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CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS novaescolaBrasil Ética nos Negócios Elaboração: Quelvia Sakai – Técnica em Transações Imobiliárias CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS novaescolaBrasil Economia e Mercado Imobiliário Elaboração: Márcio Dourado - CORECON-GO nº2233 CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 2 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Indice Economia e Mercado Imobiliário: 3 Conceito: 3 A Curva de Possibilidades de Produção: 5 Microeconomia e Macroeconomia: 6 A Economia e Sua Relação com Outras Ciências: 7 Recursos ou fatores da produção: 8 Os bens de capital: 8 Tipos de Bens Econômicos : 9 Os Sistemas Econômicos: 11 A Teoria Elementar da Demanda: 12 Teoria elementar do funcionamento do mercado: 12 O Conceito de Elasticidade e a Relação Entre a Procura de um Bem e a Renda do Consumidor: 12 Estruturas de Mercado: 13 Concorrência Perfeita: 14 Monopólio: 15 3.3. Monopólio Natural: 15 3.4. Oligopólio: 16 Brasil, Sua Economia E Suas Perspectivas: 17 De Crescimento: 17 O SISTEMA FINANCEIRO: 18 Segmentos do sistema financeiro: 19 O sistema Financeiro Nacional: 21 Organização do sistema financeiro nacional: 21 A base jurídica do Sistema Financeiro Nacional: 23 Noções Básicas sobre Financiamento de Imóveis: 25 Bibliografia: 27 CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 3 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Economia e Mercado Imobiliário Márcio Dourado – CORECON-GO nº2233 Conceito: O nome Economia originou-se a partir da junção da palavra grega “oikos”, que significa casa, com a palavra “nomos” que significa norma ou lei, podendo ser conceituada a partir do seu nome de origem como “administração do lar”. A Economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí- los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas. Como ciência social, a economia estuda o comportamento das relações humanas e sua inter-relação entre governos, sociedade e indivíduos, de forma a investigar o comportamento dos agentes econômicos para a satisfação das suas necessidades ilimitadas, dada a natureza escassa dos recursos produtivos. A escassez apresenta-se como o problema econômico central de qualquer sociedade, existindo em virtude das necessidades humanas a serem satisfeitas através de bens (alimentos, vestuário, etc.) e serviços (saúde, lazer) são ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos (máquinas, equipamentos, terras agricultáveis, matérias-primas, etc.) não são suficientes para produzir o volume de bens necessários para satisfazer as necessidades de todos. O fenômeno da escassez está presente em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre. Em países mais desenvolvidos, a escassez não é tão grave quanto nos países pobre, onde sequer as necessidades básicas da população são satisfeitas, porém, se todos os países satisfizessem suas necessidades como os países desenvolvidos, os recursos naturais sofreriam ações predatórias de forma a se esgotarem rapidamente. Ao se confrontar as necessidades ilimitadas com a limitação de recursos produtivos decorre a necessidade da escolha. Ou seja, já que não se pode produzir tudo o que as pessoas desejam, as sociedades precisam decidir quais bens serão produzidos e quais as necessidades serão atendidas. Deste confronto decorre o problema central da economia, que consiste em administrar os recursos escassos da melhor maneira, de forma a satisfazer da melhor maneira as necessidades humanas que são ilimitadas e sempre se renovam, para tanto, a economia utiliza-se de três problemas fundamentais para gerir a questão central, sendo eles: o que e quanto produzir?, como produzir? e para quem produzir? CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 4 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a seguinte tríade de problemas econômicos básicos: O QUE e QUANTO produzir? - Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos (carros, cigarros, café, roupa, etc.) e em que quantidades deverão ser colocadas à disposição dos consumidores. COMO produzir? - Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo técnico. PARA QUEM produzir? - Ou seja, para quem se destina a produção, fatalmente para os que têm renda. É muito fácil entender que: O QUE, QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Todavia, na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. Baseada nessas restrições, a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos em produção. Problemas econômicos fundamentais Necessidades humanas ilimitadas X Recursos produtivos escassos O que e quanto Como Para quem (produzir) Escassez Escolha Dentro desta linha de análise, observamos então que todas as sociedades sempre se defrontaram, além dos dilemas básicos, com uma tríade de problemas fundamentais, que se inter-relacionam nos níveis econômico, tecnológico e social. A questão econômica só será plenamente solucionada se houver eficiência tecnológica convenientemente dosada, completando-se através de eficiente sistema distributivo. A solução da questão tecnológica somente alcançará sua plenitude se as opções econômicas e sociais se revelarem lógicas e pertinentes. Como registra Shackle, a eficiência técnica pressupõe a eficiência econômica; nenhum método de produção pode atingir seu mais alto grau de eficiência econômica se não alcançar, para determinada combinação de quantidades de produção, seu mais elevado grau de eficiência técnica. De igual forma, a questão social, intimamente ligada aos problemas do bem-estar, só será também satisfatoriamente solucionada quando integrada à solução das questões econômicas e tecnológicas. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 5 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário TEORIA ECONÔMICA Principios, Leis, Modelos e Teorias POLÍTICA ECONÔMICA Utilização dos Instrumentos Básicos das Teorias Econômicas Análise Microeconômica Agentes Individuais Teoria do Consumidor Teoria da Produção Teoria das Firmas Teoria da Repartição e Mercados Análise Macroeconômica Estudo Agregados Teoria do Equilibrio e do Crescimento História do Pensamento Econômico Teoria Monetária Teoria Econômica do Setor Público Teoria das Relações Econ. Internas Teoria do Desenvolvimento e da Participação fonte: Riani A Curva de Possibilidades de Produção Considerando que os recursos produtivos são escassos e tendo em vista a necessidade de maximização da utilidade destes recursos, a economia aplica para a resolução dos problemas econômicos fundamentais, a curva de possibilidades de produção, que expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos produtivos que se dispõe em um dado momento de tempo. Devido à escassez de recursos, a produção total de uma economia tem um limite máximo, uma produção potencial ou o produto de pleno emprego, quando todos os recursos disponíveis estão empregados. Supondo que uma economia que só produz máquinas (bens de capitalx) e alimentos (bens de consumo y) e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes: CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 6 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Exemplo: Alternativas de produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas) A 300 0 B 200 600 C 100 250 D 50 150 E 0 800 800 700 600 500 400 300 200 100 0 750 700 600 450 250 0 100 200 300 Fronteira de Possibilidades de Produção Q td . P ro du zi da d e Y Qtd. Produzida de X Alternativa A = Todos os fatores de produção estão alocados para produção de máquinas Alternativa B, C, D = os fatores de produção foram distribuídos na produção de um e de outro bem Alternativa E = todos os fatores de produção estão alocados para produção de alimentos Microeconomia e Macroeconomia A