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Inovação Tecnológica e o Valor do Conhecimento

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Prof. SERGIO DE OLIVEIRA SANTOS 
1. Conhecer a estrutura da disciplina Inovação Tecnológica, o plano de ensino e o mapa conceitual. 
2. Compreender o valor do conhecimento no mundo contemporâneo. 
3. Diferenciar conhecimento tácito e explícito, identificando suas principais características. 
4. Entender o processo de construção do conhecimento a partir da relação de conversão do conhecimento tácito em explícito e 
vice-versa. 
bem-vindo à disciplina de Inovação Tecnológica! A disciplina Inovação Tecnológica está relacionada, de forma transversal, 
a todas as disciplinas do curso, pois visa o desenvolvimento de competências e habilidades inovadoras e empreendedoras 
pelos estudantes. Nesta primeira aula vamos apresentar os principais tópicos que serão abordados na disciplina de 
Inovação Tecnológica e sua relevância na formação do profissional da área de Tecnologia da Informação. Iniciaremos 
também a apresentação do conceito de conhecimento, seu valor e seus processos de criação e transferência. 
Os conceitos abordados na disciplina de Inovação Tecnológica estão organizados e estruturados no plano de ensino. 
Como forma de apresentação, discussão e desenvolvimento de nosso plano de ensino, vamos orientar nossos 
encontros para a apresentação do contexto em que cada conceito está inserido, sua definição e aplicação na prática, 
através de exemplos e casos propostos nesse ambiente e também trazidos e compartilhados por você em nossos 
fóruns. 
Através do mapa conceitual da disciplina, apresentado de forma gráfica, você poderá visualizar os principais 
conceitos da disciplina e seu relacionamento. Acesse agora o mapa conceitual e perceba que o conhecimento é o 
principal conceito de nossa disciplina e a base para a inovação tecnológica. O conhecimento se apresenta em duas 
principais formas na sociedade - tácito e explícito – e vai sofrendo processos de conversão. 
A partir da conversão, o conhecimento é difundido na sociedade, em seus diferentes segmentos e, quando é 
desenvolvido/aplicado nas áreas de ciência, tecnologia e indústria, pode gerar inovação tecnológica e cultura 
empreendedora. 
O ciclo de criação/conversão/aplicação do conhecimento é contínuo e contribui fortemente para gerar nas 
organizações a cultura organizacional inovadora. 
Através dessa disciplina, você também vai compreender os processos de criação e transferência do conhecimento e 
de inovação na área de Tecnologia da Informação, bem como seu relacionamento com o setor produtivo, através da 
identificação das capacidades tecnológicas materiais e imateriais que devem ser construídas pelas empresas como 
principais diferenciais competitivos num cenário globalizado, a partir da articulação dos conceitos de ciência, 
tecnologia e inovação. 
Também, serão apresentados e discutidos modelos de mudança tecnológica, com análise do modelo linear, nas suas 
categorias science-push e market-pull, e dos modelos interativos. Fique tranquilo que você vai compreender todos 
esses conceitos e aplicá-los oportunamente. 
Através de atividades dinâmicas e práticas individuais e/ou cooperativas, você terá a oportunidade de 
despertar/desenvolver alguns componentes do comportamento empreendedor e inovador, com o emprego de 
métodos e técnicas específicos. 
As principais características e estratégias de empresas inovadoras serão apresentadas e discutidas, através de casos 
muito interessantes, para compreensão e construção da cultura organizacional fértil para a inovação. 
Agora que você já tem uma visão geral dos principais assuntos abordados na disciplina, vamos iniciar nossa disciplina 
entendendo melhor o que é conhecimento, seu valor e seu processo de criação. 
Valor do conhecimento 
Uma questão recorrente na sociedade contemporânea é o grande valor do conhecimento e como transformá-lo em 
ativo ou riqueza, considerado um desafio estratégico para países, corporações e empresas na economia global em 
que vivemos. 
Segundo ranking anual elaborado pela National Science Indicators (NSI), os países que mais produziram 
conhecimento em 2008 foram: 
 
O Brasil está em 13º lugar, e um fator importante para o crescimento no desempenho científico brasileiro é o apoio 
das agências de fomento à pesquisa e à formação de recursos humanos por meio da concessão de bolsas de estudo 
e auxílios à pesquisa. 
Atualmente, o poder econômico e de produção de uma empresa estão mais diretamente relacionados à capacidade 
de criar e transferir conhecimento do que aos seus ativos tangíveis, como instalações, equipamentos etc. Os ativos 
intangíveis advindos desse processo, como criatividade e inovação, são a chave para o sucesso e a longevidade das 
empresas num cenário extremamente competitivo. 
 
Se pensarmos de forma mais aprofundada, perceberemos que o conhecimento sempre foi o ativo mais importante 
de uma organização, entretanto, somente há pouco tempo as instituições tornaram-se conscientes do valor desse 
recurso para seu desenvolvimento e sustentabilidade no mercado, passando a ter foco nos processos de criação, 
aquisição, transferência, difusão, apropriação e, consequentemente, gestão do conhecimento. 
Exemplo de utilização do conhecimento 
Se pensarmos de forma mais aprofundada, perceberemos que o conhecimento sempre foi o ativo mais importante 
de uma organização, entretanto, somente há pouco tempo as instituições tornaram-se conscientes do valor desse 
Uma empresa que nos serve como exemplo de utilização do conhecimento como ativo é a Google, que através da 
criatividade e da inovação já nasceu com diferenciais competitivos e é líder mundial em seu segmento. 
“No Google, um dos pensamentos compartilhados pela liderança é “Erre rapidamente – assim você pode tentar 
outra coisa novamente”. 
Com essa estratégia centenas de produtos são desenvolvidos e lançados, criando um ciclo incomparável de 
lançamento de novos produtos. Enquanto nem todos os produtos se tornam sucessos comerciais, outros tantos 
conquistam milhões de usuários pelo mundo. Além de seus poderosos sistemas de busca e de propaganda online, o 
Google vem investindo em campos complementares como sistemas de medição de produtividade online, redes 
sociais, mecanismos de blogging e tantos outros serviços de informação.” 
para seu desenvolvimento e sustentabilidade no mercado, passando a ter foco nos processos de criação, aquisição, 
transferência, difusão, apropriação e, consequentemente, gestão do conhecimento. 
Criação e conversão do conhecimento 
Para compreender o processo de criação do conhecimento é importante a utilização de categorias para os diferentes 
tipos de conhecimento. Vamos trabalhar inicialmente com as categorias de conhecimento tácito e conhecimento 
explícito (Nonaka & Takeuchi. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997). 
 Segundo Nonaka & Takeuchi: 
“O conhecimento tácito é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos”. 
“O conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de 
dados ou em outras mídias”. 
O quadro seguinte sintetiza as principais diferenças entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito: 
 
Conhecimento tácito, O grande desafio das empresas é transformar o conhecimento tácito de seus colaboradores 
em conhecimento explícito, identificado onde e como está armazenado o conhecimento, com todos os seus 
atributos, e como recuperá-lo. 
Conhecimento explícito, A criação de um novo conhecimento numa organização está relacionada a um processo de 
interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores, que implica em aprendizado, constituindo-se num 
processo coletivo e não meramente individual, podendo levar a uma formação organizacional, regional, nacional ou 
global(redes decooperação e construção de conhecimento). 
 
Modos de conversão do conhecimento 
Nonaka & Takeuchi identificaram quatro modos de conversão entre conhecimento tácito e explícito: externalização, 
internalização, combinação e socialização. 
Através desses quatro modos de conversão, é possível transformar o aprendizado individual em coletivo, 
possibilitando a realização de tarefas que dificilmente poderiam ser realizadas individualmente. 
O processo de conversão do conhecimento é a base para criação e gestão do conhecimento e os Sistemas de 
Informação é que vão proporcionar meios adequados para suportar esses quatro modos. 
Um exemplo de sucesso na criação do conhecimento são as empresas japonesas que usaram esses modos de 
conversão, transformando conhecimento tácito em conhecimento explícito, permitindo o compartilhamento do 
conhecimento. 
O quadro seguinte permite uma melhor visualização e compreensão da interação e conversão desses 
conhecimentos: 
 
Socialização 
Processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Dessa forma, o 
conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar 
alguma linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas 
sim através da observação, imitação e prática. 
 Exemplo: Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa. 
Externalização 
 Transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para 
documentos e mídias diversas, por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A metáfora é 
uma forma de perceber ou entender intuitivamente uma coisa imaginando outra coisa simbolicamente. A 
externalização é considerada a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir 
do conhecimento tácito. Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado 
pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. 
Exemplo: Quando ouvimos ou lemos uma metáfora percebemos ou entendemos intuitivamente algo, imaginando 
outra coisa simbolicamente. 
Internalização 
 
Processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano, através de 
diversas metodologias e atividades de aprendizagem. É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento 
tácito e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”. 
Exemplo: A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, 
transformando-o em tácito. 
Combinação 
Processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. É a sistematização de 
conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos. Os indivíduos trocam e 
combinam conhecimentos através de meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de 
comunicação computadorizadas. A reconfiguração das informações existentes através da classificação, do acréscimo, 
da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de 
computadores) pode levar a novos conhecimentos. 
Exemplo: A criação de conhecimento através da educação (escola, universidade) ou do treinamento formal. 
 
