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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: PROTOCOLO PRO.FIS.006 Página 1/3 Título do Documento: Critérios de indicação de fisioterapia respiratória Emissão: 03/02/2017 Revisão Nº: - 1 I. AUTORES • Sandra Helena Sampaio Damasceno • Elisete Mendes Carvalho II. INTRODUÇÃO A fisioterapia aplicada na UTI tem uma visão geral do paciente, pois atua de maneira complexa no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória. É fundamental que as vias aéreas estejam sem secreção e os músculos respiratórios funcionem adequadamente. A fisioterapia respiratória atua com a finalidade de recuperar a alteração da função respiratória do paciente. Inicialmente voltada para as doenças que apresentam limitação crônica do fluxo aéreo (asma, enfisema, bronquite crônica e bronquiectasias), atualmente é indicada em praticamente todas as doenças respiratórias, nas unidades de terapia intensiva, pré e pós-operatório e no nível ambulatorial para adultos e crianças. Tem também uma indicação preventiva para evitar complicações respiratórias, sobretudo nos pacientes submetidos a cirurgia abdominal, ortopédica, torácica ou cardíaca.Ela também atua na otimização (melhora) do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases que participam da respiração do paciente. III. CRITÉRIO DE INCLUSÃO Pacientes internadas na Unidade de Terapia Intensiva Adulto. IV. CRITÉRIO DE EXCLUSÃO Alterações clínicas significativas como instabilidade hemodinâmica grave, tórax instável, pneumotórax e/ou pneumomediastino não drenados, agitação psicomotora constituem o hall de situações impeditivas para a realização de fisioterapia respiratória. Paciente deve ser reavaliado posteriormente. Alterações clínicas como, FR > 35rpm; PA sistólica > 180mmHg; PA diastólica < 60mmHg; 40bpm > FC > 130bpm; tonturas e mal-estar durante o atendimento, são preditivas de interrupção do mesmo. A equipe deve ser informada do evento para uma completa avaliação. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: PROTOCOLO PRO.FIS.006 Página 2/3 Título do Documento: Critérios de indicação de fisioterapia respiratória Emissão: 03/02/2017 Revisão Nº: - 2 V. CONDUTA 1. Proceder assepsia das mãos; 2. Utilizar EPIs: máscaras descartáveis e luvas de procedimento; 3. Realizar avaliação respiratória do paciente; 3.1. Identificar e diagnosticar os colapsos pulmonares que levam a redução de volume pulmonar através de ausculta pulmonar, raio X, TC, exames de espirometria. O colapso pulmonar ocorre com frequência em pacientes com doenças respiratórias e neuromusculares, pacientes acamados por longos períodos, pacientes intubados sob ventilação mecânica e pós- operatórios de cirurgias torácicas e abdominais. A terapia de expansão pulmonar é a indicação apropriada pois incrementa o volume pulmonar através do aumento do gradiente de pressão transpulmonar; 3.2. Realizar o diagnóstico funcional do impacto da retenção de secreções sobre a função pulmonar, na dificuldade de expectoração do paciente, no nível de cooperação e desempenho do mesmo, na escolha da intervenção de maior efeito e menor dano, no custo operacional e na preferência do paciente. A terapia de higiene brônquica constitui um conjunto de intervenções capazes de promover ou auxiliar o paciente na remoção de secreções das vias aéreas. Na terapia intensiva pode ser direcionada aos pacientes sob ventilação espontânea (VE) ou ventilação mecânica (VM); 3.3. Realizar diagnóstico do estado funcional prévio ao internamento em UTI é de fundamental importância, quando possível, para o direcionamento do plano fisioterapêutico, associado a história do doente crítico. A disfunção muscular respiratória deve ser identificada pela avaliação sistemática e seriada das pressões geradas pelos músculos inspiratórios (PImáx) e expiratórios (PEmáx) através da manuvacuometria, que pode ser realizada no paciente cooperativo e não cooperativo, em VM ou VE; 3.4. Valores com fórmula para cálculo de PImáx e PEmáx. Pressão Inspiratória Máxima – (P. I. máx) HOMENS = 0,80 x (IDADE) + 155,3 MULHERES = 0,49 x (IDADE) + 110,4 Pressão Expiratória Máxima – (P. E. máx) HOMENS = 0,81 x (IDADE) + 165,3 MULHERES = 0,61 x (IDADE) + 115,6 3.5. O treinamento muscular respiratório deve ser aplicado em pacientes sujeitos a fraqueza muscular que não obtiveram êxito na manuvacuometria ou falharam no TRE. Um protocolo de treinamento de força e endurance se faz necessário nesses casos (Ver POP de Treinamento de Força e Endurance). SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Tipo do Documento: PROTOCOLO PRO.FIS.006 Página 3/3 Título do Documento: Critérios de indicação de fisioterapia respiratória Emissão: 03/02/2017 Revisão Nº: - 3 VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. MARTINEZ, Bruno Prata. Diagnóstico Fisioterapêutico na Unidade de Terapia Intensiva. Programa de Atualização – PROFISIO: ciclo 5, vol 1 – Porto Alegre: Artmed Panamericana, 2014; 2. ANDRADE, Flávio Maciel Dias et al. Avaliação Fisioterapêutica em Terapia Intensiva. Programa de Atualização – PROFISIO: ciclo 1, módulo 1 – Porto Alegre: Artmed Panamericana, 2010; 3. FRANÇA, Eduardo Ériko Tenório et al. Fisioterapia em Pacientes Críticos Adultos: Recomendações do Departamento de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Revista Brasileira de Terapia Intensiva: 24 (1): 6-22, 2012; 4. JOSÉ, Anderson; OKAMOTO, Valdelis. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, vol. 19 N 3, Julho – Setembro, 2007.
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