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TRABALHO DE PROCESSO PENAL

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ESTACIO | CEUT- CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA
DISCIPLINA: DIREITO RPOCESSUAL PENAL I
PROFESSOR: ALESSANDER MENDES
ALUNA: ELIANA FIGUEREDO
CURSO: DIREITO – 7º A / MANHÃ
TIPOS DE PRISÕES
A prisão em flagrante é a que resulta no momento e no local do crime. É uma medida restritiva de liberdade, de natureza cautelar e caráter eminentemente administrativo, que não exige ordem escrita do juiz, porque o fato ocorre de inopino (art. 5º, inciso LXI da CF). Permite-se que se faça cessar imediatamente a infração com a prisão do transgressor, em razão da aparente convicção quanto à materialidade e a autoria permitida pelo domínio visual dos fatos. É uma forma de autopreservação e defesa da sociedade, facultando-se a qualquer do povo a sua realização. Os atos de documentação a serem realizados subsequentemente ao cerceio da liberdade do agente ocorrerão normalmente na Delegacia de Polícia. 
Nos termos do art. 301 do Código de Processo Penal, a prisão de quem é encontrado em flagrante delito poderá efetivar-se por qualquer pessoa, ou seja, tanto o particular tem a faculdade de realizá-la, como também, as autoridades policiais ou seus agentes deverão prender a pessoa surpreendida cometendo o delito. Embora a prisão em flagrante seja uma modalidade de prisão processual, a prisão propriamente dita, isto é, a constrição da liberdade de locomoção, mesmo que realizada por particular, apresenta caráter nitidamente administrativo, uma vez que a consequente ratificação – da prisão em flagrante – cabe à autoridade administrativa: o delegado de polícia. 
Esclarece Tourinho Filho: 
[...] o ato de prender em flagrante não passa de simples ato administrativo levado a efeito, grosso modo, pela Polícia Judiciária, incumbida que é de zelar pela ordem pública. Pouco importa a qualidade do sujeito que efetive a prisão. É sempre um ato de natureza administrativa. Se for o particular, ainda assim continua sendo um ato administrativo, e o cidadão estará exercendo um direito público subjetivo de natureza política. [...] Mesmo que a prisão se efetive pelo juiz, tal ato não perde o colorido de administrativo, pois o Magistrado estaria, então, exercendo uma função administrativa e não jurisdicional. (TOURINHO FILHO, 2007a, p. 444). 
Espécies de flagrante
As modalidades de flagrante delito disciplinadas no Código de Processo, na legislação especial e aquelas idealizadas pela doutrina e pela jurisprudência, destacando o âmbito de incidência e o aspecto da legalidade. São elas: 
1 - Flagrante próprio (propriamente dito, real ou verdadeiro) 
Dá-se o flagrante próprio quando o agente é surpreendido cometendo a infração penal ou quando acaba de cometê-la. É a modalidade que mais se aproxima da origem da palavra flagrante, pois há um vínculo de imediatidade entre a ocorrência da infração e a realização da prisão. Temos duas situações contempladas nesta modalidade: 
a) daquele que é preso quando da realização do crime, leia-se, ainda na execução da conduta delituosa;
 b) de quem é preso quando acaba de cometer a infração, ou seja, sequer se desvencilhou do local do delito ou dos elementos que o vinculem ao fato quando vem a ser preso. 
A prisão deve ocorrer de imediato, sem o decurso de qualquer intervalo de tempo. São as hipóteses previstas nos incisos I e II do art. 302 do CPP.
Flagrante impróprio (irreal ou quase flagrante)
 Nesta modalidade de flagrante, o agente é perseguido, logo após a infração, em situação que faça presumir ser o autor do fato. É a hipótese do art. 302, inciso 11. LOPES JR., Aury. Direito processual penal e sua conformidade constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. v. II. p. 64. Prisões 532 Nestor Távora e Rosmar Rodrigues Alencar III, do CPP. A expressão “logo após” abarca todo o espaço de tempo que flui para a polícia chegar ao local, colher as provas do delito e iniciar a perseguição do autor. A crença popular de que é de 24 horas o prazo entre a prática do crime e a prisão em flagrante não tem o menor sentido, eis que, não existe um limite temporal para o encerramento da perseguição. Não havendo solução de continuidade, isto é, se a perseguição não for interrompida, mesmo que dure dias ou até mesmo semanas, havendo êxito na captura do perseguido, estaremos diante de flagrante delito. O § 1º do art. 290 do CPP exprime o conceito legal de perseguição, entendendo-a quando a autoridade:
 a) tendo avistado o infrator, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista. Portanto, o contato visual não é elemento essencial para a caracterização da perseguição;
 b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o infrator tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procura, for no seu encalço. 
