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1- Devem procura na internet. 2- A produção é a transformação de entradas (inputs) em saídas (outputs). As entradas são os recursos necessários para a realização da produção, sendo as mais tradicionais: instalações, capital (dinheiro), mão de obra, tecnologia, informações e matéria-prima. Já as saídas são os resultados da transformação realizada no processo produtivo e geralmente são caracterizados por produtos (bens), serviços e informações. A produção é um processo de criação de valores 3- Algumas práticas de colaboração (atuação em rede) aplicadas junto à decisão de localização da instalação: Cluster: é o agrupamento de empresas similares em uma determinada região, que tenham as mesmas características econômicas e com um objetivo comum de competitividade. 4- O ciclo PDCA é a base para a realização de plano de ação para a melhoria contínua, sendo formado por quatro etapas: Planejar, fazer, checar e agir. O ciclo PDCA, sendo formado pelas quatro palavras em inglês: Plan, Do, Check e Action. A ideia é que em toda melhoria a ser realizada na organização siga as etapas do PDCA, ou seja, antes de agir é necessário planejar as metas e os métodos para atingi-las, depois preparar e treinar as pessoas envolvidas para que possa executar a tarefa/ação conforme planejado. Durante e depois, a execução deve acompanhar e comparar o resultado perante o planejado. E, por último, dar sequência no processo, agir positivamente e manter o ciclo contínuo (por isso é representado através de um círculo). Isso significa, se os resultados não foram os planejados e esperados deve-se tomar uma ação corretiva, mas também, se os resultados foram os planejados (assim mesmo), deve-se pensar em melhorar. Em uma produção, a busca pela melhoria continua é fator primordial para melhores resultados (eficiência e eficácia). 5- Planejamento, programação e controle da produção (PPCP) É uma forma de organização e melhor utilização dos recursos produtivos. Tubino (2010) estabelece algumas atividades básicas do PPCP, sendo a primeira delas o planejamento estratégico da produção, que consiste em estabelecer um plano de produção para determinado período (longo prazo), segundo as previsões de demanda e a disponibilidade de recursos financeiros e produtivos. O autor, em um segundo estágio, descreve a necessidade em estabelecer um plano mestre de produção (PMP) de produtos finais, detalhado no médio prazo, a partir do planejamento estratégico da produção, com base nas previsões de demanda e dos pedidos já confirmados após a realização do planejamento é necessário realizar a programação da produção, a qual estabelece no curto prazo quanto e quando comprar, fabricar ou montar de cada item necessário à composição dos produtos finais. E em um último estágio buscando uma melhor gestão, realizar o acompanhamento e controle da produção, através da coleta e análise dos dados, buscando garantir que os objetivos sejam executados a contento. O objetivo do PPCP é fornecer informações necessárias para o dia a dia do sistema de manufatura reduzindo os conflitos existentes entre vendas, finanças e chão de fábrica. O objetivo principal do PPCP é coordenar o processo produtivo, transformando as informações em resultados de forma a satisfazer os consumidores com produtos e serviços e gerando lucros para a organização. O PPCP é um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa. P – Planejamento da Produção: é o processo lógico que descreve as atividades necessárias para ir ao ponto no qual nos encontramos até o objetivo definido. O planejamento é a diretriz da produção. Envolve atividades que determinam quais são as quantidades a serem produzidas, os volumes de materiais a serem empregados e os recursos necessários para a produção ao longo de um período que pode abranger meses ou anos. P – Programação da Produção: a programação é o que determina o cronograma detalhado da produção ao longo de um período que pode abranger semanas ou dias. Envolve atividades que determinam os volumes; quantidade de trabalho alocado para um centro de trabalho/recursos; sequenciamento e determinação da propriedade de tarefas a serem desempenhadas; determinam o tempo de início e término de cada tarefa. C – Controle da Produção: atividades que visam à coleta dos dados reais do processo produtivo com a finalidade de determinar desvios e possibilitar ações preventivas e/ou corretivas. Estes desvios podem ser utilizados para identificar possíveis problemas na produção para uma máquina, ordem de produção, lote ou ainda ser utilizado como um dado consolidado para identificar tendências. O verdadeiro objetivo do controle é confrontar os dados reais com os dados de planejamento e analisar os resultados obtidos. O PPCP é responsável por responder: O que produzir? Quando produzir? Onde produzir? Como produzir? Quanto produzir? Com o que produzir? Com quem produzir? 