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PATOLOGIAS APOSTILA

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FACULDADE OE TECNOLOGIA DE SÃO PAULÓ 
- FATEC-SP ... 
ASSUNTO; 
PATQLOG\A 
DAs· 
CQNSTRUCÕES· 
DISCIPLINA: __,__ _______ ---...;._ _ ____.. __ 
DEPTO: 
PROFESSOR; 8RE~0 tABIANI 
ANO 
] 
N° da Apostila 
LESÕES EM EDIFÍCIOS 
rodc.nos concei.lu.:'l):' lesão em um edifício <Xli1'Ó sendo toda e · 
qUülguer a1 teração de a.1mportamento dê um ou mais elementos co~trut! 
.. V(.)S, que venham· a determ.i.nar a ferda parcial .ou total de suas fun-
~· 
. çoes. 
o estudo das caracter!sti.cas ~ssas lesões, das causas deter 
.. . ~ 
· ntinantes e dos procedln~ntos ·a serem aootado~ em sua reparação oons-
: \ u .tüi um cwnr.x:> esp:3cial Jzudo 'na engenharia - Patoiogia das Constru-
ções - qtl(~ vem tendo, nos últinos terrqns, U!n dese1wolvinento bastante 
'a<::e lerado. 
o descoriheciJlt:mt:o das técnicéls construtivas, a falta de ·una· 
' fJ.scalizüÇão ef J.cü~l)te durante a eonl::3tl-ução, o uso' de n~.tteriais e 
. m;\o-~de-obra dt~ qualidatk~ inferior, n velocidade oonstruti va que .. hoje 
ô requer;i L'ia oi.io algt.nn.:Js das razoes que pcx:lem ser lnvocadas para just,!. 
').. . . .. '· 
. !':J.car e$se < l<}uenvolvim:.!.nt:o. 
,,.. *:.: . 
. ··~.-;~;~; : 1\s lr.>B1.>cs aão w·; doenças da ·o:;nstrução e, [:Or~nto, dew21n 
sdr oonvt:mie:t1Lcmcnte d.J.4.H.Juostü:aclus e h.!paradas logo de seu Etf:lt'lrecl-
. llt::J)lO para ovttar que maloa de pouca importânçi.a fOSSam, CX')Jn O teJllp0 1 
.~ ~ ,, . . . . . ... -
a~Jfavar-se, . vJ ndo a o:m1promot:.er a vJda utll do edif!cio. 
' ~ 
No dt.ngnósti.oo é . J"~ :~paração das lesões, os ·p:r.oc<..>diJllentos 
. . . 
sqr.em adotitdns oompreendt:!Tu e:inoo faúcs bem caracterlzadas; 
FASH 
. • I 
I 
. t 
F A SI!: 
fi'ASE 
Fl\Sl~ 
Fl\f;J·; 
1 
2 
3 
4 
5 
. IevaJtl:aruento de infornações 
- Exame das lesões 
Anál :itK~s e Ensaios 
DÚt«Jt i>::> ti.oo l:dci1tifJcação da cattsa 
a 
Fi\~ a:: l · - l~~~mtamen to dt~ J nfonnaçõc:::;_ - ~ mui to Jn11..:Ürtante qua se 
,- ·. oonheça, com bastante pro-
pr.ic~L'41de, 0 e<."li.fí.cl.O que b(~ élpres'7nta h-)sjonado." As infODTlaÇÕCS 00]{.'! 
t.:âd.Is nesta fase são ftl,lt(ldtlll!llt.ais e, muitas vezes, decisivas para se 
chegar a lllll dl.:v:rpóstim. 1\sslm, o cxmhedRento c1os projl~tos executi-. 
• 
VOS, a Jc]a~le,·. as condiçoE:~B dG manutenç5o do ediflcio, o tenp."> deoorr!. 
do desc.k~ o aJurcdm::mto da:.; lesões, et-c, darão valiosos subsídios f.l."l-
l:tt a fo~m1 1 m~~5o do dj agnÓ:J U oo • . 
• 2. 
Nesta fase, tMbém, deve ser feito um lev~mtarnento compl eto .. 
&19 lesões e~isteritcs (trinca:;, fissuras, destacamuntos, deslóeruren-
. tos, CJUC'hras, etc) , localizando-é\S e definindo sua extensão. 
FASE 2 Ex.anê das l.esões Feito o levantamento das várias par-
tes leslonadas , inicia-se a procura 
da causa que as detetnd nou. Mui tas vezes o caminho a t:ercorrer é bas 
. .... 
ta.rite s~nples, (x:>is as lesões são tão caracteristicas q~ é possível 
d~agoost:t.cá~las e prescrever-se, .de imedi~to , o tratan~to visando 
sua recuperação. Outras veze9, entretanto, ~la multiplicidade de 
· catisas p)ssiveis, torna-se bastante dif!cil . o estabelecirrento deste 
t 
diagt1Óstioo, qu:! só ~rã ser formulado oom base por resultados obti 
dos na "fase -3". 
FASE 3 
..__ 
Análises e Ensaios são procedidos , nesta fase, as vá-
I 
rias análi ses, te~tes e ensaios 
tecnol6gi<.."'Os Cbs . mc-.terials, de. nareira a ori entar , p.~ lo exane da seus 
result?dos, aidenti.flcação da causa geradora das lesões. 
As estruturas de concreto · lesionadas são bohs ·exemplos da· 
aplicação desta· fase. _ Ensaios de oompressão em coqns de prova ex• 
traÍdos da própri~ estrutura, esclerometria e provas de carga suo nor 
malnente feitos. -
FASE ! ... Diagiióstioo - lqentlfi.cação da causa Com os ~resulta• 
dos obtidos no~ 
~saios e exrunes e em função dQ tip:> e locaVzação da lesão, é quase 
sempre possível ootenntnar-se a causa geradora .. Uma vez caract~riza­
da a orig~::.1Ti da !~são, os procediirentos para a r eparaçao Ixxlem, então , . 
ser estabelecidos : 
FASE 5 Hepara(;ão ,... Fasü onde é elalx>racb o p r oje t o dos reparos 
a ser em fel tos , cont. ~::~ndo as prescrições dos 
procedini-~ntos cons t ruU vos e materiais que s e rão ut lU.zados e , ainda , 
· os cuidados a sero ii obse r:vudos g1.1a ndo da execução . 
CAUSAS DAS I.ESOES 
I 
De Lona ll\c.lnei ra geral, p:x:lei1os retmlr todas as 
causas rosdve is geracbras de l esões em tm1 ecU-
flcio em dois tipos: 
. 3. 
