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Genética e câncer - resumo genética

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Genética e câncer 
Bárbara Letícia Rosa Pereira 
Neoplasias: Acúmulo anormal de células, com desequilíbrio entre proliferação e morte celular. 
• Crescimento celular anormal; 
• Desdiferenciação; 
• Potencial de dispersão. 
Tipos mais frequentes: Células epiteliais - dos pulmões, intestinos, glândulas, etc. 
Tipos mais raros: Células musculares, nervosas, etc. 
Neoplasias benignas: 
• Massa localizada de células com taxa de proliferação; 
• Aumentada, se assemelha ao tecido adjacente. Crescimento lento; 
• Não se disseminam entre tecidos adjacentes; 
• Podem causar problemas por pressão mecânica. 
Neoplasia maligna: 
• Maior taxa de proliferação que o benigno; 
• Crescimento ilimitado, diferenciação morfológica variável, capacidade de invasão no tecido 
normal e metástase (células neoplásicas na corrente sanguínea que atingem outros órgãos, 
onde podem formar novo foco). 
Tipos mais comuns: 
• Carcinoma: Tecidos epiteliais em geral; 
• Adenoma: glândulas; 
• Sarcoma: Ossos, músculos, conjuntivo, sistema nervoso. 
• Leucemia: Sistema Hematopoiético. 
Origem: 
Lesão no DNA em pontos estratégicos → Transmissão para as células filhas → Mutação (Proto-
oncogenes / supressor tumoral) 
Proto-oncogenes (característica dominante): São genes que normalmente ajudam as células a crescer. 
Quando um proto-oncogene sofre mutação, ou existem muitas cópias do mesmo, ele se torna um gene 
ruim, que pode ficar permanentemente ligado ou ativado quando não deveria ser assim. Quando isso 
acontece, a célula cresce sem controle o que pode levar ao câncer. Esse gene ruim é chamado de 
oncogene. 
Proto-oncogenes: Presente em todas as células normais. Quando ocorre mutação se tornam 
oncogenes. 
Oncogene: Presente em células anormais e está relacionado ao surgimento de tumores. 
Quais as etapas que levam proto-oncogene→ oncogene? Mutação de ponto: proteína com maior 
atividade; Amplificação – proteína em maior quantidade; Translocação: proteína em maior 
quantidade; Infecção: proteína presente no indivíduo. Um Exemplo de mutação de ponto é a proteína 
se a mutação ocorre em um proto-oncogenese será uma mutação de ganho de função (mesmo em condições normais esses genes induzem a divisão celular).
se a mutação ocorrer no gene supressor tumoral será uma mutação de perda de função (em condições normais esses genes suprimem a divisão celular)
é o balanceamento entre esses dois genes que mantem uma divisão celular harmônica
presente em todas as células normais
fazem a transdução de sinais mitóticos
GTP proteína ativa que faz a ativação de quinases que por sua vez ativam o ciclo celular
O oncogene RAS estimula o crescimento de uma linhagem celular continuada incapaz de soltar do GTP
em células anormais relacionados ao surgimento de tumores
RAS-GTP (em que ocorrerá estímulo do crescimento de linhagem celular continuamente → carcinoma 
de bexiga, pulmões, cólon, mamas, próstata) 
 
