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Prática didática - Sistema Solar

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS 
 
 
HELENA ROSA DE OLIVEIRA 
 
Plano de Aula: Sistema Solar: fases da Lua 
Dentro das conquistas em todos os documentos é o reconhecimento da criança como um 
sujeito de direitos, um cidadão e não um sujeito que venha a ser. Construindo essa 
concepção entende-se que cada criança deve ter um ambiente dotado de meios que 
garantam efetivamente seu aprendizado, neste sentido espera-se que esta prática didática 
provoque debates a respeito da astronomia junto a matemática, história e geografia... 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequência Didática a ser entregue 
ao Professor Dr. Umberto de 
Andrade Pinto como requisito 
parcial de avaliação da Unidade 
Curricular Didática e Formação 
Docente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos 
Junho/2017 
 
1- Introdução 
O presente trabalho propõe o desenvolvimento de atividades que abordem 
aspectos do sistema Solar como: comparação de tamanho entre o planeta e seu satélite 
natural, explicação dos fenômenos dia e noite terrestre e as fases da Lua. Para isso as 
estratégias utilizadas para o desenvolvimento das atividades terão um caráter 
investigativo, tendo em vista que cada etapa deve levar o aluno a refletir, discutir e 
construir explicações sobre os conteúdos abordados. Assim, nossa proposta tem a 
intenção de instigar a curiosidade dos alunos com a temática, dando possibilidades para 
que possam criar hipóteses, questionamentos, explorar a multiplicidade de ideias sobre 
o assunto, iniciar debates entre si e construírem novos conhecimentos acerca da 
temática. Como resultado do desenvolvimento das atividades espera-se debates 
propostos pelos próprios alunos, com questões de interesse por outros assuntos que a 
Astronomia pode provocar, como o ensino de matemática, história e geografia. Desta 
forma fica nítida ao professor em formação a possibilidade e a oportunidade de 
trabalhar a interdisciplinaridade em todos os conteúdos, fazendo com que o ensino 
escolar faça sentido ao aluno que será capaz de refletir na leitura de mundo como um 
todo que está interligado. 
Portanto, é um processo no qual o professor e o aluno não se reduzem à 
condição de objeto um do outro, sendo necessário pensar em um planejamento flexível 
para abordar diferentes temáticas de acordo com os desafios e demandas que se 
originam no contexto de sala de aula. 
Essa forma de organização poderá contribuir com o trabalho do professor 
polivalente, que precisa lidar com todas as áreas do conhecimento, pois a Pedagogia 
visa à ressignificação do espaço escolar, transformando-o em um espaço vivo de 
interações, aberto ao real e às múltiplas dimensões. A polivalência deve articular-se com 
novas situações e interesses que apareçam ao decorrer de sua aplicação de forma a 
englobá-las. Como objetivo principal dessa abordagem pode-se destacar a possibilidade 
de dar voz à curiosidade dos educandos, tornando-os sujeitos ativos de formulação e 
desenvolvimento, contribuindo para atribuir um novo sentido aos conteúdos escolares. 
 
Nesta perspectiva, o ensino da Astronomia se justifica por auxiliar a entender que a 
Ciência é uma construção humana, passível de reinterpretações e mudanças de 
paradigmas. Como apontado por Pietrocola (2005), a escola tem “como um de seus papéis 
a função de sistematizar a transmissão das experiências coletivas passadas e bem-
sucedidas e adaptá-las às necessidades atuais, visando preparar as futuras gerações para 
enfrentar o mundo de hoje (p .11) ”. Portanto, a inserção da Astronomia na Educação 
Básica é necessária, uma vez que auxilia no entendimento de fenômenos que ocorrem no 
cotidiano e, a escola é, ou deveria ser, o meio mais eficaz de aprendizagem destes 
fenômenos, promovendo a formação para a cidadania. 
 
 
1.1- Plano de Aula 
 
O Plano de aula foi feito com o objetivo de trabalhar a interdisciplinaridade 
ligada ao ensino de Ciências, no qual aborda conteúdos referentes ao ensino de 
Astronomia e abre possibilidades para discutir assuntos de diferentes disciplinas como, 
a matemática, a história e a geografia. Esta ação será efetuada com o intuído de 
contribuir com o ensino e aprendizagem de astronomia com crianças do 3º ano, e mais 
do que isso instigar a curiosidade das crianças com a temática, dando possibilidades 
para que possam criar suas hipóteses e coloca-las em vivencia com o conhecimento 
cientifico, pois de acordo com o MEC: 
 
“ Na área das Ciências Naturais, o objetivo é ampliar a curiosidade das 
crianças, incentivá-las a levantar hipóteses e a construir conhecimentos 
sobre os fenômenos físicos e químicos, sobre os seres vivos e sobre a relação 
entre o homem e a natureza, e entre homem e as tecnologias. (MEC, 2007, 
p.60) 
 
As Ciências Naturais é a área de conhecimento predominante a ser trabalhada 
neste plano de aula, porém a mesma faz o uso de outras áreas de conhecimento que são 
vivenciadas no cotidiano das crianças do 3º ano, que enriquecem as atividades 
propostas. Como explicitado: 
“O trabalho com projetos, por abordar um determinado assunto de forma 
contextualizada, amplia consideravelmente a gama de conhecimentos que 
podem ser ancorados ao tema eleito, permitindo a interdisciplinaridade e a 
transversalidade, além da inserção da educação de forma ampla na cultura” 
MEC, 2007, p.67) 
 
 Nesse raciocínio pode-se concluir o quanto é importante trabalhar a 
interdisciplinaridade entre as áreas de conhecimento nas práticas pedagógicas, pois de 
acordo com a organização do currículo escolar, os materiais didáticos e o ensino 
segmentado por assuntos, se tem a impressão de que as áreas de conhecimento, como 
história, geografia, artes, ciências, matemática, português e outras são independentes 
umas das outras ou que não se tem conexão entre elas. De acordo com o MEC (2007), 
cabe à educação dos anos iniciais valorizar as diferentes manifestações culturais, partir 
dos interesses e conhecimentos das crianças, amplia-los e expandi-los em projetos de 
trabalho interdisciplinares. 
 
