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PERFIL DO ALUNO DEFASADO E RECOSNTRUÇÃO DA AUTOESTIMA

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NOME: Ana Cristina Dias
CPF: 002.648.171-50
Email: nicassialua@hotmail.com
RESPOSTAS
1 – Na Teoria do Bloqueio Emocional o indivíduo por não querer se mostrar por medo do fracasso, não participar de eventos por ter medo de ficar mal,  pavor de ser rejeitado ou não aceito. Esse indivíduo demonstra ter vergonha, ausência de motivação, pessimismo e incapacidade de vislumbrar soluções diante de um obstáculo. Dessa forma o medo, a insegurança e os sentimentos de inferioridade são os sintomas mais frequentes do bloqueio emocional. Quando pensamos no fracasso escolar podemos compreender que a partir do entendimento de que o aluno não consegue evoluir nos estudos e será reprovado, gera o sentimento de incapacidade, que implicará, cada vez mais, no sentido de inferioridade do aluno e em sua desistência em continuar tentando buscar suas realizações.
2 – Ao lermos os três primeiros capítulos deste estudo, concordamos com as colocações de que o aluno defasado, em geral, é fruto do sistema educacional de má qualidade. Daquele que possui gestores incompetentes, indicados politicamente; daquele cujos professores não aprenderam a trabalhar com os alunos reais e são incapazes de fazê-los aprender, por desconhecer métodos, técnicas e estratégias diferenciadas e inovadoras de ensino, que sabem apenas repassar informações memorizadas ou lidas dos livros didáticos. Concordamos também que cada um dos membros da Escola tem sua parcela de contribuição nesse processo: o diretor, por priorizar os aspectos administrativos, relegando os pedagógicos, desconhece o que ocorre em sala de aula; desconhece como seu professor trabalha, como trata os alunos, como interage com eles; sabe apenas que são assíduos (quando o são) pois o controle da frequência é rigoroso; que cumprem o planejamento (o controle do Diário de Classe é rígido); e isso lhe basta. O professor cumpre o planejamento em geral imposto pela direção, registrando diariamente o “conteúdo ministrado (quando o faz), caso contrário sofre represálias por não estar em dia”; se o aluno não aprende, não é problema seu, pois não pode “perder tempo” com os maus alunos, já que tem contas a prestar se o conteúdo não está em dia. O coordenador preocupa-se com a disciplina, em geral; alunos que lhe são encaminhados por professores que não os controlam em sala de aula; reza-lhes um sermão; deixa-os de castigo; faz advertências; repassa aos pais a responsabilidade pela indisciplina e “lava as mãos”. Nunca questiona o motivo da indisciplina; não se interessa pelo motivo das notas baixas e da não aprendizagem desses alunos; a escola está sempre certa: esses alunos não aprendem porque são incapazes, incompetentes e negligenciados pelos pais. É importante observar neste contexto que o professor tem responsabilidade na produção do aluno defasado. É evidente que não são todos os professores e que não se pode generalizar, mas, os professores sabem que, nem sempre, conseguem ensinar a todos os alunos e sabem também que não foram preparados, pelas respectivas faculdades de formação de professores, para ensinar a todo tipo de alunos, somente àqueles que não demonstram dificuldades. Sua dificuldade se traduz em uma intolerância que, de início, desenvolvem em relação aos alunos a quem deveriam se dedicar mais, a devotar maior atenção, a cuidar melhor. Se esses professores entendessem a situação vivida por alunos defasados, ou por aqueles na eminência de se tornarem defasados, e soubessem como trabalhar com esses alunos, poderiam evitar o alto índice de defasagem e contribuir para a melhoria da educação brasileira.
3 – Compreendemos como bullyng um ato de violência que é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima. 
4 - O bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam à tal agressão. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.  
5 – Segundo nosso entendimento, a partir de leituras prévias e do que compreendemos, podemos apresentar como os protagonistas do bullyng:
- Temos a chamada vítima típica, que em geral são tímidas ou reservadas, e não conseguem reagir aos comportamentos provocantes e agressivos dirigidos contra elas. Normalmente são mais frágeis fisicamente ou apresentam alguma "marca" que as destaca da maioria dos alunos: são gordinhas ou magras demais; altas ou baixas demais; usam óculos; deficientes físicos; apresentam sardas ou manchas na pele, orelhas e nariz um pouco mais destacados , usam roupas fora de moda ou orientação sexual diferentes. Temos também a intitulada vítima provocadora, que são aquelas capazes de provocar em seus colegas reações agressivas  contra si mesmas. No entanto, não conseguem responder aos revides de forma satisfatória. Elas, em geral, discutem ou brigam quando são atacadas ou insultadas. Nesse grupo geralmente encontramos as crianças ou adolescentes hiperativos e impulsivos ou imaturos, que criam um ambiente tenso na escola. Sem perceberem, as vítimas "dão tiro nos pés" chamando a atenção dos agressores. Estes se aproveitam da situação para  desviar a atenção para a vítima provocadora, assim os verdadeiros agressores continuam incógnitos  em suas táticas de perseguição.
