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Resumo aula 1

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA – AULA 1
Estudo das relações gerais dos órgãos que constituem uma determinada região, qualquer que seja a natureza (sistema) do mesmo. Considera o organismo como um todo, visto que a anatomia topográfica é regional.
REGIONAL: Está diretamente envolvida com a forma e relações de todos os órgãos presentes em partes ou regiões corpóreas específicas.
OBS.: ESTRATIGRAFIA dissecar o corpo do animal em camadas (epiderme, derme, hipoderme, musculatura e as estruturas sobre ela...)
 Método de estudo da Topográfica: DISSECÇÃO ato de chegar a uma estrutura anatômica, através de cortes (pele, musculatura cutânea, incisar algum músculo...). ATO DE LIMPAR TAMBÉM SE ENQUADRA NO ATO DE DISSECAR , visto que para chegar à estrutura em questão é necessária a limpeza (gordura, tecido conj fibroso...)
Porém, a dissecção do cadáver formolizado (Formol diluído em água a 10%) tem limitações:
- Órgãos ficam descaracterizados e inertes, cor e consistência muito diferentes daqueles contemplados no seu estado vivo.
- Sempre que possível complementar por material fresco e por observações cirúrgicas.
OBJETIVOS DA ANATOMIA TOPOGRÁFICA:
- Identificar as estruturas
- Habilidade manual com o instrumental cirúrgico simples
- Dar condições de dissecção em camadas (estratigrafia) – desde o plano da pele até chegar na região em questão (musculatura e vasos e nervos superficiais)
OBS.: “REGIÃO PARÓTIDO-AURICULAR” ao invés de “Lateral da Face”. As fibras musculares da musculatura Cutânea são muito finas e aderidas à pele. Existe a fáscia massetérica encobrindo o MM Masséter, tornando-o mais esbranquiçado e, principalmente, aproximando-o da mandíbula, visando potencializar os movimentos mastigatórios. 
DIFERENÇA ENTRE:
Anatomia Sistemática (Anato 1 e Anato 2): divide o corpo em sistemas, que são estudados separadamente
Anatomia Topográfica: divide o corpo em regiões, estudando os órgãos e estruturas que ali se encontram, independente do sistema a que correspondem.
FATORES QUE INTERFEREM NO ESTUDO:
- Sexo. Ex: a primeira diferença é que o macho apresenta a região ínguino-escrotal para ser dissecada; fêmeas apresentam acúmulo de gordura na região abdominal; glútea e lateral da coxa; fêmeas possuem porção muscular e óssea mais delicada...)
- Idade (maior flacidez de pele e musculatura (mesmo diante da formolização), maior acúmulo de gordura ainda em fêmeas; alguns acidentes anatômicos calcificam ou descalcificam - desaparecem)
MÉTODOS DE ESTUDOS GERAIS PARA A MEDICINA VETERINÁRIA:
** - Dissecção (Dissecação)
*- Inspeção (observar regiões e estruturas)
*- Palpação (principalmente antes de incisar a pele)
- Percussão
- Auscutação
- Outros
ESTUDO DAS REGIÕES:
Estratigrafia: planos ou camadas de uma determinada região, desde a incisão e rebatimento da pele até o órgão ou estrutura em questão
Sintopia: é a relação de cada órgão com seus vizinhos imediatos
Esqueletopia: é a relação de cada órgão com o esqueleto
ESTRATIGRAFIA DA PELE:
 Primeiro Plano: - Epiderme
 - Derme
 Segundo Plano: - Hipoderme (“Tela Subcutânea” – gordura e tec conj fibroso subcutâneo - o que removemos e descartamos (profundamente em relação à pele).)
Camadas da Hipoderme: - Camada Areolar
 - Fáscia Superficial
 - Camada Lamelar
*Identificáveis APENAS no feto (porém, todos têm)
CAMADA AREOLAR: tecido adiposo mais ou menos amarelado
- Forma o Panículo adiposo subcutâneo.
- Tecido adiposo estável (por conta da sua disposição da fibra do tecido adiposo (reta) subcutaneamente) – todos os animais domésticos apresentam, independente do estado nutricional.
FÁSCIA SUPERFICIAL: tecido conjuntivo fibroso subcutâneo (esbranquiçado) serve para que haja aderência entre a pele e a musculatura.
