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Deborah Bernardes- M3 Neoplasias · Neoplasia: proliferação local de clones celulares atípicos, sem causa aparente, de crescimento excessivo, progressivo e ilimitado. É um crescimento persistente mesmo após o termino do estimulo inicial. · Toda vez que a célula se duplica, ele pode ganhar mais habilidades ou habilidades diferentes (por uma mudança no DNA) complica a cura e o tratamento · Processo irreversível não entra no modulo de respostas adaptativas · Neoplasia é doença de hábitos · Tem tendência a perda de diferenciação · Todos os tumores, sejam benignos e malignos, apresentam dois componentes básicos: · Células neoplásicas clonais que constituem seu parênquima (são células que por algum motivo tiveram o seu código genético alterado). · Estroma reativo feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e quantidade variável de macrófagos e linfócitos (Estroma= serve para a sustentação de um órgão; tecido conjuntivo de sustentação) · Apesar das células neoplásicas determinarem em grande parte o comportamento de um tumor e suas consequências patológicas, seu crescimento e evolução são criticamente dependentes do seu estroma. · Um suprimento sanguíneo estromal adequado é requisito para as células tumorais viverem e se dividirem. · Quanto mais rapidamente o tumor crescer e quanto mais anaplásico for, menor a probabilidade de ter atividade funcional especializada e se assemelhar as suas células normais de origem; as células no câncer podem ser menos ou mais diferenciadas, mas algum grau de desordem de diferenciação esta sempre presente. · Anaplasia x Diferenciação: o termo diferenciação refere-se à extensão com que as células do parênquima neoplásico lembram as células parenquimatosas normais correspondentes, tanto morfológica quando funcionalmente; a falta de diferenciação é denominada anaplasia” · Anaplasia: o quanto que ela é indiferenciada em relação a uma célula normal do tecido correspondente. (É mais danosa/ “do mal”) · Diferenciação: o quanto uma célula tumoral é semelhante a célula do tecido normal correspondente. · Células neoplásicas tem tendência a perda de diferenciação · Metaplasia x Anaplasia: · A metaplasia é definida como a substituição de um tipo celular por outro tipo célula. · A metaplasia quase sempre é encontrada em associação com os processos de dano, reparo e regeneração tecidual. · Displasia: significa crescimento desordenado · Ocorre frequentemente no epitélio metaplasico · Alterações incluem a perda da uniformidade das células individuais, assim como a perda de sua orientação arquitetônica. · Nomenclatura: depende do tipo de tecido · Quando for de origem mesenquimal: · Benigno: sufixo – oma; Ex: lipoma · Maligno: sufixo – sarcoma; Ex: Leiomiossarcoma · Quando for origem epitelial: com base em características micro/ macroscópicas · Beningo: sufixo – adenoma (neoplasia derivado de tecido glandular), -papiloma (neoplasia epitelial derivado de tecido não glandular), e -cistoadenoma (derivado do adenoma). · Malignos: sufixo – carcinoma + característica do tipo histológico do tumor; Ex: adenocarcinoma, carcinoma espinocelular · Quando a origem for linfo-hematopoiético: · Linfomas: neoplasia maligna de células linfocitárias · Leucemias: neoplasia maligna de células hematopoiéticas · Quando a neoplasia tem origem em células totipotentes: · Teratoma: em células germinativas presentes nas gônadas - Maduros: mais diferenciado; mais ofensivo - Imaturos: maior grau anaplasico; muito pouco diferenciado; mais agressivo · 3 características principais de uma neoplasia: · Autônomo: · Progressivo: possibilidade de ganhar mais habilidades · Irreversível: ocorre a partir da alteração da molécula de DNA · Benigno x Maligno · Benigno: · Menos agressivo · Bem diferenciado · Expansivo (bordas bem delimitadas) · Não é câncer · Crescimento de células tumorais localizadas em lugares específicos · Não se espalham e não causa metástase · Fica encapsulado em uma pseudocapsula de colágeno (feita pelo nosso organismo) e a célula neoplásica benigna não tem habilidade de produzir colagenase (quebraria a capsula que fica ao seu redor). · Não ocorre metástase · Células benignas não tem capacidade de influenciar as células vizinhas (estroma). · Maligna: · Mais agressivo · Maior grau anaplasico (muito indiferenciado) · Pleomorfismo (células com tamanhos e formas diferentes ao normal) · Invasivo (não tem bordas delimitadas) · Crescimento mais exagerado · Capacidade invasivainvadem tecidos vizinhos · Células neoplásicas malignas secretam substancias de má qualidade (como por exemplo, colagenase quebrando a pseudocapsula) · Precisa de vasos sanguíneos ao redor dela influencia as células normais (estroma) para secretarem fator de crescimento endotelial vascular de alta qualidade para angiogenese. · Capacidade metastática · Etiologia e patogenia: · Indução: é um evento que cria uma