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RESUMO TDAH

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RESUMO
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) vem sendo discutida muito hoje em dia por trazer problemas significativos de ordem social .Atualmente é considerada uma doença que altera o comportamento e é associada ao baixo rendimento escolar,por conta das inúmeras dificuldades de aprendizagem relacionada a atenção e concentração.sendo o TDAH um transtorno (desajuste) freqüente na idade escolar para denominar uma criança agitada e desatenta.
 Segundo a revista nova escola (2004, ed172),alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação pois estão sujeitas ao fracasso escolar, as dificuldades emocionais e a um desempenho significativamente negativo quando comparados a seus colegas.no entanto,a identificação precoce do problema, seguida de tratamento ,permite que essas crianças possam vencer os obstáculos.Este trabalho é de pesquisa bibliográfica e justifica-se pela preocupação em que grande parte das crianças demonstra esse tipo de comportamento e que muitas vezes o diagnóstico baseia-se em suposições e justificativas quando é preciso um olhar diferenciado como por exemplo um diagnóstico médico com dados da escola,da casa e um histórico familiar que é fundamental para diferenciar o TDAH de uma simples inquietação da infância .Apesar de constantes estudos,a hiperatividade continua sendo um desafio para pais e estes precisam ter um amor ágape para poder ajudar as crianças hiperativas a serem rezilientes e assim terem uma melhor qualidade de vida.
 PALAVRAS CHAVES: HIPERATIVIDADE. RESILIÊNCIA. AMOR.
 INTRODUÇÃO
Cada pessoa tem uma maneira própria de ser, pensar e agir.As pessoas aprendem,conquistam e a partir daí constroem sua individualidade, assim as diferenças logo se destacam :dons, talentos e aptidões.Porém a diferença ainda causa impacto,a aceitação do outro que é diferente do que socialmente considera-se padrão de normalidade,seja na família, seja na escola e na sociedade em geral gera dificuldades para quem necessita ser aceito. Segundo João Guimarães Rosa: “Mire,veja:o mais importante e bonito,do mundo,é isto:que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas-mas que elas vão sempre mudando.Afinam e desafinam.Verdade maior.È o que a vida me ensinou...”. As pessoas que têm algum familiar fora dos padrões impostos pela maioria sofrem com o preconceito e a discriminação, os mesmos se revelam de inúmeras e discretas formas,basta a criança ser mais agitada,distraída demais, ou apresentar, problemas de aprendizagem para que os outros olhem diferente.Na escola isso se torna um problema, pois se não aprendem ou não se comportam de acordo com a grande maioria, as dificuldades de relacionamento tendem a aumentar.Os pais na sua grande maioria procuram o melhor para seus filhos,seja na forma de educar como a ajuda-los a enfrentar os desafios que a vida oferece.Destas ,uma merece atenção especial, exige paciência, perseverança e uma enorme dose de amor por parte dos familiares.A tão falada hiperatividade, cujo a nomenclatura atual é Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade(TDAH).Algumas características são encontradas desde a primeira infância , como a falta de sono ou a condição de dormir sem se agitar o que na primeira infância se caracteriza pelo choro excessivo.As crianças com TDAH,em especial os meninos, são agitados ou inquietos.Frequentemente têm apelido de “bicho carpinteiro”,ligada a 220, eles são fogo,ou algo semelhante.Na idade pré-escolar,mostram agitadas ,mexendo em vários objetos como se estivessem a mil por hora.Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira,falam muito,gritam,e possuem dificuldade para receber e cumprir regras.Porém toda regra tem sua exceção,pois como afirma Iça Tiba,nem toda agitação é TDAH ,existem crianças que falta a palavrinha limite e que na atualidade é procurada pelos pais e reclamada (inconscientemente) pelas crianças.
 
 
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Cada experiência nova que vivemos ativa uma nova série de processos neurológicos, afetivos e cognitivos. Para aprendermos necessitamos de uma condição básica: atenção. Isso reflete diretamente na nossa memória e na aprendizagem.Hoje é muito comum encontrarmos crianças com tempo de atenção reduzido, mas existe ainda crianças que apresentam um transtorno quanto ao tempo de atenção, ou seja apresentam um transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDHA). 
 DEFINIÇÃO E CAUSAS DA HIPERATIVIDADE Conhecido no passado como lesão cerebral mínima, pois acreditava que o distúrbio ocorria em função de problemas durante o parto ou na gravidez.Atualmente, sabe-se que há um componente genético, ou seja, o TDHA é transmitido de pais para filhos.’’Crianças com pais hiperativo têm cinco vezes maior chances de ter a síndrome”.diz Rhode.
 No entanto, o fator genético, fora do contexto, não é suficiente para o aparecimento do transtorno. O diagnóstico no jargão médico, requer adversidades biológicas e psicossociais para desencadeá-la,por exemplo:famílias desestruturada,pobreza, pais alcoólatras , uso do cigarro.O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDHA), é causado por uma disfunção cerebral,que torna a pessoa incapaz de pensar claramente,de ter um humor estável, de manter as fantasias e impulsos sob controle, de estar satisfatoriamente motivada na vida e de regular essa energia na medida correta, dentro das situações em que se encontra.
 Segundo CYPEL (2000.p.130):” As crianças hiperativas e desatentas sempre existiram na humanidade,sem que se constituíssem um grupo reconhecido como apresentando alterações de comportamento.É possível que a educação familiar e os regimes escolares severos e rígidos, anteriores a este século,de alguma forma tenham limitado o aparecimento desses comportamentos ou então os mantivessem contidos.”
 CYPEL afirma que existem alguns fatores que podem desencadear este distúrbio definido como desobediência e falta de limites. Elas podem ser genéticos, por terem lesões e disfunções cerebrais, fatores do meio ambiente e emocionais. Genéticos: conforme estudos realizados, acredita-se que algumas crianças que não apresentam maus tratos, podem desenvolver o problema de origem biológica. Estudando mais as famílias, nota-se que alguns membros são portadores de problemas como depressão, alcoolismo e outros.chegou -se a essa conclusão porque a incidência nestes casos é bem maior quando comparados com pais normais. Lesões e disfunções cerebrais: levantamento também comprova que este distúrbio está relacionado com algum tipo de dano no cérebro, como por exemplo, pessoa que tiveram ,encefalite letárgica;seria como de o cérebro tivesse uma porção de fios interligados e alguns deles não estavam encampados, provocando um curto circuito.
 Disfunção neuroquímicas: seria um funcionamento inadequado do cérebro, isto é, o contato entre um neurônio e outro tem baixa concentração da sustância neurotransmissora suficiente,e os estímulos não são transmitidos de forma adequada.O que se sabe é que o TDAH é muito mais que um transtorno,é uma disfunção orgânica por falta da produção de substancias químicas pelo cérebro.
Mattos (2005,p.42) afirma que :
{...} existem muitas teorias que envolvem os genes relacionados à dopamina,uma substancia existente no sistema nervoso, que permite a comunicação das células nervosas.A noradrenalina também parece estar envolvida.
 