Causas externas ou extr!nsi.cas 
Causas internas ou intr!nsicas 
1\s. ca.usas extrinsicas caracterizam-se por não serem devidas 
às ·condições construtivas oo edi.ficio, nas resultantes de agentes 
eXterrios, qUe, geralJrente, são inprevis!veis. Vários exenplos podem 
ser citados a recalques de fundação p::>r rebaixaménto · de lençol em :e!. 
renos próximos ao Ço edifício, trincas em alvenaria devidas ao trânsi 
to ou à cravação de estacas, etc. l?oc1e.rros incluir, té.Urbém, a:mo cau-
sas extr{nsicas; OS chaJrBcbs acidentes; immdações, dKX.jueS 1 ventos 
~rmais, etc. A ação deletéria ·d::? temJ;XJ p:xle, igualrrente, ser cxmsi 
·derada couo causa extr!nsica .. 
Conslderanos oorro causas internas ou intrinsJcas aquelas que 
são devidas tio próprio edif!cio e pock!rros classificá~·las em: 
a) · causa·s c6ngêrütas: aquolas,oriÇJJna~s na fase de con-
. ç~ão do ecti.f.Ício: 
b) 
rrojet.o mal oonceJJido; 
lnadequado estudo das condições locais·; 
nãc.' àtendinento às Nm.-mas .rn§cnicas e He~JUlanen.tos; 
. 
ino.)mpatibilidade dos materiais intervententes; 
causas construtivas: as odgJnadas na fase de constru-
ção do c~iflcio: 
matedais com es~cificaçúes diferentes das estabele-· 
cldas no projeto; 
\ 
pt-oc.x~dirnentos e técnicas construtivas inadequados; 
mão-de-obra sE'Ill a qualificação necessária; 
fi.scalizàção i.nabUJtada ou deficiente. 
c) cau's.1s dcvJdi'lS ao ~~g: acJU.-~las orig~nadas }:ela utiJ lza-
ção inadequada do edJ fiei o., cono: 
mudünça de uso ck) t..'<}j ficJo, acarretando solicitações 
não prevJstas. 
~. cl.J\SGIFIC'.Açt\0 ~ r:C:ooEs - ]\S lesões t;odem.apresentar-se sob c1ois 
asped:os; .. 
estacionárias 
progressivas 
Dizatps q\E uma lesão é estacionária quanoo não há oontinui-
··. . •'• . .. \ . . . . 
dade ou agravamento etn seu estado. Pode ser citado, corro · e><eup~o de 
lesão estacionária, o caso de um edifício, . que, · ap5s sofrer recalqtle 
. . 
é.ufer'encial, se estabiliza; as lesões sbfridas (fi~suras, trtncas,des 
. . -
tacartento13,etc) .não mais progredirão, reis deixou de existir.a causa 
que as oetermlnou. 
...., ' As l:esões progressivas sao aqu~las q~ envol\.an com o h'!n[x>, 
I . . 
dem::mstrando que a causa determinante ainda éstá atuando. E:stas lo .. 
. . ~ 
sões podem aer classiflcadas em: 
flnJtas 
infinitas 
A les5.o progresslva finita car~ctec za-se r~lo fato dEl 
dt~rescente no teinpo, ou. seja, ten0e para est~c.ionária: ·a catt..o:;n 
. . . ~ . . ~ . 
ser 
CJL~ 
lhe ·oou origem regriqe, · no senticb ?e dcsa~ecer. seria, no qatx> do 
exenplo já citado, a situação da ·lesão antes d:J ~(li.flcio se e:;tablli .... 
zar. A lesão progressiva infinita é crescente' no tempo. Asnim, 
tomando-se o mesno exemplo, no caso em' continUidade do recalque dlfe-
rencial, as lesões a:gravariarn-se cada vez mais, no decorrer do · lf:.·m-
p::>. Estas· lesões .devem merecer cuidados !Jredi~tos, fúiS repre!;E~ntam 
cx:mprorreti.roont.o· sério. 
Para melhor situar as definiçqes, torretros o caSo de uma 
venaria, quo se apresenta·· trincaqa ~ (figa. 1 e 2) 
·~"'' 
.. ..> 
. ~ 
. . 
Í' IN ITA INrtNITA 
FtG. Ol F l G. 02 
nl-~ · 
.5. 
Na figura "1", a evolução da trinca . onde L~;> ~2 > ~, pa-
ra decurso de temp::>s iguais, vem dem::mstrar que, enbora progressiva,alesão tende a decrescer - lesão progressiva finita . Já na figura ''2 11 1 
onde L.1. < ~ <. ~ ; verifica-se que à lesãq cr-esce com o temp:> - lesão 
prcXJressiva infinita. · 
Dehtro dà conceituação exp:::>sta, verifica-~e qLE a reparação 
d~ uma lesão só p:>de ser oorretamente feita qua:néb a ·causa ·~ a rrot!. 
' I 
Vou deixa de exi~tir, isbo é, quando a lesão é es~cionâria. Verifi-
ca-se, . assim, que de na&, adi.antará a reparas;ão de efeitos, se a cau-
sa ainda estiver presente. 
As lesões p:>dern, tarrbém, · s.er classifiCé!-das ·em: 
estruturais 
não estruturais 
Considera-se ' lesões estruturais asruelas qu3 se apre~entam 
nos elementos construtivos, responsáveis ipela estabilidade de parte 
. .. ... 
ou da totalidàêr do · edifici9 e exigem, nonralmente , . cuidados esf€ci-
a1s e rápidOs. 
São lesó~s não estruturais aquelas que pão. oomprorretem a es-
tab.ilidade, restrtnglndo-s(;'! ao elemento oonstrutivo pr0priariente di-
to. 
. . 
LESÕES TlPICA ..,; REP.l\R:>s - · As lesões apresentam-se oom grande varie-
dade de forna_s e posições, ftmção da · (s) 
causa (s.) determlnanté (s). Entretanto, há algurnas delas <.."lljas ca-
racteristicas p:rmiten\, desde logo, â identificaÇão da causa ~erado­
ra. · Estas lesÕes . são denOllli.nadas lesões ti picas. 
LESÕES a-1 ALVENARIAS 
-------
4.1 Lesões ~Alvenarias de Vedação'~ Estruturas 
4 .1.1 Por destacamento da parte superlor da alvenaria, na llgação · 
com a estrutura. (fig. 3) 
I I ~ ' • • ,- t, • , ' , •. ; , •P. • " r_O; • -
" O f • o o t' ~ o I ~ 
.. 
~ 
I I · 
•. -o . ·~ •. ~· .· ·' •. a: · 
I o. I - I • •, I 
• .. r---
..;..! . 
·.··.~ ~.~. ' .~··: .. · ·'_.' · •. · .··~ ..• ; ~ '!i 
F I G. 03· 
. 6. 
Esta lesão tx:>de ser gerada f)Or duas causus bástcus: · 
• 
• 
a) n~c.iu encunhoo-.~nto da alvcnadêl na estrutun1 ou en~"U- · 
r~1oment6 prec'Oce; · 
l1) defot:naçÕe:3 J1él estrutura J=ür efeito t~pn:l.eo. 
