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Prévia do material em texto

¹ Nome dos acadêmicos 
² Nome do Tutor Externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I 
EFEITO DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTO NA CONTINUIDADE 
DAS EMPRESAS. 
 Acadêmicos¹ 
Eliene Santos Oliveira da Silva¹ 
 Jenifer Barreto Gangorra¹ 
 Márcia Cristina da S. Viana¹ 
 Robson Lopes Pimenta¹ 
 
 Tutor Externo² 
 Expedito dos Santos Ferreira² 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Ciências Contábeis) 
 
Resumo: 
O presente paper busca destacar o efeito da gestão tributária e de custos para a 
continuidade das empresas, com a finalidade de reduzir ou minimizar os custos, pois 
sem a devida organização é bem provável que as empresas sofram com a grande 
quantidade de impostos que existem, pagando mais do que precisa e correndo 
riscos de pagar errado, com atraso ou prestação de contas erradas. A Gestão 
Tributária é uma ferramenta utilizada na redução de custos de uma empresa, 
chamando a atenção das despesas com tributos. Basicamente, a gestão atua sobre 
o departamento de impostos e para auxiliar um controle de custos eficiente, é 
necessário uma boa Gestão de Custos, que administra e controla os gastos 
auxiliando no planejamento e na tomada de decisão, basicamente, as entidades 
continuarão em operação por tempo indeterminado, esta condição deve ser levada 
em consideração quando da classificação e avaliação das variações patrimoniais 
(quantitativas e qualitativas). A gestão tributária e de custos são ferramentas 
fundamentais que podem ser utilizadas para a continuidade das empresas, visto que 
auxiliam no controle e na tomada de decisão. 
Palavras – chave: Gestão, tributos e custos. 
1. INTRODUÇÃO 
Em tempos atuais, tem se observado um crescente aumento de 
competitividade, e a questão tributária pode ser objeto de ruína ou sucesso de uma 
empresa. Embora o ambiente que rodeia as empresas aponte para a necessidade 
de uma gestão tributária e de custo eficaz, para a continuidade das mesmas. 
Garantir menos gastos de recursos com tributos, que podem ser alocados em 
investimentos para o crescimento da empresa (não se trata de deixar de pagar 
tributos de forma ilegal), pelo contrário a gestão adequada garante economia e 
sossego perante o Fisco, pois se utiliza de escolhas feitas dentro dos limites das 
normas tributárias. 
2 
 
 
 
Portanto, a relação custo/benefício deve ser bem avaliada, porque o que há 
são alternativas legais. Daí, o efeito da gestão tributária e de custo na continuidade 
das empresas significa que a contabilidade efetua e avaliação do patrimônio e o 
registro de suas variações, considerando que a entidade, continuará operando por 
tempo indeterminado. 
 2. DESENVOLVIMENTO 
A relevância do efeito da estrutura tributária sobre o desempenho das 
empresas é discutida e analisada por economistas, administradores desde os anos 
de 1960. Existindo um consenso sobre a importância dos instrumentos de taxação 
sobre o comportamento dos agentes econômicos e o efeito sobre o desempenho e a 
organização na continuidade das empresas. Assim, o significativo interesse da área 
de tributos no universo dos negócios vem exigindo uma eficaz gestão das 
obrigações tributárias. Os efeitos da gestão tributária e de custo para a continuidade 
de uma empresa é amplo e complexo, porém faz-se necessário que 
compreendamos o impacto das alíquotas dos impostos sobre as decisões 
financeiras, é preciso conhecer os fundamentos da tributação e dos custos, visto 
que, sem um entendimento não será possível obter um planejamento financeiro real, 
nem tomar decisões acertadas. Para isso, um dos requisitos a serem observados 
pelos gestores de uma empresa são o planejamento e a gestão tributária, observa-
se o quanto se torna essencial a sua prática dentro das empresas. 
3 TRIBUTOS 
Conforme Machado (2009, pág.67), “o objetivo do tributo sempre foi o de 
arrecadar recursos financeiros para o Estado”. A função da lei, em regra, é definir 
condutas. Porém, algumas vezes a lei estabelece conceitos, e assim fez o Código 
Tributário Nacional. 
 