 Dopamina é um neurotransmissor que, como a noradrenalina, é produzida na glândula adrenal. A dopamina tem diversas funções no cérebro, incluindo o comportamento, atividade motora, automatismos, motivação, recompensa, produção de leite, regulação do sono, humor, ansiedade, atenção, aprendizado. Muitos remédios que atuam na dopamina temação favorável em dores de cabeça. Atualmente o TDAH passou a ser associada a doença cerebral com patologias comportamentais motivo pelo qual, alguns pesquisadores começaram a estudar outros caminhos para uma elucidação mais abrangente do problema. Shirley(1939) apontou os traumas natais,Meyer e Byers(1952) apontou a encefalite e outras infecções como o sarampo,Byerr e Lord(1943) a toxicidade do chumbo,Levin(1938) a epilepsia,Blau(1936). Werner e Strauss os transtornos cranianios.No final dos ano 60 muito já era sabido sobre TDAH,mas a falta de nova evidência ligando a síndrome a bases biológicas começou a criar discussões sobre a existência da sindrome.Muitos acreditavam que o transtorno era uma tentativa de livrar os pais da culpa por filhos mimados e mal comportados.Depois deste periodo de incertezas, novas descobertas começaram a ser feitas ligando os problemas associados com o TDAH com certos tipos de neurotransmissores.Em 1970 Kornetsky apud de Stubbe, 2000 prpôs a hipótese de que o TDAH poderia estar ligado a problemas com neurotransmissores como a dopamina e noradrenalina.Mais Carter, Krener,Chadrejian Nortycutt e Wolfe (1995), verificaram que as regiões que estão intimamente associadas ao TDAH quando se estuda o padrão de funcionamento cerebral da distribuião do neurotransmissor dopamina inclui o colículo superior, o tálamo, o lobo pariental, o lobo frontal e o giro cingular anterior.Para melhor compreesão, Swanson,Posner,Cantwell,Wigal, Filipek, Emerson,Tiucker& Nalciogiu (1998) elaboraram um esquema que apresenta de forma simplificada a correlação entre os sintomas do TDAH e as área cerebrais comprometidas (ver quadro), antes o desenho de um cérebro para observamos os locais feito a correlação entre o TDAH e a área envolvida. 
	Sintomas
	Rede Neural
	Dificuldade de sustentar atenção
	Lobo frontal direito
	Não termina as tarefas
	Lobo parietal posterior direito
	Evitam tarefas que requerem esforço mental prolongado
	Lócus cerúleo
	Distrai-se com estímulos alheios
	Lobo parietal bilateral
	Parecem não escutar
	Colículos superiores 
	Falham em manter atenção a detalhes
	Tálamo 
	Responde precipitadamente
	Região cingular anterior
	Interrompe ou intromete em assuntos dos outros
	Região frontal lateral esquerda
	Dificuldade de esperar a vez
	Gânglios basais
Na década de 1980, vários autores como Mattes, Gualtieri e Chelune (1984) apud de Stubbe, especularam sobre o envolvimento dos lobos frontais no TDAH devido à semelhança de sintomas apresentados por pacientes de TDAH e aqueles que sofreram danos aos lobos frontais devido a acidentes ou outros problemas. Em 1984, Lou, Henriksen e Bruhn acharam evidências de uma deficiência de circulação sanguínea nos lobos frontais e no hemisfério esquerdo de pessoas portadoras de TDAH. Todos estes achados foram confirmados em 1993 por Zametkin e col. graças ao desenvolvimento de novas tecnologias como o PET (Tomografia por Emissão de Positrões), que mostravam o funcionamento do cérebro in vivo. Através de exame de PET comparativos entre pessoas diagnosticadas com TDAH e controles, Zametkin notou que o cérebro de pessoas com TDAH tinham um consumo de energia cerca de 8% menor do que o normal e que as áreas mais afectadas eram os lobos pré-frontais e pré-motores, que são responsáveis pela regulação e controle do comportamento, dos impulsos e dos actos baseados nas informações recebidas de áreas mais primitivas do cérebro como o tálamo e sistema límbico. O gene DbH converte a dopamina em noradrenalina e baixos níveis desta enzima no sangue e têm sido associados ao TDAH e ao Transtorno de conduta. Esses estudos vêm a confirmar que não evidenciaram uma participação da serotonina no TDAH. Assim é que os agentes serotonérgicos, como fluoxetina e outros, embora possam ser úteis no tratamento de condições co-mórbidas, como distúrbios ansiosos e depressivos, não possuem efeito sobre os sintomas centrais do TDAH (Anderson, Dover, Yang 2000).
Fatores do meio ambiente:doenças metabólicas infecciosas. 
Alguns estudiosos, ainda incluem as intoxicações exógenas, que podem acontecer com a ingestão de alimentos que possuam aditivos químicos, álcool na gestação, bem como chumbo, que pode causar inquietude e desatenção. Fatores emocionais embora os médicos dêem pouca ênfase a esses fatores ,devemos levantar uma hipótese relevante:se as atividades do sistema nervoso estão diretamente às manifestações emocionais e de comportamento,há uma relação ligada ao distúrbio de TDAH\H. Trabalhando dentro de um estudo,envolvendo a gestação da criança, pode-se perceber que as modificações do comportamento acontece desde cedo( não dormir, chorar muito) e vão ficando cada vez mais difícil (não aceitar regras, correr e falar muito, banalizar o perigo). Ao longo do tempo, aconteceram mudanças dentro da família, e um dos fatores de maior relevância foi a falta de postura dos pais,outrora dominadores e entendidos na questão do limite, hoje são permissivos e acabam sendo manipulados pelos filhos.Portanto se levarmos em conta fatores genéticos, as disfunções cerebrais e lesões, teremos um número bem menor de TDAH. o que vem confirmar que o transtorno esteve escondido por muito tempo.O problema se evidencia dentro da escola onde a criança recebe vários estímulos e precisa acatar regras, e como trabalhar na escola ou mesmo conviver com estas crianças, sem causar danos a ambas as partes Essas crianças são sempre rotuladas de agressivas, desobediente,falam muito,não param no lugar, não fazem a tarefa sem serem pressionadas e na maioria das vezes não tem controle dos seus atos e como é difícil a palavra não para eles. Porém uma sondagem na escola,com a família os mesmos poderão ser diagnosticados e assim tratados.É importante que nenhum diagnóstico seja dado apenas por suposições, hoje em dia muitas crianças são agitadas,não obedecem regras, são rebeldes e os pais por não terem mais controle utilizam-se de chavões justificando o comportamento de seu filho .
 