6- Lean Manufacturing: ou produção enxuta, é uma filosofia operacional que visa à eliminação dos desperdícios e criação de valor. Princípios fundamentais da filosofia lean: 1. Valor: identificar o valor do ponto de vista do cliente. O que é importante para o cliente? 2. Fluxo de valor: entender o que realmente agrega valor em cada processo. Identificar o fluxo de valor e os desperdícios. Conhecemos detalhadamente nossos fluxos de valor? 3. Fluxo contínuo: estabelecer o fluxo contínuo de informações e materiais. Existem momentos em que o material ou informação para? Por quê? 4. Sistema puxado: fazer somente aquilo que é solicitado pelo cliente. Os produtos são produzidos somente quando necessários? 5. Busca da perfeição: melhorar, melhorar e melhorar. Sempre! Mas o que é valor? Quando falamos em valor dentro da filosofia lean, não estamos nos referindo a valor financeiro, e sim a valores sob a ótica do cliente. Valores são as especificações explícitas ou implícitas que o cliente faz. Exemplo: menor custo, menor prazo de entrega, pontualidade, qualidade, estética, diversidade de modelos, ergonomia etc. 7- Para as demandas dependentes usualmente é utilizado o Material Requirement Planning (MRP), que calcula as necessidades em função da demanda independente. Geralmente o MRP funciona em função de softwares, devido à quantidade e complexidade dos produtos a serem produzidos e consequentemente gerenciados. O MRP, ou, MRP I é uma sigla referente às palavras, em inglês material requirement planning, que pode ser traduzido como planejamento das necessidades de materiais. O MRP surgiu da necessidade de se planejar o atendimento da demanda dependente, considerando informações oriundas da área de suprimentos (compras, recebimento e estoque). É um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em programação da necessidade de seus componentes. A partir do conhecimento de todos os componentes de um determinado produto e os tempos de obtenção de cada um deles, podemos calcular o quanto e quando se deve obter de cada item, de forma que não haja falta e nem sobra no estoque. O MRP surge como um sistema de apoio às decisões, respondendo algumas perguntas básicas: O quê? Quanto? Quando? Para que o MRP funcione são necessárias informações que alimentem o sistema. As entradas envolvem outras ferramentas que serão trabalhadas mais a frente, mas basicamente envolve as informações: demanda (independente), estrutura do produto (como o produto é composto); prazos (lead time) e quantidade atual do estoque. O MRP processa estas informações e as transforma em ordens de compra e produção (montagem e fabricação), e em ajustes referentes aos desvios da produção. 8- Ergonomia é o estudo paraa adaptação do ambiente e das condições ao homem. Assim, num contexto de gestão da produção, é um estudo para adaptar as condições de trabalho ao trabalhador (não o contrário), ou seja, como posso gerar melhores condições de trabalho para minha mão de obra? Estuda o complexo formado pelo operador humano e seu trabalho. Ergonomia Física: contempla as características da anatomia humana (estruturas e sistemas do corpo humano), antropometria (proporções e medidas das diversas partes do corpo), fisiologia (funções e funcionamento normal dos seres vivos) e biomecânica (mecânica dos organismos vivos) em sua relação com a atividade física. Os tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde. Ergonomia Cognitiva: contempla os processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora, conforme afetam interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem carga mental de trabalho, tomada de decisão, performance especializada, interação homem computador, estresse e treinamento, conforme estes se relacionam aos projetos envolvendo seres humanos e sistemas. Ergonomia Organizacional: contempla a otimização dos sistemas socio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, cultura organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade. A ergonomia, quanto à sua abrangência, pode avaliar o posto de trabalho e o sistema produtivo, podendo incluir questões referentes inclusive ao leiaute. Os estudos partem de um processo estruturado denominado de Análise Ergonômica do Trabalho (AET), que devem considerar a realização real da tarefa. 