**Pode não apresentar em algumas regiões - na região de antebraço e perna, não há tec conjuntivo fibroso (Fáscia Superficial) para fazer aderência entre pele e musculatura, já que a musculatura é menos desenvolvida. Quem faz a aderência é a fáscia (Fáscia do Antebraço e Fáscia Crural – perna)
**Aparece em grande quantidade em regiões: região lateral da coxa (aderência entre pele e musculatura da coxa) e regiões de musculatura cutânea: região parótido auricular (cutâneo da face), região cervical lateral (cutâneo do pescoço), torácica lateral e abdominal lateral (cutâneo do tronco). Há fáscia entre cutâneo e musculatura e entre pele e cutâneo.
CAMADA LAMELAR: 
- Tecido Adiposo instável
- Dá mobilidade à pele (tecido adiposo instável)
- Plano de escorregamento da pele (mobilidade)
- É uma camada mais mole, podendo apresentar infiltração de líquido e pus (gordura mais maleável)
OBS.: TODOS os processos infecciosos subcutâneos de hipoderme se instalam e iniciam nessa região (Ex: abcessos subcutâneos
- Se instala. Expande, e pode chegar a outras camadas da hipoderme
REGIÃO TORÁCICA LATERAL OU COSTAL (região que contém as costelas):
OBS.: A maior parte das costelas pertence à cavidade abdominal – em qualquer espécie de animal doméstico (Diafragma faz a cúpula, convexo para a cav torácica e côncavo para a abdominal)
IMPORTÂNCIA MÉDICO-CIRÚRGICA DA REGIÃO COSTAL:
- Processos patológicos de ordem inflamatória, traumática e tumoral (gerais – que podem se instalar na região)
 - Esofagotomias: abordagem cirúrgica de esôfago por corpos estranhos e aneurismas parasitários
 - Processos de esôfago: abordagem normalmente pelo lado esquerdo da cavidade (sempre atentando para a topografia dos órgãos do mediastino, atentando para o 6º - 7º espaço intercostal do cão – PRESENÇA DA CÚPULA DO DIAFRAGMA – para dentro da cavidade torácica)
Órgãos do Mediastino: coração, pulmão, linfonodos mediastínicos.
 TRAJETO DO ESÔFAGO:
 Cão capta o alimento com os lábios e dentes, o bolo alimentar cai na faringe (“garganta”), a qual possui 7 aberturas, sendo uma delas denominada “Orifício Esofágico”. O esôfago segue dorsal à traqueia, ao chegar na lateral da cervical (pescoço) sofre um leve desvio à esquerda, entra na cavidade torácica, sofrendo um estreitamento, devido à presença de grande quantidade de órgãos no mediastino e pelo fato do primeiro par de costelas ser menor e menos arqueado para fora. Percorre a cavidade torácica e perfura o diafragma no hiato esofágico (há mais o hiato aórtico e o forame da VCC), sofrendo um segundo estreitamento, entrando na cavidade abdominal. Penetra no estômago através do orifício “Cárdia”.
 OBS.: O ruminante é o ÚNICO animal que não apresenta trajeto abdominal de esôfago (perfura o hiato esofágico e já ocorre a presença do rúmen, havendo a entrada no cárdia na transição de rúmen e retículo). É facilitada a presença de corpos estranhos nas regiões de estreitamento do esôfago.
OBS.: Os orifícios do diafragma ficam: Hiatos - Anel Muscular e Forame da VCC – Centro Tendíneo (se prende a vértebra lombar, costela e esterno)
AULA PRÁTICA 1
COMO A PELE DEVE SER INCISADA NA REGIÃO TORÁCICA LATERAL?
- São 3 incisões de pele. Duas longitudinais, uma dorsal e a outra ventral. E uma incisão transversal, unindo as duas longitudinais, sendo a pele dessa região rebatida como uma janela. Serão duas porções: uma rebatida caudalmente e outra cranialmente.
- Dessa forma, a ponta da pele deve ser captada com a pinça anatômica, erguida, e a lâmina do bisturi deve percorrer e descolar a pele caudal e cranialmente.