. · ... A distinçao entre as causas pode · ser feita pelo e.'<.ame I da . 
trincà. ·No casb da ncsma ser estacionária, a cam;a determ1.nante Jerà 
·:,. . . . . . -. . .-
a da alternativa 11a 11 ; caso a trinca seja pulsante, isl:o e mmenta; ou 
d.inii.nui em fw1ção da temperatur;:t, sem dúvida val(:rá a alternativa 
.. b .... 
Para reparo; caso d? alternativa· "a .. , deverá ser providenci~ 
do um novo ,. encunhamento, o que é conseguido fazendo-se abertut..·as ~ c_! 
ôa 50cnt e.oolocando-se, no espaço resultante, cunhas de tijolo -co· 
~ . 
mun. (fJg .4) 
·. '-~ .. ·~t.,; · .. · .. 'o:: :: 
---~~!.!. ____ _ 
F I G. ·o4 
o.tahdo se tratar da altematlva "b 11 , a · re[X'1ração dover5 ser 
tin!ciada pelo isolarronto t.ér·~dcci da coberturd, ·a fim do transfon~r 
<a trinca pulsante ent estacionári.a. Uma vez fe.ito o isoléurénto, a aJ. ... 
'venaria deverá ser f.!l1cunhada 001wJ já foi descri.to. 
4.1.2 Por clestacmncnto vertical da alvenada junto à 
ra. (flg.5) · 
'.. :. • • ,. • I o •l ' : .. ' I o • • • o ,; o , ' ,• • o o o o .. ~ : , ' o ~ o -~ ~:. o 
... 
.. , . 
•. 
.-
.·-~ 
. , ... ~ .. . ·•· .. ·.~ .. ;·~ .: :··· . ~· : · ..... ··.·. ' ·~ ......... ~/ .. '~ 
. .• ,....--------------. r 
F I G. 05 
8StrUtU·" 
.· 
• 7 • . 
- . 
,• 
A causa desta lesão é a falta de ligação entre à alvenariá e 
. ~- estrutUra. · Normalmente, são iesões estacionárias, cujo reparo i 
hQstante onetosÕ. CasO a alvenaria não apresente trinca ·horizontal . 
. _.:.· . • '· . • ' t ' . .: ··'. . • . 
ri,a junç~ Ca:n a estrutura, evidenciando, assim ~ ~stencia de um ~ 
;f· t·: .. ~. : . . . ,. . • . . . . 
encunhamento, o reparo e feito p:>r simples · preençhinento da trinca 
~ massa. . Est~ p~chimento presswõe prév1,a abertura da trinca em 
·~ a altura e em anbos os laoos. Cfig.6) 
~-:·::- . ·j. • 
ENTO com ARGAMASSA 
.FIG, _06 
Na existência de trinca horizontal na parte superior,deve-se 
. 
pn:>videncia.r O necessário reparo <Xll'OC> já foi· cléscrito e, em Se<Jui.da, 
pl"'cede-se ~ corte e enchimento oom r~ssa nas lqter.ais. 
4.1. 3 Por recalque _diferencial ou defol"TTaÇ'Ões dos .elerrentos · es-
truturals. (figs. 7, 8, 9 e 10) 
,. 
, · · 
. ' . • D • 
I I 
·"' ' ' • 
. .... 
o o: 
~ 
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... .. 
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• ti . . •• , .. , 
~ 
4* ~ ~ --r.--.-.-.-~-. ""·f" . -~.-.-. -.• ~.-.~. ·"""' 
• " • • ·O • • • '• 
---li 
F I G, 07 FIG. 08 
'i 
•• 
E)n ambos os casos (figs. 7 e 8) as trincas .apresentam-se tn-
cU.11i-tdi~~ a 45°, acusanct;> a ação de tensões de cizalhaiOOnto. 
~n trJ.nca estabili.znéla , o repa1-o oonsiste" em sinples vedaÇão 
oon urgamassa; cat;o oontr.ário, haverá necessidade de reforço nb ele-
n~nto ~nstr.utivo [~i:a (X)sterlor preendÜJl'el1to ·da .trinca. 
No cqso da figura .. 6", ootmalJnente a esutbilização da tr'in-
.. 
' 
. 
• B. 
···; ·~· \ ,. 
óa ~ obtida êx>n1 o "isolmrimto lénnico da laje stJ~;xfri<;>r. · 
. . . ., . ·. .•. . . . . . . 
. . .. bulra lesão bástante catltÚn é 
~ivénariâs ttpoiadaa em' sap~ta direta. 
aqüela élpr.esentada . no em~ to daa 
(fig~g) 
fiO. 09 
Seu :reparo consiste em reforçar-se a fundação e, posterl.or-
nl,ante, preencher a trinca. 
. . 
. . . . \ . 
~ figura "lO" npstra o caso de um ~calqt~ ou uma rlefonl~~:'"tção 
f'!O elarerito suporte c1a· alvenaria, m neio do vão. · 
I ' f I G. lO 
4.2 
·. . I 
lesões ~ alve1~!d.as sujeitas -ª carga d.i.stribulda, 
. ' 
lUllfonn:'! . 
e centrada · 
4.2~1 l'br rotação da al~naria. . (fig. 1]) 
FI G. l.l 
e uma lesão clássica an alvenarias ma 1 executadas ou naque-
las ern que ·foram enpregadas tijolos de qualidade não ~i fome. 1\ tdn 
Ca se inlci a r:ela tuptura .do tijolo mais fraco e a alvenaria tende a 
. . ~ 
~irar sobre ele, ~ seu próprio plano. A identificação destél f.li ttta-
.9 o 
.. 
çao r.olt;: ser feita -pelo exan-e da trinca, que se aprese1~tará mais a-
bertu . ntl purte su~:erior. 
O rGpal."'' é obtido por calafetação com argamassa, desde ~ 
a tr.tnca seja eatnclqnária; C".aso não tenha hayido'a . estabi1iz~çao <i? 
lesão, não & oonvt~nitmte proceder-se a qual<ier J:eparo, ain~ que se~ 
ja muito Úsada a d1arnada oostura dá alve~arla. 
• .. : 
· .1\ ·.técnica da oostut"a oonsiste em se amarrill.~ as partes dee-
tacadas da alvenaria o:m ferros recbndos dobr~dos em uu" ,distanciado$ 
cerca ele SOem um do outro e fixados nediante argam;issao · (fig.l2) 
IA.'f--11----- TRINCA CALAFETADA 
COM ARGAMASSA 
l ·J FERRO RI:OONOO 
'-------'· t. M .1,1 lf2" 
F I Go l2 
~ fácil verificar que se a lesão nao for est.acionár:l.a él[Xi'"'" 
receruo dúas trJ.nc.as éldjncentes a costura féi ta o 
4. 2.o 2 1-\:>r esma~Ja.Illf~lto da alvenaria o (.figo 13) 
-.. ..y1' 
FIG. l3 
f!sta lesão é determlnad1 p3la bai.xa resistência dos 
los, an relução à canJa a que estão sul>metidos . 
tijo~ 
O reparo dessa le:Jão oon.siste, qasicarrente, em se executar, 
~n all~Ju:J as faces, um ruvesU.uento oom argamassa de cilnento, antada, 
.lO. 
