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IBET - Seminário 3

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�Seminários de casa
ECT
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM Direito Tributário
	
SEMINÁRIO III
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
Questões de casa
Thayse Barbosa Dias
2019
Seminário III
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
Questões:
1.	Diferençar, se possível: (i) decadência do direito de lançar, (ii) prescrição do direito do Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) decadência do direito do contribuinte pleitear a restituição do indébito tributário e (iv) prescrição do direito de ação do contribuinte repetir o indébito tributário.
Decadência do direito de lançar: Natureza tributária. A decadência do direito de lançar não permite sequer que o crédito tributário seja constituído.
Prescrição do direito do Fisco cobrar o crédito tributário: Natureza tributária. Após o lapso temporal de 05 anos, não havendo cláusulas interruptivas ou suspensivas, o fisco não poderá mais cobrar o crédito, mesmo que já lançado.
Decadência do direito do contribuinte pleitear a restituição de indébito tributário: Tal relação obrigacional tem natureza civil, e não tributária; portanto o valor ressarcido não se trata de tributo, e sim, de dever de restituição evitando enriquecimento ilícito. Ocorre após 05 anos da data do pagamento indevido para a cobrança administrativa, dado ao direito potestativo do contribuinte (art. 168, CTN) ou da decisão final administrativa ou judicial que entender indevido o “tributo” pago (art. 168, II, CTN)
Prescrição do direito de ação do contribuinte repetir o indébito tributário: O prazo prescricional para o exercício desta pretensão é de dois anos a contar da denegação (art. 169, CTN).
Para todos os casos, é admitida apenas uma causa de interrupção do prazo (art. 202, caput). 
2.	Conjugando o art. 146, III, “b”, da CF e o princípio da autonomia dos entes federativos, responda: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio de lei ordinária, podem estabelecer prazo diverso do constante no CTN para a decadência e prescrição de seus créditos? E mediante lei complementar estadual ou municipal? (Vide anexo I e Súmula Vinculante n. 8 do STF).�
Não, caso sejam leis aprovadas após o marco previsto pelo STF, qual seja: 11/06/2008, por ter sido declarada inconstitucional a prática, com efeitos “ex nunc”. Por se tratar a decadência e a prescrição de matérias reservadas à lei complementar, portanto, não podem os entes federados estabelecer prazo diverso do estabelecido no CTN. A lei deve ser a mesma para todo o território nacional. Da mesma forma, estados e municípios devem seguir a lei geral, sendo qualquer estipulação diversa nos prazos decadenciais ou prescricionais ilícita. 
3.	Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por homologação”? Se não houver o que homologar, o prazo passa a ser o dos tributos sujeitos ao lançamento de ofício (vide anexos II e III)? E no caso de fraude (vide anexo IV)? 
“Do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado”, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito. 
Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, para a fixação do prazo decadencial para a constituição do crédito tributário, considera-se apenas a existência, ou não, de pagamento antecipado, pois é esse o ato que está sujeito à homologação pela Fazenda Pública, nesses casos deve-se observar o disposto no art. 150, § 4º, do CTN.
Como já prevista exceção nos casos de dolo, fraude ou simulação, no art. 150, §4º, CTN, este não poderá ser aplicando, sendo utilizado o previsto no art. 173, I, CTN, qual seja, do primeiro dia seguinte àquele que o lançamento deveria ter sido efetuado.
4.	Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se entende por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem apenas o condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I ou pode também postergá-lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo decadencial? (Vide anexo V e VI).
O prazo de decadência nem se interrompe nem suspende. A suspensão da exigibilidade do crédito não impede a decadência. Desta forma, o Fisco deve efetuar o lançamento e notificar ao contribuinte para evitar a decadência, cujo prazo se inicia a partir da data em que é iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação do sujeito passivo, e não do ano seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
“a) o mencionado parágrafo único trata de EXTINÇÃO definitiva do direito de constituir o crédito tributário, e não de CONSTITUIÇÃO definitiva do crédito tributário, estabelecida no art. 174 do CTN; e, 
b) o DIREITO a ser extinto, a que faz menção o referido parágrafo único, retratado no caput do art. 173 do CTN, é o de constituir o crédito tributário (pelo lançamento), e não o de iniciar a sua constituição (pela notificação)” (José Hable)�.
A medida preparatória indispensável ao lançamento constitui o termo de início do lustro decadencial, desde que até essa data não tenha ainda ocorrido a decadência contada pela regra do caput e incisos do mesmo artigo. É o ato de notificação, que somente antecipa o início do prazo decadencial quando, ocorrido o fato gerador, ainda não se realizou o requisito do art. 173, I, CTN. Portanto, como já ventilado acima, o prazo decadencial não se suspende ou interrompe.
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DECADÊNCIA. TERMO INICIAL. PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE AO FATO GERADOR. MEDIDA PREPARATÓRIA AO LANÇAMENTO. ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: VERBA HONORÁRIA. 1. O termo inicial do prazo decadencial de 5 anos para exigir crédito tributário sujeito a lançamento por homologação, não declarado nem pago, é o primeiro dia do exercício seguinte aos fatos geradores, nos termos do art. 173/I do CTN. 2. O prazo decadencial assim iniciado não se suspende nem se interrompe (Código Civil, art. 207). As notificações de medidas preparatórias indispensáveis ao lançamento somente antecipam o início do prazo decadencial (CTN, art. 173, p. único) quando, ocorrido o fato gerador, ainda não se realizou o requisito do art. 173/I. 3. O mandado de procedimento fiscal de 28.05.2004 solicitando à contribuinte a apresentação de documentos é, portanto, irrelevante para fins de análise da decadência do crédito cujos fatos geradores ocorreram em 1999, porque o prazo decadencial já se havia iniciado em 1º.01.2000. Notificado o lançamento do crédito ao contribuinte em 28.03.2005, consumou-se a decadência. 4. O acolhimento de exceção de pré-executividade autoriza a fixação de verba honorária a ser suportada pela União/exequente (AgRg no AREsp 579.717-PB, r. Min.Sérgio Kukina, 1ª Turma/STJ, em 18.12.2014). 5. Agravo de instrumento da União/exequente desprovido. (TRF-1 - AI: 00476214220114010000 0047621-42.2011.4.01.0000, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, Data de Julgamento: 16/10/2017, OITAVA TURMA, Data de Publicação: 27/10/2017 e-DJF1)
5.	A Lei n. 11.051/04 trouxe previsão de prescrição intercorrente no processo judicial. Quanto ao processo administrativo fiscal, existe prescrição intercorrente no seu curso? E no decorrer do processo executivo fiscal? Justificar (vide anexos VII, VIII e IX).
Segundo a súmula 11 do CARF, não se aplica prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal.
No processo executivo fiscal, é possível a prescrição intercorrente, podendo ser evitada nas seguintes hipóteses: 
(a) qual o pedido de suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 1 (um) ano previsto no art. 40, § 2º. da LEF;
(b) se o prazo de 1 (um) ano de suspensão somado aos outros 5 (cinco) anos de arquivamentopode ser contado em 6(seis) anos por inteiro para fins de decretar a prescrição intercorrente; (c) quais são os obstáculos ao curso do prazo prescricional da prescrição prevista no art. 40 da LEF; 
(d) se a ausência de intimação da Fazenda Pública quanto ao despacho que determina a suspensão da execução fiscal (art. 40, § 1º.), ou o arquivamento (art. 40, §2º.), ou para sua manifestação antes da decisão que decreta a prescrição intercorrente (art. 40, § 4º.) ilide a decretação da prescrição intercorrente.
	A súmula 314/STJ corrobora com o entendimento da possibilidade de ocorrência de prescrição intercorrente após o transcurso do prazo de um ano de suspensão, quando da não localização de bens a executar. 
SÚMULA N. 314 Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente.
6.	Qual o marco inicial da contagem do prazo para redirecionamento da execução fiscal contra os sócios? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional? (Vide anexos X e XI).
		Há prescrição se decorridos mais de cinco anos entre a citação da empresa e a citação dos sócios, de modo a não tornar imprescritível a dívida
Fiscal. Trata-se de prazo prescricional.
7.	Sobre a decadência/prescrição do direito de repetir o indébito tributário pergunta-se:
	a) Quais indébitos estão sujeitos ao art. 3º da LC n. 118/05: todos, independente da data do pagamento indevido; aqueles cuja restituição seja requerida depois do termo inicial de sua vigência; ou somente os pagamentos efetuados após iniciada sua vigência? Justificar (vide anexos XII e XIII).
	