Art. 3º. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir que não constitua sanção de ato lícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada”. 
A prestação pecuniária é o objeto da relação jurídica entre o contribuinte e o 
Estado, resultando numa transferência de patrimônio. Transfere recurso em sentido 
econômico, aumenta o patrimônio do ente público e reduz o do contribuinte, deve 
3 
 
 
 
ser paga em dinheiro. Detém um conteúdo monetário, excluindo-se, desse modo, 
qualquer possibilidade de pagamento em serviços ou em bens diversos do dinheiro. 
O pagamento em dinheiro facilita sua reversão ao atendimento das necessidades da 
coletividade. 
É prestação compulsória em razão de ser obrigatória independente da 
vontade do contribuinte, o qual sempre deverá realizar o pagamento. 
A Constituição Federal (CF), no art. 145, confere, às pessoas políticas, 
competências para que criem impostos, taxas e contribuição de melhoria. O tributo é 
o gênero, do qual o imposto, a taxa e a contribuição de melhoria são espécies. 
Classificação: 
3.1 Imposto 
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” 
(BRASIL, 1966, art.16). É o tipo de tributação mais conhecido e que está presente 
no dia a dia de todo o consumidor, direta ou indiretamente, sendo de ordem 
Municipal, Estadual e Federal. 
Conforme Amaro (2014), o fato gerador do imposto é uma situação que não 
tem nenhuma conexão com a atividade do Estado especificamente dirigida ao 
contribuinte, sendo assim, para ser exigido um imposto de um indivíduo não é 
necessário que o Estado lhe preste algo determinado. 
3.2 Taxas 
Amaro (2014) afirma que, o fato gerador da taxa é um fato do Estado e não 
do contribuinte, onde o Estado exerce determinada atividade e quem a aproveitou é 
cobrada a taxa. 
 
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato 
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público específica e divisível, prestado ao contribuinte 
ou posta à sua disposição (BRASIL, 1966, art. 77). 
 
Para entendimento, no Portal tributário (2016), as taxas são cobradas em 
razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
4 
 
 
 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à 
disposição da população. 
3.3 Contribuições 
De acordo com o Gestor Total, as contribuições estão divididas em dois 
grupos: Contribuição Especial que é cobrada quando se destina a um determinado 
grupo ou atividade, exemplo: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Programa 
de Integração Social (PIS), e a Contribuição de Melhoria que é quando ocorre uma 
melhoria que resulte em benefício ao contribuinte, exemplo: quando é feito o 
asfaltamento de uma rua, que consequentemente acaba aumentando o valor do 
imóvel por conta desta melhoria, e isso gera a contrapartida do cidadão, pois ele 
teve um claro benefício (Diferença entre impostos, taxas). Apesar do impulsivo 
crescimento naarrecadação das contribuições, os impostos ainda são os tributos 
que mais arrecadam no Brasil. 
De acordo com o Portal Tributário (2019), atualmente o Brasil conta com 94 
tributos, lista atualizada em 15 de fevereiro de 2019 baseada nos conceitos 
constitucionais e do Código Tributário Nacional. 
4. REGIME TRIBUTÁRIO 
A escolha de um regime tributário e o enquadramento de uma empresa é 
que irão definir qual a incidência e como será a base de cálculo dos impostos. No 
Brasil, os regimes tributários mais utilizados são: Lucro Real, Lucro Presumido e 
Simples Nacional, cabe a cada empresa de acordo com suas atividades escolher 
qual melhor se enquadra, observando as características específicas de cada regime, 
até porque cada regime tributário possui uma legislação própria que define todos os 
impostos e procedimentos que a empresa deverá cumprir, para ficar dentro da 
legalidade. 
A seguir é possível verificar pontos importantes de cada regime: 
4.1 Lucro Real: 
A empresa que optar pelo Lucro Real deverá apurar o lucro contábil que 
será à base de cálculo para os impostos sobre o lucro líquido. 
 
Aplica-se sobre esta modalidade os impostos de PIS – com alíquota de 
1,65%, COFINS – 7,6%, o Imposto de Renda a Contribuição Social devem 
5 
 
 
 
ser apurados somente sobre o Lucro da empresa, obtido através da DRE 
(demonstração do resultado do exercício) (SILVA, GOMES; SILVA, 2015, p. 
6). 
 