Cdtl tela "deploy&", [x:>r t:o<1a a superfÍcie da alvenaria, na esféssura 
;do 2cit\~ (fiq.l4) 
"OEPLOY~" 
. ARGAMI\8SA 
FIG. 14 
4.2.3 · Por esmagamento da argamassa. (fi<;J .15) 
l \ \ \ 
- · -. -.L I· 
I 
FIG. 15 
! tJna lesão que surge pelo apareciloohto de te.nsões longlti.t;;;. 
dinais, .qUe determinam a .r.U{.>tura transversal & alvenaria, ~la baixa 
'resistência à tração de seus elerrentos oonstituintes (t.ijolo e argà- · 
massa). 
O reparo é feito cqn á n-esn1a técnica de~cri ta em 4 . 2. L · 
4.2.4 Por flexão. 
. .! . 
----·------.. I . . 
. _.......__...._ 
COFH E A· B 
F I G. 16 
Esta lesão apresenta...:se sareUm.nte ãgu=la provocada rX)r es~ 
g~to dà alvenaria. A disti.:rufão ro tip::> pode ser feita felO . eXáne· 
da trinca, que, no caso em pauta, se apresentará mai.saberta para o 
lacb em que se verifioou a flexão. 
! una lesão oomum noo chamacbs muros esbeltos e a flexão é · ' 
devida a duas causas principais: 
.... 
- esmagarrento dos tijolos na parte cxmprimida 
.11. 
lt 
• 
separação do tijolo da ~gamassa, na zona de tração, 
por f~l~a de aderência. 
Para o ~paro . t~ que lE:;!va;r em conta a excentricidade · 9a 
(::àr9a ~te~nâda p3la flexã9, na região da lesão. Quase senpre não 
'- pesar vel procf!der-se ao re~ e a solução que re~ta é a reoonstru-
-..... :. ;;;,_· : . :';: . - -~ --- _. . .,· . ' .'· . . -
çao .~ ~~ ~ i;il~a;rta, · Podendo-~e, p:rocede-l:ie 4e maneira ja des-
órita, ;revestindo-~e a alv~ria, - em arrbas as faces ·, com argamassa de 
\:•J ·· ... · ·· - . . . . 
êirren'to, armada ooín tela ''deployé". Deve-se cuidar para que essa ar-
. . 
gamassé:l não tenha espessura superior a 2an e, caro a ·alVenaria est5 
fletlda, haverá necessidade de. se providenciar o encascalhanen-
to. (fig. 17) 
ARGAMASSA 
FIG. ~7 
4.2.5 . Por r~tfa~ão da çu-gamassa. . · ( fi9 .18) 
FIG. · 16 
1!; Ull\'l lesão determinada ~lo usO de argamassa muito rica ê,J1'I 
ci.nento ou p::da esp:!ssura eXQgerada da junta. CutD oonseqtlência 4a 
. . · . ' 
~et}:'~ão da argaírassa, produz-se é!- ~issuração, IIESITO antes de ser a .. 
plicada a carcy.1, 
Estan<b a alvenaJ.·Ja sujeita à carga, qu.alquer novin~tação 
·'' . ~ 
.12. 
desta [xx:lerá CilUSax .O destacamento total e, nestas condições,o reparo 
.· . ,. .. . 
a. ser. feito deve seguir as rresmr:ts prescriçõ~s já fol:muludas I"Xlra ar-
ÇJalnassa annuda com tela "deployé". 
4.2.6 · Pot torção. .(fig .19) · . 
\ 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
F I G. 19 
/ 
; : 
I 
e urna· lesão que se ·manifesta em \nuros esbeltos e de grandê 
c:amprin-ento. Denotam inexistência de elerk.ntos IX1ra abs01:·ção dos e$"" · 
forças transversais. O repcl.l."' a se:t: feito consiste na exr:~eução dé r~ 
. . \ . . 
forço~. Para tanto, são executados pilares de concret~ Ut1octdo, di.s- · 
tanciacbs aptoximadanent.L~ 3m tllü ·do outro. · E~:;ses p.ilares são (üncrél:.a 
.- . ..... 
oos em aberturas verticais, feitas na alvenaria, devendo-se ter o 
qui dado de epgastar sua ferr agem na fundação. ( fig. 20) 
' · 
\ 
J;:r 
__ ];t--.. ---. --~ 
+----- ---~_l!L OO:::,.._.:;Ii'l::.__ _____ --j 
CONCRETO 
~~~ J-
. CREIO 
f I G. 20 
: A ligação do pJ.lar cx:>m a alvenaria será feita mediante &~1· 
tes; oonfonne esclarece a · figura . 
.. 13. 
' '• . 
4.J ~sões em al~narias sujeitas -ª êarga distribuí&, unlfonre, 
. Ji\a~ não centrada . 
~: ' ~; ... ' . 
Po;- flexão." (fig.2l) 
• , , . I 
' .·. 
F I G. 2 J. 
Esta lesão.~ tipica em alvenarias com laje apoiada dtreta-
. 
mente sobr.e elas ou aparece quando r alvenpria superior nao está cen-
trada utl ~lação. à inferior. 
. . 
. o aspecto da lesão é senelhante ao jndicado em 4. 2. 6, p:>rérri 
é u~üs gr~ve; por ser a carga . excêntriCa.. ~ reparo, neste caso, é 
bastante di.fi~il e oneroso e oonsj_ste em diminuir-se a carga sobre a 
. alvenaria exiE;tente, o que ' ~e oonsegtE executando-se outra alvcnat·ia 
ao lado e enctmhando-a ronvenient:enente na :Laje . 
Ver,tficaJTOs, tanbém, (:Ela análise deste tipo de lesão, a 
abpolut~'l necess:i.ci9de da execução da chamada cinta de amarração da al-
. . . . 
yt;:!nada. À inexistênd.a desse elen-ento, na naloda das vezes, _provo-
ca a lesão ora exarrd.nada . 
4 • 4 Lesões ~ alv~naria ~uj~ltas ~ car~as .não uni fonn:s 
4.4.1 l'br esmagamant.o localizado. (fig. 22) 
! ' 
. F I G. 22 
~ 
----
' ... 
.14. 
ê una lesão oomlDll qllélncb sê aroia, diretruront~ sobre a alve-
naria, uma c:arga o e~ta pr.ovoca tensões super~ores ·à tensão de ruptü-
ra do 'oonjunt:p tijolo/argatnc1ssa . 