1. 
Qual das alternativas abaixo não corresponde ao Conhecimento Explícito? 
 1) Envolve conhecimento dos fatos; 
 
 2) É adquirido principalmente pela informação; 
 
 3) Quase sempre pela educação formal; 
 
 4) Formado dentro de um contexto social e individual; 
 
 5) Está documentado em livros, manuais, bases de dados, etc; 
 
 4 
2. 
A criação de um novo conhecimento numa instituição ou empresa está relacionada a um processo de: 
 1) interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores 
 
 2) distribuição do conhecimento explícito de forma segmentada entre os departamentos 
 
 3) mera reprodução do conhecimento explícito 
 
 4) doutrinação de seus colaboradores 
 
 1 
3. 
Leia as característica abaixo e marque a alternativa correta quando (T) se tratar de conhecimento tácito e (E) quando se 
tratar de conhecimento explícito: 
( ) É informal e não sistemático. 
( ) É aquele que sofreu um processo de migração do cérebro humano. 
( ) Pode ser armazenado, comunicado e transmitido por meio de diferentes mídias. 
( ) Não está codificado em documentos escritos. 
 1) E,T,T,E 
 
 2) T,E,E,T 
 
 3) E,E,T,T 
 
 4) T,E,E,T 
 
 5) T,T,E,E 
 
 4 
4. 
Correlacione corretamente os modos de conversão do conhecimento aos exemplos: 
1) socialização 
2) externalização 
3) internalização 
4) combinação 
 
A apropriação por cientistas da fórmula E=MC2 
e incorporação deste conceito aos seus 
conhecimentos tácitos para a construção da 
bomba atômica. 
 
A fórmula matemática E=MC2 escrita por 
Albert Eisntein para formalizar o conceito de 
que qualquer massa possui uma energia 
associada e vice-versa, usada para explicar a 
estrutura do átomo e o funcionamento das 
estrelas. 
 
Ao ler ou ouvir o caso de sucesso da Google 
podemos sentir o realismo e a essência da 
história, transformando essa experiência num 
modelo mental tácito. 
 
O conhecimento adquirido por uma criança 
sobre como utilizar um aparelho celular ao 
observar seu pai fazendo uma ligação. 
 
 4231 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Conhecer as condições que promovem a criação da espiral do conhecimento numa organização. 
2. Identificar as fases do processo de criação do conhecimento e suas características. 
3. Conhecer o processo de transferência do conhecimento e a busca pela inovação a partir das relações Universidade-Empresa. 
 
 
 
Introdução 
A sociedade atual se caracteriza pela velocidade em que ocorrem mudanças no ambiente, ocasionadas pela 
globalização e pelo fácil acesso a informação, o que proporciona a geração contínua de novos conhecimentos. As 
organizações dessa nova sociedade devem estar preparadas para estas mudanças para que se mantenham 
competitivas e possam se perpetuar no mercado. Para isto, torna-se fundamental para estas organizações lapidar a 
informação que recebe transformando-a em conhecimento, para que, através do compartilhamento deste 
conhecimento seja possível alcançar originalidade, maior vantagem competitiva e inovação produtiva. Como o 
conhecimento é gerado pelas pessoas, as organizações estão buscando propiciar aos colaboradores novas formas de 
crescimento profissional e pessoal, de modo a atrair, desenvolver e reter o capital intelectual que agregue valor a 
organização. Desta forma, propiciam o surgimento de novas idéias e soluções, aumentando o grau de 
competitividade organizacional. Desta forma, é imprescindível que conheça as condições que promovem a criação 
do conhecimento numa organização, identificando as fases desse processo e suas características. Então, é 
fundamental que seus colaboadores conheçam as condições que promovem a criação do conhecimento numa 
organização, identificando as fases desse processo e suas características de conhecimento. Nesta aula abordaremos 
esses tópicos, com alguns exemplos. 
A Espiral do Conhecimento 
Agora que você já conhece a diferença entre conhecimento tácito e explícito e seus modos de conversão, pode 
compreender melhor o processo de criação do conhecimento, composto por fases e promovido em determinadas 
condições num tempo definido, como se fosse uma espiral – a espiral do conhecimento. 
O conceito de espiral do conhecimento foi amplamente divulgado no início da década de 90, pois explicava e 
demonstrava de forma prática como as empresas podem desenvolver o fluxodo conhecimento entre as pessoas, 
parceiros e o mercado. 
Uma espiral cresce contínua e evolutivamente, assim também acontece com o conhecimento que vai se 
desenvolvendo em espiral quando se acrescenta mais um passo a cada ciclo. 
Pode-se perceber de forma mais clara o fluxo da espiral do conhecimento através da seguinte figura, proposta por 
Nonaka & Takeuchi: 
 
Assim, “o conhecimento vai sendo construído passo a passo, garantindo a coerência com o que já se sabe, 
organizando os conceitos apreendidos, relacionando com fatos e situações reais. (CARVALHO, A. S. L. de. 
Transferindo Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista). 
 A aplicação desse conceito traz para as empresas inúmeros benefícios em termos de produtividade, resultados e competitividade. São exemplos 
dessas empresas: 
 
 
Abordagem Oriental x Ocidental 
Segundo Nonaka e Takeuchi, existem diferenças básicas entre o pensamento japonês e o ocidental sobre o 
conhecimento. Essas diferenças residiriam no fato do pensamento ocidental ter uma compreensão estreita do que 
seja conhecimento, consequentemente, também dos meios para a sua exploração, e de não ter se desvencilhado do 
dualismo cartesiano (dois princípios ou duas substâncias ou duas realidades opostas e inconciliáveis, irredutíveis 
entre si e incapazes de uma síntese final ou de recíproca subordinação) impregnado no pensamento ocidental. 
 Para os japoneses, o conhecimento vai além dos dados quantificáveis e das informações codificadas, e o dualismo 
estaria presente em separações, tais como tácito e explícito, corpo e mente, individual e organizacional, burocracia e 
força-tarefa, racionalismo e empirismo, planejamento e implementação, entre outros. 
 A proposta principal do trabalho desses autores foi formular uma nova teoria sobre a criação de conhecimento no 
âmbito organizacional. Para isso, eles investigaram três dimensões do tema: ontológica, epistemológica e temporal. 
Investigaram também as condições necessárias para a sua criação e exploração. 
Dimensões do conhecimento 
Dimensão ontológica 
Está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independente do modo pelo qual se 
manifesta. 
Dimensão epistemológica 
Está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa teoria estudou a 
interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão. 
Dimensão temporal 
Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira 
dimensão desta teoria), é formada a espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do 
conhecimento. No contexto organizacional, o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível 
individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o 
interorganizacional. 
Quando esse evento é dinâmico e acontece permanentemente, cria-se um clima fértil para a cultura organizacional 
inovadora. 
As condições que promovem a criação da espiral do conhecimento 
Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento, precisa estabelecer 
condições básicas para desenvolvimento da espiral, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as 
atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual. 
 
Um caso real muito interessante sobre a criação da espiral do conhecimento é o da IBM, que teve uma crise no final 
da década de 90 relacionada à condição de flutuação. Leia, a seguir, um trecho da entrevista com Ricardo Peregrini, 
presidente da IBM, que cita a crise e sua principal causa. 
“Estou completando 22 anos de IBM, entrei no fim da década de 1980, em 87, e logo depois, por uma arrogância 
muito grande, a IBM perdeu o contato com o mercado e baseou seus produtos em achar que aquilo que inventava 
os clientes teriam de consumir. Isto nos levou a uma situação muito séria, porque, quando você se distancia e para 
de ouvir, começar a gerar algo que o cliente não vai comprar e ele acaba comprando de quem estiver ouvindo. Na 
década de 90, tivemos prejuízos enormes, paramos de vender e tivemos de reestruturar a empresa. Vivi isto e 
transmito para todo o time. Estamos com foco muito grande em não voltar a deixar que a arrogância tome conta 
mesmo em momentos de sucesso, porque normalmente, quando começa a ter sucesso, você para de ouvir e acha 
que sabe tudo. É muito sutil: uma coisa é ter orgulho do que a companhia está fazendo, mas do orgulho para 
arrogância é uma linha muito tênue.” 
A flutuação pode ser provocada por novas regulamentações no setor, concorrentes, mudanças no perfil do cliente, 
avanços tecnológicos, entre outros fatores externos à organização. 
Nesse caso da IBM, a empresa não estava em estado de flutuação e não percebeu a mudança nas necessidades dos 
clientes e a concorrência de empresas emergentes no mercado. A IBM entrou em crise, enfrentando uma situação 
de caos. 
 