● Nível de faturamento: todas as empresas, 
● Cálculo de Impostos: o imposto de renda de 25% e a Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido de 9% é cobrado sobre o lucro realmente apurado. 
Apenas as instituições financeiras pagam 15% de Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido. 
● Para quem serve: para empresas que possuem margem líquida real 
inferior a presumida pela legislação fiscal. 
● Principais regras: a legislação é mais complexa. As alíquotas do PIS 
(1,65%) e da COFINS (7,6%) sobre a receita são maiores que o lucro 
presumido. 
● Atenção: é possível descontar crédito referente às despesas 
relacionadas ao processo produtivo, entre outras, o que pode representar 
ganhos. 
4.2 Lucro Presumido. 
O lucro presumido é um tipo de tributação relacionada às pessoas jurídicas 
(empresas), desde que comprovem os requisitos mínimos exigidos para se 
enquadrarem. “É uma forma de tributação para determinação da base de cálculo do 
imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das 
pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do 
lucro real”. (SEBRAE Nacional, 2016). 
● Nível de faturamento: até R$ 48 milhões. 
● Cálculo de Impostos: os 25% de IR incidem sobre o lucro pré-definido de 8% 
da receita para a indústria, e a maior parte do comércio é de 32% para a 
maioria dos serviços. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% 
incide sobre 12% da receita da indústria e do comércio e sobre 32% do 
serviço. 
● Para quem serve: para as empresas que possuem uma margem líquida real 
superior a presumida pela legislação fiscal (8% da receita para a indústria e a 
maior parte do comércio de 32% para a maioria dos serviços). 
6 
 
 
 
● Principais regras: alíquota do PIS é de 0,65% e o do COFINS de 3% sobre a 
receita. Mas nenhum crédito pode ser descontado. 
● Atenção: se a margem real de lucro for inferior aos percentuais pré-definidos, 
a empresa pagará mais impostos pelo sistema de lucro presumido. 
4.3 Simples Nacional. 
 É um sistema de tributação simplificada, que é facultativo para as empresas, 
faz parte dele quem quer. 
● Nível de faturamento: até 3,6 milhões por ano. 
● Cálculo de Imposto: as alíquotas são fixas e depende do faturamento do setor 
o percentual máximo é de 16,85% sobre a receita. 
● Para quem serve: para as microempresas (faturamento até R$ 360 mil ao 
ano) e pequenas empresas (faturamento de R$360 mil a 3,6 milhões ao ano). 
● Principais regras: é um regime unificado de cobrança e arrecadação de 
tributos (IR, Contribuição Social e Previdenciária, PIS/PASEP, COFINS, IPI, 
ICMS e ISS). 
● Atenção: outros benefícios ou isenções fiscais municipais ou estaduais não 
são possíveis no simples. 
5 Influência do regime tributário nas empresas. 
As empresas estão cada vez mais competitivas e evoluídas na gestão 
econômico-financeira, exigindo o conhecimento de todos os custos e valores para 
evitar resultado negativo para a sua gestão e realiza a formação de preços mais 
justa, de acordo com os custos e carga tributária existente. 
O Brasil é o país com a maior carga tributária em toda a América Latina. Um 
estudo realizado pela Organização para a Cooperação de Desenvolvimento 
Econômico (OCDE) revela que em 2015, os brasileiros pagaram o equivalente a 
33,4% em taxas. “Não vamos ingressar na OCDE com este sistema tributário”, disse 
Luiz Carlos Hauly (ex-deputado federal PSDB-PR) 15 abr. 2019. Declaração feita 
diante da necessidade que o Brasil tem em conquistar uma vaga na OCDE, fundada 
em 1961 que define padrões para seus 61 países-membros, na maioria 
desenvolvida. Além desta declaração Hauly classificou o sistema brasileiro como 
“manicômio tributário” e “Frankenstein funcional” com altos níveis contencioso 
judiciário, renúncia fiscal e sonegação. Sua proposta é substituir nove impostos 
atuais (incluindo ISS, ICMS, IPI e PIS/COFINS) por um único, o Imposto de Valor 
7 
 
 
 