microeconomia é o ramo da economia que analisa o comportamento das unidades econômicas, e a interação das famílias, os consumidores e as empresas, preocupando-se com a formação de preços e o funcionamento do mercado de cada produto individual. O estudo da microeconomia considera a atuação dessas unidades como se fossem unidades individuais. Por exemplo, ao se explicar o aumento do preço de cimento, pelo aumento da demanda pelo produto, está se fazendo uma colocação tipicamente microeconômica. A macroeconomia, por sua vez, é a parte da economia que se dedica ao estudo dos grandes agregados nacionais, debruçando-se sobre comportamento global do sistema econômico refletido em um número reduzido de variáveis como o nível geral de preços, a CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 7 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário formação da renda nacional, mudanças na taxa de desemprego, taxa de câmbio, balanço de pagamentos, etc. Por exemplo, se for noticiado que a taxa de desemprego anual atingiu o mínimo de 5%, está se destacando um aspecto da evolução global da macroeconomia do país. A Economia e Sua Relação com Outras Ciências O estudo da Economia está presente na maioria dos cursos superiores, sendo uma das ciências que mais se interagem com as demais, tanto da mesma área como de outras áreas do conhecimento, a economia destaca-se sobre tudo com as seguintes ciências: Biologia: quem exerce a atividade econômica gera serviço, objeto das ciências biológicas. O trabalho gera recursos econômicos para a alimentação e sobrevivência humana. Moral: a moral tem por objetivo o honesto, a economia tem por objetivo útil, isto é, a atividade humana em busca de prosperidade material. A honestidade com o crescimento econômico. Direito: o direito e a economia são ciências sociais, tendo como objetivo o homem. Contabilidade: essa traz luz à economia, sobre inúmeros problemas que se interferem; ambas tratam de juros, empréstimos, bancos, bolsas. A contabilidade age sobre o ponto de vista técnico e a economia mostra as razões teóricas para as suas conclusões sobre determinado fato. Geografia: essa se utiliza de matemática, física e biologia, as quais fornecem a economia inúmeros elementos. História: a história também é uma ciência social. A historia econômica é o prefácio da economia política. Sociologia: mostra os fenômenos econômicos interdependentes com os sociais. Muitos autores consideram a economia política como um ramo da sociologia. Matemática: cálculos gráficos Lógica: uso da razão, raciocínio. Estatística: classifica, analisa, critica e interpreta dados relativos aos fatos econômicos. Administração: a administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 8 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Recursos ou fatores da produção Para a satisfação das necessidades humanas é necessário produzir bens e serviços. Para isso, exige-se o emprego de recursos produtivos e de bens elaborados. Os recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São denominados fatores de produção. Tradicionalmente, esses fatores se dividem em três grandes categorias: terra, trabalho e capital. Na economia, o termo terra é usado no sentido amplo, indicando não só a terra cultivável e urbana, mas também os recursos naturais que contém, como, por exemplo, os minerais. O fator trabalho refere-se às faculdades físicas e intelectuais de seres humanos que intervêm no processo produtivo. O trabalho é o fator de produção básico. Os trabalhadores se servem das matérias-primas obtidas na natureza. Com a ajuda da maquinaria necessária, transformam-nas até convertê-las em matérias básicas, aptas a outros processos ou bens de consumo. O capital compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos, a existência de meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo. Recebem essa denominação porque, nas economias capitalistas, o capital geralmente é de propriedade privada e especialmente dos capitalistas. Os bens de capital Enquanto os bens de consumo se orientam parar satisfação direta das necessidades humanas, os bens de capital, ou bens de investimento, não estão concebidos para satisfazer diretamente as necessidades humanas, mas para serem utilizados na produção de outros bens. Se dedicarmos certa quantidade de recursos para produzir bens de capital, eles satisfarão nossas necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de bens de consumo. O capital empregado na produção pode dividir-se em capital fixo e capital circulante. O capital circulante consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, basicamente em matérias-primas e estoque de armazém. O capital fixo consiste em instrumentos de toda espécie, incluindo os edifícios, maquinaria e equipamentos. Em economia é necessário distinguir capital físico ao qual nos referimos anteriormente, de capital humano, entendendo por este último à educação e a formação profissional que incrementam o rendimento do trabalho. Os gastos em educação e formação profissional supõem investimentos em capital, já que durante o período de aprendizagem e em estudo existe CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 9 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário um elemento implícito de espera. Esses gastos contribuem para incrementar a capacidade produtiva da economia, pois um trabalhador formado e educado geralmente é mais produtivo que um não capacitado. Tipos de Bens Econômicos Definição de bem: é tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e as necessidades dos seres humanos. Os bens são classificados segundo seu caráter, sua natureza e sua função. Segundo o caráter, os bens podem ser livres ou econômicos. Bens livres ou gratuitos são aqueles que existem em quantidade suficiente para satisfazer a todos e não são apropriáveis e por isso não têm preço, estando, portanto, fora da preocupação dos economistas. Eles existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço. São bens livres a luz solar, o ar, o mar, etc. Bens econômicos são aqueles escassos em quantidade, dada a sua procura. Eles são apropriáveis e objeto de estudo da economia, pois supõem a necessidade de esforço humano em sua obtenção. Apresentam como característica principal o fato de ter preço. Segundo a natureza, os bens podem ser de capital ou de consumo. Os bens de consumo destinam-se à satisfação direta das necessidades humanas. Eles podem ser subdivididosem bens duráveis e bens perecíveis ou não-duráveis. Os bens duráveis são aqueles de uso prolongado como os eletrodomésticos, móveis, etc. Os bens perecíveis são aqueles que devem ser consumidos rapidamente. Por exemplo, alimentos, gasolina, etc. Os bens de capital não atendem diretamente as necessidades, mas são importantes para a produção dos bens de consumo. São exemplos de bens de capital, as máquinas, os equipamentos, os computadores, os edifícios, etc. Segundo a função, os bens podem ser intermediários ou finais. Os bens intermediários são aqueles que ainda necessitam de transformação antes de se converterem em bens de consumo ou de capital. Normalmente são utilizados no processo de produção de outros produtos. O fertilizante utilizado na produção de arroz, o aço, a borracha e o vidro utilizados na produção de carros, são exemplos de bens intermediários. Os bens finais são aqueles que já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo. Os bens econômicos podem ainda ser classificados em bens materiais (ou simplesmente bens) e bens imateriais ou serviços. Os bens materiais são de natureza material sendo, portanto, tangíveis. A eles se atribuem CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 10 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário características como peso, altura, cor, etc. Alimentos, roupas, livros, etc. são exemplo de bens materiais. Os serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais, se destinam diretamente ou indiretamente a satisfazer as necessidades humanas. Os serviços são bens intangíveis, ou seja, não podem ser tocados. Fazem parte dessa categoria os cuidados de um médico, os serviços de um advogado, os serviços de transporte, etc., que acabam no mesmo momento de sua produção. A prestação de serviços e sua utilização são praticamente simultâneas. Os bens podem ainda ser classificados em bens privados e bens públicos. Os bens privados são de propriedade particular. Ou seja, são produzidos e utilizados privadamente. São exemplos de bens privados os automóveis, os aparelhos de TV, etc. Os bens públicos são aqueles consumidos ou usados por várias pessoas sem restrição. São normalmente bens fornecidos pelo setor público: educação, justiça, segurança, transporte, etc. Bens Bens livres econômicos Bens capital consumo durável perecível Bens materiais imateriais (serviços) Bens intermediário finais públicos privados Diagrama 1 – Classificação dos bens segundo o caráter, a natureza e a função. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 11 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Os Sistemas Econômicos Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica em que esta organizada a sociedade. Sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. Os elementos básicos de um sistema econômico são: • Recursos produtivos: Renda Nacional, Terra, Trabalho, Capital e Tecnologia. • Unidades de produção: empresas • Conjuntos de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais. Os principais sistemas econômicos são o Sistema Capitalista, também chamado de Economia de Mercado, e o Sistema Socialista, também conhecido como Economia Planificada Capitalista ou Economia de Mercado: É regido pelas leis de mercado, tem como fator predominante a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção. Socialista ou Economia Planificada: Todas as questões econômicas são resolvidas por um órgão do governo que é encarregado do planejamento. Tem como fator predominante a propriedade pública dos fatores de produção. Em toda sociedade organizada, mesclam-se, em maior ou menor medida, os mercados e a atividade dos governos. O grau de concorrência dos mercados é variado, indo do monopólio, em que apenas uma empresa opera, à economia de livre mercado, que apresenta uma verdadeira concorrência, com várias empresas operando. O mesmo ocorre quanto à intervenção pública, que engloba desde uma intervenção mínima em impostos, crédito, contratos e subsídios até o controle dos salários e os preços dos sistemas de economia centralizada que imperam nos países comunistas. Entretanto, em ambos os sistemas ocorrem divergências: no primeiro, existem somente monopólios estatais, sobretudo nas linhas aéreas e na malha ferroviária; no segundo, somente concessões à empresa privada. As principais diferenças entre a organização econômica centralizada e a capitalista reside em quem é o proprietário das fábricas, fazendas e outras empresas, assim como os diferentes pontos de vista sobre a distribuição da renda ou a forma de estabelecer os preços. Em quase todos os países capitalistas, uma parte importante do produto nacional bruto (PNB) é produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas instituições não governamentais, como universidades e hospitais particulares, cooperativas e fundações. Os problemas mais importantes enfrentados pelo capitalismo são o desemprego, a inflação e as injustas desigualdades econômicas. Os problemas mais graves das economias centralizadas são o subemprego, o maciço emprego informal, o racionamento, a burocracia e a escassez de bens de consumo. Em uma situação intermediária entre a economia centralizada e a economia de livre mercado, encontram-se os países social-democratas ou liberal-socialistas. A atividade econômica recai, em sua maior parte, sobre o setor privado, mas o setor público regula essa atividade, intervindo para proteger os trabalhadores e redistribuir a renda. É a chamada economia mista. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 12 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário A Teoria Elementar da Demanda Teoria elementar do funcionamento do mercado Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposto a consumir em determinado período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um desejo de consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar. A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Essa procura individual seria determinada pelo preço do bem, pelo preço de outros bens, pela renda do consumidor e por seu gosto ou preferência. A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada, mantendo- se todos os outros fatores constantes. Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais baixos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada. A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante. Sendo assim, as relações preço - quantidade são inversas. Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam dispostos a vender, a um determinado preço. Os vendedorespossuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos. As quantidades ofertadas aumentam à medida que os preços aumentam. São diretas as relações preço - quantidade. O equilíbrio da oferta e da procura num mercado concorrencial é atingido com um preço que faz igualar as forças da oferta e procura. O preço de equilíbrio é aquele com o qual a quantidade procurada é precisamente igual à quantidade oferecida. O Conceito de Elasticidade e a Relação Entre a Procura de um Bem e a Renda do Consumidor: a) Bem normal: é aquele cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a renda. b) Bem de luxo: ao se aumentar a renda, a quantidade demandada aumenta em maior Proporção. c) Bem de primeira necessidade: ao se aumentar a renda a quantidade demanda se mantém inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das antigas aquisições do indivíduo. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 13 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário d) Bem inferior: são aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta. Geralmente são bens para os quais há alternativas de melhor qualidade. A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas mercadorias em função das alterações verificadas em seus respectivos preços. Seguindo-se esse conceito, as mercadorias podem ser classificadas em bens de demanda elástica ou inelástica. Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade, indispensáveis à subsistência do consumidor. Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à subsistência do consumidor. Assim são, geralmente, os bens de luxo. Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda seriam a existência de substitutos ao bem, a variedade de usos desse bem, o seu preço em relação ao uso global dos consumidores e o preço do bem em relação à renda dos consumidores. Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais receita. Por outro lado se a demanda for inelástica e ele reduzir o preço obterá menos receita. Estruturas de Mercado Mercado é o local real ou virtual onde compradores e vendedores realizam suas transações comerciais. Portanto, pode-se dizer que existe o mercado de automóveis, de produtos alimentícios, etc. (mercados reais), mas também o mercado eletrônico (virtual) de produtos como livros, CDs, ações, etc. A concorrência é a rivalidade (disputa) entre dois ou mais entes para conseguir seus objetivos que acaba por organizar os mercados, determinando os preços e as quantidades de equilíbrio. Portanto, quanto mais concorrência existir em um mercado, mais organizado e eficiente eles é. Os mercados em concorrência imperfeita são aqueles nos quais o produtor ou produtores são suficientemente grandes para influenciar o preço e as quantidades oferecidas em determinado mercado. Ou seja, o preço nesse mercado é determinado pela intervenção ativa dos ofertantes. Em geral, quanto mais elevado o número de participantes de um mercado, mais competitivo ele será. As interações entre oferta e demanda de determinado produto, portanto, serão ditadas pela estrutura de mercado de cada bem em particular. Além disso, as características do mercado de um produto específico variam de uma região para a outra. Em países desenvolvidos, por exemplo, a probabilidade de haver muitas empresas ofertando o mesmo produto é grande. Nesse caso, a maior concorrência entre os vendedores (fornecedores) daquele produto tende a reduzir o preço de equilíbrio de mercado, beneficiando os consumidores. Essa concorrência é ainda maior se a economia for aberta às importações. Em economias mais fechadas, com pouca oferta de produtos estrangeiros, e poucas empresas no mercado (caso dos países em desenvolvimento), os preços de mercado se estabelecem em patamares mais elevados, pois CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 14 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário há menos concorrência entre os ofertantes. As várias estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três importantes características: • Do número de empresas que compõem esse mercado; • Do tipo de produto ofertado (idênticos ou diferenciados); • Se existem barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. Concorrência Perfeita A estrutura de mercado da concorrência perfeita é aquela onde há um grande número de empresas vendedoras (ofertantes) de um determinado produto, de tal forma que nenhuma delas isoladamente consegue afetar os níveis de oferta do produto no mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio nesse mercado. Também há um número grande de compradores, de tal forma que, isoladamente, não conseguem exercer influência sobre o preço de equilíbrio. As empresas nesse tipo de estrutura de mercado utilizam o preço como balizador de sua estrutura de custo. Para que um mercado seja considerado de concorrência perfeita, as seguintes condições devem prevalecer: • Ser composto por um número grande de empresas (mercado atomizado); • Não existir diferenciação entre os produtos ofertados (produtos homogêneos); • Não existir barreiras para o ingresso de novas empresas ou a sua saída; • Todas as informações sobre lucros, preços, etc. devem ser conhecidas por todos os participantes do mercado (transparência); Nos mercados de concorrência perfeita, no longo prazo, não existem lucros extraordinários, mas apenas os lucros normais que remuneram o empresário ou acionista. Ou seja, remunera seu custo de oportunidade. Se temporariamente houver lucro extraordinário no mercado em concorrência perfeita, isso atrairá novas empresas para o mercado, pois não há barreiras de acesso aos novos entrantes. Com o aumento da oferta, representado pela produção dos novos entrantes, os preços caem, reduzindo os lucros extras até que só existirão novamente os lucros normais. O exemplo prático mais próximo dessa estrutura de mercado teórica é o de produtos hortifrutigranjeiros. Quanto mais dividido o poder de influenciar as condições de mercado, menos eficazes serão as ações que objetivam manipular a quantidade disponível de produtos e os preços de mercado. Ou seja, mais próximo de um mercado de concorrência perfeita se estará. A conseqüência da existência de mercados em concorrência perfeita é a minimização de custos e a equiparação de lucros das empresas participantes, pois as empresas menos lucrativas e menos eficientes tendem a deixar esses mercados, numa verdadeira seleção natural econômica. Ou seja, a concorrência perfeita faz com que as empresas busquem maiores lucros, por meio de maior eficiência e menores custos, normalmente associados CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 15 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário a uma gestão mais profissional e a investimentos1 em tecnologia de produtos e processos produtivos. Isso explica porquê os países de economia de mercado apresentam maior eficiência e desenvolvimento econômico. Monopólio O mercado monopolista apresenta caraterísticas opostas às de livre concorrência. Isto é, nesse tipo de mercado existe uma única empresa que domina inteiramente a oferta de determinado produto, enquanto há muitos consumidores do mesmo. Nessa estrutura de mercado não há concorrência, nem produtos substitutos ou concorrentes. Aos consumidores restam as alternativas de se submeter às condições impostas pelo vendedor, ou deixar de consumir o produto. Ao ser exclusiva em um mercado,a empresa determina o preço de equilíbrio do mercado do produto. Ou seja, se ela deseja aumentar esse preço, basta reduzir a quantidade produzida. Como a demanda de mercado, nesse caso, tende a ser inelástica, quando o preço se eleva, há uma queda relativamente pequena no consumo do produto, de modo que a receita total da empresa aumenta. Os monopólios são conseqüência de barreiras que impedem a entrada de novas empresas no mercado, como resultado de um conjunto de fatores. Os fatores que intervêm na formação de um monopólio, entre outros, são: • Controle exclusivo de um fator de produção por uma empresa ou o domínio das mais importantes fontes de matéria-prima. Exemplo: indústria farmacêutica. • A concessão de uma patente gera um mercado monopolístico, de caráter temporário, ao conferir ao inventor o direito exclusivo de fabricação. • O controle estatal da oferta de determinados serviços. Por exemplo, os correios e telégrafos. • O porte do mercado e a estrutura de custos de indústrias especiais, gerando um monopólio natural. Os monopólios podem ainda existir por controle estatal de setores estratégicos ou de segurança nacional como o petróleo, a energia e as comunicações. 3.3. Monopólio Natural As razões dos monopólios naturais ocorrem quando os custos médios diminuem à medida que aumenta a quantidade produzida de bens (economia de escala) ou quando são necessários investimentos iniciais vultosos. Assim, torna-se inviável do ponto de vista econômico a existência de duas ou mais companhias telefônica (telefone fixo) ou de distribuição de eletricidade na mesma localidade. Quando uma empresa monopoliza um mercado, o preço de venda tende a ser superior àquele do mercado em concorrência perfeita, ao passo que a quantidade ofertada tende a ser inferior. Esse fato gera maiores lucros para as empresas monopolísticas e maiores prejuízos CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 16 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário aos consumidores já que pagam preços superiores. Assim, os governos normalmente estabelecem políticas reguladoras de monopólios, com o objetivo de proteger os consumidores e as empresas concorrentes. As alternativas de regulação de monopólios, normalmente adotadas são: • Dividir o monopólio entre duas ou três empresas (caso da privatização da telefonia fixa no Brasil); • Impedir que se formem monopólios, monitorando os movimentos de fusões e aquisições de empresas (tarefa do Conselho Administrativo do Direito Econômico – CADE). • Regular os monopólios existentes (estabelecer impostos, limitar o excesso de lucros, etc.). 