Fases do processo de criação do conhecimento 
Agora que você já compreendeu o conceito de espiral do conhecimento e as condições necessárias para sua criação, 
vamos verificar que o processo de criação do conhecimento está relacionado à dimensão tempo num modelo 
integrado de cinco fases. 
 
 
 
 
Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo (modelo ou protótipo), inicia-se um novo 
ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontal e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de 
difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas 
por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e 
outras organizações externas. 
Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação. 
 
A transferência de conhecimento 
Para que o conhecimento esteja em constante processo de difusão, é necessário que seja transferido do local onde 
foi criado para outras organizações que continuem a desenvolvê-lo continuamente e o apliquem de forma a gerar 
inovação. Existem alguns fatores que inibem esse processo de transferência, denominados atritos. 
O processo de transferência do conhecimento, segundo Bonaccorsi e Piccaluga (1994), possui quatro dimensões: 
 
Na atual sociedade do conhecimento, é fundamental a troca e produção deste conhecimento para que as 
organizações permaneçam competitivas em seus segmentos. Para facilitar esta produção de conhecimento, torna-se 
fundamental as parcerias e cooperações entre estas organizações e as Universidades que, com seus centros de 
pesquisas, geram conhecimento científico e tecnológico assimilável pelo setor empresarial. 
Agora que você já leu o material didático e compreendeu as formas de relação entre universidade X empresa para 
geração de um ciclo virtuoso de inovação, poderá identificar seus benefícios para a universidade e para a empresa: 
Universidade: 
• Estímulo e melhoria de ensino, pesquisa e extensão. 
• Novos problemas e desafios. 
• Atualização dos currículos. 
• Novas experiências para os alunos. 
• Oportunidades de financiamento: bolsas, insumos, equipamentos, infraestrutura etc. 
• Disseminação e avanço do conhecimento. 
Empresa: 
• Acesso à tecnologia de ponta. 
• Estímulo à inovação. 
• Identificação e desenvolvimento de talentos. 
• Redução de risco e custo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 
• Maior competitividade e sustentação financeira. 
 
1. 
Marque com um (x) o fluxo que descreve adequadamente o processo de criação do conhecimento: 
 1) 
 
criação de conceitos/ compartilhamento do conhecimento tácito/justificação de conceitos/construção de um 
arquétipo/ difusão interativa do conhecimento 
 
 
 2) 
compartilhamento do conhecimento tácito/criação de conceitos/justificação de conceitos / difusão interativa do 
conhecimento/construção de um arquétipo 
 
 
 3) 
compartilhamento do conhecimento tácito/criação de conceitos/justificação de conceitos/construção de um 
arquétipo/ difusão interativa do conhecimento 
 
 
 4) 
construção de um arquétipo/ difusão interativa do conhecimento /criação de conceito compartilhamento do 
conhecimento tácitos/justificação de conceitos 
 
 
 3 
2. 
O processo de criação do conhecimento possui três dimensões: ontológica, epistemológica e temporal. 
Relacione cada dimensão à sua característica principal: 
1) dimensão ontológica 
2) dimensão epistemológica 
3) dimensão temporal 
 
Está fundamentada no conhecimento, na 
distinção entre o conhecimento tácito e o 
explícito. 
 
Está fundamentada no ser e na construção do 
conhecimento pelo indivíduo, independente do 
modo pelo qual se manifesta. 
 
Quando as interações na dimensão ontológica e 
epistemológica se sobrepõem ao longo do 
tempo, dando origem a espiral do 
conhecimento. 
 
 213 
3. 
Marque a alternativa abaixo que apresenta somente atritos que ocorrem no processo de transferência de conhecimento 
entre universidade e empresa: 
 1) compartilhamento de conhecimento tácito, criação de conceitos, justificação de 
conceitos, construção de um arquétipo, difusão interativa do conhecimento 
 
 2) apropriação, implicitabilidade e universalidade do conhecimento 
 
 3) construir relacionamentos e confiança, criar tempo e locais para transferência de 
conhecimento, educar funcionários para flexibilidade 
 
 4) falta de confiança mútua, diferenças culturais, intolerância com erros ou necessidade de 
ajuda 
 
 4 
4. 
Relacione cada condição necessária ao desenvolvimento da espiral do conhecimento à sua definição: 
1) intenção 
2) autonomia 
3) flutuação e caos criativo 
4) redundância 
5) variedade de requisitos 
4 
 
Caracteriza-se pela existência de informações 
que superem as exigências operacionais 
imediatas dos membros da organização. Nas 
organizações, refere-se ao compartilhamento e à 
superposição intencional de informações sobre a 
empresa e seu conhecimento, de forma que uma 
área ultrapasse ou se superponha as fronteiras 
de outra, possibilitando visões em diferentes 
perspectivas sobre um mesmo conhecimento e 
sua socialização, o compartilhamento de 
modelos mentais e um clima de ambientação 
entre os colaboradores. 
 
2 
 
Está diretamente relacionada ao nível individual 
de todos os membros de uma organização para 
que possam agir de forma autônoma de acordo 
com as circunstâncias. Sua existência propicia 
um ambiente que estimula e valoriza a atitude 
autônoma, a empresa facilita a introdução de 
inovação e de oportunidades inesperadas, bem 
como estimula nas pessoas a automotivação 
para construção do conhecimento. 
 
3 
 
Estimulam a interação entre organizações e o 
ambiente externo. É quando a organização 
assume uma postura aberta em relação aos 
fatores e variáveis externas, permitindo a 
percepção das ambigüidades, das redundâncias 
e ruídos de ordem externa, alimentando e 
retroalimentando o conhecimento da empresa. 
 
5 
 
Para que possam enfrentar diferentes situações e 
desafios é necessário que os membros de uma 
organização possuam essa condição, 
combinando diferentes informações sobre a 
empresa, seu ambiente interno e externo, de 
forma rápida e flexível. Para promover 
efetivamente essa condição é fundamental que a 
organização garanta o acesso de todos ao 
conhecimento disponível e construído pela 
empresa e a mais ampla gama de informações 
que lhe sejam necessárias, sem enfrentar 
obstáculos e com um percurso com o menor 
número possível de etapas. 
 
1 
 
Pode ser caracterizada como a aspiração de uma 
organização para alcançar missão, visão e metas 
e está diretamente relacionada à estratégia da 
empresa para criação do conhecimento. Sua 
relevância é direcionar os esforços para 
aquisição, criação, acúmulo, difusão e utilização 
do conhecimento, servindo de critério para 
avaliação do valor da informação ou do 
conhecimento criado por seus colaboradores. 
 
 
 42351 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Compreender o conceito de inovação tecnológica, através da análise de um caso real. 
2. Entender a relação entre a inovação e a sobrevivência das organizações na sociedade contemporânea. 
3. Identificar as “personas” envolvidas no processo de inovação e seu papel na cadeia de produção de uma inovação. 
4. Relacionar a dinâmica da inovação tecnológica ao processo de criação e difusão do conhecimento. 
Introdução 
Na sociedade contemporânea, baseada na informação e no conhecimento, o processo de inovação é fundamental 
para sobrevivência das organizações. Esse processo gera novos bens, produtos, processos e até novas empresas. 
Quando o resultado gerado pelo processo de inovação constitui-se numa tecnologia que atende às necessidades dos 
seres humanos temos, então, a inovação tecnológica. Os profissionais da área de Tecnologia da Informação, por 
exemplo, são atores fundamentais no desenvolvimento da inovação tecnológica, necessitando compreender 
plenamente esse processo para que possa ser protagonista nas organizações, atuando de forma criativa na solução 
de problemas e no desenvolvimento de soluções inovadoras. 
 