Agregado (IVA), cobrado no destino. O modelo é padrão na OCDE e já se tornou 
consenso, diz Hauly, mas resta o desafio de distribuir os custos e o período da 
transição de um sistema para outro. 
Já o Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre reforma tributária na 
última terça-feira dia 09 abr. “Na nossa reforma tributária vamos pegar três, quatro, 
cinco imposto e fundir em um só (CSLL, o IPI, e o Finsocial) e transformar num 
imposto único federal. Todas as contribuições que não eram compartilhadas, criadas 
para salvar a União, quando reunirmos serão todas compartilhadas”, disse ele. 
Enfim, a reforma tributária é considerada por economistas como uma das principais 
formas de aumentar o potencial de crescimento da economia das empresas. 
2 GESTÃO DE CUSTOS 
A Gestão de Custos é um conjunto de técnicas e métodos de planejamento, 
avaliação e aperfeiçoamento dos produtos de uma empresa. Sua finalidade principal 
é fornecer as informações de que as empresas necessitam para proporcionar valor, 
qualidade e oportunidade que os clientes desejam. Porém, está além das técnicas 
tradicionais da contabilidade. Sob o enfoque contábil, os custos podem ser 
analisados como: 
● Custo Contábil: submetido a contabilidade financeira, estão disciplinadas por 
normas legais técnicas (princípios contábeis), fiscais (obrigatoriedade na 
aplicação das leis) e societárias (fatos passados e rigidez formal). 
● Custo Gerencial: compromete-se com a eficiência pela redução dos gastos, 
através de estudo e análise voltada para a mudança de processos, gestão 
financeira adequada e para o atendimento de questões especiais 
relacionadas com a logística do atendimento correto aos clientes. 
2.1 Os Objetivos. 
Uma das principais metas da gestão de custos é dar mais segurança na 
hora de definir sua margem de lucro em cada item. Isso acontece especialmente 
porque a formação do preço de venda do produto ou do serviço está ligada à 
apuração das despesas. A contagem correta dos gastos é um fator que influencia 
muito nos resultados. Por isso, os desembolsos, do menor ao mais alto devem 
receber toda a atenção. Abaixo, um resumo dos principais propósitos da Gestão de 
Custos: 
8● Informar sobre o rendimento e o desempenho de diversas atividades das 
empresas, 
● Auxiliar no controle, planejamento e desenvolvimento das operações, 
● Fornecer informações que possam contribuir as tomadas de decisões. 
2.2 Benefícios da Gestão de Custos 
A boa administração demanda muito mais do que aumentar receita. Em 
determinados momentos da economia, reduzir seus gastos pode ser mais simples 
do que ampliar os seus ganhos. Nesse sentido, é fundamental saber equilibrar o que 
entra e o que sai de forma precisa – principalmente diante de um mercado cada vez 
mais competitivo. Confira alguns dos benefícios da Gestão de Custos: 
● Diminuição dos riscos do negócio: muitas empresas fecham suas portas 
pelo simples fato de não conhecerem a fundo a dinâmica de seus custos, por 
conta disso, suas contas de lucratividade são indeterminadas. 
● Precificação e competitividade: está relacionado ao mercado consumidor e 
às boas ofertas, para diminuir os custos da produção, é preciso dá atenção 
aos gastos variáveis. A gestão de custos ajuda na competitividade 
justamente porque favorece uma precificação mais eficiente, evita que a 
empresa tenha problemas relacionados a seus preços. 
● Queda nos gastos: com uma gestão de custos de excelência, é viável 
observar os desperdícios. Assim, o gerenciamento detalhado dos gastos vai 
permitir compras mais enxutas de insumos, proporcionais à demanda das 
operações. 
● Aumento da lucratividade: na gestão de um negócio, uma ação tem 
influência sobre as outras, quando se elimina as despesas desnecessárias os 
lucros costumam aumentar de maneira muito natural. 
É nesse cenário que a Contabilidade é inserida como instrumento de apoio e 
auxílio para tomada de decisão, sendo necessária e importante na gestão das 
empresas para a sua continuidade. 
2.3 Gestão estratégica de custos. 
A gestão estratégica de custos tem seu grande objetivo na maximização dos 
lucros. É a principal estratégia competitiva para levar uma empresa a conquistar 
mais fatias e permanência assegurada no mercado. A análise, estudo e formulação 
9 
 