3.4. Oligopólio É um tipo de estrutura de mercado que se caracteriza por apresentar um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado e um grande número de compradores (demandantes) nesse mercado. Uma característica do mercado oligopolizado é a interdependência entre as poucas empresas ofertantes. Essas empresas operam com incerteza quanto a reação das rivais e, portanto, tentam antecipar as suas ações, entrar em um acordo sobre os preços a serem praticados, ou formar um cartel com o objetivo de fixar preços e repartir o mercado. No oligopólio puro, o produto é homogêneo, com grande número de compradores e poucos vendedores, como por exemplo, a distribuição de combustíveis no Brasil, o mercado de cimento e alumínio. No oligopólio diferenciado, o produto apresenta características que o diferenciam dos concorrentes. Porém, também há poucos vendedores e muitos compradores, como por exemplo, o mercado de automóveis ou de eletrodomésticos. O setor produtivo brasileiro de uma forma geral é altamente oligopolizado, sendo exemplos o mercado de automóveis, de cosméticos, de papel e celulose, de bebida, de produtos químicos, farmacêuticos e outros. No oligopólio é comum as empresas trocarem informações sobre suas estruturas de custo, embora mantenham secreto suas estratégias de produção e marketing. Nesse caso, há uma empresa líder (empresa mais eficiente), que fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das demais, chamadas de empresas satélites. As guerras de preços mostram aos oligopolistas a conveniência de firmar acordos, tácitos ou expressos, para fixar preços e/ou repartir mercados. Por essa razão, o oligopólio moderno caracteriza-se por certa rigidez nos preços que facilita, entre outras coisas, a elaboração de pactos ou a formação de cartéis. O cartel é uma organização formal ou informal de produtores de um setor que determina a política de preços para todas as empresas do setor. A teoria da organização industrial mostra que o principal objetivo do oligopolista é a CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 17 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário maximização do mark-up, que é a diferença entre a receita obtida pelas vendas e os custos variáveis (ou diretos) da empresa. Esse conceito é semelhante ao da margem de contribuição que é feita para cada produto (mc = p - cv). Onde, mc é a margem de contribuição, p o preço e cv é o custo variável unitário. O preço cobrado pela empresa, no modelo mark-up é calculado da seguinte forma: P = (1 + m)c Onde, m é a taxa de mark-up (percentual sobre os custos diretos), c é o custo direto unitário (custo variável médio). A taxa de mark-up é fixada para cobrir os custos diretos, os custos fixos e atingir certa rentabilidade desejada pelos acionistas. Brasil, Sua Economia E Suas Perspectivas De Crescimento O progresso econômico e democrático experimentado pelo Brasil nas últimas décadas possui interações entre processos de conflitos sociais, de um lado, e políticos, de outro. A política macroeconômica implementada pelo Estado deve ser capaz de produzir crescimento sustentado, concebida para atender ao desenvolvimento possível perante uma engrenagem de corte de gastos, investimentos públicos e redução da concentração de renda. Este cenário otimista, no entanto, é dependente dos caminhos que a economia mundial trilhará a partir de então. O país encontra-se irreversivelmente atrelado à economia global, já que nossas relações comerciais e financeiras com o mundo balizam o pulsar de toda a estrutura organizacional interna. Uma política econômica pressupõe seu embasamento no sistema financeiro existente, na legislação e nas instituições do país. Combatendo as deficiências do mercado, deve eliminar as flutuações, fomentar um rápido crescimento econômico, melhorar a qualidade e o potencial produtivo, reduzir o poder monopolista das grandes empresas e proteger o meio ambiente. Para que não venha a ser contraproducente, a política econômica governamental deve englobar um diagnóstico preciso dos problemas econômicos, bem como traçar as diretrizes adequadas aos embates que necessitem de eficazes manipulações com a finalidade de sua resolução. O êxito de uma política econômica dependerá, então, da reação dos agentes econômicos, de sua execução e da credibilidade dos setores da sociedade em sua administração. As oscilações observadas no nível da atividade econômica brasileira deixam clara a necessidade de os objetivos de política econômica serem conduzidos de forma equilibrada. O desafio é a adoção de mecanismos que levem à expansão da economia, evitando o surgimento de indesejáveis pressões inflacionárias. Torna-se claramente demonstrado que a ampliação CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 18 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário da produção aliada a defesa do controle inflacionário são operações que precisam complementarem-se e serem perseguidas no decorrerdo processo de desenvolvimento. Durante os últimos 50 anos constatou-se uma mudança na distribuição da população brasileira, por grupos de idade, com aumento da expectativa de vida de 41,5 anos para 67,7 anos; redução da população com menos de 14 anos, de 43% para 34%. Verificou-se ainda, aumentou de 50% para 77% na taxa de alfabetização, chegando em 1997, a cerca de 83%. Em contrapartida, à medida que cresce o número de pessoas adultas aptas para o ingresso no mercado de trabalho deveriam ser criados anualmente, aproximadamente 1.600.000 novos empregos. Relativamente ao investimento em saneamento básico, o país esteve investindo nessa área, tendo aumentado substancialmente nos últimos 25 anos o número de pessoas com acesso à rede de esgoto, água encanada, luz elétrica. Contudo, dados do último censo revelam muito a ser feito, especialmente na região norte e nordeste. O Brasil obtém cerca de 60% de seu suprimento de energia a partir de fontes renováveis, como hidrelétricas e etanol. Também cerca de 64% do petróleo que consome é são produzidos internamente. O Brasil é o maior exportador de ferro, assim como um dos maiores exportadores de aço do mundo. Outros insumos produzidos no Brasil incluem petroquímicos, alumínio, metais não-ferrosos, fertilizantes e cimento. Importantes produtos manufaturados incluem veículos, aeronaves, equipamentos elétricos e eletrônicos, têxteis, artigos de vestuário e calçados. Os Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Suíça, Japão, Reino Unido, França, Argentina, México e Canadá são os maiores parceiros comerciais do Brasil. O SISTEMA FINANCEIRO Para avaliar o grau de desenvolvimento de determinado país, há vários indicadores econômicos. Um deles, sem dúvida alguma é o tamanho e a diversificação de seu sistema financeiro. Um sistema financeiro forte e bem diversificado é condição necessária para atrair poupanças, sejam essas nacionais ou estrangeiras. Com o crescimento econômico, inúmeros agentes vislumbram possibilidades de ganhos em determinados setores da produção. Pelo fato de não possuírem os recursos necessários para montar seus negócios, buscam nos intermediários financeiros os montantes requeridos para poder iniciar o processo de produção desejado. Essa decisão, embora seja hoje bastante corriqueira, levou muitos anos para se consolidar. Isso porque ela pressupõe, de um lado, a existência de unidades econômicas CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 19 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário que apresentem balanços com superávit, ou seja, que possuam gastos menores do que os rendimentos recebidos, e, de outro, que os agentes econômicos confiem no papel exercido pelos intermediários financeiros. A precondição para o estabelecimento da intermediação financeira é a existência, de um lado, de agentes econômicos superavitários (poupadores) - dispostos a transformar suas disponibilidades monetárias em ativos financeiros, sujeitando-se aos riscos de mercado, com o fim de obter retornos reais positivos - e, de outro, de agentes econômicos deficitários (investidores) - com disposição para financiar seus déficits aos custos de mercado. Podemos entender o sistema financeiro como sendo um fundo do qual as