- Por outro lado temos os agressores, que possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade e, na maioria das vezes, essas características estão associadas a um perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido através da força física ou de intenso assédio psicológico. Quando está acompanhado de seus "seguidores", seu poder de "destruição" ganha reforço exponencial, o que amplia deu território de ação e sua capacidade de produzir novas vítimas.
- Para complementar, temos os espectadores que representam a maioria dos alunos de uma escola. Eles não sofrem e nem praticam bullying, mas sofrem as suas consequências, por presenciarem constantemente as situações de constrangimento vivenciadas pelas vítimas. Muitos espectadores repudiam as ações dos agressores, mas nada fazem para intervir. Outros as apoiam e incentivam dando risadas, consentindo com as agressões. Outros fingem se divertir com o sofrimento das vítimas, como estratégia de defesa. Esse comportamento é adotado como forma de proteção, pois temem tornar-se as próximas vítimas.
6 – Em uma vez mais, o aluno defasado tem sua situação agravada, o que irá provocar traumas, destruir-lhe a autoestima e desconstruir sua capacidade intelectual. 
a) Os professores só compreenderão seu papel em relação aos alunos defasados quando conseguir interagir com esses alunos, quando ouvir esse aluno e entender quais são seus reais problemas.
b) Para compreender que a solução para o problema dos alunos defasados faz parte de seu trabalho e de sua responsabilidade o professor precisa enxergar os alunos “problemáticos” como um indivíduo que necessita da “sua” ajuda. Enquanto esse professor continuar vendo apenas como um “problema” a ser resolvido, continuará se deparando com as mesmas questões e esse aluno não se desenvolverá.
7 – Compreendemos assim a distinção dos três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente, apresentados por Freud:
- Consciente – está mais relacionado aos acontecimentos momentâneos, que envolvem a capacidade de percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias.
 - Pré-consciente – seria uma ligação entre as percepções que farão parte da consciência.
- Inconsciente – se apresenta como informações que não temos presentes em nossa consciência.
8 – A partir da leitura do texto, compreendemos que se a escola e a aprendizagem são causas de sofrimento, o cérebro bloqueia todas as essas experiências ruins então oferece alguns recursos para fugir desse sofrimento. Um desses recursos seriam as doenças psicossomáticas, onde a pessoa começa a apresentar estados de febre, vômitos, diarreia, dores de cabeça,de estômago, intestinais, lombares etc., pois, a dor física, o sofrimento físico, o ser humano suporta, porém a dor moral, de ser reconhecido como não inteligente, incapaz, débil mental, essa não é suportável. Outro “meio” apresentado é o da não aprendizagem. Toda e qualquer informação advinda do ambiente formal de educação deixa de alcançar o consciente do ser humano, o cérebro deixa de registrar essas informações, após as primeiras reprovações a aprendizagem tende a não mais acontecer. E temos também a ativação do inconsciente: essas informações passam a ser armazenadas no inconsciente à espera de um momento em que possam ser resgatadas.
Obs.: Não havia enunciado da questão 09.
10 – Compreendemos como autorrespeito a certeza de que o indivíduo tem valor como pessoa. É uma atitude de afirmação do seu direito de viver e ser feliz, é sentir-se confortável ao expressar de maneira apropriada suas ideias, vontades e necessidades. É também a sensação de que o prazer e a satisfação são direitos naturais.
- A autoeficiência, compreendemos como a confiança que o indivíduo tem em seu funcionamento mental, em sua capacidade para entender os fatos da realidade que pertencem a esfera dos seus interesses e necessidades, autoconfiança e segurança pessoal.
11 – Com a autoestima baixa sente-se mais dificuldade em lidar com desafios, por se sentir incapaz de superar as adversidades; nos relacionamentos interpessoais causa danos por não enxergar em si qualidades para ser estimado, acaba aceitando relacionamentos abusivos ou disfuncionais; nos relacionamento intrapessoal tende a fazer de si o seu maior carrasco. Culpa-se, julga-se, vitimiza-se; Apresenta uma baixa motivação para realizar e/ ou conquistar; apresenta acomodação, não assume riscos por assumir que terá um resultado negativo e acaba estagnado na zona de conforto; ciúmes/ Inveja: por não se sentir apropriado, teme que a pessoa amada perceba “a realidade”. Pela falta de ação, acaba invejando as pessoas que conquistam e realizam; não cuida de si mesmo, nessa situação pode ser fácil negligenciar coisas como sono, comida e exercício quando se tem baixa autoestima, porque não se importa o próprio bem-estar; coloca-se em situações de risco: negligencia a própria integridade física, emocional ou moral; comunicação falha: não diz o que pensa por medo de falar besteira, não sabe dizer não e acaba engolindo sapos, rãs e pererecas; perder oportunidades: por se achar incapaz ou por medo de se expor, deixa passar oportunidades.
12 – Os seis pilares apresentados por Branden (1995) sobre os quais a autoestima se desenvolve são os seguintes:
I - Viver conscientemente: respeitar os fatos, estar por inteiro no que faz, acolher as pessoas como são. É muito importante saber aceitar as diferenças e conviver bem com elas.