Google – Um caso de sucesso em inovação tecnológica 
Para sua melhor compreensão, vamos tratar o conceito de inovação tecnológica utilizando um caso de grande 
sucesso na área de Tecnologia da Informação, que é o da empresa Google. 
No início dos anos 2000 os americanos Larry Page e Sergey Brin resolveram fazer um download da internet, de 
forma a baixar todas as informações disponíveis na web sobre um determinado assunto. Perceberam que não havia 
uma boa ferramenta que possibilitasse fazer uma busca completa, trazendo todas as informações possíveis sobre 
aquele assunto, de forma rápida. 
Surgia, então, uma grande ideia inovadora, que foi transformada em oportunidade com a contratação do iraniano 
Omid Kordestani para transformá-la num negócio rentável. 
Larry e Sergey formaram um pequeno grupo que passou a trabalhar numa sala próxima à Universidade de Stanford, 
nos EUA. Partindo de um investimento muito baixo, Kordestani criou os “links patrocinados” e assim mobilizou os 
recursos iniciais para tornar o Google uma empresa valiosa e líder no mercado em apenas nove anos de existência. 
O valor estimado da Google, atualmente, ultrapassa o de empresas como Coca-cola e Boeing. 
Criando uma máquina de busca poderosa, que trazia resultados inigualáveis aos de outros existentes no mercado, o 
site da Google estabeleceu-se como líder no mercado de buscas na internet. 
Esse mercado não existia dessa forma, com links patrocinados e totalmente grátis aos usuários. A Google 
apresentou, através da inovação, um grande diferencial e tornou-se um paradigma de busca na Web. 
Empresas gigantes na época, como Microsoft e Yahoo, tentaram de todas as formas conquistar esse mercado e 
superar a Google, sem sucesso. 
Conceitos sobre inovação tecnológica 
E não é apenas no caso da empresa Google que a inovação foi o grande diferencial. Atualmente, a inovação é 
considerada ferramenta básica em quase todos os setores e segmentos de mercado para a sustentabilidade das 
organizações em nossa sociedade globalizada, baseada na informação e no conhecimento. 
 É importante esclarecermosque o termo Inovação Tecnológica é utilizado de maneira ampla, mas, para nossos 
estudos, vamos no ater ao conceito de inovação tecnológica.
 
uando dizemos que a inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo, podemos estar nos 
referindo apenas à substituição de um material já existente em um produto ou um melhor meio de comercializar, 
distribuir ou fornecer um produto ou serviço. Além desta classificação de inovação quanto ao objeto (produto ou 
processo), podemos classificar a inovação levando em conta o impacto que esta inovação provoca: 
• Incremental: Quando se incorpora alguma característica nova. Os celulares com novas funções e design mais 
moderno. 
• Radical: Quando se muda drasticamente o produto/serviço, provocando sua substituição. O DVD, que substituiu o 
videocassete. 
No caso da Google, por exemplo, havia uma grande necessidade humana de realizar buscas mais eficazes nos 
bilhões de sites disponíveis na Internet. Percebendo essa necessidade humana, foi desenvolvido um produto: um 
motor de busca global, baseado num programa de computador, que pesquisa todos os documentos na rede e 
apresenta resultados de forma aleatória, baseados no ranking de acessos aos sites encontrados. Essa tecnologia 
atendeu as necessidades humanas com grande sucesso e excelente desempenho. 
Gerou um produto - Motor de busca; Gerou um bem - Uma nova empresa; Gerou um novo processo - Pesquisas 
aleatórias baseadas em um ranking de acessos; Gerou um novo mercado - Metabusca na internet. 
Fontes de inovação e dinâmica da Inovação Tecnológica 
Pode-se perceber que o caso do Google não foi uma inovação simples e despendeu pesquisa e desenvolvimento 
dessa nova ferramenta de busca, que revolucionou os sistemas de busca na Internet. Portanto, trata-se de uma 
inovação de valor, que agrega alguns outros conceitos: 
Atendimento de necessidades não satisfeitas de forma inovadora; 
Criação de uma grande demanda, suficiente para a abertura de um novo mercado; 
Viabilidade financeira da inovação. 
O Google é uma inovação tecnológica tão relevante para a sociedade que se tornou um fenômeno cultural, tendo 
seu nome incluído no dicionário da língua inglesa como um verbete sinônimo de buscas na internet. Atualmente, 
tornou-se um verbo frequentemente utilizado em vários países. 
 E para manter-se no mercado a Google não parou por aí! Seu processo de inovação é contínuo, incorporando ou 
desenvolvendo constantemente novos recursos, como: busca avançada, busca por imagens, notícias atualizadas, 
busca de livros raros, visualização de mapas por satélite, site de relacionamento (rede social), entre outros. 
Personas importantes no processo de inovação tecnológica 
Para que uma inovação aconteça é preciso que existam pessoas que façam com que ela aconteça. Estas pessoas, 
consideradas inovadoras, destacam-se por serem criativas e cheias de energia, prontas para criar, experimentar, 
inspirar e construir a partir de novas ideias. Quando agrupamos pessoas inovadoras de acordo com suas 
características específicas podemos utilizar o termo “personas”, que representa certas personagens que devem 
fazer parte da estrutura de cada um dos inovadores. 
Tom Kelley apresenta em seu livro 10 Personas importantes no processo de inovação tecnológica, divididas em 3 
classes: 
Personas que aprendem 
Movidas por ideias de que, por maior que seja o sucesso da empresa hoje, ninguém pode dar-se ao luxo de ser 
complacente. 
1 - Antropólogo: traz novas idéias e perspectivas para a organização, observando o comportamento humano e 
compreensão das interações físicas e emocionais entre as pessoas e serviços. 
2 - Experimentador: testa novas ideias continuamente, aprendendo mediante um processo esclarecido de tentativa 
e erro. O experimentador assume riscos calculados para alcançar o suceso, mantendo-se em estado constante 
de “experimentação e implementação”. 
3 - Polinizador: explora outros setores e culturas, para em seguida adaptar as descobertas e as revelações daí 
decorrentes às necessidades únicas do próprio empreendimento. 
Personas que organizam 
Sabem como impulsionar ideias, compreendem que as ideias competem por tempo, atenção e recursos. 
4 - Saltador de obstáculos: sabe que o caminho para a inovação está repleto de dificuldades e desenvolve um jeito 
todo especial para transpor essas barreiras ou para atuar com mais inteligência que os adversários. 
5 - Colaborador: ajuda a reunir grupos ecléticos e, em geral, atua como líder no meio do pacote, para criar novas 
combinações e soluções multidisciplinares. 
6 – Diretor: não só é capaz de compor grupos e equipes talentosas, mas também ajuda a produzir centelhas 
criativas. 
Personas de construção 
Aplicam os insights gerados pelos papéis de aprendizado e canalizam a capacitação produzida pelos papéis de 
organização para realizar a inovação. 
7 - Arquiteto de experiências: Projeta experiências que vão além da mera funcionalidade e se conecta em um nível 
profundo com as necessidades expressas ou latentes dos clientes. 
8 - Cenógrafo: Cria um palco no qual os membros da equipe possam trabalhar, transformando o ambiente físico em 
uma ferramenta poderosa para influenciar o comportamento e atitudes. 
9 - Cuidador: Constrói uma metáfora de um profissional de saúde para cuidar do usuário que vai além de um 
simples serviço. Um bom cuidador se antecipa às necessidades dos clientes e está disposto a cuidar deles. 
10 - Contador de Histórias: Constrói tanto a moral interna e externa através de histórias convincentes que 
transmitem um valor humano fundamental ou reforçam traços culturais específicos. 
O desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos 
radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, interativo ou de aprimoramento sobre 
outros bens, produtos ou processos já existentes. Em um mercado competitivo a tecnologia e as inovações se 
traduzem na contínua invenção e reinvenção de bens, produtos e serviços. 
O conhecimento e inovação tecnológica 
Podemos afirmar que a economia da atual sociedade do conhecimento demanda um trabalhador capaz de pensar, 
raciocinar, decidir e, principalmente, compartilhar conhecimento. Conhecimento este que é uma condição 
imprescindível para que a inovação tecnológica ocorra. Para que o processo de inovação aconteça é essencial a 
participação de diversos agentes, de modo interativo, que contribuem com seus conhecimentos na busca por 
soluções para problemas tecnológicos. Na aula 2 discutimos os processos de criação e transferência do 
conhecimento, essenciais para o processo de inovação, pois colaboram para a aprendizagem e o desenvolvimento 
desta capacitação científica e tecnológica. 
Através da espiral do conhecimento, uma organização pode fomentar a inovação em seu ambiente organizacional e 
expandir esse conhecimento com geração de inovações tecnológicas e mais conhecimento. Ressalta-se o valor das 
instituições de pesquisa e universidades, que fornecem a base do desenvolvimento científico e tecnológico para a 
geração de conhecimentos e capacitação de pessoas, bem como os projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) 
realizados por diversas empresas, algumas vezes em parceria com universidades. 
A difusão do conhecimento e da tecnologia é parte central da inovação. Sem a difusão uma inovação não teria 
impacto no sistema econômico e, isoladamente, não provocaria mudanças no ambiente e não geraria novos 
conhecimentos. 
Agora que você compreendeu um pouco mais sobre dinâmica da inovação tecnológica e sua relação com o processo 
de geração de conhecimento, vamos destacar alguns itens importantes na interação entre as Universidades e as 
Empresas na busca deste conhecimentopara a inovação. 
Interação universidade – empresa 
A interação entre universidades e empresas é um fator importante no processo da inovação, contribuindo para o 
desenvolvimento científico e tecnológico dos países, tendo a universidade como geradora do conhecimento e a 
empresa desempenhando o papel de tradutora das ideias geradas em algo novo e lançar no mercado esses novos 
produtos e processos. 
Do lado das universidades: 
1- Possibilidade de captar recursos públicos e privados para a pesquisa universitária e para a capacitação dos 
laboratórios, além da expectativa de que os produtos e processos desenvolvidos sejam utilizados pelo setor privado, 
em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção; 
2- Interesse da comunidade acadêmica em legitimar seu trabalho junto à sociedade que é, em grande medida, a 
responsável pela manutenção das instituições universitárias; 
3- Interesse de desenvolver pesquisas em novas áreas, que resultem em produtos e processos de alto valor 
tecnológico. 
Do lado das empresas: 
1- Base de conhecimento e infraestrutura de laboratórios disponível nas universidades e institutos de pesquisa; 
2- Custo crescente da pesquisa relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar 
posições vantajosas num mercado cada vez mais competitivo; 
3- Necessidade de compartilhar o risco e o custo das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que 
dispõem de suporte financeiro governamental; 
4- Necessidade de acelerar o processo de pesquisa, em decorrência do elevado ritmo de introdução de inovações no 
setor produtivo e da redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos resultados de pesquisa e sua 
aplicação. 
 