 CARACTERÍSTICA DA HIPERATIVIDADE.
Estes distúrbios estão ligados a três fatores: falta de atenção ,impulsividade e hiperatividade.A falta de atenção (principalmente em tarefas repetitivas). Faz com que a criança não consiga terminar a tarefa e tem dificuldades em reter informações e comandos. Distrai-se facilmente parece estar no mundo da lua. É mais comum em menina, geralmente não são diagnosticada, pois não incomodam. A hiperatividade e a impulsividade é definido se a criança apresenta :inquietação, dificuldade em permanecer sentada,corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente( em adultos,há um sentimento de inquietação),fala muito,respondem perguntas antes de serem formuladas, dificuldade em esperar sua vez, interrompe e se intromete nas atividades dos outros.dificuldade na organização de tudo que lhe pertence. 
 Essas crianças obviamente não sabem o que se passa com elas, por isso não se justificam e ficam sendo consideradas problemáticas, indisciplinadas, mal – educadas e despertam antipatias entre as pessoas do seu convíveo.As palavras de Luczynski (2002.p.180),explicam isso.
“É uma super estimulação que faz com que a criança hiperativa passe de um estimulo a outro não conseguindo focar sua atenção em um único tópico parecendo que é desligado. Se distrai facilmente com o mínimo de estimulo que alcance sua visão som ou cheiro . 
SÓ O MÉDICO DÁ O DIAGNÓSTICO
Segundo o médico Dr. Paulo Mattos apenas recentemente os estudos científicos delinearam melhor os sintomas, permitindo um diagnóstico mais apurado. Antes, o TDHA era classificado como distúrbio de aprendizado (a grande maioria das crianças com TDHA não tem qualquer problema de aprendizado propriamente dito, apesar de ter problemas em conseguir prestar atenção ou se dedicar a estudar) ou de comportamento (muitas crianças com TDHA ,especialmenteas meninas, não têm”mau comportamento” na escola ou em casa. Mais a importância de um diagnóstico médico com dados da escola, de casa, e um histórico familiar é fundamental para diferenciar o TDHA de simples inquietação da infância diz o neurologista Erasmo Barante Casela. Uma vez diagnosticado, o médico começa o medicamento.Os medicamentos são considerados muito seguros e trazem benefícios enormes em pouco tempo; Segundo especialistas: os benefícios do medicamento são muito maiores que eventuais riscos para o portador do TDAH e são a forma de tratamento mais eficaz.Quando o portador de TDAH está tomando o medicamento( tem sua produção de neurotransmissores regularizado)e juntando a psicoterapia e a modificação do ambiente,traz um melhor resultado.A medicação encontrada no Brasil de maior eficácia é o metifenidato,um estimulante chamado Ritalina. Ele estimula o córtex cerebral a aumentar o fluxo de substancia química-neurotransmissores dopamina e noradrenalina- que inibem áreas responsáveis pela agitação O estimulante funciona como um óculos para o míope,só funciona durante seu uso.A seguir a bula do remédio mais usado atualmente pelos profissionais .
 Apresentação de Ritalina Ritalina - Bula do remédio Ritalina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Ritalina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Ritalina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.
Comprimidos sulcados: emb. comprimidos de 10mg. 
Ritalina - Indicações
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): O TDAH era anteriormente conhecido como distúrbio de déficit de atenção ou disfunção cerebral mínima. Outros termos utilizados para descrever essa síndrome comportamental incluem: distúrbio hipercinético, lesão cerebral mínima, disfunção cerebral mínima, disfunção cerebral menor e síndrome psicorgânica de crianças. Ritalina é indicado como parte de um programa de tratamento amplo que tipicamente inclui medidas psicológicas, educacionais e sociais, direcionadas a crianças estáveis com uma síndrome comportamental caracterizada por distratibilidade moderada a grave, déficit de atenção, hiperatividade, labilidade emocional e impulsividade. O diagnóstico deve ser feito de acordo com o critério DSM-IV ou com as normas na CID-10. Os sinais neurológicos não-localizáveis (fracos), a deficiência de aprendizado e EEG anormal podem ou não estar presentes e um diagnóstico de disfunção do sistema nervoso central pode ou não ser assegurado. Considerações especiais sobre o diagnóstico de TDAH: A etiologia específica dessa síndrome é desconhecida e não há teste diagnóstico específico. O diagnóstico correto requer uma investigação médica, neuropsicológica, educacional e social. As características comumente relatadas incluem: história de déficit de atenção, distratibilidade, labilidade emocional, impulsividade, hiperatividade moderada a grave, sinais neurológicos menores e EEG anormal. O aprendizado pode ou não estar prejudicado. O diagnóstico deve ser baseado na história e avaliação completas da criança e não apenas na presença de uma ou mais dessas características. O tratamento medicamentoso não é indicado para todas as crianças com a síndrome. Os estimulantes não são indicados a crianças que apresentem sintomas secundários a fatores ambientais (em particular, crianças submetidas a maus-tratos) e/ou distúrbios psiquiátricos primários, incluindo-se psicoses. Uma orientação educacional apropriada é essencial e a intervenção psicossocial é geralmente necessária. Nos locais em que medidas corretivas isoladas forem comprovadamente insuficientes, a decisão de se prescrever um estimulante deverá ser baseada na determinação rigorosa da gravidade dos sintomas da criança. Narcolepsia: Os sintomas incluem sonolência durante o dia, episódios de sono inapropriados e ocorrência súbita de perda do tônus muscular voluntário. 
Contra-indicações de Ritalina
Ritalina é contra-indicada para pacientes com: hipersensibilidade ao metilfenidato ou a qualquer excipiente, ansiedade, tensão, agitação, hipertireoidismo, arritmia cardíaca, angina do peito grave, glaucoma, no diagnóstico de tiques motores ou tiques em irmãos, ou ainda, em diagnóstico ou história familiar de síndrome de Tourette. 
Reações adversas / Efeitos colaterais de Ritalina