- Extremamente aderido à pele, subcutaneamente, estará o MM Cutâneo do Tronco, sendo que sua incisão é a MESMA da pele!* (as incisões serão feitas na mesma altura da pele, para que a janela fique igual)
OBS.: SEMPRE a pele deve ser rebatida primeiro e DEPOIS é que o Cutâneo será descolado dela, caso ele venha aderido à mesma.
- Se o animal for mais gordinho, no MM Cutâneo há fibras de tec adiposo entremeadas com suas fibras musculares, dessa forma, por ser delicado, sua gordura NÃO deve ser removida (quando estiver entre uma fibra e outra, por exemplo).
- Apósa incisão do cutâneo do tronco, inicia-se a incisão do MM Grande Dorsal
OBS.: MM Oblíquo Abdominal Externo aparece muito no tórax.
OBS.: Pinça Dente de rato usada só para gordura, com o bisturi!! (tórax não acumula muito)
- Com a pinça anatômica será erguido o MM Grande Dorsal e, com o bisturi, será percorrido por baixo visando soltá-lo. 
- Como existe também divisão ente o Grande Dorsal e o Trapézio Torácico, serão divididos, sendo que também existe divisão entre ele e a Fáscia Toracolombar e o Oblíquo Abdominal Externo (nítida divisão). Portanto, tal MM será separado dessas estruturas, sendo realizada apenas uma incisão transversal, visto que o mesmo já foi desprendido da musculatura.
- A incisão será realizada no seu centro, na mesma linha da pele e do cutâneo, sendo rebatido cranial e caudalmente (janela).
- Após o grande dorsal, disseca-se o Serrátil DORSAL, parte cranial (possui parte cranial e caudal, porém a caudal está encoberta pela fáscia toracolombar, portanto não dissecada), Serrátil Ventral, parte torácica, Peitoral, acesso a 3 ou 4 espaços intercostais (Mm Intercostais externos e internos).
- Se o animal é mais robusto, entre uma camada e outra de músculo, haverá gordura
- Não esquecer das aponeuroses ventralmente formadas pelos Mm ob ab ext, interno, transverso ab e reto ab (aponeuroses se unem na linha média para formar a linha alba)
 FÁSCIA ENDOTORÁCICA: aderida à musculatura Intercostal Interna, para dentro da cavidade torácica, antes da Pleura Parietal (na cavidade), aderindo mais a musculatura às costelas e protegendo a parede da cavidade torácica junto à pleura parietal. (porém, não chegamos a esse nível de dissecção)
*Eleger o MAIOR espaço intercostal, devido ao fato de os espaços possuírem variação individual. Então, removo a tela subcutânea e escolho. Dessa forma:
- Será feita uma janela nos músculos intercostais EXTERNOS, IGUAL à janela dos Intercostais INTERNOS. Primeiramente, uma incisão transversal no bordo caudal da primeira costela do espaço intercostal escolhido, e duas longitudinais, uma dorsal e uma ventral. Rebatendo caudalmente. 
- Geralmente aderido ao externo está o interno, sendo ambos pouco mais expessos que a musculatura cutânea, de maneira que será necessário o uso da pinça anatômica e a passagem levemente da lâmina para separá-los, observando a diferenciação de fibra. Sendo as duas musculaturas rebatidas caudalmente
Existe no bordo caudal da costela, medialmente:
SULCO COSTAL: aloja uma tríade vásculo-nervosa, PRESENTE EM CADA COSTELA (artéria intercostal, veia intercostal e nervo intercostal (ordem craniocaudal) – localizados no sulco, envoltos por bainha de tecido conjuntivo fibroso, aderidos ao periósteo do sulco costal) – devem ser dissecados.
- Com a pinça anatômica e lanterna, tento puxar a bainha para fora devagar, rompendo-a e separando os 3.
OBS.: A artéria intercostal é resultante da anastomose de outras duas, assim como a veia, da dorsal e ventral, as quais se encontram no meio da costela. A artéria intercostal dorsal é ramo da Aorta, sendo a ventral ramo da Torácica Interna. A veia intercostal dorsal é tributária da Ázigos, sendo a ventral tributária da torácica interna. O nervo sai do forame vertebral da medula. A tríade irriga, drena e inerva a região de musculatura intercostal. O nervo emite ramificações e ao incisar o músculo ele pode arrebentar. NÃO PRECISA DISSECAR A TRÍADE EM TODA A EXTENSÃO DA JANELA.

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