 
transmissão para os seres humanos. 
O vírus se replica no mosquito por 1 a 2 
semanas antes de poder ser transmitido 
numa próxima picada. O inseto adulto 
vive 1 a 4 semanas e pode picar várias 
vezes ao dia. 
QUADRO CLÍNICO 
Doença febril aguda com duração de 
sete a dez dias acompanhada de pelo 
menos dois dos seguintes sintomas: 
@claimafra – Infectologia med UFOB 
cefaleia, dor retroorbitária, mialgia, 
artralgia, prostração e exantema. 
Associados ou não à presença de 
hemorragias. 
Na anamnese é importante questionar a 
história ou diagnóstico prévio de dengue 
– Paciente em um segundo episódio tem 
maiores chances de evoluir com 
complicações. 
FASE FEBRIL 
Cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, 
artralgia, prostração, enantema 
conjuntival (conjuntivite), exantema, 
náuseas-vômitos, odinofagia, fenômenos 
hemorrágicos leves. 
FASE CRÍTICA 
Aumento da permeabilidade capilar (3º 
ao 6º dia) 
Queda da temperatura, melhora 
sintomática, aumento do hematócrito, 
piora da leucopenia e plaquetopenia, 
derrames cavitários, enantema 
conjuntival, choque, aumento do fígado 
(dor abdmonial em hipocôndrio direito), 
fenômenos hemorrágicos graves. 
FASE DE RECUPERAÇÃO 
Após 48h da fase crítica, o paciente 
experimenta gradual recuperação 
clínica e laboratorial. 
 Episódio prévio de dengue: pacientes 
com história pregressa de sorologia 
positiva para dengue ou 
sintomatologia de dengue sem 
resultado de exame negativo. 
EXAME FÍSICO 
Monitorar dados vitais: PA, temperatura 
axilar. 
Na suspeita de dengue a PA é muito 
importante. 
Focalizar o exame a depender da queixa: 
hepatomegalia, ascite, dor abdominal, 
estado de hidratação, peso, nível de 
consciência, sinais de irritação meníngea 
e prova do laço. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA 
DENGUE 
● Chikungunya 
● Zika 
● Febre amarela 
● Leptospirose 
● Meningococcemia 
● Influenza 
● Sepse bacteriana 
● Rubéola 
● Febre tifoide 
● Malária 
● Ricketsioses 
● Outras febres hemorrágicas 
FISIOPATOGÊNESE 
Aumento da permeabilidade capilar, 
extravasamento do plasma. Isso pode 
levar a derrames cavitários como ascite, 
derrame pleural, hemoconcentração 
(quando hemácias não saem, sai o 
líquido e a hemácia fica lá então 
aumenta o hematócrito). Pode ocorrer 
hipoalbuminemia. 
 
Exemplo de paciente aparentemente 
normal e um com derrame pleural 
@claimafra – Infectologia med UFOB 
 
Marcador de aumento da 
permeabilidade capilar e transudação 
plasmática. 
 