1. 
Na sociedade contemporânea a inovação constitui-se: 
 1) apenas numa ferramenta gerencial básica 
 
 2) somente numa ferramenta para desenvolvimento de novos produtos 
 
 3) num instrumento de transformação de culturas organizacionais inteiras 
 
 4) numa ferramenta suficiente para manutenção de boas margens de lucro 
 
 3 
2. 
Para se constituir numa inovação tecnológica o bem, produto, processo ou empresa desenvolvido necessita: 
 1) ser inédito no mercado 
 
 2) ser gerado por uma equipe de especialistas em tecnologia 
 
 3) passar por um processo incremental 
 
 4) desenvolver tecnologia que atenda às necessidades ou anseios humanos, incorporando às 
atividades humanas 
 
 4 
3. 
Marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
 Verdadeiro 1) As organizações que pretendem manter-se competitivas e ter longevidade 
no mercado na sociedade contemporânea devem desenvolver uma cultura de inovação contínua. 
 
 
 Verdadeiro 2) O fluxo contínuo de geração e difusão do conhecimento é uma condição 
básica para geração da inovação tecnológica. 
 
 
 Falso 3) Um projeto de inovação, implantado em qualquer momento na empresa, é 
capaz de desencadear movimentos em toda a organização e deflagrar a cultura de inovação. 
 
 
 Falso 4) Cada pessoa pode assumir somente o papel de uma “persona” na 
organização. 
 
 v, v, f, f 
4. 
Correlacione corretamente cada dimensão do processo de transferência do conhecimento as suas características: 
 
1) Envolve a magnitude do projeto, o ciclo de vida 
do projeto e o tempo necessário para a propagação 
do conhecimento dentro da organização. 
 
2) É a possibilidade de utilizar o conhecimento de 
forma proveitosa, em diferentes áreas, por vezes 
muito distantes do lugar de origem. 
 
3) Dimensão na qual a transferência do 
conhecimento requer relações duradouras e 
estruturadas entre organizações para acomodar cada 
processo. 
 
4) É uma dimensão crucial nas atividades de 
inovação e nos processos de transferência de 
conhecimentos, sendo o meio pelo qual a empresa 
pode se proteger de imitações e se apropriar dos 
benefícios dessa inovação. 
 
apropriação do conhecimento 
 
implicitabilidade do conhecimento 
 
tempo despendido no processo 
 
universalidade do conhecimento 
 
 
 4312 
 
Aula 04 
1. Identificar oportunidades para inovação, diferenciando os conceitos de criatividade x inovação e descoberta x 
invenção x inovação x difusão. 
2. Compreender os modelos de mudança tecnológica, diferenciando os modelos lineares dos interativos. 
3. Entender o processo de construção das capacidades tecnológicas numa organização por meio do conhecimento 
de cada estratégia tecnológica e as formas de acesso à tecnologia. 
A Sociedade do Conhecimento traz como uma de suas características a rapidez com que as mudanças ocorrem. 
Neste cenário, para permanecerem competitivas, as empresas buscam continuamente o aprimoramento de seus 
produtos e processos. Assim, a busca por maior qualidade, eficiência e um maior retorno do capital investido se 
tornam prioridades, intensificando a dinâmica de difusão e absorção da inovação tecnológica. Verificamos então que 
as premissas e condições a serem observadas no processo de inovação tecnológica são: necessidade, capacidade de 
converter o conhecimento científico em prática, recursos financeiros, iniciativa e prática empreendedora. Para 
estimular a inovação em uma organização é imprescindível que a cultura e o clima organizacional sejam favoráveis à 
busca pela inovação e à manifestação criativa. É preciso criar nas organizações um ambiente propício à criação de 
ideias e estimular a inovação. Nesta aula vamos compreender os aspectos que envolvem a criação de um ambiente 
inovador. 
O Processo de Inovação Tecnológica 
A necessidade de inovação na atual economia é entendida e compreendida por todos, tornando o comportamento 
inovador um de seus principais diferenciais. Os avanços tecnológicos, a crescente competição e a globalização 
resultam em novas oportunidades e ameaças e exigem que as empresas desenvolvam cada vez mais sua capacidade 
de inovação. Para falar de inovação é necessário entender o processo em que ela ocorre desde sua origem até sua 
aceitação pela sociedade. A inovação começa como uma invenção, e uma invenção tem início na criatividade que se 
originou de uma ideia, da imaginação. 
Uma das dificuldades neste processo está exatamente no processamento das ideias que, muitas vezes, são partes de 
outras ideias que precisam ser lapidadas, agrupadas e transformadas em resultado. Para entendermos melhor este 
aspecto precisamos compreender alguns processos contínuos do desenvolvimento humano, diferentes entre si, mas 
muito importantes na cadeia de construção do conhecimento: 
Encontrar algo que já existia. É considerada uma descoberta quando tem muito valor para a humanidade. Ex.: O 
átomo. 
Criação de um novo produto ou processo inédito. Ex.: o computador. 
Introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam 
anteriormente, ou contendo alguma característica nova e diferente do padrão em vigor (FINEP). Ex: notebook. 
Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial acontece o processo de difusão. Um exemplo do 
processo de difusão é o telefone celular, que é uma inovação do telefone fixo (invenção) e que foi fortemente 
difundido na sociedade, gerando um valor comercial muito grande e movimentando cifras muito elevadas nessa 
indústria. 
Mudança tecnológica é um processo complexo que diz respeito à inovação e difusão de novos produtos e processos 
nas organizações. Uma vez que a inovação é imprescindível para o crescimento das organizações e para seu 
diferencial competitivo, vários tem sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambiente 
organizacional inovador. 
Um destes modelos é o linear, que surgiu a partir do fim da 2.a guerra mundial e se manteve como paradigma sobreinovação em Ciência e Tecnologia (C&T) por cerca de três décadas. 
No modelo linear o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma 
sequência bem definida no tempo, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento 
do produto e leva à produção e, eventualmente, à comercialização [OCDE, 1992]. 
Vejamos um exemplo do modelo linear: 
 
O modelo linear, como único caminho para a inovação, foi superado por ter como base muito forte a pesquisa 
científica para geração de novas tecnologias, partindo da descoberta científica para a invenção e, finalmente, para a 
industrialização e mercado. 
Nem sempre a inovação acontece nessa ordem, de forma tão linear, baseada somente em construção de artefatos e 
de desenvolvimento de conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos. A inovação é um 
processo social e pode ser gerada em diferentes ambientes e com diferentes metodologias. 
Modelos interativos 
As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da 
inovação, baseados na premissa de que a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação 
de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos a identificação de necessidades de mercado ou 
de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no 
processo de desenvolvimento da inovação. 
 