Flagrante presumido (ficto ou assimilado) 
No flagrante presumido, o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que presumam ser ele o autor do delito (art. 302, IV, CPP). Esta espécie não exige perseguição. Basta que a pessoa, em situação suspeita, seja encontrada logo depois da prática do ilícito, sendo que, o móvel que a vincula ao fato é a posse de objetos que façam crer ser a autora do crime. O lapso temporal consegue ainda ter maior elasticidade, pois a prisão decorre do encontro do agente com os objetos que façam a conexão com a prática do crime. 
Flagrante compulsório ou obrigatório
Alcança a atuação das forças de segurança, englobando as polícias civil, militar, rodoviária, ferroviária e o corpo de bombeiros militar (art. 144 da CF). Estas têm o dever de efetuar a prisão em flagrante, sempre que a hipótese se apresente (art. 301, in fine, CPP). Entendemos que esta obrigatoriedade perdura enquanto os integrantes estiverem em serviço. Durante as férias, licenças, folgas, os policiais atuam como qualquer cidadão, e a obrigatoriedade cede espaço à mera faculdade. Já os integrantes da guarda civil metropolitana não estão obrigados à realização da prisão em flagrante, sendo mera faculdade. 
Flagrante facultativo
 É a faculdade legal que autoriza qualquer do povo a efetuar ou não a prisão em flagrante. Abrange também, como já visto os policiais que não estejam em serviço (art. 301, CPP).
Flagrante esperado
No flagrante esperado temos o tratamento da atividade pretérita da autoridade policial que antecede o início da execução delitiva, em que a polícia antecipa-se ao criminoso, e, tendo ciência de que a infração ocorrerá, sai na frente, fazendo campana (tocaia), e realizando a prisão quando os atos executórios são deflagrados. Ex: sabendo o agente policial, pelas investigações, que o delito vai ocorrer, aguarda no local adequado, e, na hora “H”, realiza a prisão em flagrante. É o que se deseja da atividade policial, com forte desenvolvimento investigativo, e tendo conhecimento de que a infração ainda irá ocorrer, toma as medidas adequadas para capturar o infrator assim que ele comece a atuar. 
O flagrante esperado não está disciplinado na legislação, sendo uma idealização doutrinária para justificar a atividade de aguardo da polícia. Desta maneira, uma vez iniciada a atividade criminosa, e realizada a prisão, estaremos diante, em regra, de verdadeiro flagrante próprio, pois o indivíduo será preso cometendo a infração, enquadrando-se na hipótese do art. 302, inciso I, do CPP.
Flagrante preparado ou provocado 
No flagrante preparado, o agente é induzido ou instigado a cometer o delito, e, neste momento, acaba sendo preso em flagrante. É um artifício onde verdadeira armadilha é maquinada no intuito de prender em flagrante aquele que cede à tentação e acaba praticando a infração. Ex: policial disfarçado encomenda a um falsário certidão de nascimento de pessoa fictícia, e, no momento da celebração da avença, com a entrega do dinheiro e o recebimento do documento falsificado, realiza a prisão em flagrante. Seria uma eficiente ferramenta para prender pessoas que sabidamente são criminosas, pois ao serem estimuladas e iniciando a conduta delitiva, seriam surpreendidasem flagrante.
A Prisão Cautelar Preventiva 
É a prisão de natureza cautelar mais ampla, sendo uma eficiente ferramenta de encarceramento durante toda a persecução penal, leia-se, durante o inquérito policial e na fase processual. Até antes do trânsito em julgado da sentença admite-se a decretação prisional, por ordem escrita e fundamentada da autoridade judicial competente (art. 5º, inciso LXI da CF), desde que presentes os elementos que simbolizem a necessidade do cárcere, pois a preventiva, por ser medida de natureza cautelar, só se sustenta se presentes o lastro probatório mínimo a indicar a ocorrência da infração, os eventuais envolvidos, além de algum motivo legal que fundamente a necessidade do encarceramento.
