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¹ Nome dos acadêmicos ² Nome do Tutor Externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I EFEITO DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTO NA CONTINUIDADE DAS EMPRESAS. Acadêmicos¹ Eliene Santos Oliveira da Silva¹ Jenifer Barreto Gangorra¹ Márcia Cristina da S. Viana¹ Robson Lopes Pimenta¹ Tutor Externo² Expedito dos Santos Ferreira² Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Ciências Contábeis) Resumo: O presente paper busca destacar o efeito da gestão tributária e de custos para a continuidade das empresas, com a finalidade de reduzir ou minimizar os custos, pois sem a devida organização é bem provável que as empresas sofram com a grande quantidade de impostos que existem, pagando mais do que precisa e correndo riscos de pagar errado, com atraso ou prestação de contas erradas. A Gestão Tributária é uma ferramenta utilizada na redução de custos de uma empresa, chamando a atenção das despesas com tributos. Basicamente, a gestão atua sobre o departamento de impostos e para auxiliar um controle de custos eficiente, é necessário uma boa Gestão de Custos, que administra e controla os gastos auxiliando no planejamento e na tomada de decisão, basicamente, as entidades continuarão em operação por tempo indeterminado, esta condição deve ser levada em consideração quando da classificação e avaliação das variações patrimoniais (quantitativas e qualitativas). A gestão tributária e de custos são ferramentas fundamentais que podem ser utilizadas para a continuidade das empresas, visto que auxiliam no controle e na tomada de decisão. Palavras – chave: Gestão, tributos e custos. 1. INTRODUÇÃO Em tempos atuais, tem se observado um crescente aumento de competitividade, e a questão tributária pode ser objeto de ruína ou sucesso de uma empresa. Embora o ambiente que rodeia as empresas aponte para a necessidade de uma gestão tributária e de custo eficaz, para a continuidade das mesmas. Garantir menos gastos de recursos com tributos, que podem ser alocados em investimentos para o crescimento da empresa (não se trata de deixar de pagar tributos de forma ilegal), pelo contrário a gestão adequada garante economia e sossego perante o Fisco, pois se utiliza de escolhas feitas dentro dos limites das normas tributárias. 2 Portanto, a relação custo/benefício deve ser bem avaliada, porque o que há são alternativas legais. Daí, o efeito da gestão tributária e de custo na continuidade das empresas significa que a contabilidade efetua e avaliação do patrimônio e o registro de suas variações, considerando que a entidade, continuará operando por tempo indeterminado. 2. DESENVOLVIMENTO A relevância do efeito da estrutura tributária sobre o desempenho das empresas é discutida e analisada por economistas, administradores desde os anos de 1960. Existindo um consenso sobre a importância dos instrumentos de taxação sobre o comportamento dos agentes econômicos e o efeito sobre o desempenho e a organização na continuidade das empresas. Assim, o significativo interesse da área de tributos no universo dos negócios vem exigindo uma eficaz gestão das obrigações tributárias. Os efeitos da gestão tributária e de custo para a continuidade de uma empresa é amplo e complexo, porém faz-se necessário que compreendamos o impacto das alíquotas dos impostos sobre as decisões financeiras, é preciso conhecer os fundamentos da tributação e dos custos, visto que, sem um entendimento não será possível obter um planejamento financeiro real, nem tomar decisões acertadas. Para isso, um dos requisitos a serem observados pelos gestores de uma empresa são o planejamento e a gestão tributária, observa- se o quanto se torna essencial a sua prática dentro das empresas. 3 TRIBUTOS Conforme Machado (2009, pág.67), “o objetivo do tributo sempre foi o de arrecadar recursos financeiros para o Estado”. A função da lei, em regra, é definir condutas. Porém, algumas vezes a lei estabelece conceitos, e assim fez o Código Tributário Nacional. Art. 3º. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que não constitua sanção de ato lícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. A prestação pecuniária é o objeto da relação jurídica entre o contribuinte e o Estado, resultando numa transferência de patrimônio. Transfere recurso em sentido econômico, aumenta o patrimônio do ente público e reduz o do contribuinte, deve 3 ser paga em dinheiro. Detém um conteúdo monetário, excluindo-se, desse modo, qualquer possibilidade de pagamento em serviços ou em bens diversos do dinheiro. O pagamento em dinheiro facilita sua reversão ao atendimento das necessidades da coletividade. É prestação compulsória em razão de ser obrigatória independente da vontade do contribuinte, o qual sempre deverá realizar o pagamento. A Constituição Federal (CF), no art. 145, confere, às pessoas políticas, competências para que criem impostos, taxas e contribuição de melhoria. O tributo é o gênero, do qual o imposto, a taxa e a contribuição de melhoria são espécies. Classificação: 3.1 Imposto “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” (BRASIL, 1966, art.16). É o tipo de tributação mais conhecido e que está presente no dia a dia de todo o consumidor, direta ou indiretamente, sendo de ordem Municipal, Estadual e Federal. Conforme Amaro (2014), o fato gerador do imposto é uma situação que não tem nenhuma conexão com a atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte, sendo assim, para ser exigido um imposto de um indivíduo não é necessário que o Estado lhe preste algo determinado. 3.2 Taxas Amaro (2014) afirma que, o fato gerador da taxa é um fato do Estado e não do contribuinte, onde o Estado exerce determinada atividade e quem a aproveitou é cobrada a taxa. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específica e divisível, prestado ao contribuinte ou posta à sua disposição (BRASIL, 1966, art. 77). Para entendimento, no Portal tributário (2016), as taxas são cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 4 serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposição da população. 3.3 Contribuições De acordo com o Gestor Total, as contribuições estão divididas em dois grupos: Contribuição Especial que é cobrada quando se destina a um determinado grupo ou atividade, exemplo: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Programa de Integração Social (PIS), e a Contribuição de Melhoria que é quando ocorre uma melhoria que resulte em benefício ao contribuinte, exemplo: quando é feito o asfaltamento de uma rua, que consequentemente acaba aumentando o valor do imóvel por conta desta melhoria, e isso gera a contrapartida do cidadão, pois ele teve um claro benefício (Diferença entre impostos, taxas). Apesar do impulsivo crescimento naarrecadação das contribuições, os impostos ainda são os tributos que mais arrecadam no Brasil. De acordo com o Portal Tributário (2019), atualmente o Brasil conta com 94 tributos, lista atualizada em 15 de fevereiro de 2019 baseada nos conceitos constitucionais e do Código Tributário Nacional. 4. REGIME TRIBUTÁRIO A escolha de um regime tributário e o enquadramento de uma empresa é que irão definir qual a incidência e como será a base de cálculo dos impostos. No Brasil, os regimes tributários mais utilizados são: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, cabe a cada empresa de acordo com suas atividades escolher qual melhor se enquadra, observando as características específicas de cada regime, até porque cada regime tributário possui uma legislação própria que define todos os impostos e procedimentos que a empresa deverá cumprir, para ficar dentro da legalidade. A seguir é possível verificar pontos importantes de cada regime: 4.1 Lucro Real: A empresa que optar pelo Lucro Real deverá apurar o lucro contábil que será à base de cálculo para os impostos sobre o lucro líquido. Aplica-se sobre esta modalidade os impostos de PIS – com alíquota de 1,65%, COFINS – 7,6%, o Imposto de Renda a Contribuição Social devem 5 ser apurados somente sobre o Lucro da empresa, obtido através da DRE (demonstração do resultado do exercício) (SILVA, GOMES; SILVA, 2015, p. 6). ● Nível de faturamento: todas as empresas, ● Cálculo de Impostos: o imposto de renda de 25% e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% é cobrado sobre o lucro realmente apurado. Apenas as instituições financeiras pagam 15% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. ● Para quem serve: para empresas que possuem margem líquida real inferior a presumida pela legislação fiscal. ● Principais regras: a legislação é mais complexa. As alíquotas do PIS (1,65%) e da COFINS (7,6%) sobre a receita são maiores que o lucro presumido. ● Atenção: é possível descontar crédito referente às despesas relacionadas ao processo produtivo, entre outras, o que pode representar ganhos. 4.2 Lucro Presumido. O lucro presumido é um tipo de tributação relacionada às pessoas jurídicas (empresas), desde que comprovem os requisitos mínimos exigidos para se enquadrarem. “É uma forma de tributação para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real”. (SEBRAE Nacional, 2016). ● Nível de faturamento: até R$ 48 milhões. ● Cálculo de Impostos: os 25% de IR incidem sobre o lucro pré-definido de 8% da receita para a indústria, e a maior parte do comércio é de 32% para a maioria dos serviços. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% incide sobre 12% da receita da indústria e do comércio e sobre 32% do serviço. ● Para quem serve: para as empresas que possuem uma margem líquida real superior a presumida pela legislação fiscal (8% da receita para a indústria e a maior parte do comércio de 32% para a maioria dos serviços). 6 ● Principais regras: alíquota do PIS é de 0,65% e o do COFINS de 3% sobre a receita. Mas nenhum crédito pode ser descontado. ● Atenção: se a margem real de lucro for inferior aos percentuais pré-definidos, a empresa pagará mais impostos pelo sistema de lucro presumido. 4.3 Simples Nacional. É um sistema de tributação simplificada, que é facultativo para as empresas, faz parte dele quem quer. ● Nível de faturamento: até 3,6 milhões por ano. ● Cálculo de Imposto: as alíquotas são fixas e depende do faturamento do setor o percentual máximo é de 16,85% sobre a receita. ● Para quem serve: para as microempresas (faturamento até R$ 360 mil ao ano) e pequenas empresas (faturamento de R$360 mil a 3,6 milhões ao ano). ● Principais regras: é um regime unificado de cobrança e arrecadação de tributos (IR, Contribuição Social e Previdenciária, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS e ISS). ● Atenção: outros benefícios ou isenções fiscais municipais ou estaduais não são possíveis no simples. 5 Influência do regime tributário nas empresas. As empresas estão cada vez mais competitivas e evoluídas na gestão econômico-financeira, exigindo o conhecimento de todos os custos e valores para evitar resultado negativo para a sua gestão e realiza a formação de preços mais justa, de acordo com os custos e carga tributária existente. O Brasil é o país com a maior carga tributária em toda a América Latina. Um estudo realizado pela Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que em 2015, os brasileiros pagaram o equivalente a 33,4% em taxas. “Não vamos ingressar na OCDE com este sistema tributário”, disse Luiz Carlos Hauly (ex-deputado federal PSDB-PR) 15 abr. 2019. Declaração feita diante da necessidade que o Brasil tem em conquistar uma vaga na OCDE, fundada em 1961 que define padrões para seus 61 países-membros, na maioria desenvolvida. Além desta declaração Hauly classificou o sistema brasileiro como “manicômio tributário” e “Frankenstein funcional” com altos níveis contencioso judiciário, renúncia fiscal e sonegação. Sua proposta é substituir nove impostos atuais (incluindo ISS, ICMS, IPI e PIS/COFINS) por um único, o Imposto de Valor 7 Agregado (IVA), cobrado no destino. O modelo é padrão na OCDE e já se tornou consenso, diz Hauly, mas resta o desafio de distribuir os custos e o período da transição de um sistema para outro. Já o Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre reforma tributária na última terça-feira dia 09 abr. “Na nossa reforma tributária vamos pegar três, quatro, cinco imposto e fundir em um só (CSLL, o IPI, e o Finsocial) e transformar num imposto único federal. Todas as contribuições que não eram compartilhadas, criadas para salvar a União, quando reunirmos serão todas compartilhadas”, disse ele. Enfim, a reforma tributária é considerada por economistas como uma das principais formas de aumentar o potencial de crescimento da economia das empresas. 2 GESTÃO DE CUSTOS A Gestão de Custos é um conjunto de técnicas e métodos de planejamento, avaliação e aperfeiçoamento dos produtos de uma empresa. Sua finalidade principal é fornecer as informações de que as empresas necessitam para proporcionar valor, qualidade e oportunidade que os clientes desejam. Porém, está além das técnicas tradicionais da contabilidade. Sob o enfoque contábil, os custos podem ser analisados como: ● Custo Contábil: submetido a contabilidade financeira, estão disciplinadas por normas legais técnicas (princípios contábeis), fiscais (obrigatoriedade na aplicação das leis) e societárias (fatos passados e rigidez formal). ● Custo Gerencial: compromete-se com a eficiência pela redução dos gastos, através de estudo e análise voltada para a mudança de processos, gestão financeira adequada e para o atendimento de questões especiais relacionadas com a logística do atendimento correto aos clientes. 2.1 Os Objetivos. Uma das principais metas da gestão de custos é dar mais segurança na hora de definir sua margem de lucro em cada item. Isso acontece especialmente porque a formação do preço de venda do produto ou do serviço está ligada à apuração das despesas. A contagem correta dos gastos é um fator que influencia muito nos resultados. Por isso, os desembolsos, do menor ao mais alto devem receber toda a atenção. Abaixo, um resumo dos principais propósitos da Gestão de Custos: 8● Informar sobre o rendimento e o desempenho de diversas atividades das empresas, ● Auxiliar no controle, planejamento e desenvolvimento das operações, ● Fornecer informações que possam contribuir as tomadas de decisões. 