. O exemplo nais evidente deste caso é 6 apoio direto de tesóll. · 
réis de t~lhaéb sobre a alvenaria, sem a utilização de frechal 6~ eo: ' 
· Xim de apoio. ' 
ú reparo é feito justamente no senticb de se criar na alvena 
d .a tml aJ.X>iÓ para a Célrga, Jossibilit~do s~ ciistr.ibulção, de lnQroi: 
. . I • 
ra a haver a ooopatibilização das tensões. . 
. . \ . 
Este arolo é no~lrrente f~ito em concreto ~nmaoo pré-fabri ... .' 
cado, ·oandimensões de altura e, largura "a e b" determinadas ~la al-
venari:a e comprimento "c" c~lculado para ae obt!9r uma tensão inferior 
ã tensão de ruptura. (fig.23) 
4.4.2 Por traçno 1ocplizada. 
, .. __ 
I ··-
' 
F I G. 23 
FIG. 24 
~ una lesão originada' pela inca.pacldade da alvenaria en re-
sistir a tensÕes transversais, enbora resista às tensões de o:inptes- · 
são. Esta lesão [XX]e ser exemplificada ti:> caso de uma tesoura de te-
lhado, diretarrente a~iadn sobre a alvenaria e que sofre dilat~ções e 
retrações devidas à nnvimentação da nadei r a. O reparo a ser fel to s~ · 
gue as lreSm:lS presct'iÇÓeS já -~c:x:>Irendadas em . 4. 4 .1. 
Verlfica-se·, em ant>os os casos já tratados, a inq:ortância da 
existência de Wlé'l cinlu. de amarração, tüis ela em si seda ji! um f:üe~ 
roonto qoo evitar la o esmagêiJTento e a tração localizada. 
.15. 
4.4.3 J:or esforço rortante. (fig.25) 
·/ 
.; 
/ 
/ 
FIG. 25 
e uma lesão prodqzida P:,r efeito de ci.zalhanento, originado 
qUando há na alvenaria tensões ou defonna~ões muito variadas, isertib 
bastante freqüente se esdstir recalque nos apoios • , 
Se o recalque estiver estabilizado e a trinca estacionária , . 
o reparo <?Onsiste no que foi explanado no Item 4. 2.1, relativo a exe-
·cução ~e ·oostura na alvenaria. 
: A. ver i fi cação se \..Una trinca está estacloná):-ia ou não é feita 
através da aplicação de selos, feitos mnnalmente oom gesso, pa~l ou 
vidro f:l.no .fixado com argamassa ou c::om pinturà. (fig. 26) 
FIG. 26 · 
A espessura e oomprimentó da trinca fúdem ser nedidos, . antes 
da ~plicação do selo, com tn"l régUa graduada transpa.r·ente. 
Passado algtnn temro, se não houve r.onpi.rre.nto do selo e o oom 
primento da trinca não aumentou, {XXl.erros concluir qt.e a rresma está e~ 
tacionárjaJ caso oontrárlo, a trinca é progressiva. Nesta situação, 
é necessário aver:l.guar se a trinca é progressiva finita ou infinita, 
confonne foi explicado no item 2. 
Sendo a trinca progressiva infinita, além dos cuidados prc-
ventlvos de asoorar a parede_, haverá necessidade de proceder-se à es-
. ta.bilização da fundação, o que se oonsegue utilizando-se estacas 
"nega" C?U estabilizando-se o terreno, Iredt.ante injeção de ooncreto .. 
.16. 
4.S tesões em alvenar.i!~ sujeitas .2. cargas _horiZ?~ta.is 
4.5.l • Por _puncionanento. (fig.27) 
I I 
J 
I I 
I 
I I 
·. 
'fiG. ·27. i . . 
• · t Ürna. lésão provocada i:or uma ca\.lsa externa, qte,nonMlmente,· 
Qes99~il~.za toda a alvenaria.· A solução de reparação exige, lluase 
s~pre, 'a reconStrução da alvenarià e não p:rop~iamente um reparo. 
4.5.2 Por tonbamento. (fig.28) 
FIG. 28 . 
. . 
· 'l'al iesão rnanJ:festa-se p:>r trincas horizontais, que se C·!;;Lon-
• I,A i . • • . 
dem p:>r todo o canprirrento da alvenaria, em sua parte inferior. ~ tu na 
I 
lesão típiqa nos muros de arrüro construídos oom al\~naria e dencm!;t,-a 
dois fatos: ' 
- 'fXJUCc:"l esr:ess~a da alvenaria 
. - inexisténqia de-travamentos transve:r·sais 
. 
O reparo consiste em aliviar-se ·a ~rga horizontal e ept:.n· 
p:>r uma: das duas soluções, que venham eliminar os fatos a[X)ntados. Fo:l· 
to o reparo, repõe-se a carga horizontal. 
4.6 tesões em alvenarias com aberturas 
.4 .6.1 Bor deficiêocia da verga. (fig.29) 
-- ... 
'tEr"''· '/ 
• 
' 
I 
FIG. 29 
.17. 
· J\ ,lef~onaçàQ da verga faz com que ·a alvenaria que sobre el• 
ea a!Pia ten~ â cai~, prà\iocandô o aparecimento de una ~trinca . an fo.[ 
rM de aráJ (arco de pedreiro) • ;: · 
O repm:'O cX>nsiste em derrolir-se a vergaextst~e, retirar 
. * Ós. tijolos soltos do in~adors.o <D arco e execfutar-se ur nova verga. 
Os ti.jolos x:etifa~ serao reoolocados e cxmvenientemant.e eneunhados 
. . . . . . J 
na a1venaria remanescente. . . ! 
. . I 
• ·' j 
4, 6. 2 J;>or deficiência de apoio da verga. (fig .30) ·~ 
f 
? · 
' 
f'IG. 30 
cOno :já foi visto em 4 ~ 6 .1, a ftmção da vei'ga é a de 
t~1r a carga OJ;"lgi.nada na alvenaria cb intradorso do artx::> e 
miti-la às alvenarias laterais da abertura. (fig. 31) 
·I 
- ..... 
"-· 
.FIG . . 31 
Sl.l(X)r-
trans-
.. Na dependência do oompri.nento cb engastamento "a", a tensão 
. t.ransmiti.da para as alvenarias laterais p:>de ser superior à de ruptu-
-' f/111 • rn e, nesta sib.1açao, ha o aparecimento das trincas evidenciadas ..-
• fi~a 30 • 
. 
O re).Xlro consiste em executar-se uma nova verga soPre a exl! 
t:ente, ~edianb:~ o oorte 11<.1 alvenaria. Usam-se, nornalmente, vergas 
'·' 
... 18 • . 
p.rª-.fai:n:'i~ÔOS- d~ ooúcreto ou perfis n~tálioos. (fig .32) 
. ' 
I I 
I 
I I 
,_. 
CUNHA 
I I 
.. · .. ,· ~I-~lU ... 
· .. •. ~ 
I'Rt • F~BRICAOA :o' . 
. . . . ' ' 
' .• · .. \. ·.•· ·: .. 
it qa_=nrt~::::. ~· ..:.··~· . ·~· L• .u: íXIHENTE 
.... 