unidades deficitárias retiram recursos, enquanto as superavitárias nele depositam. Na verdade, o fato de haver agentes superavitários implica a possibilidade de geração de poupança, que é condição necessária para o crescimento econômico, embora não suficiente; já a existência de agentes deficitários, cuja necessidade de obtenção de recursos deriva de sua vontade de incorrer em gastos com bens de capital, demarca a criação de investimentos, condição suficiente para o crescimento econômico. Assim, sem um sistema eficiente de intermediação financeira, o objetivo do crescimento econômico e do aprimoramento das condições de vida da sociedade fica compro- metido, uma vez que passa a existir uma obstrução à indispensável transformação da poupança em investimentos produtivos. Devemos entender por eficiência do sistema financeiro sua capacidade de viabilizar a realização de financiamentos de curto, médio e longo prazos, sob condições de minimização de riscos e de atendimento aos desejos e necessidades dos agentes superavitários -que determinam a oferta de recursos - e dos agentes deficitários - que materializam a demanda de recursos. Segmentos do sistema financeiro No que diz respeito a suas finalidades e às instituições que as praticam, as operações do sistema financeiro podem ser agregadas em cinco grandes mercados: • Mercado Monetário: Nesse segmento, são realizadas as operações de curtíssimo prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, entre os quais se incluem as instituições financeiras. A oferta de liquidez nesse mercado é afetada pelas operações que sensibilizam as reservas bancárias que os bancos mantêm no Banco Central, por meio de operações de mercado aberto, para evitar flutuações muito acentuadas na liquidez bancária. Por exemplo: fundos de curto prazo, open market, hot-money, certificados de depósitos interbancários (CDIs) etc. • Mercado de Crédito: Nesse mercado, são atendidas as necessidades de recursos de curto, de médio e de longo prazos, principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de bens de consumo duráveis e da demanda de capital de giro das empresas. A CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 20 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário oferta, no mercado de crédito, é determinada fundamentalmente pelas instituições bancárias. Por exemplo: crédito rápido, desconto de duplicatas, Pasep, giro etc. Em linhas gerais, os financiamentos de longo prazo (investimentos) são atendidos por instituições oficiais de crédito, principalmente pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por exemplo: Finame. • Mercado de Capitais (Mercado de Valores Mobiliários): Esse segmento supre as exigências de recursos de médio e de longo prazos, principalmente com vistas à realização de investimentos em capital. Nesse mercado é negociada grande variedade de títulos, desde os de endividamento de curto prazo (commercial papers) e de longo prazo (debêntures), passando por títulos representativos do capital das empresas (ações) e até de outros ativos ou valores (mercadorias, parcerias em gado etc.). São típicos desse mercado os chamados derivativos, ou seja, títulos emitidos a partir de variações no valor de outros títulos, como opções, futuros etc. As negociações nesse mercado podem ocorrer tanto nas Bolsas de Valores, Mercadorias ou Futuros, como fora delas, também chamadas de mercado de balcão. • Mercado Cambial: Nele, são realizadas a compra e a venda de moeda estrangeira, para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio, para a importação; a venda, por parte dos exportadores; e venda/compra, para viagens e turismo. As operações no mercado cambial são realizadas pelas instituições financeiras -bancos e casas de câmbio -autoriza- das pelo Banco Central. • Mercado de Seguros, Capitalização e Previdência Privada: Nesse mercado, são coletados recursos financeiros ou poupanças destinadas à cobertura de finalidades específicas, como a proteção a riscos (seguro), capitalização e obtenção de aposentadorias e pensões (previdência privada). Em razão da importância que têm na formação de poupanças a longo prazo, essas instituições também são chama- das de investidores institucionais. Há, complementarmente a essa classificação, duas outras: • Mercados Primários e Secundários: Os mercados primários são aqueles em que se realiza a primeira compra/venda deum ativo recém-emitido; os mercados secundários caracterizam-se por negociarem ativos financeiros já negociados anteriormente. • Mercados à Vista, Futuros e de Opções: Os mercados à vista negociam apenas ativos com preços à vista; os mercados futuros negociam os preços esperados de certos ativos e de mercadorias para certa data futura; os mercados de opções negociam opções de compra/ venda de determinados ativos em data futura. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 21 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário O sistema Financeiro Nacional Organização do sistema financeiro nacional A organização atual do sistema financeiro brasileiro foi estabelecida inicialmente pela Lei n. 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e depois pela Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965. Essas leis estruturaram as instituições financeiras de tal maneira que elas pudessem realizar as diversas modalidades de operação de crédito, às quais já nos referimos anteriormente. A partir dessa época, o sistema financeiro nacional passou a constituir-se de bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades financeiras e bancos oficiais. O banco comercial é uma instituição financeira pública ou privada especializada em operações de crédito de curto e médio prazos, com o objetivo de proporcionar crédito ao comércio, à indústria, à agricultura, às prestadoras de serviços e às pessoas. Os recursos necessários à realização de tais operações de crédito são captados principalmente por meio de depósitos à vista. É interessante observar que nessa categoria também estão presentes bancos oficiais, ou seja, os bancos do governo, como o Banco do Brasil, por exemplo, que além das operações próprias de um banco oficial realiza operações de um banco comercial. O banco de investimento é uma instituição financeira privada especializada em operações de crédito de médio e longo prazos, que atende particularmente às empresas que necessitam de recursos para arcar com as despesas de investimento. As sociedades financeiras são instituições financeiras privadas especializadas, basicamente, em operações de crédito para financiar a compra de bens e serviços do consumidor. Neste caso, é possível fazer uma referência bastante conhecida à vida real. Quando uma pessoa se dirige a uma loja para comprar uma geladeira a prazo, por exemplo, ela pensa que pagará as prestações para a loja. Na verdade, o que acontece é uma operação de crédito, em que uma instituição financeira faz um empréstimo para o consumidor e paga a geladeira à vista para a loja. O consumidor, assim, acaba pagando as prestações para a instituição financeira, que é a credora. As pessoas não percebem a existência desse mecanismo porque, na verdade, a instituição financeira entrega o dinheiro diretamente à loja, sem passar pelo consumidor. Em alguns casos, a instituição financeira pertence à loja, quando esta é bastante grande a ponto de comportar uma financeira que realize as operações de crédito para suas vendas. Finalmente, temos os bancos oficiais, que são instituições financeiras cujo objetivo principal é o repasse e a aplicação dos fundos oficiais. Entretanto, como veremos com maiores detalhes adiante, os bancos oficiais brasileiros realizam diversos tipos de operações dentro do sistema financeiro, atuando como banco comercial, como autoridade monetária e, ainda, como