Translocação: São alterações em que ocorre o rearranjo de genes de cromossomos não homólogos. A 
translocação prejudicará a expressão dos genes ocasionando a leitura errada da informação genética. 
Exemplo: Leucemia mielóide crônica – Ocorre translocação entre genes dos cromossomos 9 (gene ABL) e do 
cromossomo 22 (gene BCR). Nesse caso, os genes se unem em um único gene híbrido e se tonam um 
oncogene. Lembrar que o ABL-BCR tem ação no ciclo celular da tirosina-quinase. 
Supressor tumoral (caraterística recessiva): São genes normais que retardam a divisão celular, reparam erros 
do DNA ou indicam quando as células devem morrer. Quando tais genes não funcionam corretamente, as 
células podem se desenvolver fora de controle, o que pode levar ao câncer. Um exemplo de gene supressor 
de tumor é o que codifica a proteína p53. 
Genes supressores tumorais: presentes em todas as células normais, regulação do ciclo celular e apoptose, 
quando mutados aumentam a probabilidade de ocorrer um tumor. 
Mutação no gene supressor tumoral: 
Exemplo gene RB1 – Retinoblastoma: Bloqueio entre G1 e S: Impede a síntese de DNA. O gene supressor de 
tumor RB1 produz uma proteína (pRb), que ajuda as células a desacelerarem seu crescimento. Cada célula 
tem geralmente dois genes RB1, então quando ao menos um gene RB1 da retina funciona como esperado 
não ocorrerá Retinoblastoma. Mas, quando ambos os genes RB1 são mutados ou ausentes, uma célula pode 
crescer sem controle, levando a outras alterações genéticas, que por sua vez podem tornar-se células 
cancerígenas. 
Exemplo gene p53 - As mutações somáticas no gene supressor tumoral p53 são encontradas em 
aproximadamente 50% de todos os tumores humanos. As mutações no gene p53 ocorrem em mais de 50 
tipos diferentes de tumores, incluindo os de bexiga, cérebro, mamas, cólon, esôfago, laringe, fígado, pulmão, 
ovário, pâncreas, próstata, pele, estômago e tireoide. Em humanos o gene p53 é encontrado no braço curto 
do cromossomo 17 e é uma proteína que evita a propagação de células geneticamente ‘defeituosas’. 
Exemplo gene NF1 – Neurofibromatose 1: Gene quando sem alterações age na regulação da divisão celular 
e, quando mutado, ocorrerá falha na regulação do crescimento das células normais, o que levará a origem 
dos neurofibromas (tumores benignos com células nervosas e fibroblastos) que vão provocar anomalias 
neurológicas, musculoesqueléticas, oftalmológicas, dermatológicas. 
a p53 é uma enzima responsável pela progressão do ciclo celular - se está tudo ok com o DNA e com a célula de modo geral a p53 é produzida e logo degredada.
porém, se existirem lesões no DNA: as cinases fosforilam a p53 que se torna ativa, esta por sua vez promove a transcrição de p21 que se liga na ciclina CDK e a impede de atuar (volta la no caso da Rb1).
quando a p53 está mutada ela não consegue induzir a síntese de p21 e o ciclo celular continua independente da existência de danos.
além disso a p53 é importante no processo de apoptose
em situações normais o Rb1 faz o bloqueio e o controle do ciclo celular entre G1 e S, impedindo a síntese de DNA. 
As proteínas ciclinas CDK fazem a progressão do ciclo celular, fosforilando proteínas, inclusive a Rb1. 
Quando a Rb1 é fosforilada ela "larga" os fatores de transcrição que podem seguir e fazer a transcrição do DNA.
Quando Rb1 está mutada ela não se liga aos fatores de transcrição fazendo com que estes fiquem o tempo todo disponíveis para fazer a transcrição do DNA.
Linfoma de Burkitt - translocação entre cromossomo 8 e 14 > resultado final é uma super ativação no MYC 
Leucemia mielóide crônica - translocação entre 9 (gene ABL) e 22 (gene BCR) > se unem em um único oncogênese híbrido. 
o ABL está relacionado com o ciclo-celular agindo sobre a tirosina-quinase, já o BCR ainda tem uma função desconhecida. juntos aumentam a adesividade celular, ativam a mitose e inibem a apoptose
Exemplo gene APC - Polipose Adenomatosa familiar: Gene quando sem alterações controla a proliferação e 
diferenciação de células epiteliais do intestino (mecanismo ainda pouco conhecido) e, quando mutado, a 
célula ficará sem “freio” e a divisão celular vai seguir sem a verificação necessária. 
Exemplo genes BRCA1 e BRCA2: Mutações no gene BRCA1 estão mais associadas aos tumores de mama triplo-
negativos e maior risco de câncer de ovário. Já as mutações no gene BRCA2 estão mais associadas ao câncer 
de mama masculino e no câncer de pâncreas. (cansei gente, foi mal) 
Câncer Hereditário: No câncer hereditário ou familiar a mutação está presente em todas as células. 
Supressores tumorais precisam que uma mutação adicional ocorra. 
Câncer Adquirido: O câncer adquirido ou esporádico precisa que ocorra uma mutação dominante (Proto-
oncogene) ou 2 recessivas (supressor tumoral). 
 
LEMBRAR: 
QUALQUER CÉLULA COM LESÕES EM PROTO-ONCOGENESE/OU SUPRESSORES TUMORAIS PODEM 
ORIGINAR UM CÂNCER? NÃO! 
QUALQUER CÉLULA COM ONCOGENES E/OU SUPRESSORES TUMORAIS MUTADOS PODE ORIGINAR UM 
CÂNCER? NÃO! 
Células tumorais em potencial precisam passar por várias capacitações para estabelecer um tumor ou 
câncer. 
 
Evolução – Telomerase: Em células normais as telomerases são desligadas e os telômeros diminuem, 
portanto, a célula envelhece e morre. No caso das células cancerosas, a atividade da telomerase é retomada 
e os telômeros se mantem. Com isso a célula não envelhece e não morre. Os telômeros ficam aumentados 
provocando uma divisão celular mais rápida. Quanto maiores os telômeros, mais avançada está a doença. 
 
existem outros proto-oncogenese e supressores tumorais que apresentam funções redundantes
células normais: telomerases são desligadas e os telômeros diminuem - causando o envelhecimento celular
célular cancerosas: a atividade da telomerase é retomada
existem outros mecanismos reguladores que podem atuar
Retinoblastoma:
é esporádico em 60% dos casos, com início tardio e característica de ser unilateral
ou é hereditário em 40 % dos casos, com início precoce e característica bilateral

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