O nervosismo e a insônia são reações adversas muito comuns que ocorrem no início do tratamento com Ritalina, mas podem usualmente ser controladas pela redução da dose e/ou pela omissão da dose da tarde ou da noite. A diminuição de apetite é também comum, mas geralmente transitória. Dores abdominais, náuseas e vômitos são comuns, e ocorrem usualmente no início do tratamento e pode ser aliviada pela alimentação concomitante. As reações adversas do Quadro são classificadas conforme as seguintes freqüências estimadas: muito comuns ³ 10%; comuns ³ 1% e < 10%; incomuns ³ 0,1% e < 1%; raras ³ 0,01% e < 0,1%; muito raras < 0,01%. Tabela Distúrbios do sangue e sistema linfático Muito raras: Leucopenia, trombocitopenia, anemia Distúrbios do sistema imunológico Muito raras: Reações de hipersensibilidade Distúrbios do metabolismo e nutrição Raras: Redução moderada do ganho de peso durante uso prolongado em crianças Distúrbios psiquiátricos Muito raras: Hiperatividade, psicose tóxica (algumas vezes com alucinações visuais e táteis), humor depressivo transitório Distúrbios do sistema nervoso comuns: Cefaléia, sonolência, tontura e discinesia Muito raras: Convulsões, movimentos coreoatetóides, tiques ou exacerbação de tiques preexistentes e síndrome de Tourette, arterite e/ou oclusão cerebral Distúrbios visuais Raras: Dificuldades de acomodação da visão e visão embaçada Distúrbios cardíacos Comuns: Taquicardia, palpitação, arritmias, alterações da pressão arterial e do ritmo cardíaco (geralmente aumentado) Raras: Angina pectoris Distúrbios gastrintestinais Comuns: Dor abdominal, náusea, vômito, boca seca Distúrbios hepatobiliares Muito raras: Função hepática anormal, estendendo-se desde um aumento de transaminase até um coma hepático Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos Comuns: Rash (erupção cutânea), prurido, urticária, febre e queda de cabelo Muito raras: Púrpura trombocitopênica, dermatite esfoliativa e eritema multiforme Distúrbios dos tecidos musculoesqueléticos e conectivos Comuns: Artralgia Muito raras: Cãibras musculares Distúrbios gerais Raras: Leve retardamento do crescimento durante o uso prolongado em crianças Há relatos muito raros de síndrome neuroléptica maligna (SNM) fracamente documentada. Na maioria destes relatos, os pacientes estavam também tomando outros medicamentos. O papel da Ritalina nestes casos é incerto. 
Ritalina - Informações
Classe terapêutica: Psicoestimulante. O metilfenidato é um fraco estimulante do sistema nervoso central, com efeitos mais evidentes sobre as atividades mentais do que nas ações motoras. Seu mecanismo de ação no homem ainda não foi completamente elucidado, mas acredita-se que seu efeito estimulante é devido a uma estimulação cortical e possivelmente a uma estimulação do sistema de excitação reticular. O mecanismo pelo qual ele exerce seus efeitos psíquicos e comportamentais em crianças não está claramente estabelecido, nem há evidência conclusiva que demonstre como esses efeitos se relacionam com a condição do sistema nervoso central. Ritalina é um composto racêmico que consiste da mistura de 1:1 de d-metilfenidato e l-metilfenidato. Absorção: Após a administração oral, a substância ativa (cloridrato de metilfenidato) é rápida e quase completamente absorvida. Pelo extenso metabolismo de primeira passagem, sua disponibilidade sistêmica é de apenas 30% (11%-51%) da dose. Sua ingestãojunto com alimentos acelera a absorção, mas não tem efeito na quantidade absorvida. Concentrações plasmáticas máximas de aproximadamente 40 nmol/l (11 ng/ml) são obtidas em média 1 a 2 horas após a administração de 0,30 mg/kg. As concentrações plasmáticas máximas variam acentuadamente entre os pacientes. A área sob a curva de concentração plasmática (AUC) e a concentração plasmática máxima (Cmáx) são proporcionais à dose. Distribuição: No sangue, o metilfenidato e seus metabólitos são distribuídos entre o plasma (57%) e os eritrócitos (43%). A ligação com as proteínas plasmáticas é baixa (10% a 33%). O volume de distribuição aparente é de cerca de 13,1 l/kg após dose oral, e o volume de distribuição após dose intravenosa (Vss) é de 2,23 l/kg para o composto racêmico em voluntários adultos saudáveis. Biotransformação: A biotransformação do metilfenidato é rápida e extensiva. As concentrações plasmáticas máximas do principal metabólito diesterificado, o ácido alfa-fenil-2-piperidino acético são atingidas aproximadamente 2 horas após a administração e são 30 a 50 vezes mais altas do que as da substância inalterada. A meia-vida do ácido alfa-fenil-2-piperidino acético é cerca de duas vezes a do metilfenidato e seu clearance (depuração) sistêmico médio é de 0,17 l/h/kg. Apenas pequenas quantidades dos metabólitos hidroxilados (p. ex.: hidroximetilfenidato e ácido hidroxi-ritalínico) são detectáveis. A atividade terapêutica parece ser exercida principalmente pelo composto precursor. Eliminação: O metilfenidato é eliminado do plasma com meia-vida média de 2 horas. O clearance (depuração) sistêmico médio aparente é de 10 l/h/kg após dose oral e de 0,565 l/kg após dose intravenosa do composto racêmico em voluntários adultos saudáveis. Após a administração oral, 78% a 97% da dose administrada são excretados pela urina e 1% a 3% pelas fezes sob a forma de metabólitos, em 48 a 96 horas. Apenas pequenas quantidades (< 1%) de metilfenidato inalterado aparecem na urina. A maior parte da dose é excretada na urina como ácido alfa-fenil-2-piperidino acético (60%-86%.
O tratamento é feito por um período mínimo de dois anos,mas deve durar até a adolescência quando os sintomas diminuem ou desaparecem,graças ao amadurecimento do cérebro,que equilibra a produção de dopamina.
 EFEITOS DO MEDICAMENTO
Embora pais,professores e outras pessoas que convivem com uma criança hiperativa coloquem toda sua expectativa no medicamento é preciso que saibam, os medicamentos só agem nas características básicas do transtorno,ou seja,no controle da atenção,da hiperatividade e da impulsividade.Os outros problemas têm que ser controlado através de intervenções dos pais , professores e muita informação. 
	O QUE O MEDICAMENTO PODE FAZER
	O QUE O MEDICAMENTO NÃO PODE FAZER
	DIMINUIR O NIVEL DE ATIVIDADE
-SENTAR QUIETO POR MAIS TEMPO
-CORRER MENOS
	ENSINAR BOM COMPORTAMENTO
-SUBSTITUI ANTIGOS COMPORTAMENTOS
-ENSINAR A REFLETIR
	