banco de desenvolvimento, uma atribuição específica dos bancos oficiais. O sistema financeiro brasileiro é coordenado pelo Conselho Monetário Nacional, CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 22 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário que é seu órgão de cúpula. Ele coordena as políticas monetária, creditícia, fiscal e da dívida pública. Suas decisões são divulgadas através de resoluções do Banco Central do Brasil, que é uma das autoridades monetárias. A autoridade monetária no Brasil é constituída pelo Banco Central do Brasil. O papel da autoridade monetária no sistema financeiro é fiscalizar e executar as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional. O Banco Central do Brasil foi criado em 31 de dezembro de 1964, através da transformação da antiga SUMOC -Superintendência de Moeda e Crédito -, e incorporou algumas funções que até então eram executadas pelo Banco do Brasil e pelo Ministério da Fazenda. Entre as suas atribuições específicas, podemos citar: • emitir papel-moeda; • cuidar de tudo aquilo que diz respeito às instituições financeiras, bem como regular o serviço de compensação de cheques; • efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais, como instrumento de política monetária, e realizar operações de crédito à federação; • efetuar o controle dos capitais estrangeiros; • cuidar do funcionamento regular do mercado cambial e do equilíbrio do balanço de pagamentos; • comprar e vender títulos de sociedades de economia mista e de empresas do Estado. Dentro da estrutura do sistema financeiro brasileiro podemos destacar ainda o papel do Banco do Brasil (BB) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). O Banco do Brasil foi criado em 1808 e desde então tem sofrido inúmeras modificações. Nos dias atuais, desenvolve as funções de banco comercial ao mesmo tempo em que, como agente financeiro do governo federal, exerce influência na economia brasileira. Portanto, além das atribuições de um banco comercial, podemos destacar as seguintes atribuições específicas, entre outras: .ser agente financeiro do governo federal; • adquirir e financiar estoques de produção exportável; • executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris; • ser agente pagador e recebedor fora do País; • executar o serviço de compensação de cheques e de outros papéis; .realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira; • dar execução à política de comércio exterior; CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 23 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário • financiar as atividades industriais e rurais e difundir e orientar o crédito, inclusive as atividades comerciais, suplementando a ação da rede bancária. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico foi criado em 1952, pelo governo federal, para financiar a criação e a expansão dos investimentos em energia elétrica, portos, transportes, armazéns, frigoríficos e indústrias de base, sobretudo siderúrgicas e químicas. A maior parte dos recursos de que o BNDE dispõe provém do Programa de Integração Social (PIS), administrado pela Caixa Econômica Federal, e do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), administrado pelo Banco do Brasil. Em maio de 1982, o BNDE teve seu nome alterado para Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e passou a contar com recurso do Financiamento de Investimento Social (Finsocial), uma contribuição feita pelos empresários produtores de mercadorias, equivalente a 0,5% do faturamento bruto de suas empresas. Com essa mudança, o BNDES passou a atuar também no campo social. Dois bancos oficiais, que durante um razoável período tiveram um importante papel no sistema financeiro brasileiro, foram extintos recentemente, e suas funções foram absorvidas por outras instituições financeiras. O primeiro foi o Banco Nacional da Habitação (BNH), criado pela Lei n. 4.380, de agosto de 1964, que, juntamente com as sociedades de crédito imobiliário, que são instituições privadas de crédito, compõem o Sistema Financeiro da Habitação. Esse sistema foi criado para executar a política habitacional do governo federal, sob a orientação, coordenação e fiscalização do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil.Entretanto, apenas em 1966, com a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), através da Lei n. 5.107, o BNH passou a ter recursos para aplicar na construção de moradias, sobretudo para as famílias de baixa renda, com o objetivo de reduzir o déficit habitacional do país e para obras de saneamento. Portanto, as operações de crédito do BNH eram efetuadas com o depósito do FGTS feito pelas empresas em nome de seus funcionários. Mas não era apenas com o FGTS que o BNH realizava suas obras, pois utilizava também os recursos captados pelas sociedades de crédito imobiliário, pelas Caixas Econômicas e pelas empresas privadas de poupança. Em 21 de novembro de 1986, através do Decreto-Lei n. 2.291, o BNH foi extinto e suas atribuições foram absorvidas pela Caixa Econômica Federal. O segundo banco extinto foi o Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), originalmente vinculado ao Ministério da Agricultura. Foi o principal instrumento da execução da política cooperativista do país. A Medida Provisória n. 151, de 15 de março de 1990, encerrou as atividades desse banco e suas atribuições foram absorvidas pelo Banco do Brasil. A base jurídica do Sistema Financeiro Nacional O Sistema Financeiro Nacional possui dois subsistemas: o normativo, que engloba o Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, e o da intermediação financeira. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo do Sistema Financeiro CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 24 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Nacional e tem como finalidade formular a política de moeda e crédito, objetivando o progresso econômico e social do país (art. 22 da Lei n2 4.595, de 31/12/1964). O Banco Central do Brasil, por meio de resoluções, circulares e instruções, decorrentes das decisões do Conselho Monetário Nacional, fiscaliza, controla e regula a atuação dos intermediários financeiros. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) possui caráter normativo. Sua principal atribuição é fiscalizar as bolsas de valores e a emissão de valores mobiliários negociados nessas instituições, principalmente ações e debêntures. Compete à CVM, de acordo com a Lei n2 6.385, de 7/12/1976, art. 82, regulamentar, com observância da política definida pelo CMN, as matérias expressamente previstas nessa lei e na lei das sociedades por ações, e fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários. No subsistema da intermediação financeira, existem instituições bancárias e não-bancárias. As primeiras são constituídas pelos bancos comerciais e pelo Banco do Brasil, que deixou de ser autoridade monetária. Já as não-bancárias são: • o Sistema Financeiro da Habitação, que, com a extinção do Banco Nacional da Habitação (criado em 1964), tem na Caixa Econômica Federal (CEF) seu órgão máximo, estando, porém, atrelada às decisões do Conselho Monetário Nacional; • as caixas econômicas e as sociedades de crédito imobiliário (Lei n2 4.380, de 21/8/1964). As caixas econômicas estaduais, conforme o art. 24 da Lei n2 4.595, foram equiparadas à Caixa Econômica Federal; • os bancos de desenvolvimento, sendo o BNDES a principal instituição financeira de investimentos do governo federal, nos termos das Leis n2 1.628, de 20/6/1952, e n2 2.973, de 26/11/1956. O BNDES foi criado na década de 1950, com o Banco do Nordeste do Brasil e o Banco da Amazônia. Antes dessa década, tinha sido criado o Banco de Desenvolvimento do Extremo-Sul. Mais tarde foram criados bancos estaduais de desenvolvimento, para