2- Justificativa 
 
Dentro das conquistas em todos os documentos é o reconhecimento da criança 
como um sujeito de direitos, um cidadão e não um sujeito que venha a ser. Construindo 
essa concepção entende-se que cada criança deve ter um ambiente dotado de meios que 
garantam efetivamente seu aprendizado. A garantir prevista em lei deve ser mais do que 
o acesso às escolas, mas ter em vista a democratização do saber. 
A abertura para a ampliação do tema seguindo a interdisciplinaridade pode 
acontecer em matemática ao tratar de termos como proporção, comparação, maior e 
menor. A história pode acontecer ao citar fatos importantes como a ida do homem à lua 
e a evolução dos meios de transportes desde a criação da roda até o lançamento de 
foguetes. 
A geografia pode ser estudada com a relação entre movimento da terra e as estações 
do ano, pontos cardeais, clima e vegetação. A língua portuguesa aparece ao iniciarmos a 
atividade a leitura de um livro infanto juvenil. 
 
 
 3- Objetivos gerais 
 
 Compreender a Ciência como processo de produção de conhecimento. 
 Identificar relações entre o conhecimento cientifico, e as transformações do 
mundo em que se vive. 
 Combinar leituras, observações, experimentação, registro, comunicação e a 
discussão de fatos e informações. 
 
 
 3.1- Conteúdo 
 
 Definições sobre sol, lua e terra. 
 Movimento entre os astros celestes (sol, lua e terra). 
 Proporção de tamanho entre os astros celestes (sol, lua e terra). 
 Como acontece o dia e noite. 
 Fases da lua. 
 
4- Tabela de organização dasatividades 
 
 
DIA MATERIAIS ESPAÇOS 
Aula 1: 
Fases da lua 
Bola grande de isopor 
Bola de isopor menores 
Sala de aula 
Trabalhando com os 
formatos da lua, o sol, a 
Terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5- Procedimentos Didáticos- A ação pedagógica será desenvolvida da seguinte 
maneira: 
 
 
Aula 1: “ Fases da lua” 
 
 
Objetivos específicos- 
Compreensão das diferentes fases da Lua 
Compreensão da importância deste fenômeno no comportamento dos seres vivos. 
 
Tempo: 90 minutos 
Recursos: 
Bola grande de isopor representando a Lua de professor; 
Bolas de isopor, pintadas de amarelo, representando o Sol; 
Bolas de isopor representando a Terra; 
Bolas de isopor menores representando a Lua, pintada metade de amarelo (parte 
iluminada pelo sol) e a metade de preto (parte que não está recebendo os raios solares). 
 
Local: Sala de aula. 
 
O professor poderá dar início à aula perguntando aos alunos quais são os 
formatos de lua que eles conhecem. Assim, todos poderão observar que a lua apresenta 
aspectos diferentes. 
Após essa discussão, pede se para os alunos se sentarem no meio da sala, pois 
eles representarão a Terra. O Sol será desenhado na lousa e com a bola grande que 
representa a Lua, o professor andará ao redor dos alunos mostrando as diferentes fases 
da Lua, minguante, nova, crescente, cheia, conforme o posicionamento do lado 
iluminado e do não iluminado em relação à Terra. O professor poderá comentar o tempo 
de duração deste movimento. 
Pede-se em seguida que os alunos se dividam em grupos de 4. Cada grupo 
receberá um conjunto contendo uma bola de isopor representando cada um dos astros 
envolvidos: o Sol, a Terra e a Lua. Os grupos deverão, então, simular cada uma das 
fases da Lua organizando o modelo sobre a mesa. 
Por fim, o professor deve pedir para que os alunos apontem segundo seus 
conhecimentos quais fenômenos parecem ser influenciados pelas fases da Lua. Diante 
da possível lista o docente poderá discutir o fenômeno dia e noite terrestre, planeta e seu 
satélite natural, que será continuado nas próximas aulas. 
6- Avaliação 
 
A avaliação deve ser concebida como um processo contínuo no qual o 
desenvolvimento da criança é focalizado em seus múltiplos aspectos, desenvolvimento 
este pessoal e cujo ritmo deve ser respeitado. Contendo uma tabela com diferentes ações 
que devem ser apropriadas pelas crianças em cada atividade sugerida. 
A documentação não será composta somente de material escrito. Fotos, áudios 
e as produções nas múltiplas linguagens serão organizados como forma avaliar o 
desenvolvimento nesta sequência didática. As conclusões serão compartilhadas com as 
famílias e demais professores da escola, se possível apresentando o percurso em cada 
fase ou mesmo durante a realização da sequência. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
PIETROCOLA, M. Construção e realidade: o papel do conhecimento físico no 
entendimento de mundo. In: PIETROCOLA, M. Ensino de física: conteúdo, 
metodologia e epistemologia em uma concepção integradora. 2. ed. rev. Florianópolis: 
Editora da UFSC, 2005.p.9-32.

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