.·,.., ._, ~ · ~: : 
:I.'·. .·.·.o' -'. 
• ,:: .:.i,: · ~· .. :·.'( ::·~ 
'~SE -~ I'ASE 2 
f t G. 32 
- CORTE DE MEIA I!SPESSUHÀ 
OA ALVENARIA. 
- tt.IBUTIMENTO DA 'IE RGA 
, . ·PAÊ • FABRICAD'A. 
- ENCILHAMENTO DA VERGA 
CONTRA A ALVENMIIA , 
: .· 
I 
4.6.3 Por ineXistência ou deficiência de .cohtra-verga. 
. . 
(fl<J~~- · : 
ras'33 e 34) 
~ " . . ' 
F I G. 3~ 
• Um pr~irô caso a f:it'l considerar (fig. 33) é aquele em que " 
alvenaria ron~ [X)r cizalhauez:~. , Esta tensão surge pc~é\ difeFenç!g de 
cargas nas latel:ais da abertura, evidenciando a inexistência . ou dl"~.fi-
,'• 
ciência da cx:mtra-verga, que tem a 
ga que foi ooncentracta -pela verga. 
função básica de distribuir a car-
E· observada em aberturas de f-'EXJlle 
. . 
nas dimensões • . <ih 
No outro caso (fig.34), o rampin~nto da alvenaria dá-se por 
flexão, expl~cada, tar:bém, pelos m=snos no~ivos anter iores. Aparece 
.· em aberturas can {X)Uca al~ura e de grande ._cCit{>rinento • 
.. . 
/// 
"-----r-rT-'---'~ 
FI G. ~4 
.19. 
() 1-êparo à ser feito e>d~ a e~ecuç~o de urra oontra-ver<Ja a .. 
'"c ' ' . o• · . · . ·:; . . ;._· . . . 
. dequada à dlstr~buiçao c:bs eaf~rços e, na maioria das vezes, reforço 
d~ fu,daçàP. · 
. . 
5, , LESÔES EM ~"'l'Rl11URAS DE <::oNCm-"10 
-- -
S.t J,e$Ões ESn Pilares (figs. 35 a 40) 
....... 
. 1 
. ' l g 
--
-
-
I I ~ --- ~--
-
--
--
- -- -
--
--~ . • o -~·· 
--
~ .. 
--
~-
FIG. !S .FIG.!6 FIG. · !7 FIG. 38 FIG. ~9 FIG. 40 
A::; lesões em pJ.lares, de \.lJ1\a nanéira ger.:ü sao preocupr.mtet;; 
tnis, no pilar há ooneentração de Célrgas e sua rui na lDde ÇX:llnprom?h.>r . 
a estabiUdade de toda a estrutura. J\ssiJn de llina mcux-ü-a CJeral obser-
vada un\:, lesão an um pilar a provicl5nd . .:~ inicial a ser tomada é no 
sentlcb do eso.Jrmrento da estruturn para alivio da carga ~~ sobre 
ele atua. 
Na figura 3s . a disr.osiçãó das trincas vem dem:ms trar q~ a 
armadura longJ.tudinal é insuficiente, o pilar está trabalhand") a fle- . 
xo-crir'l")ressiio. Na figura 36 fica evidenclada a falta rle est:.rJbos 
(ferro :l.,lsuficiente ou espaçamento exagerado}. o efelto da flanililqom 
se m:uüfcsta oonfoll're é apresent~<h na figura 37. 
NoS três ca::;cJS exa~lrlnackJS (figs_. 35 f 36 e 37) as leSÕes tJ.-
veram coro causa fl:indanental deficiêncJ.as na ar.nadura. Os procedinle!! 
tós pc:'lt'a a reparação serão examinados mais adJ.ante quando serão vis-
tos os . n~tcib~ gerais [l:"ll;'a i-eparação de estrutl~ras de concreto. 
' 1\ fJgura 30 npstra uma lesão proveni.ente da lnexJ.stêncl~ de ' . 
junta do dJ latação entre o pilar . e n estrutura que sobre ele S(~ 
ar.oia. Para a rcroração desta lesão há necessiék"lde de ser feita llll\.:' 
junta qUt:! sor5 übtic:L."l procedenclo-se oomo segue: . 
.20. 
a) eaooranento dél estrutura para aUviq total. da cargar 
b) q~obr:a da cnb~a clo'pilar retirat"tcb.:.se 'todc>o ;. ~rlé~t;.Q 
desâgragado e oorle dos ferros de élffiilrração; , . " ; · 
ç) fi.xação de una placa de neoprene ~a ~strutura lrL."Cliante 
·adesivo de fraca aderência ou fita ·oolante; 
d) reooncretácJem da ~a oo. pilar: · 
A ftgura 39 evidencia una lesão ft.rui t:o canum em pilares proV!_ 
niente. c}a piá o:mcretagem . da base oc.:'s~ona(ia por lançamento do ooncr_2 
t:Q de altura exagerada, o reparo, no caso, consiste na retirada do 
. concreto que eu~ acha de~agregado. e sua reoonp:>siçã() mediante ~ nova 
ooncretagem. Normalnente nestes casos a a:troadura tanbém se apresenta 
. ' 
lesionada o que 'obriga a execução de um re~orço. . (f.ig.41, 42 e 43) 
F I G~ 4 .L FIG. 42 
f!!::.~.!L_. 
!lCISTI::NI 
'· 
FIG, 43 
' 
l\ figura 44 nostra as lesões que · surgem em um pilar · quélndQ · 
o ~. passa a funci.o~1r conn ti.rante ou quando teuos tiranteu . qtn 
· for~ concJ;et~cbs antes de se C9locar ~ armadura em tensão. 
TIRANT~ 
F I G, 44 
.21. 
. () reparo a ser feito nestes casos oonsiste simplesmente en1 
S(! p~ncher as trincas, Para proteção da ferragem. i\ calafetagein 
das t~lncas é ~el ta ronnalmente c:an resina ep5xica. 
S. 2 ~sões !!!! VÍSJàS (f.igs.45 a 48) 
. ·, 
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fj 
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. ~ 
. ~ . . I 
l........,_ _____ l 
.F I G. 45 
I I 
I/L 
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F I G. · 46 
I 
f I G. 4 7 
·l I 
tf 
l 
f I G. 48 
w 
r 
• 
• )2. 
A figura 45 esql.lem:.ltiza uma l~são devida a insuficiênd a <19 
ferp·.> 1x•r.~ reslstiJ.· ao rromentó negat:J.vo. · Esta insuficiência pode aer 
.4Jyida à defici~nci~ dá s~ão de 'ferro ou ac)~nprl~tO·~~ fe~-
..... ' I o , ' o ,,· '· .- : 
ragem • . 
A insuficiência de f~rragem para absorção dos ésforç~s do oJ:. 
zalharrento provocam lesões oom as representadas nq figura 46. 
