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Direito Internacional Privado 1 prova


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O Direito é uma ferramenta para a resolução de problemas, o qual funciona pelas leis. 
Internacional é tudo aquilo que está fora de um território determinado. Tempo e espaço, tempo vigência das leis, época dos fatos, prescrição, decadência, perempção; (espaço marítimo, aéreo, aquífero, terrestre, subsolo), turismo, migrações. 
IMIGRANTE todo aquele que sai do seu território e vai pra outro, este que imigra e;
EMIGRANTE que vem de outro país para o nosso. Ex: os senegaleses migram para o nosso país;
E MIGRANTE migram tanto na ida como na volta e a junção do imigrante e do emigrante.
Privado é conexões pessoais, indivíduos e indivíduos Estados, seja pessoa física ou jurídica. Tudo que envolve o direito privado remete-se ao direito contratual. Interações entre esses indivíduos. Âmbito civil ou penal.
Isso para que o estado possa exercer sua SOBERANIA.
SOBERANIA: A soberania se divide em interna e externa: 
SOBERANIA ESTATAL INTERNA: é um conceito absoluto que representa o poder do Estado de impor a ordem no âmbito interno, seja ela jurídica, econômica, legislativa ou de coerção. É própria ordem interna.
SOBERANIA ESTATAL EXTERNA: significa que, na relações reciprocas entre os Estados não há subordinação nem dependência, e sim igualdade e cooperação, fazendo as leis valerem em consonância com a lei máxima de cada país (CONSTITUIÇÃO). Se faz presentes a outros Estados.
Internacionalmente, os Estados aderem aos ordenamentos (leis, pactos, tratados e normas) por necessidade de relacionamentos, de diplomacia, de comércio e de financiamento para seus objetivos.
PREÂMBULO (pré-indicado, aquilo que o texto vai nos dizer): Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 4º- I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político.
O Direito Internacional Privado e conexões com a Legislação Brasileira: 
Constituição Federal: tudo se filtra pela CF, tudo que for contra a CF é inconstitucional. 
Na lei de Introdução as Normas de Direito Brasileiro (Lei 12.376/2010)
Código Civil (Lei 10.406/02)
Código Penal (lei 2848/1940)
Código Comercial (Lei 556/1850)
Há ramificações do direito internacional em toda a hierarquia de Leis: Constitucional, Infraconstitucional e infralegal. 
ESTADO (país, nação) DEMOCRÁTICO (exercício da democracia) DE DIREITO (ordenamento jurídico)
O ordenamento jurídico é um todo de todas as leis. 
Exemplo: Comprei um livro, comprei pela Amazon o site é da empresa americana o site tá num provedor Chinês o provedor tá na Indonésia o site que comprei estava com vírus e clonou meu cartão, paguei 200,00 reais pelo livro, tive o valor xxx de prejuízo do cartão clonado e a mercadoria veio do Canadá. De quem é a responsabilidade? Da Amazon. Vou entrar com o processo no domicilio do consumidor. O processo poderá ter tramite inclusive fora do Brasil, direito americano, Chinês e Canadense com cartas rogatórias. 
Conceito de direito internacional privado: o Direito internacional Privado é um “direito sobre o direito” com regras e aplicação de um determinado direito, regulamentando a vida social das pessoas (físicas e jurídicas) implicadas na ordem internacional. 
Em todos os sistemas jurídicos a regras criadas expressamente para estas categorias de situações conectadas a mais de um sistema jurídico, que são chamadas de regras de conexão ou normas indiretas. 
Trata-se do ramo do direito que regula direta ou indiretamente as relações privadas internacionais, para solucionar os conflitos de leis originárias de estados diversos, em eu cada caso que se apresente, será determinada a lei competente a ser aplicada (a melhor). 
Consiste no conjunto de normas de direito interno que busca, por meio dos elementos de conexão, encontrar o direito aplicável nacional ou estrangeiro, quando a lide comporta opção entre mais de uma ordem jurídica para solucionar o caso concreto. 
Objeto do direito internacional Privado: se fala em esfera horizontal, uma esfera de igualdade. 
		 V			
				 H (IGUALDADE)
Tem como características principal a resolução de questões entre particulares, resolvendo, essencialmente, conflitos de leis no espaço referentes ao direito privado, com conexão internacional, utilizando-se do método do direito comparado e através da hermenêutica jurídica. 