Este modelo combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de 
Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. Então, o centro da inovação é a empresa, combinando 
interações internas e externas a ela, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo. 
Caminho central da inovação: Iniciando no mercado e tendo como centro a empresa. 
Caminho das retroalimentações: A partir de mudanças incrementais num produto ou processo a partir de seu uso, 
seguindo um ciclo de fases que retroagem, gerando sempre um produto modificado. 
Caminho direto de e para a pesquisa: A partir de uma necessidade detectada na empresa ou uma pesquisa 
aproveitada pela empresa. 
Caminho da tecnologia gerando ciência: A partir das necessidades da indústria por instrumentos, ferramentas ou 
tecnologias. 
Estratégias de inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia 
Para que uma empresa seja efetivamente produtora de inovação tecnológica é necessário que sejam criados um 
ambiente e uma cultura de inovação tecnológica. Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no 
processo de inovação tecnológica maior é sua capacidade tecnológica. Essa capacidade tecnológica é construída 
através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas: materiais e imateriais. 
Materiais: Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento 
de novos produtos. 
Imateriais: Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da 
organização, bem como sobre o mercado. 
Para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais, a organização necessita definir estratégias 
tecnológicas apropriadas. As estratégias tecnológicas mais conhecidas são: 
 
Quando a organização já tem a dimensão do seu grau de capacidade tecnológica e definiu suas estratégias 
tecnológicas para desenvolver o clima organizacional inovador é chegado o momento de identificar as formas 
necessárias para o acesso à tecnologia. 
As formas de acesso a tecnologia mais usuais são:
 
Imagino que, em seu relato, você deve ter pensado que alguém acreditou em Graham Bell e investiu na sua ideia e, 
claro, como sócio de uma empresa que oferecia um projeto inovador, tornou-se também sócio do sucesso que o 
telefone se tornou. 
 
Você se lembra do Sr. Orton, da empresa que oferecia serviços de telégrafo? Pois é, ele mudou de ideia e não achava 
que o telefone fosse exatamente um “brinquedinho”. Naquela época, a empresa dele investiu mais de 300.000 
dólares e montou um serviço de telefonia similar ao de Bell. Com isto ficou mais fácil para Bell e seus sócios 
buscarem um investidor que acreditasse na sua ideia, pois, se uma empresa que fornecia serviços de telégrafo 
parecia se interessar em investir em serviço de telefonia, deveria haver um mercado a explorar. Bell e seus sócios 
conseguiram investidores que financiaram o investimento e ajudaram a criar a Bell Company. Houve muitas disputas 
sobre as patentes do telefone, mas o inventor triunfou. Em um acordo judicial, um comitê formado por três 
representantes de cada lado decidiu, após meses de disputa, um tratado de paz que foi redigido e assinado. Pelos 
termos deste tratado, a Western Union concordou em (1) admitir que Bell era o inventor do telefone; (2) admitir que 
suas patentes eram válidas; (3) retirar-se do negócio do telefone. A Bell Company, por sua vez, concordou em (1) 
comprar a operação de telefonia da Western Union; (2) pagar à Western Union royalties de vinte por cento sobre 
todas as receitas obtidas com os serviços de telefone e (3) manter-se fora do negócio de telégrafo. 
 Você consegue se imaginar sem telefone? 
Nesta aula, você: 
 Identificou quando existem oportunidades para inovação numa organização, diferenciando os 
conceitos de criatividade x inovação e descoberta x invenção x inovação x difusão. 
 Compreendeu os modelos de mudança tecnológica, diferenciando os modelos lineares dos 
interativos. 
 Entendeu o processo de construção das capacidades tecnológicas numa organização por meio do 
conhecimento de cada estratégia tecnológica e as formas de acesso à tecnologia. 
Na próxima aula, você vai estudar: 
 O empreendedor e suas interações 
 Tipos de empreendedor 
 
1. 
 Marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
 1) 
 A capacidade tecnológica de uma organização pode ser definida pelo seu grau de domínio e de experiência 
no processo de inovação tecnológica. 
 
 2) 
 Os recursos humanos são fundamentais no processo de acumulação de conhecimentos e construção de 
capacidades tecnológicas da empresa. 
 
 3) 
 O processo de inovação nas empresas institui um novo paradigma e não pode ter presente a possibilidade 
de fracasso. 
 
 4) 
 O conhecimento científico, a interação com os fornecedores e a predisposição da empresa para a inovação 
são fontes de inovação. 
 
 v,v,f,v 
 2. 
 Correlacione corretamente cada conceito a sua característica: 
1) descoberta 
2) invenção 
3) inovação 
 
 
Baseia-se em desvelar algo que já existia e que 
passa a ter muito valor para a humanidade. 
4) difusão 
 
 
Ocorre quando a empresa obtém sucesso na 
venda de um produto novo ou melhorado, ou na 
utilização de um processo novo ou 
aperfeiçoado. 
 
Fase em que as inovações são adotadas em 
escala crescente por outras empresas. 
 
Ocorre quando é demonstrada a viabilidade de 
um novo produto ou processo. 
 
 1,3,4,2 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Compreender o amplo conceito relacionado ao termo empreendedorismo. 
2. Conhecer as características, algumas definições e os tipos de empreendedor, seus comportamentos e suas formas de 
interação com o mundo. 
 
Introdução 
As pessoas que empreendem são aquelas que fazem as coisas acontecerem, movidas pelos seus sonhos e pela sua 
visão de como as coisas podem ser. Um empreendedor é um indivíduo caracterizado pelo comportamento inovador 
e que utiliza práticas estratégicas de gerenciamento no negócio. Nesta aula vamos compreender as origens e 
conceitos associados ao termo “Empreendedorismo” e os fatores que motivamos chamados empreendedores. 
Conceituando empreendedorismo... 
Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “empreender” significa a ação de praticar, de por em 
execução, e tem sua origem no latim “imprehendere”. 
A palavra empreendedor (entrepreneur) foi utilizada pela primeira vez no início do século XVI, na França, para 
designar homens envolvidos na coordenação de operações militares. Já o termo empreendedorismo 
(entrepreneurship) surgiu entre os séculos XVII e XVIII com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que 
estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir. 
Podemos deduzir então, que empreender nos leva à expressão “fazer acontecer”: quem empreende utiliza suas 
capacidades para realizar alguma coisa que tenha valor para a sociedade. Segundo a Revista Científica Eletrônica 
de Administração, “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à 
transformação de ideias em oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de 
negócios de sucesso“. 
Século XVII: Muitos estudos foram realizados para conceituar e ampliar o conhecimento sobre o termo 
empreendedorismo. Até a Idade Média, o empreendedorismo estava ligado apenas à criatividade e inovação, porém 
no século XVII os primeiros indícios de relação entre riscos e empreendedorismo começaram a surgir. 
Século XIX: No início do século XIX surge o conceito do empreendedor como o indivíduo capaz de mover recursos 
econômicos de uma área de baixa para outra de maior produtividade e retorno. 
Século XX: Mais tarde, o austríaco Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século XX, 
definiria esse indivíduo como o que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por 
meio do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga – o real papel da inovação. 
 
O empreendedor e suas interações 
Estes estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito 
empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. “Empreendedores são pessoas que 
têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; 
e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem 
riscos para atingirem seus objetivos”. (Meredith, Nelson e Nech (apud UFSC/LED 2000) 
Desde a década de 90 o termo empreendedorismo vem sendo amplamente utilizado no Brasil, com várias definições 
e aplicações nos negócios, na educação e em diversos setores e atividades da sociedade. 
O significado do termo empreendedor está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que 
possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como um catalisador de mudanças na sociedade. 
Atualmente, podemos identificar alguns exemplos de empreendedores de sucesso e famosos, como: 
Bill Gates, fundador da Microsoft; Abílio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar; Silvio Santos, fundador do grupo 
Silvio Santos. 
Que a partir de uma oportunidade agiram de forma empreendedora e visionária, construindo empresas inovadoras e 
valiosas. 
Mas para ser um empreendedor não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Podemos 
agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, em várias dimensões: Social; Afetiva; Profissional; etc. 
O funcionário de uma empresa que se antecipa aos problemas, que é proativo e demonstra os comportamentos 
empreendedores é um empreendedor corporativo, atuando para alavancar os negócios de sua empresa. 
Ser um empreendedor independe de classe social, nacionalidade, formação acadêmica e outros fatores sócio-
econômico-culturais. 
 Para se tornar um empreendedor é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma 
em suas interações na sociedade e com o mundo. Desta forma, o empreendedorismo pode ser aprendido e 
desenvolvido em diversas situações de nosso cotidiano e não necessariamente nascer com a pessoa, como se fosse 
um componente genético ou um comportamento exclusivamente nato. Muitos empreendedores também de 
desenvolvem através do exemplo de familiares ou amigos, com os quais convive. 
Existem definições e variados tipos de empreendedor, suas características vem sendo analisadas e estudadas há 
décadas, tornando o empreendedorismo uma área de estudos e pesquisas. 
Motivações para empreender 
Resultados de pesquisas apontam um grande número de pessoas que trabalham como autônomas no setor informal 
da economia, principalmente nos países em desenvolvimento. Outras, abrem um negócio porque veem uma 
oportunidade de explorar uma atividade com sucesso. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do 
empreendedorismo, abrindo seu próprio negócio. 
Para identificar estes dois tipos de motivação, as pesquisas categorizaram os empreendimentos segundo as 
orientações: 
Oportunidades percebidas; 
 