.. . ... : . . 
Ná figura 47 a lesão é .preVÓCada por insuficiência de ferro 
para resistir ao naoonto p6sitivo. ·Na figura 48 a lesão se dá IXJr e~ 
~<J~nto nos·trando ser insuficiente a secç~o de cxmcreto para t:esis-
1:1~ aos esforços de cx:JllPressão: . . 
i~roE:s E!1 lAJES ~IÇ'Jlp ( figs. 49 a 56) 
:: ::;:;: _:::;: 
--- .......... 
---...-...-.-. .. - . ---
LAJ~ AfHdAOA Et.t .l. OIREÇÀO 
FIG~ 49 
··::. 
I/ . \\ 
FIG. 50 
. As figuras 49 e 50 representam os casos de fu.lta de ferro 
para _resit:~tir ao Itmento negativo; · a ·lesão se apresenta na face sup:! ... 
tior ·da laje. 
I 
, . . I 
--c::: : 
LA.II ~RhiADA EN .L OIREÇÁO . LAJE ARMADA EM 2 DIREÇOES 
FIG. & l 
I 
FI G. 52 
• 23. 
Ouando as lesÕes se apresentam na face inferior dá laje (fi-
guras 51 e 52 ) fica evidenciada a insuficiênd.a da estessura de coh-
cret.o. Estas lesões se rrani:festam por es)lágamanto. ().lando a ·secçã~ 
' . . . . 
de ci,l)cret:O é insuficiente no meio do vãc;>, aparecem tanbérn lesÕés rnr 
e?J~gan~nto Ik'l facê su~rior da l~je oorro es~d zado na figúra $!~ 
.·. 
FI G. 55 
A insuftciênc1a de ànnaçãc. p:tra resistir aos rrorrentos p:>sit! 
vos fica evid8l1ciada na face inferior da laje p:>r lesões oorro as re-
preset:ltadas na fJgura 54. 
F I G. 5f4 
' 
A iJnprevJ.são de ferra9em para absorção dos chamados · 11rrorren- · 
tos volventes", gera lesões COJro as representadas nL:ls figs. 55 e 56. 
~ / 11 ·~ . 
/ 
"" 
~ $ 
F t G, 55 FIG. 56 
?. 
• 24.-
.. 
. . 
PI~.Clm.IMI!N.roS Pi\M REPAI~ÇÃO DE PEX;AS E:STRU'IUM J.S DE 'C'rnCHI::'.lO 
• . ..... h : ~ • ·••• 
'lbdoS OS exemplOS de lesÕes que foram aprCSel"l tados -rW::>S l têtl9 , 
. 
anteriores refercrn-se, de \.liT\l m::u-eira geral, a casos em que a fe~ra-
gem _é insufJ.ciente. Nestea, _a reparação da r:eça estrUturalé feita~' 
caso· a peça não apresente deformações muito' acel"ltuadas, acresCX'J1tan .. 
dp .. se oâ ferros necessários a abSorção dos esforços. 0$ proa.~lnen• 
- ... 
tos construtivos sao, neste caso,_ chamad~s reforços .estruturals. 
MulÜlS vezes, el"ltretanto, a lesão não é devida a falta de 
ferro; _nas conseqüentemente de l.1m3. má ooncretagern de aoonodações es-
tJ:~tUrai$, de retração ou rresrro de falta de reoobri~nento da ferra ... 
_gem. Nestes 9élSOS a reparação da peça estrutural fede ser feita [Ór 
un cbs J?rocessos, a seguir c! taoos: 
a) por derrolição da parte lesionada e :pJSb:~rior re<..."'Onstru-_ 
çao; . -
. b) . H injeção de ep:nâ., '-1tlando a reça aprJse.nta um ni"mJt:"O 
reduzido de fissuras e em áreas nítidas é li.nU.tadils; 
I 
t 
c) e?!_-fecharrento com erx)xi, quando as fis~uras são l~esul-
tantes. de ao:)rrodação estrutural; 
d) Ix>r jateamento de argarrossa em }.X!é;;as com. arganBS~kl ap<l-
rente . . 
E claro que estes processos não sâo singulares, sendo. que 
muitas vezes · são usados, conbinados na reparação de r:eças • r·st.rntu-
·rais. 
7.1 . peforço ~ Eluncntos Estruturais 
o 
7 .1.1 ~or~ -~ Eilares 
: As lesões em pllares (figs. 35, 36 e J7) dcm:mstra~1 Jnsn·· · 
ficiência de ferragem e para a recuperação deverão ser executados pr:g_ 
cedirnentos executivOs visandO o reforÇo, isto é, a oolocação de fer-
ragem capaz "de resistir aos esforços. (fig.57) 
f-- f-· 1--
r- --f- I 
l-·-4---+--1 
i--· --- -
1--- 1--
21! FASE 441.. F A SE 
FI G. 57 
.25. 
l~ fase: retirada do ~vest~to, apicoarrento da supêr-
fase ~ 
fase: 
··. ' 
f{cie do concreto e arredondarrento doe cantos; 
colocação da at"m3dura l)ecessária aos esforços; 
ajustagem das fo:rrnas, pintur.:a da superf!cie Cb cou 
ereto com adesivo e colocação definitiva das fo~ 
' . mas• 
. , 
A a, 
,. f~e:. oonct;etagem Cb pila+. . 
Estas .operações ~ão feitas p::>r treGhos oqnfonre ilustra 
f!gúra . 5~. 
F I G. 5 .8 
Quand;:> o ··rlltino trech::> .do pilar .ixxle ser preendüdo rrediante 
• • I rt 
·t 
J:'qSgo élQerto na laje superior, certos cUidados devem ser tonados, 
I . 
(fiq~ 59}, qono Se<Jue._: 
a) as superf!cies de ooncret'.Q 
· (vi.ga e laje) deverão rece-
.\ ber pintura aom adesivo; 
" ,{). l 
. : ::·~ .. ~ . 
. . . o . •f$0 : . •.. 
. . . ~· ~ · . o o. 
: ,,: . • . S\ ·o . O~ . ·. 
0·\) "' . o~ \) . . 
. ·uQ··.v .. . ·e~• , «~ · . 
b) o concreto . dew ser · iançadQ 
de uma das faces, até a~ 
cer na face op::>sta • 
, Quando não houver possibilJdade de preench:irrento através ele 
rasgqs na s~perfície da laje, o úl ti.rro trecho do reforço é concretado 
· .. ttté .± San da face · lnferior1 sençk) este espaço p::>steriornh nte preenchi~ 
· ·4o ~r ~cunh~n~nto de brita em argamassa de ~irrento (fig.60) pintçln-
• 26, 
&-se. previarrenLe oom àdesl.vo.as j:açes da~ peças estruturals que fica-
·:·-~~~ . . ' . . ,=· . 
tao ein contato oorp a argrurosBa. 
I 
ADESIvo 
t 
, .. 