célula maligna · Tipos de mutação: substituição, adição ou deleção · Translocação · Modificações epigenéticas · Micro RNA: pode estimular câncer; hipersecreção de proteínas oncogênicas · Promoção: é uma qualidade do ambiente que encoraja seu crescimento a um estagio clinico detectável. · Imunossupressão · Idade · Nutrição · Indutores de neoplasia: · Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos: mais potentes · Nitrosaminas · Alatoxina: produzida por algumas cepas do fungo Aspergillus flavus · Características diferenciais entre neoplasias benignas e malignas Carcinogênese · Bases moleculares da carcinogênese em múltiplas etapas: · Esquema geral dos eventos da carcinogênese química: · Um tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que sofreu lesão genética (tumores são monoclonais) · Início monoclonal: · Processo de carcinogênese: decorre por alterações que interferem no material genético. (Alterações como mutações, translocações, epigenética etc.) · Etapas: 1. Estimulo carcinogênico inicial levou a uma alteração do DNA células não percebem a mutação 2. Alterações primarias 3. Multiplicação 4. Alterações secundarias houve acúmulo de alterações de material genético 5. Tumor · Progressão tumoral: uma célula normal se torna uma célula neoplásica e essa célula vai adquirindo novas habilidades. · Principais alvos genéticos de neoplasias: · Genes proto-oncogenes: gene que codifica proteínas que estimulam proliferação e diferenciação em células normais quando há uma alteração no DNA genético para o proto-oncogene, vira um oncogene. · Genes supressores de tumores: bloqueia a proliferação celular causando apoptose. Ex: p53 e gene RB (gene mutado no retinoblastoma) · Genes de reparo do DNA · Genes de apoptose · Alterações carióticas nos tumores: · Aneuploidia: alteração do número de cromossomos por erros de mitose · Translocações equilibrada: formação de proteínas alteradas; superexpressão de proto-oncogenes por removê-lo de seus reguladores normais produção de proteínas alteradas. · Deleção cromossômicas: perda de gênes supressores de tumor · Amplificação de gene: proto-oncogene em oncogene aumento de expressão de proteínas. · Cromossomo Filadelfia: o proto-oncogene situado no cromossomo 9 é transferido para o cromossomo 22. · Leucemia mieloide crônica: formação de proteína hibrida que causa leucemia · Modificações epigenéticas e câncer: · Alterações reversíveis hereditárias na expressão genética que ocorrem sem mutação. · Modificação no posicionamento de histonas e metilação do DNA · Na carcinogênese: · Hipometilação geral · Hipermetilaçao local seletiva · Habilidades do câncer: · Autossuficiência nos sinais de crescimento: · Proto-oncogenes e oncogenes: · Instabilidade aos sinais inibidores do crescimento no RB: · RB tem efeito antiproliferativo e é um gene supressor de tumor · Quando há a presença de células cancerígenas, ele perde a sua função · Quando o RB éhipofosforilado, não há câncer porque tem o bloqueio da transcrição · Quando o RB é hiperfosforilado, liverando o E2F que ativa a transcrição e consequentemente causa câncer. · Instabilidade aos sinais inibidores do crescimento no TP53 (Guardião do genoma): · O gene que mais sofre mutação em canceres humanos é o TP53produz a P53 (proteína que faz a checagem no ciclo celular no G1) · TP53 controla a formação de células neoplásicas e ativa a apoptose · Instabilidade aos sinais inibidores do crescimento de contato: · A perda de contato entre as células, como em uma ferida, interrompe a interação entre a Ecaderina e B-catenina causando a migração da B-catenina para o núcleo onde estimula-se a proliferação celular. · Sem a atuação das proteínas caderinas câncer · Função das caderinas: formar o cinturão de adesão ou zônula de vedação · Alteração do metabolismo enérgico: uso da glicólise anaeróbica para utilizar a glicose como fonte de moléculas de carbono, mesmo em presença de oxigênio abundante. Objetivo: crescimento rápido · Evasão da morte celular: · Potencial ilimitado de replicação: · Células cancerígenas: sintetizam telomerase e mantem o tamanho dos telômeros para a capacidade replicativa ilimitada. · Desenvolvimento de angiogênese sustentável: · Metastase: · Disseminação para formação de colônias distantes que duplicam todos os efeitos destrutivos na neoplasia primaria. · Tem duas vias de disseminação: · Linfática · Hematogênica · Invasão: · Desagregação das células (diminuição da E-caderina) sendo resistentes a morte. · Desagregação da matriz extracelular e liberação de fatores de crescimento estocados na MEC. · Migração das células (invasão da membrana basal) · Inflamação crônica como possibilidade de malignidade: · Menor antigenicidade: · Fatores carcinogenênicos: · Hereditarios/ Familiares · Físicos: radiação ou traumas recorrentes · Químicos: tabaco, asbesto, álcool · Infecciosos: vírus, bactérias 1
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