Do que se trata o direto comparado, a comparação da legislação pátria com a legislação do exterior, tenho que extrair um resultado das duas, tenho que interpretar as duas, após os estudos das duas ver a qual que se equipara. Ou seja, tenho que fazer uma comparação de resultados por isso à necessidade da hermenêutica jurídica, extrair da regra o que é necessário para o caso concreto. 
Do que se trata a hermenêutica jurídica, interpretação da norma, com conhecimento prévio daquilo que for interpretar. 
O Direito Internacional Público, não soluciona a questão jurídica propriamente dita, indicando, tão somente, qual o direito dentre aqueles que tenham conexão com a lide subjudice (que está em vigor) deverá ser aplicada pelo juiz ao caso concreto (stricto sensu), sendo comumente chamada de lex fori (lei do foro). Organizando o direito adequado a apreciação dos fatos anormais ou fatos com duas ou mais jurisdições, sejam pertinentes ao fórum local ou ocorrido no estrangeiro, resolvendo conflito de leis, nacionalidade, condição jurídica dos estrangeiros e direitos adquiridos. 
OBJETO DO DIP: Resolve conflitos de leis interespacial, nacionalidade, condição jurídica do estrangeiro, conflito de jurisdições, contratos, negociações, competência internacional e homologação de sentenças estrangeiras. 
- CIRCUNSCRIÇÃO: é uma limitação física, Ex.: um ou mais comarcas.
- JURISDIÇÃO: Jurídica e legal. 
AS RELAÇÕES JURÍDICAS NO TEMPO E NO ESPAÇO
TEMPO: decadência, prescrição ou perempção.
O direito internacional privado resolve conflitos de leis de direito privado no tempo (direito intertemporal) e no espaço (direito internacional privado). 
Quando uma relação jurídica de direito privado tem conexão internacional o juiz determina em primeiro lugar o direito aplicável ao caso concreto, para poder em seguida decidir a lide sob observação judicial de forma material.
DIREITO MATERIAL: aquilo inerente as relações que temos, aquilo que gera os direito (separação, direito de trânsito). 
DIREITO PROCESSUAL: pega o direito material e faz a aplicação e a resolução para que comprove o direito que estou alegando. 
O Direito internacional privado trata-se da única disciplina que pode obrigar o poder judiciário doméstico a julgar uma causa conforme as normas de uma ordem jurídica estrangeira. 
Os conflitos de lei no espaço, contudo não estão relacionados, somente ao direito internacional privado. São decorrentes também do direito público, direito penal, administrativo, da previdência social, tributário e fiscal. 
1- Brasileiro NATO pode ser extraditado: não pode é absolutamente vedado pela CF, nato NÃO pode renunciar sua naturalidade. Já tinha sido preso e estava cumprido pena e a sentença esteva em transito julgado. NATURALIZADO pode ser extraditado, pode sim desde que esteja envolvido com tráficos de interpotentes ou envolvido em terrorismo. Obs.: Brasileiro nato não pode ser extraditado, pois a CF proíbee não pode renunciar a nacionalidade. Fernandinho já estava cumprido pena no Brasil e sentença transitado em julgado. Brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de envolvimento em tráfico de drogas ou terrorismo.
2- Quem era competente de extradição para julgar o STF, o art. 102 da CF. Art. 102 CF: o STF que tem competência para extraditar, STJ tem competência para julgar processo de convalidação de sentença no território nacional.
3- Princípios de embasamentos, art. 4° da CF, dignidade da pessoa humana. Princípios do art. 4 da CF, dignidade da pessoa humana, direitos humanos.
Deportação: questão administrativa, contravenção.
Extradição: crimes
Expulsão: em caráter definitivo (crimes ou questões administrativas)
Poderes do Estado (Polícia)
A finalidade do direito intertemporal ou transitório, será definir a partir de que data entra em vigor uma nova lei, e como irá relacionar-se com os fatos encerrados e as relações jurídicas continuas, iniciadas antes de sua entrada em vigor. Enquanto o DIP regula um conflito interespacial, ou seja, determina quando o direito interno ou determinado direito estrangeiro será aplicável a uma relação jurídica de direito privado com conexão internacional.