PERMITE CONCENTRAÇÃO POR MAIS TEMPO:
-TRABALHAR DE MANEIRA MAIS PRECISA
-MELHORAR A ATENÇÃO
-PRESTATAR ATENÇÃO AO QUE OS OUTROS FALAM POR MAIS TEMPO
-
	ENSINAR HABILIDADES
-ENSINAR CONCEITOS NÃO APRENDIDOS
-ENSINAR HABILIDADES SOCIAIS
-ENSINAR O QUE É PRECISO FOCALIZAR
	DIMINUIR A IMPULSIVIDADE
-SEGUIR MELHOR AS REGRAS
-POSSIBILIDADE DE PENSAR ANTES DE AGIR
	ENSINAR A LIDAR COM OS SENTIMENTOS
-CONTROLAR A RAIVA
-LIDAR COM A FRUTRAÇÃO
-FAZER A CRIANÇA FELIZ
	DIMINUIR A REATIVIDADE
-MENOS AGRESSIVA
	MOTIVAR A CRIANÇA
-FAZER EXPERIMENTAR NOVAS HABILIDADES
 
Portanto há um enorme caminho para acharmos que todo o comportamento supõe o TDAH.
 DICAS PARA LIDAR COM TDAH
 PARA OS PAIS
 A primeira dica é o amor após paciência, medicação e muita dose de compreensão. Para os pais a preocupação diante do futuro dos filhos é comum. Quando percebem algumas dificuldades como no comportamento, dificuldade no aprendizado e problemas de integração com colegas, essa preocupação aumenta.É importante reconhecer que ninguém é igual a ninguém, mas esquecemos disso na hora de lidarmos com uma criança com TDAH. É freqüente a comparações dos pais com seu filho a outros que, conseguiram se formar,são profissionais brilhantes e famosos(Albert Einstein,Tom Cruise,Salvador Dali, Jim Carrey,Thomas Edson,Wald Disney,Van Goh,Napoleão Bonaparte etc...).Os pais precisam dar instruções positivas, recompensar, planejar, punir adequadamente, construir ilhas de competência e sobre tudo desenvolver uma “atitude Resiliente’.
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Resiliência é um termo originário da Física e significa a capacidade que tem certos materiais de voltar às suas formas originais depois de sofrer alguma ação que modifique a sua forma. A psiquiatria tomou emprestada para significar pessoas que sofrem agressões do ambiente, superam situações difíceis e continuam seu desenvolvimento sem prejuízos significativos.Portanto: Resiliência são forças internas que ajudam a ultrapassar adversidades. A seguir cinco estratégias para ajudar crianças com TDAH a se tomarem mais resilientes
1-Como ensinar e aprender empatia praticando?
Para que crianças possam se comunicar de forma efetiva e estabelecer relacionamentos interpessoais satisfatórios, é essencial desenvolver a empatia.
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e se sentir como ele. 
A empatia influi em todos os relacionamentos, sendo uma habilidade essencial para o contato interpessoal. Mas é muito mais difícil de por em prática do que se pensa .Principalmente quando se está chateado,zangado ou desapontado.Isso é importante quando se fala com a criança .
Quando se escuta com atenção o que eles falam,quando se aprova ou corrige suas colocações tranquilamente,estamos ensinando empatia.
Falar e fazer coisas de uma forma que inspire confiança.
Evitar julgamentos e acusações,que podem levar ao ressentimento.
O desenvolvimento da empatia promove a habilidade para a comunicação interpessoal efetiva. Característica vital de uma mente resiliente.
2-Ensine responsabilidade encorajando a cooperação:
Para o desenvolvimento de um sentimento de competência, é preciso ter amplas oportunidades de assumir responsabilidades ,especialmente as que fortaleçam a percepção de contribuir efetivamente para a sua casa,escola ou comunidade .
Ajudar a perceber sua importância.
3-Ensine habilidades de resolução de problemas e tomada de decisões reforçando a autodisciplina:
Componente essencial da resiliência e da auto-estima é a percepção de que se controla a própria vida. A aquisição de autodomínio necessita que a criança tenha experiências onde possa aprender e aplicar as habilidades de tomada de decisões e resolução de problemas. O uso da habilidade de resolução de problemas é um aspecto importante no processo da aquisição de disciplina com o objetivo de alcançar a autodisciplina. Uma das principais características das crianças com TDAH é sua limitação quanto á autodisciplina ou autocontrole, por isso essas habilidades devem ser fortalecidas. Uma maneira de alcançar esse objetivo é obtendo a participação das crianças no desenvolvimento das regras e das conseqüências, tanto em casa como na escola (elas lembram e seguem com mais facilidade as regras que ajudaram a criar),ajudando o fortalecimento da autodisciplina.Essas atividades fortalecem a criança reforçando seu senso de autocontrole,compromisso,responsabilidade e autodisciplina.
4-Encorajar e dar feedback positivo:
A resiliência é alimentada pela aprovação verdadeira da criança(ela percebe quando é mentira)e a faz sentir-se aceita.Essas pessoas são de onde a criança extrai confiança.
5-Ajudar a lidar com os erros:
O medo de errar e parecer tolo são um dos principais bloqueios no desenvolvimento da auto-estima e da resiliência é importante a ajudar a criança a perceber que os erros são importantes no processo de aprendizagem em casa e na escola.
 Também um componente importantíssimoé o amor, mais, um amor paciêncioso,que tudo suporta,espera,um amor Ágape que é o mais profundo e o mais sublime de todos.Este amor sempre caracterizou
” DEUS”.Ágape vem do grego antigo e significa amor.As crianças precisam tanto desse amor para construírem o alicerces da boa convivência, do auto controle e assim poderem viver em harmonia com os outros , amar uma criança com TDAH exige-se uma grande habilidade .Segundo a mãe do......... é uma tarefa angustiante de ver seu filho contrariando regras,falando com os outros de maneira altiva,gritando quando algo não está lhe favorecendo, dizendo palavrões ,parece que o mundo conspira contra ele o tempo todo e agitação saliente diante de algo prazeroso. Porém é fundamental estar reforçando o que pode e o que não pode e assim conduzindo de maneira amorosa com todas as forças (Deus) para não sairmos do nosso limite e prejudicarmos essa criança tanto no físico como no emocional. 
 “Em todos os casos sobra emoção e quase sempre falta razão.”Mentes inquietas parecem não possuir nenhum pequeno espaço para abrigar a velha e cansada amiga Razão.sabemos que nada é impossível quando acreditamos e lutamos para que algo aconteça. Pois segundo Içami Tiba O ser humano tem capacidade de aprender com erros e traçar um novo caminho à frente. Não há determinismo biológico que estabeleça totalmente o comportamento dos racionais. A caminhada pode ser corrigida. O homem é um ser inteligente e criativo para resolver problemas e superar dificuldades. O próximo passo ainda não foi dado. A página seguinte ainda não foi escrita. Portanto, podemos mudar a história. A mente humana supera qualquer tecnologia, ideologia ou regra. Então, a esperança sempre existe, pois ela tem o poder de movimentar as pessoas na busca de melhorias e desenvolver capacidades ainda lactentes.
 PARA O PROFESSOR
Na escola o hiperativo passa a ser rejeitado, porque não espera sua vez nos jogos,toda hora quer brincar de algo diferente,e se a brincadeira for perigosa melhor ainda,recebe vários apelidos como bicho carpinteiro, terremoto,ligado a duzentos e vinte enfim ele é excluído.
 Assim destaca Goldtein e Goldtein (1994. p.83);
“Crianças de todas as idades rapidamente se tornam cientes do comportamento da criança hiperativa e tendem a ver essa criança de um modo negativo.Frequentemente isso conduza rejeição que pode criar problemas cada vez mais numerosos.A frustração de se sentir rejeitado resulta em aumento da agressividade e tentativa de controlar os amigos.É importante reconhecer que muitas crianças hiperativas não são queridas por seus parceiros de jogo”
Portanto o relacionamento fica comprometido. E dentro da sala de aula essa criança é chamada a atenção toda hora,para iniciar a atividade,para continuar e muitas, muitas vezes para concluir.Segundo Goldtein e Goldtein “a criança hiperativa na escola é como encaixar um prego redondo em um buraco quadrado”É comum a professora chama-lo de avoado. Pois sempre esquece o recado, Os materiais vivem sendo perdidos e nunca há organização. Resumindo o comportamento da criança é totalmente incorreto pelo padrão que escola prega.
A contribuição do professor é muito importante e ele poderá juntamente com sua equipe e com a dose certa do remédio (o remédio atua corrigindo o desequilibro químico nos neurotransmissores, que no caso são responsáveis pela regulação do humor e da atenção e do controle da impulsividade) ajudar o hiperativo a vencer as atividades propostas. Dentro da sala é importante que o professor coloque essa criança na frente,que repita os comandos,faça um reforço positivo quando o trabalho está terminado,fornecer tarefas de curta duração e manter uma rotina pois a ausência da mesma gera ansiedade e agitação.Sabemos que um professor com vinte ,trinta crianças dentro de uma sala de aula não é fácil mais entendemos que essa é a missão trabalhar para e com aqueles que necessitam.
 INTERVENÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
 