2.2 Benefícios da Gestão de Custos A boa administração demanda muito mais do que aumentar receita. Em determinados momentos da economia, reduzir seus gastos pode ser mais simples do que ampliar os seus ganhos. Nesse sentido, é fundamental saber equilibrar o que entra e o que sai de forma precisa – principalmente diante de um mercado cada vez mais competitivo. Confira alguns dos benefícios da Gestão de Custos: ● Diminuição dos riscos do negócio: muitas empresas fecham suas portas pelo simples fato de não conhecerem a fundo a dinâmica de seus custos, por conta disso, suas contas de lucratividade são indeterminadas. ● Precificação e competitividade: está relacionado ao mercado consumidor e às boas ofertas, para diminuir os custos da produção, é preciso dá atenção aos gastos variáveis. A gestão de custos ajuda na competitividade justamente porque favorece uma precificação mais eficiente, evita que a empresa tenha problemas relacionados a seus preços. ● Queda nos gastos: com uma gestão de custos de excelência, é viável observar os desperdícios. Assim, o gerenciamento detalhado dos gastos vai permitir compras mais enxutas de insumos, proporcionais à demanda das operações. ● Aumento da lucratividade: na gestão de um negócio, uma ação tem influência sobre as outras, quando se elimina as despesas desnecessárias os lucros costumam aumentar de maneira muito natural. É nesse cenário que a Contabilidade é inserida como instrumento de apoio e auxílio para tomada de decisão, sendo necessária e importante na gestão das empresas para a sua continuidade. 2.3 Gestão estratégica de custos. A gestão estratégica de custos tem seu grande objetivo na maximização dos lucros. É a principal estratégia competitiva para levar uma empresa a conquistar mais fatias e permanência assegurada no mercado. A análise, estudo e formulação 9 dessas estratégias baseiam-se nas técnicas administrativas propostas, no início do século XX, por Taylor, fundamentadas na organização científica do trabalho (tarefas), por Mayo, concentrada no aspecto comportamental da pessoa (capacitação), e finalmente por Fayol1, o grande defensor da organização científica da gestão, que obedece seis funções básicas: técnica (processo), comercial (compra e venda), financeira (aportar e aplicar recursos), contábil (mensurar e registrar fatos), segurança (preservar patrimônios e pessoas) e administrativa (planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar). 2.4 Ferramentas gerenciais para a gestão de custos. A Contabilidade de Custos envolve alguns tipos de gastos, com isso é relevante compreender a diferença entre eles, identificados no processo de atividade da empresa. Para manter um funcionamento eficaz da empresa é preciso utilizar os recursos de forma planejada desde o momento da compra de materiais até o estágio final, sobretudo, conseguir avaliar e controlar essas novas aquisições são também pontos relevantes na administração de tais consumos. 2.4.1 Gasto. “... é todo sacrifício financeiro que toda entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço” (Martins, 2010, p.25). O gasto é estabelecido quando há a necessidade de produzir algum bem, ou seja, quando uma dívida é assumida e com isso há redução do ativo dado em pagamento, todo sistema de produção está sujeito a esse risco, é relevante que os gestores possam identificar esses gastos com antecedência. Está dividido em: despesa e custos. 2.4.2 Despesa. Por sua vez, define-se como um gasto que estar atribuído ou não ao processo produtivo da empresa, podendo ter um papel secundário no processo produtivo ou ser um gasto destinado às áreas de apoio na empresa. As despesas com material de escritório são características de setores que não estão diretamente ligados ao processo produtivo. 2.4.3 Desembolso. 1 FAYOL, J. H. Teoria Clássica da Administração. 1916. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol acesso em: 18 jun.2019. 10 Refere-se ao pagamento propriamente dito da aquisição do bem ou serviço. Esse fato pode ocorrer antes ou depois da utilização do bem ou do serviço. No tocante às perdas, podem ser definidas como uma consequência de um processo executado de forma errônea, que pode gerar um gasto inesperado, como por exemplo, mercadorias vencidas no estoque. 2.4.4 Investimentos. Também são definidos como gasto. Entretanto, gastos dessa natureza são destinados para a estruturação da empresa, com durabilidade maior, não sendo adquiridos com a finalidade de venda no curto prazo, como ocorre com os estoques da empresa. São bens ativos que podem ser depreciados, amortizados ou sofrerem baixas em razão do seu uso contínuo. 