 Também pode ter uma lesão 
hepatocelular com aumento de 
transaminases e aumento de gama GT. 
Aumento da permeabilidade capilar: 
ascite, derrame pleural, aumento do 
fígado, distensão – o fígado pode ser 
palpável e isso se torna um marcador de 
gravidade. 
OBS: O paciente pode ter dengue grave 
sem ter a dengue hemorrágica. 
SINAIS DE ALARME 
● Dor abdominal intensa e contínua → 
Não cessa com analgesia, no 
quadrante superior direito. Ocorre por 
causa do aumento do fígado (edema 
pelo aumento da permeabilidade 
vascular haverá extravasamento 
capilar) com distensão da cápsula 
hepática 
● Vômitos persistentes → Pode haver 
desidratação 
○ Se o paciente estiver com a 
zona crítica da doença, 
perdendo líquido para o terceiro 
espaço, distendendo o fígado, 
fazendo ascite, derrame pleural, 
provavelmente ele está com o 
intravascular depletado. Se 
ainda por cima ele tiver vômitos 
persistentes, ele vai chocar. 
● Hepatomegalia dolorosa - se relaciona 
com dor abdominal intensa e 
contínua. 
● Hemorragias importantes 
(hematêmese, melena) 
○ Fenômeno hemorrágico: não é 
incomum o paciente possuir 
petéquias ou gengivorragia, 
mas por si só não marcam 
gravidade. Seriam mais 
hemorragias maiores, como 
gastrointestinais ou vaginal. 
● Sonolência ou irritabilidade à baixa de 
PA 
● Diminuição da diurese (>6h): indicativo 
de desidratação, hipoperfusão, 
hipovolemia. 
● Indicativos de choque (extremidades 
frias e pegajosas, hipotensão arterial, 
pressão arterial convergente). 
● Desconforto respiratório 
● Hipotensão → como indicar para esse 
paciente quando está hipotenso: 
prostração, suor excessivo, sonolência 
excessiva. 
● Laboratorial: aumento do hematócrito 
(perda de líquido) e queda de 
plaquetas. 
OBS: Pressão de Pulso é a diferença entre 
a sistólica e a diastólica. Nos casos de 
choque circulatório, pode haver uma 
aproximação entre a sistólica e diastólica, 
então a pressão de pulso vai estar 
aproximada. (Geralmente a diferença é 
normal acima de 40). 
DIAGNÓSTICO DA DENGUE 
HEMORRÁGICA 
@claimafra – Infectologia med UFOB 
 Fenômenos hemorrágicos: 
Espontâneos  gengivorragia, 
epistaxe, petéquias ou induzido – 
prova do laço positiva. 
 Evidências de transudação 
plasmática: Hematócrito aumentado 
(>45% em mulheres ou >50% em 
homens ou queda de 20% do 
hematócrito após hidratação 
adequada) ou derrames cavitários 
(derrame pleural, ascite). 
 Plaquetopenia <100.000. 
Prova do laço: mede a sistólica e 
diastólica e depois faz uma média. 
Desenha no braço da pessoa um 
quadrado com 2,5cm de lado e deixa 
insuflado 5 min no adulto e 3 min na 
criança. Se surgir petéquias, conta 
quantas petéquias tem no quadrado. 
Caso seja > ou = 20, prova do laço 
positivo. Fazer se tiver pensando em 
dengue hemorrágica, caso o paciente 
não apresente fenômeno hemorrágico 
evidente para uma confirmação da 
classificação. 
Raio-X de torax ou USG de abdome para 
buscar derrame ou ascite. 
QUANDO PEDIR EXAMES 
- Casos de surtos, não pedir exame para 
qualquer pessoa. 
- Fora do surto talvez pedir de maneira 
mais deliberada. 
- Em todos os casos internados deve pedir. 
- Caso de dúvida no diagnóstico. 
EXAMES 
Anticorpo IgM (depois de 5 dias) 
Isolamento viral – a viermia começa antes 
mesmo da clínica. Então no início faz-se o 
diagnóstico microbiológico. 
TRATAMENTO 
Transfusão plaquetária: Plaquetas abaixo 
de 10.000 (independente de haver 
sangramento ou não), plaquetas abaixo 
de 50.000 se houver sangramento 
associado. Caso seja discreto, como 
gengivorragia ou epistaxe pode-se 
observar. 
Dipirona de 500mg a 2g de 6/6h  
intercalar com paracetamol se o 
paciente seguir com dor. 
1. Avaliação geral: História, exame 
físico, hemograma, testes para 
confirmaçãoo do diagnóstico, perfil 
hepático,eletrólitos, ureia, 
creatinina, lactato, enzimas 
cardíacas e ECG. 
2. Avaliação da gravidade: 
Determinar a fase (febril, crítica ou 
de recuperação), investigar se há 
sinais de alarme, determinar se há 
necessidade de hospitalização.
 