A prisão preventiva apresenta tal quais as demais espécies de prisão processual, como fundamento de validade o art. 5º, inciso LXI, da Constituição Federal/88 e, encontra-se regulamentada pelos arts. 311 e seguintes do Código de Processo Penal. Inegável a importância atual da prisão preventiva no processo penal, além de sua amplitude, alcançando todo o desenrolar do inquérito policial, bem como, a instrução criminal, presta, sobretudo, a orientar a aplicabilidade das demais modalidades de prisão processual. 
O art. 312 do Código de Processo Penal estabelece os pressupostos e requisitos da prisão preventiva, quando proclama que: 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria. 
Para a decretação da preventiva é fundamental a demonstração de prova da existência do crime, revelando a veemência da materialidade, e indícios suficientes de autoria ou de participação na infração (art. 312, caput, in fine, CPP). Temos a necessidade de comprovação inconteste da ocorrência do delito, seja por exame pericial, testemunhas, documentos, interceptação telefônica autorizada judicialmente ou quaisquer outros elementos idôneos, impedindo-se a segregação cautelar quando houver dúvida quanto à existência do crime. Quanto à autoria, são necessários apenas indícios aptos a vincular o indivíduo à prática da infração. Não se exige a concepção de certeza, necessária para prisões uma condenação. 
A lei se conforma com o lastro superficial mínimo vinculando o agente ao delito. Os pressupostos da preventiva materializam o fumus commissi delicti para decretação da medida, dando um mínimo de segurança na decretação da cautelar, com a constatação probatória da infração e do infrator (justa causa). Assim, insistimos: a) prova da existência do crime: a materialidade delitiva deve estar devidamente comprovada para que o cerceamento cautelar seja autorizado; b) indícios suficientes da autoria: basta que existam indícios fazendo crer que o agente é o autor da infração penal. Não é necessário haver prova robusta, somente indícios.
 Para a decretação da prisão preventiva, necessário se faz a existência de prova da materialidade do crime e de indício suficiente de autoria, elementos que constituem o fumus commissi delicti das medidas cautelares no âmbito do processo penal. A respeito da prova da existência do crime como pressuposto da prisão preventiva, esclarece Machado: 
 [...] a prova da existência material do crime é um dos pressupostos fundamentais para a imposição da prisão preventiva. A dizer que a certeza do crime deve estar cumpridamente demonstrada, no processo ou no inquérito, como condição de admissibilidade daquela medida cautelar. Logo, não bastam meros indícios ou simples presunções sobre a ocorrência do fato delituoso – a lei exige absoluta segurança quanto a essa realidade fática. [...] Portanto, a certeza material do crime é requisito indispensável à aplicação da medida cautelar em questão. Não se prende preventivamente o autor de um crime que teria supostamente ocorrido, é preciso que essa ocorrência seja certa e esteja devidamente provada. (MACHADO, 2009, p. 469-470).
A Prisão Cautelar Temporária
 A prisão temporária foi instituída no direito brasileiro através da Medida Provisória n.º 111, de 24 de novembro de 1989, posteriormente, substituída pela Lei n.º 7.960, de 21 de dezembro de 1989, atualmente em vigor, e que disciplina a matéria. A prisão temporária integrou o ordenamento jurídico já sob a nova ordem constitucional estabelecida pela Carta Política/88, que não mais permitia a “prisão para averiguações” largamente utilizada nos meios policiais do regime político anterior. A prisão temporária tem por finalidade assegurar o êxito da investigação policial de crimes de maior complexidade e apenados mais severamente, em que o encarceramento do suspeito torna-se essencial para a elucidação dos fatos. A finalidade da custódia temporária é tão somente a de proporcionar meios e condições necessários para a realização de algum ato de investigação que não seria possível sem a detenção do indiciado. Ou seja, somente se justifica a prisão temporária, segundo a própria lei, se ela for absolutamente indispensável para a prática de alguma diligência investigatória que ficaria prejudicada se o autor do crime estivesse solto. 