atuarem no fomento das atividades econômicas do país e, em particular, do Estado-sede; • os bancos de investimento, que tiveram sua base legal estabelecida pela Lei nº. 4.278/65, em seu art.29, que estabeleceu a competência ao Banco Central para autorizar a constituição de bancos de investimento de natureza privada, cujas operações e condições de funcionamento são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional. Essas instituições foram criadas nas décadas de 1950 e 1960 para canalizar recursos de médio e longo prazos para suprimento de capital fixo e de giro das empresas. Elas repassavam recursos de instituições oficiais no país, notadamente programas especiais, tais como PIS, Finame etc., bem como repassavam e avalizavam empréstimos obtidos no exterior. Já as companhias de crédito, financiamento e investimento começaram a surgir espontaneamente no pós-guerra, em função da mudança observada na estrutura de produção do país, que se tornou mais complexa, notadamente após a década de 1960. CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 25 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Essa alteração na estrutura de produção teve de ser acompanhada de um sistema creditício adequado, em face dos novos prazos de produção e financiamento das vendas dos bens de consumo duráveis exigidos pelas novas condições de mercado. Ocorreu, porém, que a estrutura de crédito vigente não poderia, de forma adequada, atender a esse novo tipo de demanda de crédito a médio e longo prazo. Até meados da década de 1990, o processo inflacionário atingia níveis bastante elevados, o que ocasionava, além de outras conseqüências, sérias distorções na aplicação dos recursos poupados pelas unidades com superávits. Desse modo, uma saída foi a expansão das financeiras. Muitas delas pertenciam a grupos financeiros que conseguiram se ajustar à demanda de crédito, que exigia prazos mais dilatados do que os proporcionados pelo sistema bancário de então. Noções Básicas sobre Financiamento de Imóveis O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foi criado pela Lei nº 4.380/64, o SFH - Sistema Financeiro de Habitação, visava implantar uma política de habitacional de alcance a todas as classes sociais, dando especial atenção aos trabalhadores assalariados sem recursos para adquirir um imóvel pelas condições até então existentes. O BNH – Banco Nacional de Habitação foi criado com o objetivo de orientar, disciplinar e controlar esta política habitacional, integrando o SFH. Desde sua criação até 1986, quando foi extinto, o BNH desempenhou suas funções com a participação das instituições financeiras autorizadas a operar com crédito imobiliário, financiando milhões de moradias por todo o país. Após a extinção do BNH, suas funções foram transferidas para o Banco Central. A partir da extinção do BNH, devido à diversos problemas macroeconômicos relacionado à inflação e desemprego, as operações de crédito imobiliário reduziram-se enormemente, ocasionando um colapso na construção civil. A queda das operações de crédito imobiliário levou o governo a estudar novos mecanismos que pudessem dar uma retomada de crescimento do mercado imobiliário. Após a estabilização econômica trazida em 1994 pelo Plano Real, foi concebida a Lei nº 9.514/97, criando o SFI – Sistema de Financiamento Imobiliário e que atualmente responde pela maior parte dos financiamentos de imóveis. Pelo novo instituto, a garantia hipotecária foi substituída pela Alienação Fiduciária do Imóvel – uma garantia de rápida constituição e de rápida execução e que pode ser feita sem grandes transtornos judiciais. Por esse sistema, o mutuário que deixar de cumprir com sua obrigação de pagamento poderá perder seu imóvel rapidamente pois apesar do bem estar em seu nome, só terá ele o direito usufruto, considerando que o direito de dispor só existirá após a quitação da dívida ou de sua transferência. Igualmente, só terá a propriedade plena (domínio integral) após cumprida a obrigação de quitar o preço, nas condições estabelecidas. De forma resumida, pode-se sintetizar a essência da lei de criação do SFI da seguinteCURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 26 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário forma: O construtor ou o incorporador para lançar e entregar um empreendimento, firma com o adquirente um contrato de compra e venda da unidade com pagamento parcelado; O próprio imóvel comercializado constitui-se na garantia da dívida contraída junto ao construtor, o que é feito com a alienação fiduciária em garantia, normatizado na própria lei, nos artigos 22 a 33; Sendo titular desse crédito o construtor busca negociá-lo com a companhia financiadora mediante a cessão de crédito; A companhia financiadora por sua vez emite títulos – CRI,s vinculados ao crédito adquirido do construtor e promove a sua colocação no mercado financeiro. Para que haja uma sintonia neste ciclo de pagar rendimentos aos investidores e cobrar juros dos adquirentes, a lei cuidou de homogeneizar as condições de crédito, utilizando os mesmos critérios para o cálculo de juros, de correção monetária e de garantia. Assim, o artigo 5º determina as condições essenciais para o financiamento, tratando das condições monetárias, financeiras e securitárias. Já o artigo 17 cuida das garantias nas operações do financiamento imobiliário, entre elas a alienação fiduciária, admitindo-se todavia outras tradicionais garantias já existentes em nosso direito, como a hipoteca. Como o interesse maior consiste em simplificar a garantia do empréstimo e a celeridade na execução dos inadimplentes, a lei concentrou-se na garantia fiduciária a partir do já citado artigo 22. O conceito deste tipo de garantia vem já no seu artigo 22: “ A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel”. Muito embora na alienação fiduciária haja a transferência do domínio da propriedade para o credor, este não é o seu objetivo, mas sim o de garantir-lhe contra a possível inadimplência do devedor. A Caixa Econômica Federal é hoje o principal agente público para financiamento imobiliário, atuando em diversas modalidades, todas com garantidas suficientes para evitar o que se ocorreu em outras partes do mundo, quando a falta de tais garantias no financiamento de imóveis gerou um verdadeiro caos na economia. Recentemente, com o Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, o Banco do Brasil também passou a operar o financiamento público federal, ainda em escala menor que a Caixa Econômica Federal CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - 27 Telefones: (62) 3637-0640 / 3637-0643 cordenacao@novaescolabrasil.com.br www.novaescolabrasil.com.br Economia e Mercado Imobilário Bibliografia: ABECIP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POUPANÇA. 1º Premio Abecip de monografia em crédito imobiliário e Poupança. São Paulo: ABECIP, 2007. BOTELHO, Adriano. O urbano em fragmentos: a produção do espaço e da moradia pelas práticas do setor imobiliário. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2007. CARNEIRO, Dionísio Dias; VALPASSOS, Marcos V. F. Financiamento à habitação e instabilidade econômica. 1. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003. CORDEIRO, Marcos Pires.Economia para Administradores.São Paulo:Saraiva,2005. EQUIPE DE PROFESSORES DA USP.Manual de Economia.São Paulo:Saraiva,2005. PINHO, Diva Benevides. Manual de economia. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2002. VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia:Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2006. Elaboração: Márcio Dourado – CORECON-GO nº2233 Economia e Mercado Imobiliário novaescolaBrasil CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
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