 
3. Intervenção terapêutica: Notificar 
o caso, decisões quanto ao 
tratamento – Definir grupos A, B e C. 
GRUPO A 
S/ sinais de alerta, capazes de manter 
boa ingesta hídrica. 
Os pacientes desse grupo poderão ser 
atendidos nas unidades básicas de 
saúde: Reavaliados diariamente, até 
saírem da fase crítica, avaliar hit e sinais 
de alarme, encorajar hidratação oral, 
sintomáticos – evitar AINES, retorno 
mediato ao hospital em caso de piora 
@claimafra – Infectologia med UFOB 
clínica, dor abdominal severa, vômitos 
persistentes, sinais de choque, letargia e 
irritabilidade, sangramento importante e 
ausência de diurese>6h. 
GRUPO B 
Com Sinais de alerta/alarme 
Condições complicadoras: grávidas, 
idosos, obesos, DM, anemias hemolíticas. 
O ideal é o tratamento intra-hospitalar. 
Com sinais de alarme: Hidratação IV 
agressiva – reavaliação constante. 
Sem sinais de alarme: Hidratação VO ou 
IV, reavaliação clínica e laboratorial. 
GRUPO C 
Dengue grave: paciente com choque, 
hemorragia intensa, tem 
comprometimento orgânico grave. 
Devem ser internados em UTI. 
QUANDO DAR ALTA 
● Ausência de febre por 24 horas, sem 
uso de antitérmicos 
● Melhora clínica evidente 
● Hematócrito normal e estável por 24 
horas 
● Plaquetas em elevação e acima de 
50.000 células/mm3 ( um dos sinais 
mais importantes) 
● Pressão arterial estável por 24 horas 
derrames cavitários, se houver em 
reabsorção e sem repercussão clínica 
Infecção subclínica, síndrome febril 
inespecífica, doença grave: febre, 
icterícia, IRA e hemorragia. 
PERÍODO DE INFECÇÃO: 
3 a 4 dias. Febre, mal-estar, cefaleia, 
fotofobia, lombalgia, mialgias, anorexia, 
náuseas, vômitos e prostração. 
Leucopenia (1500 a 25000) e aumento 
das transaminases. 
PERÍODO DE REMISSÃO: 
Dura cerca de 48h. Melhora sintomática 
15% passa para o período de intoxicação. 
PERÍODO DE INTOXICAÇÃO: 
 Começa entre o 3º e 6º dias. Retorno da 
febre, dor epigástrica, icterícia, oliguria e 
diátese hemorrágica. Letalidade de 20 a 
50%. 
Causa doença febril e aguda com 
poliartralgia e artrite. 
EPIDEMIOLOGIA 
É endêmica na África e se espalhou 
amplamente em 2004 na índia, regiões 
banhadas pelo índico e por outras partes 
da ásia. 
Era considerada uma doença tropical até 
que ocorreu um surto na Itália em 2007. 
Desde 2013 a doença se espalhou no 
continente americano. 
TRASMISSSÃO 
Transmissão por vetor. 
Nasocomial (sangue contaminado) e 
vertical – 48,7%. 
O VÍRUS 
Virus RNA de fita única – alphavirus. 
@claimafra – Infectologia med UFOB 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
INFECÇÃO AGUDA 
Artralgias ou artrire são o sinal/sintoma 
inicial em 70% dos casos 
Febre, cefaleia, mialgias, conjuntivite e 
linfadenopatia cervical (9-41%). 
OBS: Cuidado com o diagnóstico de 
artrite, pois muitos pacientes com 
artralgia irão dizer que a articulação está 
inchada e isso pode te influenciar no 
diagnóstico. 
 
Articulações acometidas na fase aguda e 
crônica. 
SINTOMAS PERSISTENTES: 
O paciente costuma ter esses sintomas 
articulares persistentes em locais que já 
foram acometidos na fase aguda. 
A duração dessa fase varia em diferentes 
estudos, mas já foi demontrado pacientes 
com sintomas de até 3 anos. 
Artralgia, artrite, tenossinovite, rigidez 
matinal, fenômeno de Raynaud (20% dos 
casos), cioglobulinemia. 
COMPLICAÇÕES SEVERAS: 
Habitualmente ocorrem dentro da fase 
aguda ou logo em seguida. 
Insuficiência respiratória, 
descompensação, miocardite, lesão 
hepática aguda, envolvimento 
neurológico – (meningoencefalite, 
Guillain-Barre), perda auditiva 
neurossensorial, uveíte e necrose de pele 
do nariz. 
INFECÇÕES SUBCCLÍNICAS: 
depende do local. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Dengue, zika, artrite reumatoide 
soronegativa (devido à rigidez matinal), 
febre tifoide, leptospirose, malária, 
meningococcemia, rubéola, 
mononucleose, parvovirose, HIV agudo, 
rickettsiose. 
DIAGNÓSTICO 
- Até o 5 dia, pedir isolamento viral. 
- Sorologia IgM após o 5 dia 
 
TRANSMISSÃO 
Pela picada do mosquito infectado. 
Vertical – intrauterina. 
Aleitamento – ainda não descrito. 
Sexual – já foi descrito. 
Hemoderivados. 
Acidente ocupacional. 
Transplante de órgãos. 
@claimafra – Infectologia med UFOB 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Período de incubação de 2 a 14 dias, 
duração da doença de 2 a 7 dias. 
O vírus é detectado no sangue por até 
uma semana. 
Adultos: 75 a 80% são assintomáticos. 
Febre baixa, exantema maculopapular, 
artralgia (pequenas articulações das 
mãos e pés), conjuntivite, mialgia, 
cefaléia, dor abdominal e astenia. 
Menos comum: dor abdominal, náuseas, 
vômitos, úlceras mucosas e prurido. 
Na gravidez está associada a 
microcefalia, perda fetal no 1º trimestre. 
Sendo o maior risco de malformações em 
grávidas infectadas no primeiro trimeste. 
Pode haver evolução para Guillain Barré: 
Doença desmielinizante ou de 
degeneração axonal – Fraqueza 
muscular, arreflexia/hiporreflexia, não tem 
tempo de ter atrofia muscular e 
fasciculações, mas pode ter défict de um 
pouco da força e hiporreflexia/arreflexia. 
DIAGNÓSTICO 
Caso confirmado: Confirmação 
laboratorial: detecção do RNA viral 
(sangue ou outras amostras), detecção 
de antígeno sérico e detecção de IgM. 
RT-PCR: positivo em um breve período (3 a 
7 dias). 
IgM: 4 a 7 dias após o início dos sintomas.

Outros materiais