 
 
dessas estratégias baseiam-se nas técnicas administrativas propostas, no início do 
século XX, por Taylor, fundamentadas na organização científica do trabalho 
(tarefas), por Mayo, concentrada no aspecto comportamental da pessoa 
(capacitação), e finalmente por Fayol1, o grande defensor da organização científica 
da gestão, que obedece seis funções básicas: técnica (processo), comercial (compra 
e venda), financeira (aportar e aplicar recursos), contábil (mensurar e registrar fatos), 
segurança (preservar patrimônios e pessoas) e administrativa (planejar, organizar, 
comandar, coordenar e controlar). 
2.4 Ferramentas gerenciais para a gestão de custos. 
A Contabilidade de Custos envolve alguns tipos de gastos, com isso é 
relevante compreender a diferença entre eles, identificados no processo de atividade 
da empresa. Para manter um funcionamento eficaz da empresa é preciso utilizar os 
recursos de forma planejada desde o momento da compra de materiais até o estágio 
final, sobretudo, conseguir avaliar e controlar essas novas aquisições são também 
pontos relevantes na administração de tais consumos. 
2.4.1 Gasto. 
“... é todo sacrifício financeiro que toda entidade arca para a obtenção de 
um produto ou serviço” (Martins, 2010, p.25). O gasto é estabelecido quando há a 
necessidade de produzir algum bem, ou seja, quando uma dívida é assumida e com 
isso há redução do ativo dado em pagamento, todo sistema de produção está sujeito 
a esse risco, é relevante que os gestores possam identificar esses gastos com 
antecedência. Está dividido em: despesa e custos. 
2.4.2 Despesa. 
Por sua vez, define-se como um gasto que estar atribuído ou não ao 
processo produtivo da empresa, podendo ter um papel secundário no processo 
produtivo ou ser um gasto destinado às áreas de apoio na empresa. As despesas 
com material de escritório são características de setores que não estão diretamente 
ligados ao processo produtivo. 
2.4.3 Desembolso. 
 
1 FAYOL, J. H. Teoria Clássica da Administração. 1916. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol acesso em: 18 jun.2019. 
10 
 
 
 
Refere-se ao pagamento propriamente dito da aquisição do bem ou serviço. 
Esse fato pode ocorrer antes ou depois da utilização do bem ou do serviço. No 
tocante às perdas, podem ser definidas como uma consequência de um processo 
executado de forma errônea, que pode gerar um gasto inesperado, como por 
exemplo, mercadorias vencidas no estoque. 
2.4.4 Investimentos. 
Também são definidos como gasto. Entretanto, gastos dessa natureza são 
destinados para a estruturação da empresa, com durabilidade maior, não sendo 
adquiridos com a finalidade de venda no curto prazo, como ocorre com os estoques 
da empresa. São bens ativos que podem ser depreciados, amortizados ou sofrerem 
baixas em razão do seu uso contínuo. 
2.4.5 Custos. 
O custo se caracteriza como um gasto necessário para se produzir um 
produto ou serviço, ou seja, são gastos que estão envolvidos diretamente na 
concepção do produto da empresa. Por exemplo, a matéria-prima no setor de 
produção: para produzir o produto, é necessário que haja matéria-prima, portanto 
será um custo, pois é essencial para que o produto possa existir. 
O custo de produção consiste na composição do custo direto e do custo 
indireto necessário ao processo de produção ou elaboração do produto. Definição de 
custo direto e indireto 
● Custos diretos: relaciona-se ao gasto necessário para se produzir ou 
elaborar o produto ou serviço. Em outras palavras, são os “ingredientes” 
fundamentais que sem os quais o produto não existiria. Incluem bens físicos e 
uma parte não física, como por exemplo, o funcionário que atua diretamente 
para elaborar o produto. 
● Custos indiretos: é aquele gasto não associado diretamente à elaboração 
do produto em si, sendo, no entanto, parte do processo de elaboração, por 
exemplo, na área de controle de qualidade, que é um serviço de apoio à 
produção e que não atua no “fazer” diretamente, embora ajude com a 
validação ou não do produto. Isso caracteriza como um custo indireto, pois 
não está diretamente alocado ao produto ou ao serviço. 
11 
 
 
 