	(a) antes do advento da Lei 9.250/95, incidia a correção monetária desde o pagamento indevido até a restituição ou compensação (Súmula 162/STJ), acrescida de juros de mora a partir do trânsito em julgado (Súmula 188/STJ), nos termos do art. 167, parágrafo único, do CTN; 
	(b) após a edição da Lei 9.250/95, aplica-se a taxa SELIC desde o recolhimento indevido, ou, se for o caso, a partir de 1º.01.1996, não podendo ser cumulada, porém, com qualquer outro índice, seja de atualização monetária, seja de juros, porque a SELIC inclui, a um só tempo, o índice de inflação do período e a taxa de juros real.
	b) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem modulação de efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito tributário? Conta-se do pagamento indevido ou o termo inicial seria a “data da declaração de inconstitucionalidade da lei que fundamentou o gravame”? (Vide anexos XIV e XV).
O prazo continua quinquenal, sendo o marco temporal a data do pagamento do tributo indevido. Não se conta o lapso prescricional da data da ADIN, eis que esta é despicienda. 
�
� Súmula Vinculante n. 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do Dec.-lei 1.569/77 e os arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam da prescrição e decadência de crédito tributário.”
� HABLE, José. Decadência e o parágrafo único do art. 173 do CTN.. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 13, n. 1834, � HYPERLINK "https://jus.com.br/revista/edicoes/2008/7/9" �9�jul. 2008. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/11475>. Acesso em: 9 abr. 2019.

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