AS RELAÇÕES JURÍDICAS NO TEMPO E NO ESPAÇO: FONTES DO DIP
Ambos os direitos, indicam meramente o direito aplicável a um conflito de leis (nacional e internacional) que no espaço ou no tempo, não resolve a questão, porém através da comparação de leis, vai apontar a melhor solução a ser aplicada. 
Quando as próprias normas de direito internacional privado não estipularem regras em relação ao direito intertemporal ou transitório, predomina na doutrina o entendimento de que o efeito no tempo da alteração de uma regra de direito internacional privado será determinado pelo sistema ao qual referida regra pertence. 
QUESTÃO DE VIGÊNCIA NO TEMPO: Prescrição, Decadência, Perempção, Preclusão e Vacatio legis: a vacância na lei quando a lei ainda aguarda o prazo para entrar em vigor.
OBS: como que o direito internacional e o nacional vai resolver um conflito sendo que a lei está em vacatio legis, se não há lei a ser aplicada será resolvida pela: 1- analogia, 2- princípios gerais do direito, 3- Jurisprudência, 4-costumes ou doutrinas e 5- direito comparado. 
QUESTÃO DE VIGÊNCIA NO ESPAÇO: 
Território: formado por limites (fronteiras) terrestres, aéreos, marítimos e subsolo. 
Sistema jurídico brasileiro: civil law. 
O juiz deverá aplicar o direito intertemporal ou transitório quando as normas do direito internacional privado designarem, como sendo aplicável, um determinado direito estrangeiro, sendo irrelevante o fato de que neste se incluam também as normas do respectivo país solicitante ou não. 
Nesses casos, o direito intertemporal ou transitório da lei do foro será aplicado unicamente, quando o conteúdo do direito estrangeiro correspondente não for verificado ou quando a aplicação desse direito violar a ordem pública no caso concreto no âmbito nacional. 
FONTES DO DIP: origens
INTERNAS: leis, costumes e princípios gerais do direito
Leis: trata-se da fontes primaria do DIP na grande maioria dos países, sendo essa que, se existente na pratica, deve ser consultada em primeiro lugar diante de uma relação jurídica de direito privado com conexão internacional. No Brasil, ela detém essa primazia como fonte do DIP, contida nos vários níveis do ordenamento jurídico (vide pirâmide Kelsen). Costumes e princípios gerais do direito.
CONCEITO DE PRINCIPIOS GERAIS DE DIREITO: segundo Miguel Reale, são enunciações normativas de valor genérico que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico em sua aplicação e integração ou mesmo elaboração de novas normas, são alicerces do ordenamento jurídico.
Informando o sistema independentemente de estarem positivados em norma legal.
Ex.: ninguém pode se beneficiar da própria torpeça; e ninguém está obrigado ao impossível.
EXTERNAS: tratados e costumes
TRATADOS: acordo entre países, vontade (RECIPROCIDADE)
Fases de formação
Assinatura
Ratificação
Promulgação
Publicação
Registro
Objeto: Lícito e possível;
Bilaterais (2 partes) e multilaterais (3 ou mais partes);
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DIFUSO: O controle difuso é aquele que pode ser feito por todos os juízes, mas sempre quando estiverem analisando um caso concreto. O questionamento sobre a constitucionalidade da norma é feito via defesa ou exceção e acarreta uma questão incidental. Isso porque o juiz, antes de analisar o mérito da ação, deverá inicialmente decidir se considera a norma constitucional ou inconstitucional. Na primeira hipótese, aplicará a norma normalmente ao fato e julgará o mérito conforme o previsto na norma. No segundo, deixará de aplicar a norma, por reputá-la inconstitucional, ou seja, esta será afastada no momento da decisão. No entanto a norma, ainda que não aplicada pelo magistrado naquele caso concreto, continua no ordenamento jurídico, ou seja, quem não ingressou com ação judicial, para obter o afastamento da norma de seu caso concreto, deverá cumprir normalmente a norma. Isso porque a decisão aplica-se apenas às partes do processo.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO: No controle concentrado da Constituição Federal a competência para julgar é exclusiva do Supremo Tribunal Federal. A provocação deve ser feita, via ação, por um dos legitimados previstos no artigo 103, CF (Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal; Procurador-Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional). A norma será analisada abstratamente, em tese, sendo o controle de sua constitucionalidade o próprio mérito da ação. A decisão, nesse caso, será aplicável para todos e vinculará os demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração direta e indireta das esferas federal, estadual e municipal (não vincula a função legislativa). Dessa forma, é como se a norma fosse retirada do ordenamento jurídico, pois a partir dessa decisão não será mais aplicável para ninguém.