Devemos ressaltar as informações da contabilidade, da qual surgem dados 
relacionados aos aspectos fiscais e também esclarecimentos de caráter mais 
gerencial. O direcionamento dos trabalhos quanto às informações contábeis 
dependerá exatamente do que se queira apresentar, ou seja, informações ao Fisco 
ou informações Internas para os diversos níveis hierárquicos da empresa. As 
informações Fiscais estão mais voltadas para o atendimento aos princípios da 
contabilidade e ao fisco, no tocante à apuração dos custos e a avaliação do estoque, 
além de outros aspectos de avaliação patrimonial que terão impacto direto no 
cálculo do imposto sobre a renda. As informações Gerenciais têm a preocupação de 
que se utilizem instrumentos que avaliem o desempenho da empresa para criar 
estratégias de ação para o futuro. 
3. Elementos formadores do custo de produtos e serviços. 
As aquisições de materiais e insumos são relevantes para alimentar o 
processo produtivo. Esses gastos têm influência direta na formação do preço do 
produto, o que faz da avaliação do estoque de materiais um processo importante, 
pois envolverá a entrada e a saída de mercadorias. Utilizam-se os seguintes 
movimentos: 
● PEPS: 
Premissa – primeiro que entra, primeiro que sai.Lógica – a mercadoria mais antiga é a referência para efeito de cálculo de do custo. 
Característica – é aceita pelo Fisco, a sequência lógica é feita de forma sistemática 
e evita na prática possível perdas de mercadorias. 
● UEPS: 
Premissa – último que entra, primeiro que sai. 
Lógica – a mercadoria mais recente é a referência para efeito de cálculo do custo. 
Característica – não é aceita pelo Fisco. É utilizada para fins mais gerenciais, é 
aconselhável quando não há controles sistemáticos. 
● MÉDIA PONDERADA: 
Premissa – avaliação pelo valor médio do estoque. 
12 
 
 
 
Lógica – atualização do valor do estoque à medida que há entrada de novas 
mercadorias, ou atualização delas ao final do período de apuração. 
Característica – é aceita pelo Fisco, possui ampla utilização nas 
organizações, os cálculos das mercadorias são proporcionais. 
Os métodos de avaliação do estoque vão gerar resultados monetários 
diferentes uns dos outros em razão do critério aplicado. Entretanto, os valores 
referentes a quantidades deverão ser comuns a todos os métodos. 
4 OS EFEITOS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTOS PARA A 
CONTINUIDADE DAS EMPRESAS 
Para a continuidade das empresas é muito importante começar um novo 
exercício financeiro planejando suas atividades como um todo, incluindo, 
essencialmente o Planejamento Tributário. 
O excesso de tributação inviabiliza muitas operações e cabe ao 
administrador tornar possível, em termos de custos a continuidade de determinados 
serviços, num preço compatível com o que o mercado consumidor deseja pagar. Há 
ainda a grande quantidade de normas que regem o sistema tributário (União, 
Estados e Municípios), há dezenas de obrigações acessórias que as empresas 
devem cumprir para tentar estar em dia com o fisco: declarações, formulários, livros, 
etc. 
Esse planejamento tributário deve ser feito em todas as etapas produtivas 
das empresas, a fim de maximizar o aproveitamento de créditos tributários, evitando 
assim desperdícios, que no final das contas é dinheiro que fica no caixa das 
empresas. Por vezes, somente estabelecer um plano de gestão tributária nas 
empresas tem sua eficácia limitada, é preciso que esse plano seja testado e 
acompanhando por vários meses do ano em um formato de Auditoria, para saber se 
as medidas elaboradas são realmente aplicadas pelos setores envolvidos, pois um 
simples lançamento errado de uma nota fiscal de entrada pode ocorrer a perda de 
um crédito tributário de PIS e COFINS ou ICMS. 
Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela 
dos custos das empresas, senão a maior, a continuidade das empresas tornou-se 
questão de sobrevivência empresarial. Em média, 33% do faturamento das 
13 
 