A validade constitucional da prisão temporária é bastante questionada, uma vez que esta medida de constrição da liberdade de locomoção ingressou no ordenamento jurídico através de Medida Provisória, instrumento típico do Poder Executivo – ainda que posteriormente tenha sido substituída por Lei –, quando a Carta Política/88 determina que a competência para legislar sobre Direito Penal e Direito Processual Penal pertence, exclusivamente, à União. Quanto a este defeito de natureza formal, Clèrmerson Merlin Clève, citado por Rangel, esclarece, “chama a isto de inconstitucionalidade orgânica, ou seja, quando a lei é elaborada por órgão incompetente, pois a inconstitucionalidade decorre de vício de incompetência do órgão de que promana o ato normativo”. (RANGEL, 2008. p. 714). E complementa Rangel: 
[...] A prisão temporária é também inconstitucional por uma razão muito simples: no Estado Democrático de Direito não se pode permitir que o Estado lance mão da prisão para investigar, ou seja, primeiro prende, depois investiga para saber se o indiciado, efetivamente, é o autor do delito. Trata-se de medida de constrição da liberdade do suspeito que, não havendo elementos suficientes de sua conduta nos autos do inquérito policial, é preso para que esses elementos sejam encontrados. (RANGEL, 2008, p. 714). 
 
Embora a validade constitucional da prisão temporária seja duvidosa, tal medida coercitiva da liberdade individual segue em vigor, no direito brasileiro, tornando-se imperioso a análise dos requisitos legais necessários à sua imposição. Conforme o exposto no art. 1º da Lei 7.960, de 21 de dezembro de 19899, a prisão temporária será decretada quando:
 I – imprescindível para as investigações do inquérito policial; II – o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
 III – houver fundadas razões de autoria ou participação do suspeito, nos seguintes crimes: homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro, atentado violento ao pudor, rapto violento, epidemia com resultado de morte envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal, quadrilha ou bando, genocídio, tráfico de drogas e crimes contra o sistema financeiro, acrescenta-se a este rol, os crimes hediondos e assemelhados. 
acrescenta-se a este rol, os crimes hediondos e assemelhados. 
                 Art. 1º. Caberá prisão temporária:
 I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
 II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintescrimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com o art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3 º da Lei 2.889, de 1.10.1956), em qualquer de suas formas típicas; 
n) trafico de drogas (art. 12 da Lei 6.368, de 21.10.1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei 7.492, de 16.06.1986).
O procedimento para a decretação da medida é bastante escorreito, imprimindo celeridade na sua tramitação da medida, vejamos. 
Como não se admite a decretação da temporária de ofício, contamos com a provocação da autoridade policial, mediante representação, ou requerimento do Ministério Público. 
O juiz, apreciando o pleito, tem 24 horas para, em despacho fundamentado, decidir sobre a prisão, ouvindo para tanto o MP, nos pedidos originários da polícia. Em razão da exiguidade do prazo, prevê o art. 5º da Lei n.º 7.960/1989 que em “todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão permanente de 24 (vinte e quatro) horas do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de temporária”.
Decretada a prisão, o mandado será expedido em duas vias e uma delas, que será entregue ao preso, serve como nota de culpa, justamente para atender ao mandamento constitucional de informar a ele os motivos da prisão e quem são os seus responsáveis.
Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos assegurados na CF, entre eles o de permanecer em silêncio, além de assistência da família e de advogado (art. 5º, LXIII, CF);
Durante o prazo da temporária, pode o juiz, de ofício, a requerimento do MP ou defensor, “determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito” (art. 2º, § 3º, Lei n.º 7.960/1989). Por demais salutar a preocupação legal com a fiscalização judicial no transcorrer da prisão, aferindo assim eventual coação do preso temporário, inclusive coibindo a tortura; 
Decorrido o prazo legal (cinco ou trinta dias, conforme o caso) o preso deve ser posto imediatamente em liberdade, salvo, como já visto, se for decretada a preventiva. A liberdade é imediata, por força da lei, não necessitando o delegado de alvará de soltura para liberar o indiciado. Aliás, deve estar atenta a autoridade policial quanto ao prazo, afinal, por força do art. 4º, alínea “i”, da Lei n.º 4.898/1965, caso não libere o preso, poderá incorrer em abuso de autoridade. Por exigência legal, o preso temporário deve permanecer obrigatoriamente separado dos demais detentos, justamente para evitar as mazelas no contado com os presos definitivos (art. 3º). Todavia, na prática, o que se tem aplicado é o art. 300 do CPP (norma geral), condicionando a separação à existência de estrutura carcerária.

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