CONCEITO DE TRATADO INTERNACIONAL: trata-se do instrumento para DIP… que procura alcançar a unidade do direito dentro do seu campo de atuação, sendo o instrumento pelo qual os Estados acordam de livre vontade aceitar uma norma obrigatória reguladora de suas condutas em suas relações mutuas, podendo ser bilateral ou multilaterais, determinando tanto deveres e direitos quanto penalidades e obrigações, no cumprimento das cláusulas expressas no documento.
CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES: somente os Estados independentes e soberanos podem firmar tratados. Há de igual forma, algumas organizações internacionais que possuem capacidade para firmar acordos entre si, limitando a abrangência desse acordo a objetos mais comuns. Ex.: tratados comerciais e de câmbio.
Há ainda o auxílio para a realização dos tratados internacionais, por parte de diplomatas, cônsules, signatários, ministros e órgãos autorizados pelos governos dos países. Importante salientar que essa pessoas ou órgãos somente auxiliam os governos, cabendo ao chefe de Estado a assinatura dos tratados.
A celebração de tratados internacionais faz parte das relações internacionais do pais, que buscam concluir toda a designação existente no acordo, podem ser esse em 1 único instrumento ou mais do que 1, desde que conexos, pela matéria e pelo objeto sendo sua denominação variada.
Cada pais segura individualmente a incorporação do tratado internacional ao seu sistema jurídico interno, bem como, a sua ordem hierárquica dentro desse sistema. Outra questão diferente é que em que medida uma norma de um tratado internacional seja aplicável. Ex.: pacto de São Jose da costa rica.
O pacto foi assinado na conferencia especializada interamericana sobre direitos humanos, emSão José, Costa Rica em 22/11/1969, somente entrando em vigor no ano de 1978.
O Brasil, no entanto, somente incorporou a tratado no ordenamento jurídico interno no ano 1992, ou seja, 14 anos após a sua vigência.
Natureza jurídica: Art. 84 CF 49, I CF
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
	a) lei interna	b) compromisso internacional
POSIÇÃO PERANTE O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
Denominações
Convenção ou tratado	b) Declaração	c) Pacto	d) Acordo	e) Concordata	f) Modus Vivendi	g) Protocolo	h) Troca de notas
FIM DOS TRATADOS
a) Perda do objeto: objeto deixa de existir	b) Caducidade: prazo	c) Guerra	e) Denuncia
No Brasil, um tratado internacional, não pode ferir a Constituição Federal, e inclusive está sujeito ao controle de constitucionalidade antes da sua vigência no Brasil, o Tratado internacional em regra, será negociado, assinado, aprovado, ratificado, promulgado, registrado e por fim publicado, conforme o Art. 5°, LXXVIII, da CF/88. 
REQUISITOS PARA TER UM TRATADO INTERNACIONAL: vontade e reciprocidade. Sem vontade das partes não há como haver tratado internacional. Já a reciprocidade tem que ser igualitário. 
Que sejam tratados celebrados por Estados ou pro Organizações Internacionais, sua formação segue as regras da convenção de VIENA, sobre o direito dos tratados de 1969, com as alterações introduzidas em 1986, SEM PREJUÍZO DAS NORMAS ESPECIFICAS DE DIREITO INTERNO DE CADA ESTADO. 
A CF, regula os tratados internacionais no direito brasileiro. A CF dispõe que compete a União na qualidade de representante da Republica Federativa do Brasil, manter relações com Estados Estrangeiros e participar de organizações internacionais. Essa disposição, reserva ao governo federal a competência em matéria de politica externa e faz desse o único sujeito de direito internacional capaz de representar o Brasil.
Em consequência, os Estados- membros e municípios não estão autorizados a celebrar tratados internacionais, somente a União pode fazê-lo.