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Funções+Mentais+Superiores

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Origem das Funções Mentais Superiores
Lev Semenovich Vigotski nasceu em 1896 na Bielo Russia e faleceu prematuramente aos 37 anos de idade. Vigotski foi um teórico que construiu propostas teóricas inovadoras sobre temas como relação entre pensamento e linguagem, natureza do processo de desenvolvimento da criança e o papel da instrução no desenvolvimento.
Um pressuposto básico da obra de Vigotski é que as origens das formas superiores de comportamento consciente — pensamento, memória, atenção voluntária etc. —, formas essas que diferenciam o homem dos outros animais, devem ser achadas nas relações sociais que o homem mantém. da produção teórica de Vigotski são as chamadas funções psíquicas superiores, ou seja, aquelas funções mentais que caracterizam o comportamento consciente do homem - atenção voluntária, percepção, a memória e pensamento- que constituiria uma perspectiva metodológica que acenava para a compreensão de diversos aspectos da personalidade do homem. 
Segundo Silva (2007), a diferença entre os processos elementares psicológicos e os processos superiores refere-se à questão de que os processos elementares são controlados pelo meio e os superiores ou complexos obedecem a uma autorregulação. Para Bock et al (1993), Vigotski, não via o homem como um ser passivo, sofrendo apenas as consequências das relações sociais e sim, um ser que atua sobre o mundo, que age nas relações sociais, transformando e construindo o seu funcionamento em um plano interno. 
O conceito de “desenvolvimento das funções psíquicas superiores” é objeto de nosso estudo abarcam dois grupos de fenômenos [...] Trata-se, em primeiro lugar, de processos de domínio dos meios externos do desenvolvimento cultural e do pensamento: a linguagem, a escrita, o cálculo, o desenho; e, em segundo, dos processos de desenvolvimento das funções psíquicas superiores especiais, não limitadas nem determinadas com exatidão, que na psicologia tradicional denominam-se atenção voluntária, memória lógica, formação de conceitos, etc. Tanto uns como outros, tomados em conjunto, formam o que qualificamos convencionalmente como processos de desenvolvimento das formas superiores de conduta da criança (VYGOTSKI, 2000c, p. 29).

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