O Psicopedagogo tem como objetivo abordar o processo da aprendizagem, como esse se desenvolve e de que forma o individuo se relaciona com o aprender;nos aspectos cognitivos,emocionas e sociais.Quando são identificadas neste processo ,a psicopedagogia busca suas origens, os distúrbios,as habilidades e as limitações do ser que aprende.A avaliação inicia com a entrevista aos pais, quando é conhecida o motivo da conduta, o desenvolvimento da criança e o histórico familiar.As sessões são feitas individualmente .Diante das necessidades são realizadas teste e atividades específicos para avaliar o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e emocional.As atividades são voltadas para a área da escrita, leitura, raciocínio matemático, motricidade, desenho e o lúdico(jogos com regras),assim como a análise do material escolar.Com a avaliação o acompanhamento poderá ser de uma ou duas vezes por semana.O psicopedagogo tem uma importante tarefa no diagnóstico do TDAH.Elas apresentam dificuldades para manter a sua atenção de forma continuada enquanto realizam uma atividade, mesmo quando há interesse,se dispersam e desviam sua atenção para outra coisa.Quando há hiperatividade, o individuo parece incansável,mexe-se constantemente,mesmo sentado parece impaciente.Nota-se também, uma certa ansiedade para falar, costuma interromper conversas,brincadeiras e fala sem parar.Os problemas da atenção concentração,organização,hiperatividade,e impulsividade afetam o rendimento escolar,e conseqüentemente a auto estima .O acompanhamento tem por objetivo criar condições para que a criança retenha sua atenção e concentração, assim como estimulo para organizar-se.No lúdico, observa-se limites, interação com o meio,raciocínio matemático entre outros. O trabalho psicopedagógico também é realizado junto ao pais e à escola .Na família o psicopedagogo orientará o comportamento e atitudes da mesma que ajudarão no tratamento,é necessário que haja equilíbrio nas atitudes dos pais enfrente aos limites, regras e reconhecimento dos aspectos positivos que a criança apresenta.Quanto a escola, o psicopedagogo atua junto aos coordenadores e professores com o objetivo de levantar dados na rotina escolar, rendimento, disciplina, organização,interesse,comportamento e o seu relacionamento com os colegas e professores.Também o psicopedagogo poderá orientar o professor na sua atuação em sala de aula. 
 