Necessidades produzidas pela falta de uma alternativa satisfatória de trabalho e renda; 
 
Em países de renda média e nos países pobres, a busca da sobrevivência econômica combinada à relativa 
precariedade dos sistemas de seguridade e assistência social obriga enormes contingentes de trabalhadores a 
empreender para buscar sua sobrevivência material. 
Comportamento empreendedor 
O empreendedor possui um conjunto de características próprias e, não necessariamente, necessita ter um negócio 
próprio ou ser um empresário para atuar usando o empreendedorismo. 
Para fins de análise e estudos vamos organizar as principais características do comportamento empreendedor da 
seguinte forma: 
Busca de oportunidades e iniciativa; Persistência; Aceitação de riscos; Exigência de eficiência e qualidade; 
Comprometimento com o trabalho; Estabelecimento de metas; Busca de informações; Planejamento e 
monitoramento sistemáticos; Persuasão e redes de contatos; Independência e autoconfiança. 
Na aula 6 iremos detalhar e discutir cada comportamento destes para que você possa compreendê-los e aplicá-los 
em sua vida diária, tornando-se um empreendedor ativo. 
 
1. 
Analise as afirmações abaixo e indique (V) se for verdadeira ou (F) se for falsa: 
 Verdadeiro 1) Para se tornar um empreendedor é importante desenvolver os 
comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o 
mundo. 
 
 Falso 2) Diversos estudos na área do empreendedorismo mostram que as 
características do empreendedor é um traço de personalidade, nato ao indivíduo. 
 
 Falso 3) O termo “empreendedor” foi utilizado pela primeira vez na Inglaterra. 
 
 Verdadeiro 4) O empreendedor possui um conjunto de características próprias e, não 
necessariamente, necessita ter um negócio próprio ou ser um empresário para atuar usando o 
empreendedorismo. 
 
 Verdadeiro 5) Comprometimento com o trabalho, Estabelecimento de metas e Busca de 
informações são consideradas características do comportamento empreendedor. 
 v, f, f, v, v 
2. 
O termo empreendedorismo possui várias definições e aplicações nos negócios, na educação e em diversos setores e 
atividades da sociedade. O termo Empreender está diretamente relacionado: 
 1) à criação de um negócio qualquer sem fins lucrativos. 
 
 2) a desenvolver algo que não tenha necessariamente alguma coisa de valor para a 
sociedade, mas que tenha valor apenas para o empreendedor. 
 
 3) a inventar algo novo. 
 
 4) a identificar oportunidades, planejar como organizar as soluções que vão para o 
mercado, levantar recursos e administrar o processo de construção de empreendimento. 
 
 5) a fazer uma descoberta, sem correr risco. 
 
 4 
3. 
O funcionário de umaempresa que se antecipa aos problemas, que é proativo e que demonstra comportamentos 
empreendedores é considerado um: 
 
 1) empreendedor corporativo. 
 
 2) empreendedor autônomo. 
 
 3) empreendedor cívico. 
 
 4) empreendedor de desenvolvimento local. 
 
 5) empreendedor regionalizado. 
 
 1 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Identificar os principais comportamentos do empreendedor e suas características. 
2. Compreender as dificuldades e barreiras encontradas pelo empreendedor em sua trajetória. 
 
Introdução 
As organizações do mundo contemporâneo esperam que seus funcionários sejam auto-motivados, estabeleçam 
metas e trabalhem para alcançá-las, sejam comprometidos com os resultados da empresa, tenham idéias criativas e 
inovadoras, saibam buscar informações confiáveis para o negócio, busquem oportunidades demonstrando iniciativa 
e proatividade, sejam persistentes e saibam avaliar e correr riscos, entre outras competências. Todas essas 
características fazem parte do perfil empreendedor e serão abordadas de forma mais detalhada nessa aula, por 
meio da qual você conhecerá as características, algumas definições e os principais tipos e comportamentos 
empreendedores. 
 
Comportamento empreendedor 
 
1. 
Correlacione cada comportamento empreendedor às suas características: 
(a) Busca de informações. 
(b) Estabelecimento de metas. 
(c) Planejamento e monitoramento sistemático. 
(d) Independência e autoconfiança. 
( ) O empreendedor é capaz de utilizar pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos; agir para 
desenvolver e manter relações comerciais; utilizar estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros. 
( ) O empreendedor é capaz de estabelecer metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal; definir 
metas de longo prazo, claras e específicas e estabelecer objetivos de curto prazo mensuráveis. 
( ) O empreendedor é capaz de dedicar-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e/ou concorrentes; 
investigar pessoalmente, como desenvolver, um produto ou fornecer um serviço e consultar especialistas para obter 
assessoria técnica ou comercial. 
( ) O empreendedor é capaz de planejar, dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; 
constantemente revisar seus planos levando em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais e manter registros 
financeiros e utilizá-los para tomar decisões. 
 1) d – b – a – c 
 
 2) b – c – a- d 
 
 3) c- a - d - b 
 
 4) d – c – b – a 
 
 5) a – c –b - d 
 
 1 
2. 
Correlacione cada comportamento empreendedor as suas características: 
(a) Busca de oportunidades e iniciativa. 
(b) Exigência de qualidade e eficiência. 
(c) Comprometimento. 
(d) Persistência. 
(e) Correr riscos calculados. 
( ) O empreendedor é capaz de aproveitar oportunidades fora do comum para iniciar um projeto, negócio ou atividade, 
como: obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência; agir para se expandir em novas 
áreas, produtos ou serviços e fazer as coisas antes de solicitado ou de forçado pelas circunstâncias. 
( ) O empreendedor é capaz de avaliar alternativas e calcular riscos deliberadamente; colocar-se em situações que 
implicam desafios ou riscos moderados e agir para reduzir os riscos ou controlar os resultados. 
( ) O empreendedor é capaz de agir com persistência ou mudar a estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um 
obstáculo; agir diante de um obstáculo significativo e assumir responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao 
atingimento de metas e objetivos. 
( ) O empreendedor é capaz de fazer um sacrifício pessoal ou despender um esforço extraordinário para completar uma 
tarefa; esmerar-se em manter os clientes ou parceiros satisfeitos e colocar-se em primeiro lugar a boa vontade em longo 
prazo, acima do lucro em curto prazo; colaborar com os colaboradores ou se coloca no lugar deles, se necessário, para 
terminar um trabalho. 
( ) O empreendedor é capaz de encontrar maneiras de fazer uma atividade melhor, mais rápida ou mais barata; agir de 
maneira a fazer as coisas que satisfaçam ou excedam padrões de excelência e desenvolver ou utilizar procedimentos para 
assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente 
combinados. 
 1) a – e – d –c – b 
 
 2) e –a – b – d –c 
 
 3) b – a – c- d – e 
 
 4) a – b – e – d – c 
 
 5) d –b –a –c -e 
 
 1 
3. 
Marque a resposta correta: 
A dificuldade de obter financiamento e a inexperiência em lidar com a com o risco são: 
 1) características do empreendedor. 
 
 2) comportamentos do empreendedor. 
 
 3) dificuldades e barreiras enfrentadas pelo empreendedor. 
 
 4) motivações do empreendedor. 
 
 3 
 
Aula 07 
 
 
1. 
Marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
 Falso 1) A geração de novas idéias é suficiente para o processo de inovação. 
 
 Verdadeiro 2) Quando o resultado gerado pelo processo de inovação constitui-se numa 
tecnologia que atenda às necessidades dos seres humanos temos, então, a inovação tecnológica. 
 
 Verdadeiro 3) Inovação e criatividade são processos distintos que caminham sempre 
juntos. 
 
 Verdadeiro 4) A criatividade, aliada ao conhecimento, é base para o processo de 
inovação. 
 F, V, V, V 
2. 
Marque a alternativa correta: 
Para que um profissional tenha um perfil inovador é fundamental que possua e desenvolva características específicas, 
como: 
 1) conhecimento sobre os produtos, serviços e processos que se deseja inovar e reatividade 
a novos conceitos. 
 
 2) capacidade de geração e detalhamento de idéias e fixação por conceitos já cristalizados. 
 