 
 
empresas é dirigido ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. 
Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos 
tributos. Planejamento tributário é saúde para o bolso, pois representa maior 
capitalização do negócio, possibilidade de menores preços, e ainda facilita a 
geração de novos empregos, pois os recursos economizados poderão possibilitar 
novos investimentos. 
Para auxiliar o planejamento tributário e a continuidade das empresas, 
podemos citar a gestão de custos que é um dos principais fatores que determinam o 
sucesso das empresas e que está vinculado à forma como se dirigem as empresas. 
A gestão de custos, é uma ação que auxiliam as empresas a manter o seu lucro e 
atingir a estabilidade para sua continuidade no mercado. 
A ineficiência da gestão de custos pode prejudicar o fluxo de caixa, a 
margem de lucro e o volume de vendas, comprometendo até mesmo a sua 
continuidade no mercado. Sabemos que o que mantém uma empresa funcionando é 
o capital, um bom controle, análise constante dos procedimentos financeiros, 
detalhados em: planilhas, registros organizados e o aproveitamento de 
oportunidades de investimentos fará com que as empresas possam crescer de 
forma sustentável. 
Se as empresas investirem em gestão de custos eficaz, provavelmente 
gastará menos e lucrará mais. Com os dados obtidos durante esse levantamento 
rotineiro, é possível conseguir informações valiosas que influenciarão diretamente na 
tomada de decisões. Não importa o valor, vale registrar tudo que entra e sai das 
empresas. Assim, fica mais fácil atingir o crescimento e a continuidade das 
empresas. 
5 CONCLUSÃO 
Através do trabalho sobre o “Efeito da Gestão Tributária e de Custos na 
Continuidade da Empresa”, conclui-se que a gestão do custo tributário deve 
preocupar-se basicamente em produzir informação para melhor gerir os altos valores 
que hoje em dia são entregues ao governo como forma de tributos atingindo em um 
planejamento tributário eficaz que vise reduzir, anular ou adiar o ônus fiscal. 
Sabemos que o excesso de tributos e obrigações exigidos dos contribuintes, 
o que em alguns casos, chega a inviabilizar a continuidade das atividades das 
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empresas, além, muitas vezes complexas para a maioria dos contribuintes, 
dificultando as rotinas das empresas, acarretando no recolhimento dos tributos de 
forma equivocada ou incorreta, gerando enormes prejuízos que podem 
comprometer, inclusive, a continuidade das empresas. Para que isso não ocorra é 
importante que as empresas invistam em um planejamento tributário adequado que 
vise à diminuição de pagamentos de tributos de forma legal, pois dessa forma 
conseguirá administrar melhor o ônus tributário. Percebe-se a importância da gestão 
de custos dentro das empresas que pode fazer o diferencial competitivo que está 
ligada à estruturação da cadeia de valores da empresa, sendo uma ferramenta útil 
para a gestão eficiente de seus custos. 
Portanto, percebe-se que o controle dos custos, gerando informações pela 
contabilidade é, com certeza, algo imprescindível para qualquer empresa. Com base 
nessas informações a empresa pode tomar decisões precisas sobre o que necessita 
para sua continuidade de forma a preservar seus ativos através do tempo. 
 REFERÊNCIA 
AMARO. L. Direito tributário. 20 ed. São Paulo: Saraiva Acesso em: 10 abr. 2019. 
BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5.172, de outubro de 1966. Dispõe 
sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito 
tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm>. Acesso: 7 jun. 2019. 
EXAME. Não vamos entrar na OCDE com este sistema tributário, diz Hauly. 
Disponível em: <HTTPS://exame.abril.com.br/noticias-sobre/OCDE>. Acesso em: 15 
abr. 2019. 
LEGISLAÇÃO. Lei 5172 - 1966 - código - tributário - nacional - ctn.htm. 
Disponível em: <www.normaslegais.com.br>. Acesso em: 03 mai. 2019. 
MACHADO BRITO, Hugo. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Malheiros, 
2009. 
MARTINS, ELISEU. Contabilidade de custos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 25 p. 
.PORTAL SEBRAE. Lucro-real-ou-presumido-qual-o-melhor. Disponível em: 
<www.sebrae.com.br>. Acesso em: 05 mai. 2019. 
PORTAL TRIBUTARIO. Os tributos no brasil. Disponível em: 
<www.portaltributario.com.br>. Acesso em: 03 mai. 2019. 
SILVA, ET al. O planejamento tributário como ferramenta na redução da carga 
tributária. [S.L.: s.n.], 2015. 6 p. 
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