·· ·r·.·· ·'·.r · 
~ . 1 ·•D" ··.A • 'liO ' · " 
• !11·: ::.c))· :o .. "orn. 
ARGA~ASSA DE Clt.IEifW 
COM BRITA ENCUNHADA 
FtG. 60 · 
. ··r :· 
O processo de reparo que fqi descri tb ~carreta um auncnlo na 
. - . . . 
eeorÇto do pilar, f a t() que nem sempre .. é aceito. Nesta oondição pode 
fJer usado o chamàdo encamisamento rretálico, ·cujo processo executivo 
. . . . 
oonsiste na colagem de uma chapa rretálica com esp.::!ss!.tra determinada 
~ . 
pelo cálculo envolvendo todo Q ·pilar. ( fig. 61) · 
CHAPA ME.TÁLICA OOB~~ rr======:::;:::;;T-=.:~ 
. · . · ·\!)~ · •. · ·.a·.· . .l 
.~ ,'. ·. ·. , ·aO, •, ~~NA ÊPOXI 
.. ,,. 
ao· · Q'00 ' (),0 • • 
PILAR .~ CONCRETO 
·}.. 
FIG. 61 
A <:X:>la usada nestes casos é de resinn eroxi que a~:)nJsenta 
. . . . . . . ... . . . • • . . . ~ t 
.. :umâ excelente aderencia, tanto com o concreto, ootrO com o ferro. · Bn~ 
tretant:O, para se t.xms~ür t.m1a união terfeita além de se apicnar a 
sqperflcie de concreto e limpá:-la convenienta:ne11te1 é necessárJo .que 
· . ~· chapa rre táli~a esteja i. senta de qualquer inipureza. Para a re Ur<'tda 
de poss{yeiS graxas OU Ól~S existenteS na Suferqçie da Chapa 1 deve 
ela ser iavada COl1l diSSOlventeS facilJOente evat':úráveiS 1 se.}uj IidO-SC ::1 
~pilcação d~ ·um jato de areia para a retirada . do Õxiéb · qe fl:rro. 
. . t)m terceiro processo de reforço ·para pilares,. a::msiste na a'"' 
piicação do Chamado ·ooncreto projetado (guni tageriU • Preparada a su~!. 
f!cie dó concreto · cb pilar (apicoanento e li.npeza) procede-se a tt>loca 
. . -
' 9ão da ferragem necessária, para em seguida aplicar-se o a:mcrd:o pro-
~etado,. . 
' Este concreto oom traço seoo (fator âgua/ci.rrento ... .0. ,3~ <· a 
O, 55), é lançado por rreio de cornpressor 1 .~ caJPadas $Obre a sup3rfÍcie 
-27. 
do pilar apresentado pela pressao com que foi . lançado (atÉ 
60 tbs/rJ012) rerfei ta aderência com o concreto existente. (fi<J. 62) 
FERRAGENS 
/ . . 
v: 
• tONCRETO PROJETAOO 
.,v 
F I G. 6 2 
7.1.2 Reforço em vigas 
Os métodos conâtrutivos 'para reforço em vigas sao senell1antes 
aos já descri tos para pilares. 
As figuras 63, · 64 e 65 ilustram os procedLmentos nonnalrrente 
adotados: ' 
. á) . aurrento ·da altura da viga~ 
r.. D··r-.. . . . · .. u~r 
il 
;. ~rt:: io .. ~. 
v 
. . 
b 
c 
F I G. 6 3 
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remoçab do concreto 
colocação da annadura suplerrentar 
pintura com ades~ vo, colocação da forma, concretagem 
· • ap5s 24 horas, em op::ração cUidadosa é re.tirado o cóncr~ 
. . . 'I 
to excedente. o ·cortE! deve ser de baixo para cima. 
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b) i.ncorJ:::oração da laje como m3sa de viga; 
ABER TUAA .OA LAJE COLOCAÇÃO OA l'f.llRIIGEM RECONCRETAG.EM 
NECESSÁRIA À MESA. 
F I G. 64 
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à) p::>r colagem de cantoneiras c;m .' diapa rretáÜca; 
CANT~ ~., ... _. .... ..._. CltAPA MElALICA 
.F I G. 66 
7 .1. 3 ReforÇS> eJn lajes 
Nr-> :t:"eforço' de lajes ryormal1rente .~ utilizapo o 6oncreto projeta-
..: :i 
do rela facl.liclade de sua apllC<tÇão . •. b processo construtivo oonsiste 
n<l cqlocaç?.í.o cléJ .ferragem (tela) e tx>Sterior revestiJrent:o com concret;p 
projetado. (fi.<J. 67) 
~i' · ~ . · ~. ' .• ;i(' ~ 
. . o 
.. 
CONCRETO PROJETADO 
FI G. 67 
Quando a lesão se rranifesta rvr insuficiência de ferro negati-
vo, u111a técnicé\ àrpregada é a esquematizada na figura 68. 
~.· 
. . 
FIG. .68 
a) abertura de rasgos na laje, oom ronprilrênto e profundidade 
adequadas ao reforço; 
p) oolocação da ferragem e preenchi.n'ento do rasgo com resina 
, ' . -·. 
~', . 
.29. 
7. 2 Repara~s ~ elarentos estruturais 
Os processos de reparação de elementos estruturais, nediante 
derolição e posterior reconstrução e p:?r jateamento de argamassa, já 
foram examinados nr::)s i tens anteriores. 
Al9\)lllas considerações devem, entretanto, ser feitas com rela-
·. i;ã6 ao fech.árrento de trincas ou fissuras can resina epoxi. . Corre já 
foi ressaltado, tem a resina epoxi grande aderência can o concreto e 
. o ferro, entretanto, esta propriedade pcrlerã ser prejudicada se não 
forem tomadt:;>s cuidados especiais na sua aplic~ção. Assim, para que o 
reparo preencha suas finalidades, tànto a trinca corro a fissura devem 
ser abertas em secção "V" , ao longo de toda a sua extensão . 
. . 
Afx)s a aber:..tura, procede-se a lürq;eza das superf!cies e desde · 
~ estas se apresentem secas,é injetada a resina erx:>xi, cuidando-se 
Pa.ra qtE ·toda a abertura seja devlàarrente preenchida. O a::mtrole des 
· se preenchi,rrento p::xie ser feito confonre esclarece "' fig. 69. 
--, 
(. 'l 
b 
v 
o 
F I G. 69 
a) . td.nc-? aberta, lünpa e seca; 
c ' 
b) selage>Jn da trinca e coloc.:1ção dos tubos de injeção; 
c) aplicação de ar corrprlmido para ved.fi.cação dq carm.uü-
cação entre os tu}X)S e fOsterior injeção , oob pressão, · 
da resina epJxi; 
: d) ap5s a apllc.ação da resina, são os tubos cortados e 
seu interior, na parte que ficou dentro da peça, é t:am 
bén1 preenchido <X:Jrn resina . 
t

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