Segue abaixo o questionário denominado SNAP-IV que foi constituído a partir dos sintomas do Manual de Diagnóstico e Estatística-IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria.O importante é que o diagnóstico definitivo só pode ser fornecido por um profissional.
	1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas.
	
	
	
	
	2. Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer
	
	
	
	
	3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele
	
	
	
	
	4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações.
	
	
	
	
	5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
	
	
	
	
	6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado.
	
	
	
	
	7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros).
	
	
	
	
	8. Distrai-se com estímulos externos
	
	
	
	
	9. É esquecido em atividades do dia-a-dia
	
	
	
	
	10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
	
	
	
	
	11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado
	
	
	
	
	12. Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado
	
	
	
	
	13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma
	
	
	
	
	14. Não pára ou freqüentemente está a “mil por hora”.
	
	
	
	
	15. Fala em excesso.
	
	
	
	
	16. Respondeas perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas
	
	
	
	
	17. Tem dificuldade de esperar sua vez
	
	
	
	
	18. Interrompe os outros ou se intromete (p.ex. mete-se nas conversas / jogos).
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Como avaliar?
1) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou adolescente.
2) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o esperado numa criança ou adolescente.
O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários. 
IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico apenas com um critério . 
Veja abaixo os demais critérios:
CRITÉRIO A Sintomas (vistos acima)
CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes antes dos 7 anos de idade.
CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., na escola, no trabalho, na vida social e em casa).
CRITÉRIO D: Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta dos sintomas.
CRITÉRIO E: Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente a ele.
Como suspeitar do diagnóstico: 
1) É necessário haver pelo menos 6 sintomas assinalados na coluna laranja ou vermelha, no CRITÉRIO A. 
Pelo menos 6 sintomas VERDES e menos que 6 sintomas ROSA: TDAH Tipo Predominantemente Desatento 
Pelo menos 6 sintomas ROSA e menos que 6 sintomas VERDES: TDAH Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo 
6 ou mais sintomas VERDES e 6 ou mais sintomas ROSA: TDAH Tipo Combinado. 
2) Os CRITÉRIOS B, C, D devem obrigatoriamente ter resposta SIM. 
3) O CRITÉRIO E necessita da avaliação de um especialista, uma vez que os sintomas do Critério A ocorrem em muitos outros transtornos da infância e adolescência. 
Se os critérios A, B, C, D e E estiverem atendidos de acordo com o julgamento de um especialista, o diagnóstico de TDAH é garantido. 
	