9- Automação pode ser definida como os processos controlados e executados por meio de dispositivos mecânicos ou eletrônicos, substituindo o trabalho humano. Basicamente podemos pensar em soluções de automação do fluxo de materiais e/ou no fluxo de informação. No fluxo de materiais, a automação pode ser através de veículos e equipamentos para movimentação, tais como: monovias eletrificadas (como se fossem teleféricos), AGV (Veículos Automaticamente Guiados), esteiras, entre outros que possibilitam o fluxo contínuo, sortimento (separação) e redistribuição automáticos dos materiais e/ou produtos. Ainda pode-se pensar em automação do fluxo de materiais no processamento, em que podem ser citados como exemplos: centros de usinagem (máquina-ferramenta que utiliza ferramentas de corte para confecção de peças / produtos), e “robotização” (robôs fazendo uma operação que anteriormente era humana, exemplo: solda, pintura, etc.). No exemplo da montadora de veículos citada anteriormente, boa parte dos componentes do carro é unida através de solda, as quais são realizadas através de robôs, e também possui um sistema de pintura automatizada (robôs + transportadores contínuos). No fluxo de informações a automação pode ser aplicada para o planejamento, programação e controle da produção, auxiliando em processos relativos a: sequenciamento da produção (sequência e alocação dos recursos produtivos), controle de estoques, emissão de ordens de compra e produção, controle da capacidade produtiva e quantidades produzidas, controle de paradas de máquinas e manutenção etc. É comum a integração entre a automação do fluxo de materiais e de informações. Como exemplo, podemos citar uma empresa que produz peças para aviões, em que os desenhos são feitos em sistemas informatizados (CAD), e sequencialmente são transformados em código de software que serão transferidos para máquinas controladas por computadores (CAM) como centro de usinagem. Na máquina é colocado um bloco de material bruto (alumínio, aço etc.) e, devido à programação e ferramentas existentes no equipamento, tem-se como resultado uma peça ou produto. Com a automação há uma tendência para o aumento da produtividade e redução de custos, no entanto, são necessários altos investimentos iniciais e pode ocasionar desemprego gerado pela não necessidade de pessoas no processo. 10- No contexto de produção, arranjo físico também pode ser chamado de layout, palavra que já existe na língua portuguesa, sendo escrita de forma idêntica à da leitura da palavra inglesa: leiaute. Em gestão da produção, o arranjo físico ou leiaute (layout) de uma operação produtiva nada mais é que a maneira pela qual serão posicionados os recursos de transformação, ou seja, decisões de onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e o pessoal da produção (postos de trabalho). O leiaute determina como os processos irão fluir, e suas mudanças implicam em alterações no fluxo e na produtividade, afetam os custos e a eficácia geral da produção. Um leiaute projetado de maneira incorreta pode levar a fluxos relativamente longos e confusos, estoques, filas de espera de clientes, tempos mais longos de processamentos, altos custos etc. Qual a finalidade do desenvolvimento e das melhorias no leiaute? Podemos elencar as seguintes: • Para melhor adaptar as pessoas ao ambiente (conforto e segurança). • Para agrupar as pessoas segundo a natureza da atividade a ser desempenhada. • Para melhor organizar os móveis, máquinas, equipamentos e matérias-primas. • Racionalizar os fluxos de fabricação ou de tramitação de processos. • Racionalizar a disposição física dos postos de trabalho, aproveitando todo o espaço disponível. • Minimizar a movimentação de pessoas, produtos, materiais e documentos dentro do ambiente organizacional. • Facilitar a supervisão e permitir o controle da quantidade e da qualidade. • Permitir a flexibilidade (capacidade para absorver alterações/ variações) e a expansão da capacidade produtiva. • Impressionar, favoravelmente, clientes e visitantes. Pensando em eliminar desperdícios, principalmente de tempo e, consequentemente, financeiros, empresas vêm adequando os leiautes (sempre que possível) para um sistema baseado em célula, no qual todos os recursos transformadores (necessários para atender às suas necessidades imediatas) se encontram em uma única área. Depois de serem processados na célula, os recursos transformados partem para outra célula. Um exemplo é a produção de aparelhos telefônicos móveis (aparelho celular), que possuem células para a montagem, configuração e embalagem (em um único lugar se encontram todos os recursos necessários para a montagem, em outro, todos os recursos para configuração etc.). As células exigem a movimentação do produto e do operário, que atua em diversos postos e que, necessariamente, torna-se polivalente. Esse arranjo físico também pode ser considerado um tipo básico. Células de Produção: vai além do arranjo físico, visa à integração de atividades produtivas, transformando-as em pequenas unidades de manufatura e/ou serviços.
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