2.4.5 Custos. O custo se caracteriza como um gasto necessário para se produzir um produto ou serviço, ou seja, são gastos que estão envolvidos diretamente na concepção do produto da empresa. Por exemplo, a matéria-prima no setor de produção: para produzir o produto, é necessário que haja matéria-prima, portanto será um custo, pois é essencial para que o produto possa existir. O custo de produção consiste na composição do custo direto e do custo indireto necessário ao processo de produção ou elaboração do produto. Definição de custo direto e indireto ● Custos diretos: relaciona-se ao gasto necessário para se produzir ou elaborar o produto ou serviço. Em outras palavras, são os “ingredientes” fundamentais que sem os quais o produto não existiria. Incluem bens físicos e uma parte não física, como por exemplo, o funcionário que atua diretamente para elaborar o produto. ● Custos indiretos: é aquele gasto não associado diretamente à elaboração do produto em si, sendo, no entanto, parte do processo de elaboração, por exemplo, na área de controle de qualidade, que é um serviço de apoio à produção e que não atua no “fazer” diretamente, embora ajude com a validação ou não do produto. Isso caracteriza como um custo indireto, pois não está diretamente alocado ao produto ou ao serviço. 11 Devemos ressaltar as informações da contabilidade, da qual surgem dados relacionados aos aspectos fiscais e também esclarecimentos de caráter mais gerencial. O direcionamento dos trabalhos quanto às informações contábeis dependerá exatamente do que se queira apresentar, ou seja, informações ao Fisco ou informações Internas para os diversos níveis hierárquicos da empresa. As informações Fiscais estão mais voltadas para o atendimento aos princípios da contabilidade e ao fisco, no tocante à apuração dos custos e a avaliação do estoque, além de outros aspectos de avaliação patrimonial que terão impacto direto no cálculo do imposto sobre a renda. As informações Gerenciais têm a preocupação de que se utilizem instrumentos que avaliem o desempenho da empresa para criar estratégias de ação para o futuro. 3. Elementos formadores do custo de produtos e serviços. As aquisições de materiais e insumos são relevantes para alimentar o processo produtivo. Esses gastos têm influência direta na formação do preço do produto, o que faz da avaliação do estoque de materiais um processo importante, pois envolverá a entrada e a saída de mercadorias. Utilizam-se os seguintes movimentos: ● PEPS: Premissa – primeiro que entra, primeiro que sai.Lógica – a mercadoria mais antiga é a referência para efeito de cálculo de do custo. Característica – é aceita pelo Fisco, a sequência lógica é feita de forma sistemática e evita na prática possível perdas de mercadorias. ● UEPS: Premissa – último que entra, primeiro que sai. Lógica – a mercadoria mais recente é a referência para efeito de cálculo do custo. Característica – não é aceita pelo Fisco. É utilizada para fins mais gerenciais, é aconselhável quando não há controles sistemáticos. ● MÉDIA PONDERADA: Premissa – avaliação pelo valor médio do estoque. 12 Lógica – atualização do valor do estoque à medida que há entrada de novas mercadorias, ou atualização delas ao final do período de apuração. Característica – é aceita pelo Fisco, possui ampla utilização nas organizações, os cálculos das mercadorias são proporcionais. Os métodos de avaliação do estoque vão gerar resultados monetários diferentes uns dos outros em razão do critério aplicado. Entretanto, os valores referentes a quantidades deverão ser comuns a todos os métodos. 4 OS EFEITOS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTOS PARA A CONTINUIDADE DAS EMPRESAS Para a continuidade das empresas é muito importante começar um novo exercício financeiro planejando suas atividades como um todo, incluindo, essencialmente o Planejamento Tributário. O excesso de tributação inviabiliza muitas operações e cabe ao administrador tornar possível, em termos de custos a continuidade de determinados serviços, num preço compatível com o que o mercado consumidor deseja pagar. Há ainda a grande quantidade de normas que regem o sistema tributário (União, Estados e Municípios), há dezenas de obrigações acessórias que as empresas devem cumprir para tentar estar em dia com o fisco: declarações, formulários, livros, etc. Esse planejamento tributário deve ser feito em todas as etapas produtivas das empresas, a fim de maximizar o aproveitamento de créditos tributários, evitando assim desperdícios, que no final das contas é dinheiro que fica no caixa das empresas. Por vezes, somente estabelecer um plano de gestão tributária nas empresas tem sua eficácia limitada, é preciso que esse plano seja testado e acompanhando por vários meses do ano em um formato de Auditoria, para saber se as medidas elaboradas são realmente aplicadas pelos setores envolvidos, pois um simples lançamento errado de uma nota fiscal de entrada pode ocorrer a perda de um crédito tributário de PIS e COFINS ou ICMS. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior, a continuidade das empresas tornou-se questão de sobrevivência empresarial. Em média, 33% do faturamento das 13 empresas é dirigido ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. Da somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Planejamento tributário é saúde para o bolso, pois representa maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços, e ainda facilita a geração de novos empregos, pois os recursos economizados poderão possibilitar novos investimentos. Para auxiliar o planejamento tributário e a continuidade das empresas, podemos citar a gestão de custos que é um dos principais fatores que determinam o sucesso das empresas e que está vinculado à forma como se dirigem as empresas. A gestão de custos, é uma ação que auxiliam as empresas a manter o seu lucro e atingir a estabilidade para sua continuidade no mercado. A ineficiência da gestão de custos pode prejudicar o fluxo de caixa, a margem de lucro e o volume de vendas, comprometendo até mesmo a sua continuidade no mercado. Sabemos que o que mantém uma empresa funcionando é o capital, um bom controle, análise constante dos procedimentos financeiros, detalhados em: planilhas, registros organizados e o aproveitamento de oportunidades de investimentos fará com que as empresas possam crescer de forma sustentável. Se as empresas investirem em gestão de custos eficaz, provavelmente gastará menos e lucrará mais. Com os dados obtidos durante esse levantamento rotineiro, é possível conseguir informações valiosas que influenciarão diretamente na tomada de decisões. Não importa o valor, vale registrar tudo que entra e sai das empresas. Assim, fica mais fácil atingir o crescimento e a continuidade das empresas. 5 CONCLUSÃO Através do trabalho sobre o “Efeito da Gestão Tributária e de Custos na Continuidade da Empresa”, conclui-se que a gestão do custo tributário deve preocupar-se basicamente em produzir informação para melhor gerir os altos valores que hoje em dia são entregues ao governo como forma de tributos atingindo em um planejamento tributário eficaz que vise reduzir, anular ou adiar o ônus fiscal. Sabemos que o excesso de tributos e obrigações exigidos dos contribuintes, o que em alguns casos, chega a inviabilizar a continuidade das atividades das 14 empresas, além, muitas vezes complexas para a maioria dos contribuintes, dificultando as rotinas das empresas, acarretando no recolhimento dos tributos de forma equivocada ou incorreta, gerando enormes prejuízos que podem comprometer, inclusive, a continuidade das empresas. Para que isso não ocorra é importante que as empresas invistam em um planejamento tributário adequado que vise à diminuição de pagamentos de tributos de forma legal, pois dessa forma conseguirá administrar melhor o ônus tributário. Percebe-se a importância da gestão de custos dentro das empresas que pode fazer o diferencial competitivo que está ligada à estruturação da cadeia de valores da empresa, sendo uma ferramenta útil para a gestão eficiente de seus custos. Portanto, percebe-se que o controle dos custos, gerando informações pela contabilidade é, com certeza, algo imprescindível para qualquer empresa. Com base nessas informações a empresa pode tomar decisões precisas sobre o que necessita para sua continuidade de forma a preservar seus ativos através do tempo. REFERÊNCIA AMARO. L. Direito tributário. 20 ed. São Paulo: Saraiva Acesso em: 10 abr. 2019. BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5.172, de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm>. Acesso: 7 jun. 2019. EXAME. Não vamos entrar na OCDE com este sistema tributário, diz Hauly. Disponível em: <HTTPS://exame.abril.com.br/noticias-sobre/OCDE>. Acesso em: 15 abr. 2019. LEGISLAÇÃO. Lei 5172 - 1966 - código - tributário - nacional - ctn.htm. Disponível em: <www.normaslegais.com.br>. Acesso em: 03 mai. 2019. MACHADO BRITO, Hugo. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Malheiros, 2009. MARTINS, ELISEU. Contabilidade de custos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 25 p. .PORTAL SEBRAE. Lucro-real-ou-presumido-qual-o-melhor. Disponível em: <www.sebrae.com.br>. Acesso em: 05 mai. 2019. PORTAL TRIBUTARIO. Os tributos no brasil. Disponível em: <www.portaltributario.com.br>. Acesso em: 03 mai. 2019. SILVA, ET al. 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