 3) habilidade para solucionar problemas e espírito de pesquisa e busca constante de 
informações e conhecimentos. 
 
 4) isolamento e persistência e determinação no processo de convencimento da relevância 
de uma inovação. 
 
 3 
 
 
A distinção entre inovação de produto e de processo é, por vezes, difícil de se identificar; novos produtos requerem, 
com frequência, diferentes técnicas de produção, enquanto alterações nesta tecnologia de produção permitem o 
aperfeiçoamento do produto. 
Se a inovação envolve características novas ou substancialmente melhoradas do serviço oferecido aos 
consumidores, trata-se de uma inovação de produto. 
Se a inovação envolve métodos, equipamentos e/ou habilidades para o desempenho de serviços novos ou 
substancialmente melhorados, então é uma inovação de processo. 
Se a inovação envolve melhorias substanciais nas características do serviço oferecido e nos métodos, equipamentos 
e/ou habilidades usados para seu desempenho, ela é uma inovação tanto de produto como de processo. 
Em muitos casos, uma inovação de serviço pode ser apenas de um tipo. Por exemplo, as empresas podem oferecer 
um novo serviço ou novas características de um serviço sem mudar substancialmente o método pelo qual ele é 
oferecido. Do mesmo modo, melhoramentos significativos em processos, por exemplo, a redução de custos de 
distribuição, podem não fazer qualquer diferença para as características do serviço vendido aos consumidores. 
Fonte: Manual de Oslo – Diretrizes para Coleta e Interpetação de dados Sobre Inovação. 
Agora que você já conhece a diferença entre inovação de produto e de processo, pode perceber a importância do 
profissional de TI no contexto das organizações, identificando seu papel tanto na produção de um produto quanto 
na otimização de um processo, com uso e desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, base 
para a inovação tecnológica. O incentivoà inovação na área de TI se torna uma necessidade para aquelas empresas 
que querem se destacar em seus segmentos. Essas empresas precisam responder com agilidade aos sinais do 
mercado, antes identificados como ‘ameaças’, e, através do uso de sistemas diferenciados que permitem obter a 
chamada Inteligência de Negócios, transformar essas “ameaças“ em grandes “oportunidades”, dada a sua 
capacidade de gerar ideias inovadoras. 
 A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de 
processamento de informações nas organizações: 
• Novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; 
• Novos serviços que tornam produtos obsoletos; 
• Tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante. 
Uma característica fundamental do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida 
e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado. Esse tema será abordado na nossa próxima 
aula. 
“O que torna um profissional de TI obsoleto não é propriamente uma eventual limitação para seguir os 
desenvolvimentos tecnológicos, ou o desinteresse pela inovação, mas a incapacidade de relacionar inovação à 
sustentabilidade. Pela simples e nem sempre clara razão de que qualquer inovação só agrega valor se contribuir para 
a sustentabilidade da organização, seja reduzindo inteligentemente o custo, seja aumentando a produtividade ou 
melhorando a segurança. Custo, produtividade e segurança são detalhes essenciais na gestão com foco em 
sustentabilidade. Sem essa base, poucas organizações têm chance de sobreviver no atual cenário de competição 
acirrada e sem fronteiras. No entanto, o que define a sustentabilidade é um conjunto de qualidades muito mais 
sofisticadas, que para serem desenvolvidas exigem mudanças radicais no modelo mental que predomina 
tradicionalmente nas organizações.” (Fonte: Café com Economia Et Cia.) 
 
 
 
 
1. 
 Correlacione corretamente: 
1) Inovação de produto. 
2) Inovação de processo. 
3) Inovação incremental. 
4) Inovação radical. 
2 
Consiste em mudanças no processo de produção 
de um produto ou serviço. Não gera, 
necessariamente, mudanças no produto final, 
traz benefício ao processo de produção, que 
podem ser aumento de produtividade e redução 
de custos. 
1 
Está baseada em modificações nos atributos do 
produto, com mudanças na forma como os 
consumidores passam a percebê-lo. 
4 
Mudança drástica na forma como um produto 
ou serviço é consumido, acompanhada por um 
novo modelo de consumo ou comportamento do 
mercado. 
3 
Mudanças e melhorias contínuas do produto ou 
processo, percebidas pelo consumidor e que não 
modificam de forma drástica a forma como que 
o produto é consumido ou desenvolvido. 
 
 2, 1, 4, 3 
2. 
O profissional de TI tem uma grande importância no contexto das organizações, tanto na produção de um produto quanto 
na otimização de um processo. Neste contexto, o que geralmente torna o profissional de TI obsoleto para a empresa é: 
 1) sua limitação para seguir os desenvolvimentos tecnológicos. 
 
 2) seu desinteresse por inovação. 
 
 3) sua incapacidade de relacionar inovação à sustentabilidade. 
 
 4) sua dificuldade de transformar o conhecimento tácito em explícito. 
 
 5) seu conhecimento acumulado em hardware e software. 
 
 3 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Compreender o processo de solução de problemas, fundamental para o perfil inovador. 
2. Identificar a principais características do comportamento inovador nas empresas. 
 
Introdução 
O papel do profissional de TI nas organizações geralmente é de um solucionador de problemas. De posse do 
conhecimento sobre as tecnologias da informação, esse profissional necessita definir o problema, identificar suas 
características e propor soluções que envolvam os recursos de TI adequados para solução. Nessa aula você 
identificará alguns tipos de problemas e algumas formas de analisá-los para a busca de possíveis soluções. Também, 
conhecerá o perfil inovador nas empresas e suas principais características. 
Solução de Problemas 
A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de 
processamento de informações nas organizações: novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; novos 
serviços que tornam produtos obsoletos; tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante. 
 Uma das características fundamentais do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser 
aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado. 
O que é um problema? 
Um problema é uma dificuldade que impede que uma vontade seja concretizada. 
Solucionar problemas exige a capacidade de criar adequadas representações da realidade (modelos) e, com ajuda 
delas, encontrar um algoritmo de Solução que explique como remover ou superar tal dificuldade. 
No exercício profissional de TI problemas geralmente são necessidades do cliente não atendidas. Como analisar 
corretamente estes problemas e chegar às melhores soluções? 
Como escapar dos bloqueios mentais que por vezes nos aprisionam a soluções inadequadas ou desatualizadas? 
 
 
Diagrama de causa e efeito 
As causas são todos os motivos que levam a um problema específico. Nesse momento o profissional deverá 
identificar e montar um diagrama de causa e efeito: 
1. envolva todas as pessoas relacionadas e que possam auxiliar na identificação das causas do 
problema e forme um grupo de trabalho com reuniões participativas; 
2. registre o maior número de causas identificadas e relacione seus efeitos, no diagrama coloque as 
principais causas (primárias) no eixo, as causas secundárias se desdobrando das primárias e as 
terciárias se desdobrando das secundárias; 
3. assinale no diagrama as causas que parecem ter forte relação com a característica do problema, 
que serão as hipótese; 
4. registre outras informações que surgirem e que possam ser úteis na solução do problema; 
Uma das formas de se representar as causas de um problema é o chamado Diagrama de espinha de peixe: 
É uma técnica que permite visualizar melhor o universo em que o problema está inserido. Isto é feito através da 
construção de um diagrama no qual as causas vão sendo cada vez mais discriminadas até chegar a sua origem. 
Deve ser aplicada a um problema que apresenta causas decorrentes de causas anteriores, ou quando queremos 
esmiuçar as causas de um problema, ou visualizá-las mais claramente e agrupadas por fatores-chave. 
Essa técnica também é chamada de: diagrama de Ishikawa, diagrama de influência, diagrama de 4P ou diagrama de 
causa e efeito. 
 
Plano de ação para solução do problema 
A causa fundamental é a origem de um problema. A solução para o problema serão as ações tomadas em relação 
as suas causas principais. 
 Com as causas devidamente identificadas pelo método do “diagrama causa e efeito” ou dos “cinco por ques” é 
necessário fazer um plano de ação para solução do problema. 
A técnica de “brainstorming” é bastante apropriada e consiste em reunir o grupo que está trabalhando sobre o 
problema para que gere o maior número de ideias possíveis para sua solução, sem que se faça análise crítica de 
nenhuma delas nesse momento. Após ter pelo menos dez soluções possíveis deve-se fazer uma análise conjunta 
destas, descartando aquelas menos adequadas e trabalhando sobre as mais adequadas, verificando sua viabilidade 
e custos de implementação. 
É importante ressaltar que o trabalho cooperativo traz ganhos de produtividade altos na solução de um problema, 
pois possibilita diferentes visões sobre o mesmo e soluções provavelmente mais adequadas. 
Leia o estudo de caso “Nissan Motor Soluções de TI

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