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Introdução à Micologia e Características Gerais dos Fungos O que é Micologia? É a ciência que estuda os fungos (Eumycota) Sinonímia: cogumelos, micetos, mofo, bolor, hongo, yeast, mold, champignon. Fungos são seres vivos que pertencem ao Reino Fungi. (Ainsworth 1973). Foram outrora classificados como vegetais, porém não são fotossintetizantes, não formam tecidos verdadeiros, não têm parede de celulose e não armazenam amido. Importância do estudo dos fungos: 3.100 espécies bacterianas descritas Aproximadamente 5.000 vírus conhecidos Há cerca de 70.000 espécies de fungos conhecidos; especula-se que o número total de fungos existentes no mundo esteja compreendido entre 1 e 1,5 milhão de espécies Insetos: 950.000 Plantas: 250.000 Importância do estudo dos Fungos: Interação com plantas (Micorrizas) Produção de alimentos Produção de enzimas, antibióticos Controle biológico de insetos vetores de doenças tropicais Fungos fitopatogênicos Agentes etiológicos de diversas doenças humanas e animais De que modo produzem doença? Como agentes infecciosos – causando as micoses Como sensibilizantes – causando manifestações alérgicas Como agentes de intoxicações – produzindo micetismo (quadro agudo devido à ingestão de cogumelos não comestíveis) ou micotoxicose (quadro crônico devido à ingestão repetida de alimentos contaminados com toxinas fúngicas) Os fungos são parasitas? Poderiam ser considerados parasitas facultativos pois não dependem do parasitismo para completar seu ciclo vital Na condição de associação com outros seres vivos são considerados parasitas. Ex. dermatófitos e Candida FUNGOS PATOGÊNICOS E OPORTUNISTAS Micoses: infecção por microfungos parasitas. Ação mecânica e por metabólitos presentes em todas as especialidades da medicina Fungo patogênico: regularmente isolado de um determinado processo infeccioso. Fungo oportunista: raramente isolado de uma variedade de manifestaçõs clínicas. MICOLOGIA MÉDICA Estuda os fungos patogênicos para os seres humanos. Inclui também o estudo de bactérias filamentosas (actinomicetos – Reino Monera) e algumas algas patogênicas para o Homem e animais – Prototheca e Chlorella Características gerais dos fungos • Eucariotos • Sem clorofila • Heterotróficos • Parede celular contém quitina • Ergosterol de membrana • Unicelulares ou multicelulares • Glicogênio como material de reserva • Uni ou multinucleados • Imóveis • Nutrição por absorção • Sintetizam lisina pela via do L-a-ácido adípico (AAA) • Reprodução sexuada ou assexuada Características fisiológicas O metabolismo: diferem de bactérias e outros organismos porque sintetizam lisina apenas pela via do L-a-ácido adípico (AAA). Utilizam diferentes fontes de carbono; obtém energia através da oxidação de açúcares, alcoóis, proteínas, lipídeos e polissacarídeos. A nutrição: são heterotróficos e digerem seu alimento externamente liberando enzimas hidrolíticas na circunvizinhança com absorção de nutrientes •assexuada – pela formação de esporos dentro de esporangióforos ou por formação de conídios (unidades reprodutivas assexuadas). Morfologia dos fungos de interesse médico Podem apresentar-se como leveduras – formas unicelulares arredondadas que se multiplicam por brotamento Como micélio – filamento composto de hifas constituídas por várias células arranjadas em cadeia septadas ou não Ou como dimórficos – possuem formas de leveduras em parasitismo e micélio em vida saprofítica Dimorfismo: Habilidade de alguns fungos de crescerem em duas formas distintas em resposta à temperatura e a fatores nutricionais. Os fungos dimórficos, quando cultivados à temperatura ambiente ou no seu nicho ecológico apresentam-se na forma filamentosa; quando incubados a 37ºC em meios especiais, ou em parasitismo, apresentam-se na forma de levedura ou esférula. Hifas 21 Septadas * Hifas divididas em septos que separam os compartimentos celulares Asseptadas/Cenocíticas * Hifas não contêm septos, tendo assim um citoplasma comum. Principais grupos de fungos Filo Zygomycota. Filo Ascomycota. Basidiomycota. Filo Deuteromycota. Terminologia e Classificação das Micoses Localização do processo: dermatomicoses, oftalmomicoses, etc. O fungo responsável: aspergilose, histoplasmose, etc Literatura médica ou leiga: sapinho, pé-de-atleta, etc Segundo os tecidos e órgão afetados: Micoses superficiais Micoses cutâneas, Micoses subcutâneas, Micoses sistêmicas (por fungos patogênicos ou por fungos oportunistas) CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES MICOSES SUPERFICIAIS ✓ Localização da lesão: superficial ✓ Penetração: contato direto ✓ Normalmente não se dissemina por via sanguínea e/ou linfática ✓ Não induz resposta inflamatória ✓ Exemplos: Pitiríase versicolor Tinha nigra Piedra branca Dermatofitoses 42 C MICOSES SUBCUTÂNEAS ✓ Localização da lesão: Derme ✓ Penetração: Microtraumatismos ✓ Disseminação: via linfática ✓ Resposta do hospedeiro: inflamatória ✓ Exemplos: Esporotricose Lobomicose Cromoblastomicose Eumicetomas MICOSES SISTÊMICAS ✓ Localização da lesão:acomete órgãos internos ✓Via de penetração: inalatória ✓ Vias de disseminação: sanguínea e linfática ✓ Resposta do hospedeiro: inflamatória granulomatosa ✓ Exemplos: Paracoccidioidomicose Histoplasmose Coccidioidomicose MICOSES OPORTUNÍSTICAS ✓ Definição: causadas por fungos que normalmente são sapróbios e que em decorrências de fatores adversos passam a produzir lesões. ✓Indivíduos com ↓ resposta imune ✓Antibioticoterapia prolongada ✓Rompimento de barreira de defesa da pele e/ou de mucosas ✓Exemplos: Criptococose Candidíase Aspergilose
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