II - Autoaceitar-se: desejar viver, ter consciência de suas ações, assumir responsabilidade pelos próprios pensamentos, sentimentos e emoções. Esse pilar deve receber atenção especial por meio de atividades que valorizem as características pessoais de cada aluno e estimulem a criação de laços afetivos entre os colegas de classe.
III - Ter responsabilidade pessoal – assumir as consequências pelas próprias opções e ações; superar os estados de dependência, desamparo, incapacidade e irresponsabilidade. O professor deve estimular e valorizar o que o aluno apresenta, dando-lhe oportunidade e sempre parabenizando de forma pública seus atos positivos. 
IV - Ter autoconfiança – cultivar a autenticidade nos relacionamentos, pautando-os por valores e verdades, sem criar falsas imagens para impressionar ou garantir a aprovação dos outros. Toda a classe deve ser motivada ao respeito mútuo e à amizade para, juntos, construir um clima de confiança recíproca.
V - Ter um propósito de vida – estabelecer metas e objetivos claros, a curto, médio e longo prazo; avaliar planos e ações para alcançar metas. Aqui o professor pode estimular os alunos a fazerem planos e ter esperança de sonhos realizados, além de orientar as famílias a fazerem o mesmo como seus filhos.
VI - Ter integridade pessoal – viver conforme o que se defende, sabe e faz; priorizar a verdade, vivenciar os valores, cultivar a lealdade. Pode-se trabalhar com os alunos de forma que a classe defina regras de condutas e as pratique coletiva e individualmente. 
13 – Para trabalhar a autoestima em sala de aula, várias questões precisam ser ponderadas, desde os objetivos da educação escolar, aos meios de se atingir esses objetivos; a ambiência da sala de aula, ao relacionamento professor-aluno; as técnicas e recursos didáticos; as habilidades pedagógicas do professor; os critérios de avaliação mais justos e coerentes com os objetivos de ensino e com o desenvolvimento do planejamento do professor. É preciso estimular o senso crítico, estimular as habilidades de expressão oral e escrita, e possibilitar o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, de raciocínio lógico. As habilidades específicas do professor na condução do processo de ensinoaprendizagem têm como base de ação a construção de uma autoestima saudável e como meta a aquisição de aprendizagens significativas.
14 – Ao fazer a leitura do texto “A reconstrução da autoestima como processo pedagógico”, compreendemos que é necessário considerar as diferenças individuais consiste no primeiro passo para a reconstrução do “eu” de cada aluno. O professor deve procurar conhecer seus alunos, saber-lhes os nomes, identificar-lhes os interesses, possibilitar-lhes novas descobertas, elogiar-lhes as realizações, estimular-lhes as conquistas. É importante promover um clima de alegria e de segurança para que os alunos possam ter liberdade para aprender. Quando o aluno confia no professor, sabe que terá seu apoio, que pode se arriscar, até errar, que não será alvo da intolerância, nem da impaciência de seu professor e, menos ainda, da gozação de seus colegas, pois ele não permitirá esse comportamento por parte da turma. A partir do momento em que a autoestima começa a se fortalecer, o desbloqueio em relação à escola e à aprendizagem ocorre progressivamente.
15 – Seguem as descrições sobre as oito inteligências múltiplas apontadas por Gardner:
- A inteligência linguística consiste na capacidade de pensar com palavras e de usar a linguagem para expressar e avaliar significados complexos. 
- A inteligência lógico-matemática possibilita calcular, quantificar, considerar proposições e hipóteses e realizar operações matemáticas complexas.
- A inteligência espacial instiga a capacidade para pensar de maneiras tridimensionais, como fazem navegadores, pilotos, escultores, pintores e arquitetos.
- A inteligência cinestésico-corporal permite que a pessoa manipule objetos e sintonize habilidades físicas. É evidente em atletas, dançarinos, cirurgiões e artesões. 
- A inteligência musical é evidente em indivíduos que possuem uma sensibilidade para a entoação, a melodia, o ritmo e o tom. 
- A inteligência interpessoal é a capacidade de compreender as outras pessoas e interagir efetivamente com elas. 
- A inteligência intrapessoal refere-se à capacidade para construir uma percepção acurada de si mesmo e para usar esse conhecimento no planejamento e no direcionamento de sua vida. 
- A inteligência naturalista consiste em observar padrões na natureza, identificando e classificando objetos e compreendendo os sistemas naturais e aqueles criados pelo homem. 
16 – Na proposta de Aceleração da Aprendizagem, o seu primeiro eixo metodológico é a reconstrução (fortalecimento) da autoestima, com foco no aluno, por compreender que, sem o resgate do “eu” desse aluno, qualquer outra iniciativa para levá-lo à aprendizagem seria infrutífera, mais um engodo que serviria apenas para reforçar-lhe a sensação de incompetência e de incapacidade. Se, por meio de atitudes positivas e confiantes na capacidade de cada um deles, o professor consegue fortalecer-lhes a autoestima e resgatar-lhes o desejo de aprender, o êxito do professor, ao desenvolver os demaiseixos metodológicos, será incontestável e o sucesso dos alunos assegurado na continuidade de seus estudos.

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