	
	
	
 CONCLUSÃO
Escrever é uma forma de dialogar com o outro por isso mesmo esta pesquisa teve uma importância fundamental pois trouxe elucidações que outrora não existiam.A escolha do tema foi pelo motivo de existirem muitas crianças sem limites e sendo avaliadas e justificadas pelos pais para isenção do seu papel.Atualmente a hiperatividade tem aparecido freqüente para o mau rendimento escolar.Justificativa esta, que encontra grande aceitação colocando na criança a responsabilidade pelo fracasso escolar,isentando também o sistema pedagógico.Talvez o maior problema em relação ao TDAH está no fato de que ainda haja pouco conhecimento sobre este assunto.Muitos indivíduos podem passar a vida toda sendo acusados injustamente de mal-educados, preguiçosos,desastrados,desequilibrado,justamente porque não foi diagnosticado e tratado a tempo. Muitas crianças passam por julgamentos sociais sendo rotuladas com vários apelidos. O comportamento interfere na vida familiar e escolar, mesmo sendo inteligente, ele não consegue se controlar, não presta atenção, é incapaz de ficar quieto, sem mexer pés e mãos. A família é o suporte para uma criança com hiperatividade ela necessita ter uma dose enorme de paciência e amor. .É sabido também que as escolas não estão preparadas para receber o aluno hiperativo,são grandes as dúvidas dos professores e até do próprio pedagogo que muitas vezes precisa ir buscar o conhecimento para assim ajudar o professor,a família e até organizar discussões para que o hiperativo não venha ser rotulado ou que esse comportamento venha trazer prejuízos aos demais que com ele convive.O termo hiperatividade ainda é usado erradamente para classificar crianças birrentas,indisciplinadas,sem educação,espertas.As pessoas esquecem que os sintomas desse transtorno devem aparecer em todos os lugares em diferentes situações.Por isso é necessário observar os fatores ambientais, ás vezes a agitação está associada a rotina diária de uma criança.Portanto o diagnóstico precoce realizado por uma equipe multidisciplinar e a seguir o encaminhamento a um profissional podem desempenhar um papel importantíssimo para ajudar essa criança a estabelecer novos parâmetros de condição social e familiar.É fundamental que pais, professores e profissionais( psicóloga, psicopedagoga , médico) devem caminhar juntos ao lado da criança,buscando um tratamento seguro,mediante a necessidade da criança . É preciso acreditar, recomeçar a cada instante não importando as dificuldades e principalmente não podemos ser fatalista e sim aproveitar os espaços que existem para pensarmos pois pensar é a palmatória do mundo.Pensar que ninguém passa por este mundo por acaso,Deus intimou a cada de nós a sermos colaboradores uns com os outros.Enfim o hiperativo só é alguém que Deus deu um motorzinho um pouquinho mais acelerado na caminhada da vida e que nem por isso é pior ou melhor que os outros. O TDAH só precisa ser conhecido e infinitamente amado.Cabe enfatizar que este trabalho, não esgota as possibilidades de entendermos o comportamento de um portador de TDAH e sim tornam-se necessários muitas pesquisas e estudos para aprofundarmos o conhecimento, conhecimento este que nos levará a uma atitude correta e eficaz nos dando compreensão para o enfrentamento e posicionamento frente ao TDAH que infelizmente gera um turbilhão de fatores desencadeando muito sofrimento,”somente o amor ensina sofrer com sabedoria e permite chorar sem perder a esperança.Com certeza os objetivos propostos foram atingidos e a satisfação do trabalho cumprido relata que”a alegria não chega apenas no encontro do achado,mas faz parte do processo da busca.E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura,fora da boniteza e da alegria.”FREIRE,Paulo. 
 
 ANEXOS
SIGNIFICADOS DE PALAVRAS USADAS NO DECORRER DO TEXTO
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ÁGAPE-”Em Grego’ayamn” transliterado para o latim ”ágape” é uma das diversas palavras gregas para o amor.
DOPAMINA - Substancia presente no cérebro que transmite o impulso nervoso de uma célula para outra.
HIPERATIVIDADE - Denominada na medicina de desordem do déficit de atenção,
JARGÃO - um conjunto de termos específicos usado entre pessoas que compartilham a mesma profissão.
RESILIÊNCIA-É um termo originário da física, e significa a capacidade que tem certos materiais de voltar às suas formas originais depois de sofrer alguma ação que modifique sua forma.
TDAH-Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO,M; Silva, AS.PS. Comportamentos Indicativos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em Crianças,alerta para os pais e professores.Revista digital,Buenos Aires,v.9,n 62,2003.
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FREIRE,Paulo.Pedagogia da Autonomia.São Paulo:Paz e Terra,1996,p.160
GENTILE, P. INDISCIPLINADO OU HIPERATIVO, Revista Nova Escola.132.2000
GOLDSTEIN, SAM, HIPERATIVIDADE, COMO DESENVOLVER A CAPACIDADE DE ATENÇÃO DA CRIANÇA.São Paulo;Papirus.
MARINO,CRISTIANE.MENTES INQUIETAS.COM.BR
MATTOS,P.NO MUNDO DA LUA.PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TRANSTORNOS E DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE EM CRIANÇAS.ADOLESCENTE E ADULTOS.São Paulo,lemos editorial, 2001
ROHDE, L.A.P.BENCZIK, E.B.P. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO.
SCHWARTZMAN,J.S. Hiperatividade;Neurologia e Pedagogia:uma parceria possível e desejável.

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